A neuropatia periférica abrange diversas condições relacionadas a danos no sistema nervoso periférico.
O sistema nervoso periférico é uma extensa rede que transmite sinais entre o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) e todas as outras áreas do corpo.
Os nervos periféricos têm funções variadas, desde enviar informações sensoriais para o sistema nervoso central (SNC), até transmitir sinais do SNC para todo o corpo, controlando funções vitais.
Estima-se que mais de 20 milhões de pessoas no Brasil possam ter alguma forma de neuropatia periférica.
Embora o número real possa ser maior, nem todos os pacientes com essa condição são diagnosticados e os testes atuais não abrangem todas as formas de neuropatia.
Essa condição pode surgir por diferentes razões e causa uma série de desconfortos e sequelas se não for tratada.
Por isso, buscar o tratamento adequado é imprescindível. Confira neste artigo as abordagens para lidar com essa condição.
A seguir, você aprenderá sobre:
- O que é neuropatia periférica?
- Quais são as causas da neuropatia periférica?
- Os sintomas comuns da neuropatia periférica
- Quais são os tipos de neuropatia?
- Como identificar a neuropatia periférica?
- Existe tratamentos para neuropatia periférica?
- A Cannabis medicinal pode auxiliar no tratamento para neuropatia periférica?
- É possível prevenir a neuropatia periférica?
- Recomendações gerais para quem possui a neuropatia periférica
O que é neuropatia periférica?
A neuropatia periférica é o nome dado a um grupo de condições que provocam danos no sistema nervoso periférico e todas as demais regiões do corpo.
Os nervos periféricos transmitem informações sensoriais para o sistema nervoso central.
Eles são responsáveis por controlar funções vitais como o coração, digestão, micção, função sexual, ossos e sistema imunológico.
Os nervos periféricos, como cabos conectando diferentes partes de um computador, quando não funcionam corretamente, podem interromper funções importantes.
A interrupção da sinalização nervosa na neuropatia ocorre de três maneiras:
- Através da perda de sinais habitualmente transmitidos;
- Enviando sinalização quando não é esperada;
- Distorcendo as mensagens enviadas pelo cérebro.
Existem diversas formas de neuropatia, desde aquelas que afetam apenas um nervo (mononeuropatia) até aquelas que envolvem dois ou mais nervos em áreas diferentes.
Mais frequentemente, muitos ou a maioria dos nervos são afetados (polineuropatia).
Mais de 100 tipos de neuropatia periférica foram identificados, cada um com seus próprios sintomas e prognósticos.
A incidência da neuropatia periférica no Brasil
No Brasil, a neuropatia periférica representa um desafio à saúde para uma grande parcela população.
Estima-se que entre 2 a 8% dos adultos brasileiros sejam impactados por essa condição neurológica.
No entanto, o cenário se torna ainda mais preocupante ao considerar que a incidência da neuropatia periférica tende a aumentar com o avançar da idade.
Os dados revelam que a prevalência dessa condição dispara entre os idosos, atingindo um patamar alarmante de 30% em pessoas com mais de 70 anos.
Esse aumento exponencial da ocorrência da neuropatia periférica em faixas etárias mais avançadas indica uma correlação direta entre o envelhecimento e o surgimento dessa condição neurológica.
Essa realidade torna-se motivo de atenção pelo impacto que exerce na qualidade de vida dos indivíduos afetados.
Quais são as causas da neuropatia periférica?
A maioria das neuropatias é adquirida, o que indica que não é presente desde o nascimento, nem é de origem genética.
As neuropatias adquiridas podem ser sintomáticas (associadas a outro distúrbio ou condição) ou idiopáticas (sem causa conhecida).
Entre as causas de neuropatia periférica adquirida, estão:
Lesões
Traumas resultantes de acidentes automobilísticos, quedas, práticas esportivas e intervenções médicas podem esticar, esmagar, comprimir ou separar os nervos da medula espinhal.
Até lesões menos graves podem ocasionar danos severos nos nervos.
Fraturas ósseas ou deslocamentos podem exercer pressão prejudicial sobre os nervos próximos.
