Você já ouviu falar sobre a Síndrome de Burnout? Nos últimos anos, mais pessoas têm falado a seu respeito e dos problemas que uma carga de trabalho excessiva pode trazer ao ser humano. Também é falado sobre o tratamento da Síndrome de Burnout, que pode ser natural, psicológico ou farmacêutico.
Essa doença está diretamente relacionada ao ambiente de trabalho e o número de diagnósticos é crescente, visto que ela se relaciona a períodos de estresse e grandes cargas no trabalho.
Você sabia que a Síndrome de Burnout pode ser aliviada até mesmo através de tratamento natural?
Saiba mais sobre a atuação da Cannabis no tratamento da Síndrome de Burnout e como os ativos da planta agem para promover o bem-estar. Confira!
O que é a Síndrome de Burnout?
A Síndrome de Burnout também pode ser chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional no português.
Essa é uma doença que ocorre após períodos desgastantes no trabalho, seja por responsabilidade ou competitividade excessivas. Portanto, essa síndrome se relaciona com ambientes de trabalho sob pressão.
Por isso, existem diversas categorias de profissionais que estão mais propensos a desenvolverem a síndrome, mas ela pode acontecer com qualquer profissional que possui trabalho em excesso.
Além disso, essa síndrome se relaciona a uma rotina de produção excessiva e sentimento de incapacidade profissional, em que o funcionário se sente sobrecarregado.
Esse termo “burnout” vem do idioma inglês e é a união das palavras “burn”, que significa queimar, e “out”, que significa algo exterior ou o esgotamento de algo.
Assim, a palavra é uma ótima definição de todo o transtorno, pois se caracteriza como uma queima total, um esgotamento de algo.
Essa síndrome pode resultar em quadros de ansiedade e depressão, caso não seja tratada da forma correta.
A síndrome de burnout tem cura?
Existe uma grande discussão acerca desse tópico, se existe ou não cura para o burnout. Alguns profissionais afirmam que existe uma cura definitiva, enquanto outros afirmam ser possível realizar um tratamento para controlar os sintomas.
Nesse sentido, o Canabidiol (CBD) pode ser um grande aliado no tratamento desta condição, segundo estudos recentes.
Demonstrou-se que esse ativo tem um grande potencial em síndromes como a exaustão mental e o burnout, segundo pesquisa com trabalhadores que atuaram na linha de frente no combate à Covid-19.
Neste estudo, 120 participantes receberam cada um 300 mg de medicamento à base de Cannabis. Entre os principais fatores analisados estavam os sintomas da síndrome de burnout, sobretudo no tocante às questões emocionais.
Na maior parte das pessoas analisadas pelo estudo, o CBD reduziu consideravelmente os sintomas de exaustão mental e psicológica, bem como outros sintomas do Burnout.
Este estudo ganhou bastante relevância ao redor do mundo, por ter analisado de forma inédita um tratamento de burnout à base de Cannabis para trabalhadores que estavam submetidos a um nível de pressão e estresse além do normal.
Além disso, após a administração do medicamento à base de CBD nos pacientes, houve uma recuperação completa, mesmo após a pausa do tratamento.
Esse resultado é muito relevante para todos os pacientes que sofrem com o burnout, visto que não existe ainda um tratamento farmacológico certo e comum para essa condição.
O que causa a Síndrome de Burnout?
São diversas as causas para a síndrome de burnout, com fatores tanto individuais quanto fatores externos.
O ambiente de trabalho e as condições em que o trabalho é realizado podem determinar se um sujeito está doente.
Existem estudos que afirmam que o burnout passa por um estágio comum, desde a exigência e a autoafirmação profissional, até um avanço para uma maior dedicação ao trabalho.
Isso pode levar a consequências extremas, que causam a síndrome típica de burnout. Além disso, o hábito de negligenciar atividades básicas, como comer e dormir, são fatores que colaboram para o aparecimento da síndrome.
Portanto, não se pode dizer que essa condição se reduz a fatores individuais da personalidade do sujeito, ou a fatores genéticos. O ambiente em que a pessoa está inserida contribui ativamente para o seu adoecimento.
