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Início » Destaques » Cuidados paliativos: O que são, quando iniciar e como funcionam?

Cuidados paliativos: O que são, quando iniciar e como funcionam?

Redação Cannabis & Saúde
  • Publicado em 16/04/2025
Foto de Redação Cannabis & Saúde

Redação Cannabis & Saúde

  • Publicado em 16/04/2025
cuidados paliativos em casa

Os cuidados paliativos são um direito fundamental do indivíduo que enfrenta uma doença grave, crônica ou terminal.

Quando alguém recebe o diagnóstico de alguma dessas condições, o foco não deve ser apenas no tratamento curativo. Mas o que acontece quando a cura não é uma opção? 

No Brasil, milhões de pessoas convivem com dores intensas, sofrimento emocional e perda de autonomia sem o suporte adequado para aliviar esses sintomas. 

Diferente do que muitos pensam, os cuidados paliativos não significam desistência do controle dessas doenças, mas sim a garantia de qualidade de vida até o último momento. 

E como esse tipo de assistência funciona na prática? Quem tem acesso? Entender esse tema é um compromisso com a dignidade humana. Por isso, acompanhe a leitura deste artigo para aprender sobre:

  • O que são cuidados paliativos? 
  • Como são realizados os cuidados paliativos em casa? 
  • Doenças que podem exigir cuidados paliativos 
  • Quando é necessário dar início aos cuidados paliativos? 
  • Quanto tempo o paciente fica em cuidados paliativos? 
  • Quais profissionais podem oferecer cuidados paliativos? 
  • Benefícios dos cuidados paliativos 
  • Manejo da dor e conforto no tratamento paliativo

O que são os cuidados paliativos?

cuidados paliativos paliativismo

Cuidados paliativos, ou paliativismo, são práticas de saúde destinadas a melhorar a qualidade de vida de pessoas que enfrentam doenças graves, crônicas ou terminais. 

O objetivo principal desta abordagem é aliviar o sofrimento e proporcionar conforto físico, emocional, social e espiritual, independentemente da idade, diagnóstico ou estágio da doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define cuidados paliativos como uma “assistência promovida por equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria do conforto do paciente e familiares, diante de uma doença que ameace a vida”. 

Pode ocorrer por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce da condição, e do tratamento da dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) também estima que, globalmente, mais de 56 milhões de pacientes precisem de cuidados paliativos. E, somente no Brasil, cerca de 625 mil necessitam deles. 

Pesquisam também evidenciam que a demanda pelos cuidados paliativos está aumentando, principalmente devido ao envelhecimento da população, e ao aumento de doenças crônicas e demências. 

As doenças cardiovasculares lideram a lista das condições que mais necessitam de cuidados paliativos entre adultos, representando 38% dos casos. 

Em seguida, o câncer aparece com 34%, seguido por doença pulmonar obstrutiva crônica (10%) e HIV/Aids (10%). 

No caso das crianças, as principais condições que demandam esse suporte incluem malformações congênitas (25%), complicações neonatais (14%), desnutrição (14%) e meningite (10%).

O impacto dos cuidados paliativos vai além do alívio dos sintomas. Eles garantem um planejamento do tratamento, reduzem o desconforto, aumentam a satisfação do paciente e de seus familiares.

Dores, falta de ar e náuseas são sintomas comuns, mas também há desafios psicológicos e sociais. Os cuidados paliativos buscam reduzir esse sofrimento com estratégias que ajudam o paciente a manter sua autonomia e dignidade.

Como são realizados os cuidados paliativos em casa?

cuidados paliativos

Como essa é uma área relativamente nova dentro da medicina, ainda existem muitos equívocos sobre como são conduzidos os cuidados paliativos. 

Muita gente acredita que receber cuidados paliativos significa abandonar o tratamento ou que isso encurta o tempo de vida.

A realidade é o oposto. Estudos indicam que iniciar os cuidados paliativos precocemente não diminui a sobrevida dos pacientes – em alguns casos, há até um aumento. 

Segundo o Center to Advance Palliative Care, essa abordagem reduz em até 66% o sofrimento causado pelos sintomas. 

Já uma pesquisa publicada no British Medical Journal em 2017, conduzida por Gaertner e colaboradores, mostrou que pacientes que recebem esse suporte de forma antecipada obtêm uma melhora considerável na qualidade de vida.

Cuidados paliativos em casa

Quando pensamos em cuidados paliativos, muitas vezes imaginamos um cenário hospitalar, mas a realidade é que boa parte desse apoio pode — e deve — ser oferecido em casa. 

Para pacientes com doenças graves, estar no ambiente familiar traz benefícios emocionais e físicos que nenhum hospital pode replicar. 

Os cuidados paliativos domiciliares dependem de uma equipe multidisciplinar, que inclui médicos, enfermeiros, psicólogos e até fisioterapeutas. 

O objetivo é aliviar sintomas como dor, falta de ar ou náuseas, garantindo que o paciente mantenha a melhor qualidade de vida possível. 

A família também recebe orientações práticas, desde administração de medicamentos até técnicas de mobilização no leito. É um trabalho colaborativo, onde cada detalhe é ajustado às necessidades do paciente.  

Contudo, para realizar os cuidados paliativos em casa, é preciso adaptar o espaço doméstico. Cadeiras de rodas, camas hospitalares e rampas podem ser necessárias, mas a prioridade é preservar a autonomia do paciente. 