Por exemplo, hérnias de disco entre as vértebras podem comprimir as fibras nervosas na medula espinhal.
Condições como artrite, pressão contínua sobre um nervo ou atividades repetitivas e vigorosas causam inchaço nos ligamentos ou tendões, estreitando os canais por onde passam os nervos mais finos.
Um exemplo comum é a síndrome do túnel do carpo, que resulta da compressão de um nervo no pulso.
Diabetes
O diabetes é a principal causa de polineuropatia no Brasil.
Aproximadamente 60 a 70% das pessoas com diabetes enfrentam desde formas leves a graves de problemas nervosos.
Isso resulta em dormência, formigamento, queimação nos pés, dor unilateral, fraqueza no tronco ou na região pélvica.
Distúrbios vasculares e sanguíneos
Distúrbios que reduzem o suprimento de oxigênio aos nervos periféricos podem causar danos nos tecidos nervosos.
Condições como diabetes e estreitamento das artérias devido à pressão alta ou aterosclerose estão relacionadas à neuropatia.
O aumento da espessura das paredes dos vasos sanguíneos e a inflamação crônica bloqueiam o fluxo sanguíneo, resultando em danos irregulares nos nervos.
Doenças autoimunes sistêmicas
Condições onde o sistema imunológico ataca erroneamente vários tecidos do corpo, causam compressão dos nervos devido à inflamação dos tecidos ao redor.
Os danos às fibras motoras promovem fraqueza visível e encolhimento muscular, causando dor crônica e sintomas autonômicos.
Problemas metabólicos e hormonais
Desregulações hormonais podem afetar os processos metabólicos normais, ocasionando inchaço nos tecidos que podem pressionar os nervos periféricos.
Condições renais e hepáticas geralmente levam ao acúmulo de substâncias tóxicas no sangue, causando danos nos tecidos nervosos.
Na maioria dos casos de indivíduos submetidos à diálise por insuficiência renal, ocorrem diversos níveis de polineuropatia.
Hábitos ruins
Desbalanços nutricionais ou deficiências vitamínicas, alcoolismo e exposição a toxinas causam lesões aos nervos, desencadeando neuropatias.
Deficiência de vitamina B12 e excesso de vitamina B6 estão entre as causas mais conhecidas relacionadas a deficiências vitamínicas.
Alguns medicamentos também demonstraram causar neuropatia.
Câncer e quimioterapia
Certos tipos de câncer e tumores benignos ocasionam em neuropatia de várias formas.
Tumores podem infiltrar-se ou comprimir as fibras nervosas.
Síndromes paraneoplásicas, um conjunto de distúrbios degenerativos raros, indiretamente danificam os nervos como resposta imunológica a um câncer.
Aproximadamente 30 a 40% das pessoas tratadas com quimioterapia para o câncer desenvolvem polineuropatia.
Apesar disso, nem todos os medicamentos quimioterápicos causam este problema.
A neuropatia periférica induzida pela quimioterapia pode persistir por muito tempo após a interrupção do tratamento.
Por outro lado, a radioterapia também pode ocasionar danos nos nervos, inclusive meses ou anos após sua aplicação.
Os sintomas comuns da neuropatia periférica
A gravidade dos sintomas varia de leves a incapacitantes, raramente resultando em fatalidade.
Eles são influenciados pelo tipo de fibras nervosas afetadas e pela extensão dos danos, podendo se manifestar ao longo de dias, semanas ou até anos.
Em certos casos, os sintomas podem melhorar sem a necessidade de tratamentos avançados.
Ao contrário das células nervosas do sistema nervoso central , as células nervosas periféricas mantêm sua capacidade de crescimento ao longo da vida.
Danos nos nervos motores frequentemente resultam em fraqueza muscular, acompanhada por cãibras dolorosas, espasmos musculares visíveis sob a pele e encolhimento muscular.
Danos às grandes fibras sensoriais afetam a sensação de toque e vibração nas mãos e nos pés, simulando a sensação de usar luvas ou meias quando não se está.
Isso pode contribuir para a perda de reflexos e do senso de posição.