Todos esses fatores de exaustão alinhados à negligência de atividades de autocuidado tornam o indivíduo propenso a outros transtornos, como ansiedade, depressão e o sentimento constante de desesperança.
Perfis de pessoas propensas a desenvolver a Síndrome de Burnout
Como mencionado, o burnout pode acontecer com todos os trabalhadores de acordo com a demanda e o ambiente de trabalho, no entanto, algumas categorias de profissionais são mais propensas a desenvolver o transtorno.
Da mesma forma, alguns perfis de pessoas, como perfeccionistas e extremamente dedicados, também possuem uma chance maior de sofrer de burnout em algum momento.
Os profissionais com maior risco de burnout costumam ser aqueles que trabalham sob pressão diária e uma carga grande de responsabilidade, como profissionais da saúde, professores e policiais.
Essas profissões lidam com cargas de estresse diário, grandes demandas de trabalho e responsabilidade e, em especial, trabalham sob pressão diária. Todos os fatores que colaboram para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout.
No entanto, psicólogos e psiquiatras reforçam que o burnout é caracterizado por um esgotamento físico ou mental e pode afetar qualquer tipo de profissão, inclusive estudantes.
Alguns perfis são mais propensos a desenvolver essa síndrome, uma vez que são prováveis de exigir muito de si e aceitar uma carga excessiva de trabalho.
O primeiro perfil é o de pessoas perfeccionistas ao extremo. Essas pessoas são extremamente exigentes com o trabalho que produzem e podem exigir demais de si mesmas.
Essa cobrança excessiva e o esgotamento causado pelo trabalho causam um quadro de estresse constante.
Um caso clássico de pessoas que sofrem de burnout são os perfeccionistas – estes costumam assumir mais tarefas do que podem lidar, o que aumenta o tamanho de suas demandas, bem como a cobrança para que entreguem algo perto da perfeição.
Por isso, essas pessoas não aceitam falhas, erros ou que o seu trabalho tenha qualquer tipo de problema, fazendo com que se cobrem além do que é saudável.
Com essa cobrança interna, há um aumento dos índices de estresse que podem evoluir para quadros de depressão, síndrome do pânico ou até mesmo o próprio burnout.
Além dos perfeccionistas, outro perfil que se destaca no risco de contrair a síndrome de burnout é o caso dos funcionários empolgados demais em suas funções.
A empolgação pode parecer algo bom em um ambiente de trabalho, e é, mas deve sempre existir um limite.
Esse perfil é entusiasmado e comprometido em excesso com o trabalho, o que pode causar inclusive conflitos no ambiente de trabalho, com chefes e colegas.
O problema começa quando esse tipo de colaborador espera que todos ao seu redor tenham o mesmo nível extremo de comprometimento que ele possui. Quando ele percebe que isso não acontece, sentimentos negativos podem ocorrer.
Esse problema deve ser identificado por colegas de trabalho, pessoas que convivem com o indivíduo com esse perfil e principalmente líderes no trabalho.
Sintomas da Síndrome de Burnout
Existem diversos sintomas ligados à síndrome de burnout que podem ser confundidos com sintomas de outros transtornos psicológicos, como a ansiedade e o início de um quadro depressivo.
Portanto, o diagnóstico deve partir de um médico psiquiatra em conjunto com o profissional psicólogo.
Os sintomas do burnout vão desde negatividade e frustração à sensação de derrota e até incompetência em seu trabalho, causados pelo esgotamento físico e emocional.
Os sintomas são divididos entre manifestações físicas e manifestações psicológicas. Confira os principais sintomas psicológicos presentes em pessoas que sofrem desta condição:
- Agressividade;
- Constante isolamento;
- Mudanças repentinas de humor;
- Maior irritabilidade;
- Maior dificuldade cognitiva, como a de concentração;
- Lapsos frequentes de memória;
- Ansiedade;
- Depressão;
- Baixa autoestima;
- Pessimismo e desesperança.
Além dos principais sintomas de manifestação psicológica, existem também os sintomas que se manifestam de forma física, que incluem:
- Dores de cabeça;
- Enxaqueca;
- Cansaço;
- Palpitação;
- Dores musculares;
- Pressão alta;
- Dificuldade em dormir;
- Distúrbios gastrintestinais;
- Enjoo e náuseas;
- Vômito.