Dessa forma, impactam a coordenação de movimentos complexos, como andar, manusear objetos ou manter o equilíbrio com os olhos fechados.
As pequenas fibras, essenciais para transmitir sensações de dor e temperatura, também são afetadas.
Quando comprometidas, essas fibras interferem na capacidade de sentir dor ou mudanças de temperatura.
A neuropatia também é a principal causa de dor neuropática, que, por vezes, é mais intensa durante a noite.
Ela pode ser desencadeada por receptores de dor que ativam sem motivo aparente ou por dificuldades no processamento de sinais na medula espinhal.
Com isso, ocorre dor intensa com toques leves que normalmente não seriam dolorosos, como o contato dos lençóis com o corpo.
Danos no sistema nervoso autônomo também resultam em sintomas característicos, tais como:
- Aumento da transpiração;
- Intolerância ao calor;
- Problemas na pressão arterial;
- Manifestações de distúrbios gastrointestinais;
- Possíveis complicações ao comer ou engolir caso os nervos que controlam o esôfago sejam afetados.
Quais são as sequelas da neuropatia?
As sequelas da neuropatia variam de acordo com a gravidade do dano nos nervos.
Sendo assim, frequentemente incluem distúrbios motores, como fraqueza muscular, dificuldade de coordenação e movimentos prejudicados.
A perda sensorial é comum, manifestando-se como dormência, formigamento, sensação de queimação ou mesmo perda total da sensibilidade em certas áreas do corpo.
Essa diminuição na capacidade de sentir toque, dor ou temperatura pode levar a ferimentos inadvertidos e dificuldades para realizar tarefas cotidianas.
A neuropatia muitas vezes resulta em dor crônica intensa, afetando tanto a qualidade do sono quanto o bem-estar emocional.
Essa condição também leva a problemas como disfunção gastrointestinal, alterações na pressão arterial, intolerância ao calor e problemas de transpiração.
As sequelas da neuropatia podem ser duradouras e, em alguns casos, permanentes, exigindo um manejo contínuo para minimizar o impacto na vida diária do indivíduo afetado.
Quais são os tipos de neuropatia?
Existem mais de 100 tipos distintos de neuropatia periférica, cada um apresentando seu próprio conjunto específico de sintomas e desdobramentos prognósticos.
Para facilitar a classificação por parte dos médicos, essas neuropatias são geralmente agrupadas nas seguintes categorias:
- Neuropatia motora: Esta categoria engloba danos nos nervos que controlam os movimentos musculares do corpo, influenciando atividades como o movimento das mãos, braços e até mesmo a fala.
- Neuropatia sensorial: Os nervos sensoriais são responsáveis por transmitir sensações como dor, temperatura e toque leve. A neuropatia sensorial impacta esses conjuntos de nervos, afetando a percepção sensorial do indivíduo.
- Neuropatia do nervo autônomo: Estes nervos controlam funções corporais involuntárias, como a respiração e os batimentos cardíacos. Danos nesses nervos resultam em complicações graves.
- Polineuropatias: Em certos casos, há uma sobreposição de dois ou três tipos de neuropatia, com características tanto motoras quanto sensoriais, configurando uma polineuropatia.
Como identificar a neuropatia periférica?
Os sintomas e áreas do corpo afetadas pela neuropatia periférica são tão diversos que diagnosticá-la pode ser complexo.
Quando um profissional de saúde suspeita de danos nos nervos, realiza uma análise detalhada do histórico médico do paciente.
Também conduz diversos testes neurológicos para determinar a localização e a extensão do dano nervoso.
Esses testes abrangem:
- Exames de sangue;
- Análise do líquido espinhal;
- Avaliação da força muscular;
- Testes de sensibilidade à vibração;
Dependendo dos resultados desses testes iniciais, o profissional de saúde pode optar por realizar exames mais aprofundados e específicos para melhor avaliar os danos nos nervos. Entre os quais:
- Tomografia computadorizada;
- Ressonância magnética;
- Estudos de eletromiografia (EMG) e condução nervosa;
- Biópsia do nervo e pele.
Esses procedimentos permitem uma visão detalhada dos danos nervosos, auxiliando na definição do tipo de neuropatia.
Existem tratamentos para neuropatia periférica?
Os tratamentos variam de acordo com o tipo de dano nervoso, os sintomas apresentados e a localização do problema.
Seu médico explicará como o dano nos nervos está causando seus sintomas específicos e como minimizá-los e gerenciá-los.
Em alguns casos, é possível reduzir a necessidade de medicamentos ou controlar a neuropatia sem eles.
O tratamento direcionado pode possibilitar uma recuperação funcional ao longo do tempo, contanto que as células nervosas não tenham sofrido danos irreversíveis.
Resolver as causas subjacentes promove uma melhora espontânea da neuropatia à medida que os nervos se regeneram ou se recuperam.
Melhorar a saúde nervosa também pode ser alcançado por meio de hábitos saudáveis, como manter um peso ideal e evitar exposições a substâncias tóxicas.
Os tratamentos são divididos nas seguintes categorias:
Tratamento para neuropatia periférica à base de remédios
Os medicamentos são aplicáveis no tratamento de condições associadas à neuropatia periférica, visando à melhora dos sintomas apresentados.
Neste contexto, é comum o médico prescrever:
- Analgésicos, como os anti-inflamatórios não esteroides de venda livre, eficazes para amenizar sintomas leves;
- Medicamentos anticonvulsivantes, tais como gabapentina, frequentemente auxiliam na redução da dor nos nervos. Efeitos colaterais podem envolver sonolência e tontura;
- Tratamentos tópicos como o uso de creme de lidocaína oferecem alívio da dor. Efeitos colaterais como sonolência, tontura e dormência no local de aplicação são comuns.
- Determinados antidepressivos tricíclicos, como amitriptilina e nortriptilina, para ajudar na redução da dor ao interferirem nos processos químicos relacionados à percepção da dor.
- Inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina, como duloxetina, também usados na melhora da dor associada à neuropatia periférica decorrente do diabetes.
Tratamento para neuropatia periférica com fisioterapia
O tratamento fisioterapêutico visa aprimorar sua mobilidade, equilíbrio e desempenho nas tarefas cotidianas essenciais para você.
O tipo de tratamento dependerá dos seus sintomas específicos e promove os seguintes benefícios:
- Fortalecimento dos músculos e melhora dos níveis de condicionamento físico;
- Treina o equilíbrio para reduzir o risco de quedas;
- Facilita a mobilidade e promove a independência;
- Relaxa os tecidos moles através de massagens;
- Controla o desconforto, muitas vezes por meio de tratamentos com hidroterapia para relaxar músculos, aumentar a circulação e reduzir a dor.
- Melhora o entendimento sobre auxiliares de locomoção, como bengalas e cadeiras de rodas;
- Melhora a segurança nas atividades diárias.
Cirurgia para neuropatia periférica
A cirurgia é recomendada para certos tipos de neuropatias.
Danos na região das costas ou do pescoço, que comprimem as raízes nervosas, são frequentemente tratados cirurgicamente para liberar a raiz afetada, permitindo sua recuperação.
Lesões em um único nervo (mononeuropatia) causadas por compressão, ou raramente, tumores ou infecções, podem exigir cirurgia para liberar a compressão nervosa.
Entretanto, polineuropatias que abrangem danos dispersos nos nervos, como a neuropatia diabética, não se beneficiam da intervenção cirúrgica.
Abordagens mais avançadas e menos invasivas substituíram em grande parte essas práticas cirúrgicas.
Uma intervenção não invasiva conhecida como Estimulação Elétrica Transcutânea do Nervo (TENS) é usada para alívio da dor em diversas condições.
A TENS envolve a aplicação de eletrodos na pele próxima à área dolorosa ou aos nervos afetados, administrando uma corrente elétrica suave.
A Cannabis medicinal pode auxiliar no tratamento para neuropatia periférica?
O tratamento para diferentes tipos de neuropatia é determinado pelos sintomas, extensão e tipo de dano nervoso, assim como pela sua localização.