Como enfrentar a Síndrome de Burnout?
Ao perceber sinais frequentes de burnout, um médico psiquiatra e um psicólogo devem ser consultados. O diagnóstico é dado por esses profissionais, assim como a sugestão de tratamento, que varia de acordo com o caso.
Geralmente a abordagem é feita a partir de uma combinação entre tratamento psicológico, tratamento farmacêutico e tratamento natural.
No entanto, a eficácia desses tratamentos pode variar, o que significa que pode surtir melhora em alguns pacientes enquanto outros podem ser pouco beneficiados.
Tratamento psicológico
Esse é um dos principais aspectos do tratamento da Síndrome de Burnout, o acompanhamento com um psicólogo é essencial. O terapeuta é o responsável por ajudar o paciente a combater o estresse.
As consultas de terapia também permitem que a pessoa que sofre com a condição tenha um espaço seguro para desabafar e um tempo de autocuidado.
Assim, o indivíduo deve procurar um profissional da saúde mental, psicólogo ou psiquiatra, a partir dos primeiros sintomas de burnout.
O acompanhamento com um profissional qualificado é essencial para tratar essa síndrome, assim como é fundamental no tratamento de outros transtornos que podem surgir em decorrência do burnout, como a ansiedade e a depressão.
Tratamento natural
Além disso, a partir de uma consulta com o profissional e o diagnóstico de burnout, é provável que o indivíduo receba algumas estratégias de recomendação, que ajudam a aliviar o estresse e podem surtir melhoras no quadro.
Esse é o chamado tratamento natural, pois não envolve nenhum tipo de medicação, e sim algumas mudanças de atitudes no dia a dia. Alguns exemplos são:
- Priorizar o convívio social;
- Reorganizar as demandas no trabalho;
- Praticar exercícios físicos diariamente;
- Definir um hobbie e um tempo livre do trabalho;
- Buscar a mudança de atividades mais estressantes no ambiente de trabalho;
- Reservar um tempo livre para descanso e lazer;
Essas medidas, apesar de serem simples, podem surtir efeito satisfatório no quadro de burnout, de acordo com a gravidade e a situação do indivíduo.
Hábitos como aumentar o convívio com amigos e família, por exemplo, podem ser essenciais para se distrair do trabalho e aliviar o estresse do dia a dia.
A prática de atividades físicas e atividades relaxantes também deve ser parte da rotina de pessoas que sofrem com burnout e transtorno de ansiedade generalizada, pois promove um alívio nos sintomas.
Tratamento farmacêutico
Outra medida de tratamento do burnout são os medicamentos que procuram aliviar alguns sintomas principais.
Os medicamentos podem ser necessários em diversos quadros de transtornos psicológicos, como depressão, ansiedade e quadros que possuem mudanças constantes de humor.
Dessa forma, o médico psiquiatra pode indicar o tratamento farmacêutico, com medicamentos antidepressivos, para combater os principais sintomas dessa síndrome que afeta a qualidade de vida dos pacientes.
No entanto, esse tratamento pode ter alguns efeitos colaterais bastante perceptíveis e incômodos para alguns pacientes
Como a Cannabis medicinal pode ser utilizada no combate à Síndrome de Burnout?
A Cannabis medicinal é outra alternativa de tratamento para a Síndrome do Burnout, em especial para aqueles pacientes que não se adaptaram ou não viram melhoras significativas no tratamento convencional. Assim, o canabidiol (CBD) pode ser um ótimo aliado.
Como mostra o estudo publicado pelo Journal of the American Medical Association, que conta com e participação de 120 voluntários, essa substância se relaciona à redução de alguns dos principais sintomas dessa síndrome, como o estresse, a ansiedade e a depressão.
Saiba mais sobre o que é o canabidiol (CBD), as propriedades desse ativo, as dosagens do canabidiol no tratamento do burnout e os estudos que comprovam a eficácia dessa substância. Confira!
O que é o canabidiol (CBD)?