Em muitos casos, o sistema endocanabinoide é o alvo.
O sistema endocanabinoide é composto por canabinoides endógenos, enzimas e ligantes lipofílicos.
Esse sistema atua como neuromodulador e pode influenciar a dor e os processos inflamatórios regulados pelo sistema imunológico.
Os receptores canabinoides ajudam na redução da dor, inibindo a liberação de mediadores inflamatórios nas células próximas aos terminais nervosos responsáveis pela detecção da dor.
Também regulam a transmissão dos sinais de dor para o sistema nervoso central.
Além de interagir com os receptores CB1 e CB2, os canabinoides também têm interações com os receptores 5HT1A e vaniloides (TRPV1).
Os receptores 5HT1A fazem parte da via de sinalização da serotonina, envolvidos na regulação do humor, apetite e sono. Por outro lado, os receptores TRPV1 estão relacionados à sinalização da dor.
A Cannabis medicinal, além de ser um eficaz analgésico, pode ajudar a retardar a progressão dos danos nos nervos em pacientes com neuropatia periférica.
O CBD (canabidiol), em conexão com os receptores α3 da glicina, demonstrou a capacidade de reduzir a dor inflamatória e neuropática crônica.
Também foi constatado que o CBD tem poucos efeitos colaterais e seu benefício é significativo.
O THC (delta-9-tetrahidrocanabinol), por outro lado, influencia e modula os efeitos dos receptores opioides na dor neuropática.
Quais os benefícios comprovados da Cannabis para tratar neuropatia?
Há muitas evidências que apoiam o uso de Cannabis medicinal como estratégia para conter os danos nos nervos nas neuropatias.
Um desses estudos é o The Effectiveness of Topical Cannabidiol Oil in Symptomatic Relief of Peripheral Neuropathy of the Lower Extremities.
Neste estudo, 29 pacientes diagnosticados com neuropatia periférica sintomática foram selecionados.
Destes, 15 indivíduos foram designados para receber o tratamento à base de CBD, contendo 250 mg de CBD.
Por outro lado, 14 pacientes foram designados para o grupo que recebeu placebo.
Após quatro semanas, o grupo que inicialmente recebeu placebo teve permissão para fazer a transição para o grupo de tratamento.
Ao longo do período de tratamento, a Escala de Dor Neuropática foi aplicada a cada duas semanas para avaliar a média da mudança em relação ao estado inicial.
Os resultados revelaram que houve uma diminuição significativa na intensidade da dor, sensações de frio e coceira no grupo que recebeu CBD, em comparação com aqueles que receberam o placebo.
Não foram registrados eventos adversos durante o curso deste estudo.
As conclusões indicam que o uso de CBD pode resultar em melhorias na dor e em outras sensações em pacientes diagnosticados com neuropatia periférica.
Além disso, o tratamento mostrou-se bem tolerado, sugerindo ser uma alternativa mais eficaz do que as terapias atualmente disponíveis para o manejo desta condição específica.
Quais os passos para iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal?
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É possível prevenir a neuropatia periférica?
O modo de vida que você leva pode ajudar na prevenção da neuropatia periférica.
Tendo em vista que a neuropatia é decorrente de outras doenças, é preciso limitar seu risco.
Por exemplo, a neuropatia é uma complicação frequente do diabetes, tanto do tipo 1 quanto do tipo 2.
A elevada glicemia ao longo do tempo danifica os nervos e os vasos sanguíneos pequenos que os nutrem.
Sendo assim, manter níveis normais de açúcar no sangue reduz as chances de complicações e ajuda a evitar sua progressão.
Reduzir o risco de condições que causam neuropatia é possível ao evitar o consumo de álcool, corrigir deficiências vitamínicas e manter uma alimentação saudável.
Isso também pode ser feito ao controlar o peso, evitar exposição a toxinas e praticar exercícios regularmente.
Para pessoas com doença renal, diabetes ou outras condições crônicas, é necessário trabalhar em conjunto com um profissional de saúde para gerenciar o problema.
Recomendações gerais para quem possui a neuropatia periférica
Mesmo para aqueles já enfrentando neuropatia periférica, adotar um estilo de vida saudável pode aliviar os sintomas e reduzir a dor associada ao distúrbio.
Com isso em mente, abaixo estão algumas recomendações que vão te ajudar a lidar com a neuropatia periférica.
Exercício
A prática de atividades físicas moderadas pode retardar ou até mesmo reverter os sintomas da neuropatia.
Também contribui para o equilíbrio e a força, reduzindo o risco de quedas.
Adultos devem evitar períodos de inatividade por mais de dois dias seguidos e realizar um total de pelo menos 150 minutos de exercícios por semana.
Caminhadas rápidas são um excelente ponto de partida para quem não pratica exercícios regularmente.
Cessação do tabagismo
O tabagismo está associado à baixa oxigenação do sangue, o que pode resultar em danos nos tecidos, vasos sanguíneos e nervos.
O tabaco gera “radicais livres” que danificam células, prejudicam o revestimento dos vasos sanguíneos, comprometem o controle glicêmico e causam inflamação.
Esses efeitos podem contribuir para o desenvolvimento ou agravamento da neuropatia periférica.
Alimentação saudável
Ingerir frutas, vegetais, grãos integrais, laticínios com baixo teor de gordura, proteínas magras, peixes, alimentos ricos em fibras e reduzir o consumo de sal é benéfico.
Uma alimentação equilibrada contribui para manter o corpo saudável, mantendo a saúde das terminações nervosas e os vasos sanguíneos.
Paralelamente, uma dieta adequada ajuda no controle do peso e dos níveis de açúcar no sangue.
Vitaminas D e B12
Pessoas com deficiência de vitamina D tendem a desenvolver neuropatia periférica.
A exposição à luz solar é uma fonte natural de vitamina D, assim como queijo, gemas de ovos, cogumelos e peixes gordurosos como atum, salmão e cavala. Alimentos como peixes e carne vermelha fornecem vitamina B12.
Certos alimentos são fortificados com essas vitaminas, como suco de laranja, leite de soja e cereais.
Enquanto suplementos de vitamina D podem aliviar os sintomas da neuropatia periférica, não há evidências claras de que os suplementos de B12 sejam benéficos.
Estudos iniciais também indicam que antioxidantes como ácido alfa-lipóico (ALA) e acetil-L-carnitina podem proteger e reparar os nervos, reduzindo a dor.
No entanto, é crucial consultar um médico antes de iniciar a suplementação, pois essas substâncias podem causar problemas em algumas pessoas ou interagir com certos medicamentos.
Técnicas de relaxamento
Práticas como ioga, massagem, exercícios de respiração profunda, tai chi e até mesmo hipnose podem diminuir a dor.
Também melhora os sintomas de estresse, tornando mais fácil lidar com a dor e o desconforto crônico.
Embora as evidências científicas sejam variadas, muitas pessoas encontram eficácia nesses tratamentos complementares.
Cuidado adequado com os pés
Devido aos danos nos nervos que podem prejudicar a sensibilidade, é importante evitar lesões nos pés.
Evite andar descalço e certifique-se de que os sapatos sejam adequados, introduzindo novos modelos gradualmente. O uso diário de meias de algodão novas é recomendado.
Ao cortar as unhas dos pés, seja cauteloso. É preciso realizar verificações diárias nos pés para identificar rachaduras, bolhas ou feridas.
Conclusão
A neuropatia periférica apresenta um leque diversificado de opções terapêuticas, desde medicamentos convencionais até abordagens alternativas.
Nos últimos tempos, a Cannabis tem se tornado uma potencial aliada no tratamento.
Proporcionando alívio aos pacientes por meio de seus compostos, a planta demonstrou eficácia no combate aos sintomas dolorosos e inflamatórios associados à condição.
Muitos pacientes relatam ter sua qualidade de vida restaurada com o uso de Cannabis medicinal.
Sendo assim, a incorporação da Cannabis como parte do arsenal terapêutico representa uma nova abordagem.
Então, para garantir benefícios reais e segurança no processo, conte com a expertise dos profissionais encontrados aqui no portal para maiores orientações!