O canabidiol, ou CBD, é extraído da planta Cannabis. Ele possui propriedades que agem no sistema nervoso central, por isso apresenta diversos efeitos que podem ser usados para o tratamento de condições psiquiátricas e neurodegenerativas.
Doenças como Parkinson, Alzheimer, epilepsia, esclerose múltipla e até ansiedade já são tratadas com o uso do CBD, que possui efeitos também na Síndrome de Burnout.
Propriedades ansiolíticas e antidepressivas do CBD
O canabidiol (CBD) é uma substância que recebeu bastante atenção nos últimos tempos. Isso acontece devido a suas propriedades ansiolíticas, comprovadas através de estudos e pesquisas.
Em relação à depressão, por exemplo, um estudo com modelos animais demonstrou que o composto é efetivo ao diminuir comportamentos relacionados à ansiedade e depressão nas espécies observadas.
No entanto, os resultados podem ser diferentes e menos satisfatórios de acordo com a dose de CBD, a idade do animal, a espécie, o gênero e outras variantes.
Assim se estudos futuros comprovarem os resultados obtidos, o CBD pode vir a ser usado como uma terapia complementar ao tratamento com medicamentos de combate à depressão.
Porém, com efeitos colaterais mínimos em comparação aos fármacos convencionais.
Além disso, o canabidiol (CBD) atua nos receptores CB1 e CB2, além de outros receptores não canabinóides, causando um efeito ansiolítico.
Os ansiolíticos são medicamentos usados no combate ao estresse e à ansiedade, por seus efeitos relaxantes e calmantes.
Assim, os efeitos ansiolíticos do CBD são eficazes no tratamento de sintomas como a perda de memória, estresse, nervosismo, ansiedade e diversos outros sintomas presentes na síndrome de burnout.
Esses efeitos antidepressivos e ansiolíticos tornam o canabidiol (CBD) um tratamento eficaz no combate a essa síndrome e outras relacionadas ao estresse e cansaço excessivo.
Estudos feitos com CBD referentes ao tratamento da Síndrome de Burnout
Muitos estudos atuais comprovam os efeitos desse ativo no tratamento de diversas psicopatologias, como a ansiedade e a síndrome de burnout.
Segundo estudo divulgado pela Universidade de São Paulo (USP), o consumo do CBD pode melhorar cerca de 60% dos sintomas manifestados por essa síndrome, além de promover uma grande melhora na saúde mental dos pacientes.
Esse estudo contou com a participação de 120 profissionais da saúde que atuaram na linha de frente no enfrentamento à Covid-19.
Um estudo publicado na Revista Eletrônica Acervo Mais detalha os fatores que contribuíram para o aumento da incidência da síndrome de burnout nestes profissionais durante o período de pandemia.
Nesse sentido, foram comprovados os efeitos benéficos do canabidiol (CBD) no tratamento desses pacientes e a ação essencial desse ativo na melhora do quadro de cansaço excessivo e esgotamento físico e mental.
Como buscar tratamento com medicamento à base de CBD para ansiedade e estresse?
Se você tem interesse em realizar o tratamento da síndrome de Burnout usando medicamentos à base de canabidiol, você deve procurar médicos que tenham experiência no tratamento canabinoide.
Por isso, nós do Portal Cannabis e Saúde criamos uma plataforma de conexão entre médicos e pacientes, onde você pode encontrar médicos confiáveis de diversas especialidades que realizam esse tipo de prescrição.
A prescrição depende do parecer médico, que avaliará se a Cannabis ou os canabinoides devem ser utilizados em cada caso ou não.
De todo modo, a consulta com estes médicos permite à você entender melhor sobre o tratamento e as formas que esses medicamentos são administrados.
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Conclusão
Agora você sabe como os ativos presentes na cannabis podem atuar no tratamento de diversas doenças, tanto de origens neurológicas quanto de origens psiquiátricas.
As propriedades relaxantes e que promovem o bem-estar presentes nesses ativos são efetivas na melhora de quadros de estresse constante e outros sintomas derivados desse quadro.
Além disso, confira histórias de pacientes que usam o tratamento à base de cannabis medicinal e como ela proporcionou uma melhor qualidade de vida para essas pessoas.