Por exemplo, reorganizar os móveis para facilitar a locomoção ou instalar barras de apoio no banheiro são medidas que fazem a diferença. 

Apesar dos benefícios, os cuidados paliativos em casa exigem preparo emocional da família. Lidar com a progressão de uma doença não é fácil, e o suporte psicológico é importante para todos os envolvidos. 

Cuidados paliativos no hospital

cuidados paliativos para doencas cronicas

Os cuidados paliativos no hospital são voltados para pacientes com sintomas de difícil controle ou que precisam de intervenções mais invasivas, como bombas de analgesia ou suporte respiratório. 

Aqui, a prioridade segue sendo o conforto, mas com acesso imediato a tecnologias e especialistas.  

Hospitais modernos estão investindo em unidades exclusivas para cuidados paliativos, com equipes treinadas para lidar com crises de dor, agravamento súbito de sintomas ou complicações metabólicas. 

Esses espaços também são importantes para pacientes que não têm suporte familiar adequado ou cujas condições domésticas não permitem segurança — como falta de saneamento básico ou risco de quedas.  

Cuidar de alguém com uma doença grave pode ser esgotante, e a hospitalização temporária permite que os familiares descansem e recarreguem as energias. 

Além disso, os protocolos hospitalares incluem suporte emocional e orientações sobre decisões difíceis, como diretivas antecipadas de vontade.  

Apesar dos avanços, ainda há desafios. Muitos hospitais carecem de leitos especializados, e alguns profissionais associam cuidados paliativos apenas ao “fim da vida”, ignorando seu potencial em qualquer estágio da doença. 

Doenças que podem exigir cuidados paliativos

Os cuidados paliativos são frequentemente ligados ao câncer, mas seu alcance é muito mais amplo. Qualquer condição crônica, progressiva e sem cura pode se beneficiar dessa abordagem. 

Isso porque o foco dos cuidados paliativos não está na doença em si, mas no alívio do sofrimento global — físico, emocional e social.  

Em estágios avançados, sintomas como dor crônica, fadiga extrema ou dificuldade para se comunicar tornam-se comuns. 

Nesses momentos, os cuidados paliativos permitem que o paciente defina suas prioridades — seja passar mais tempo com os netos ou concluir projetos pessoais. É uma forma de ressignificar a jornada, independente do diagnóstico.  

A seguir, detalhamos condições específicas que demandam atenção paliativa:  

  • Câncer: Ainda é a condição mais associada a cuidados paliativos, especialmente em metástases ou tumores resistentes a tratamento. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) informam que são previstos 704 mil novos casos de câncer por ano no país, sendo 70% deles nas regiões Sul e Sudeste;
  • Doenças neurodegenerativas: Esclerose lateral amiotrófica (ELA), Alzheimer e Parkinson deterioram funções vitais progressivamente. Aqui, o cuidado inclui adaptação a perdas motoras, prevenção de úlceras por pressão e suporte para familiares que lidam com mudanças de personalidade;
  • Insuficiência cardíaca e respiratória: Pacientes com falência de órgãos enfrentam falta de ar constante e limitações físicas severas. Oxigenoterapia, manejo de fluidos e planejamento para crises agudas são pilares do tratamento paliativo;
  • Outras condições crônicas: Doenças renais em fase terminal, cirrose hepática e HIV/Aids em estágio avançado também são contempladas pelos cuidados paliativos. O objetivo é evitar hospitalizações repetitivas e garantir que o paciente viva com dignidade.  

Quando é necessário dar início aos cuidados paliativos?

cuidados paliativos para doencas terminais

Você já se perguntou qual é o momento certo para iniciar os cuidados paliativos? O que define é a necessidade do paciente, não o estágio da doença. 

Tenha como exemplo uma pessoa com câncer que, mesmo em tratamento curativo, sofre com dor ou efeitos colaterais da quimioterapia. 

Nesse caso, os cuidados paliativos entram como aliados desde já, não como um último recurso.  

A medicina moderna defende que quanto antes essa abordagem for integrada, melhor. Doenças como insuficiência cardíaca ou esclerose múltipla, por exemplo, podem demandar cuidados paliativos anos antes da fase terminal. 

O sinal vermelho acende quando sintomas físicos (dor, falta de ar, fadiga) ou emocionais (ansiedade, depressão) começam a comprometer a qualidade de vida. 

Se o paciente sente que perdeu o controle sobre o próprio corpo ou rotina, é hora de considerar essa rede de apoio.  

Mas como funciona na prática? Muitas vezes, os próprios profissionais de saúde sugerem a transição quando percebem que o foco precisa mudar: de “curar a doença” para “garantir o bem-estar“. 

E não se trata de desistência. Pelo contrário: é uma decisão ativa para priorizar a dignidade em cada etapa.  

Quanto tempo o paciente fica em cuidados paliativos?

A verdade é que cuidados paliativos não têm prazo de validade. Eles podem durar semanas, meses ou até a vida toda, dependendo da progressão da doença e das metas do paciente. 

Um idoso com Alzheimer, por exemplo, pode receber suporte paliativo por uma década, com ajustes contínuos para manter sua segurança e conforto.  

Em casos de doenças agressivas, como certos tipos de câncer, o período pode ser mais curto, mas igualmente intenso. O que importa é que a equipe acompanhe as mudanças e adapte o plano a cada nova necessidade. 

Se o paciente melhora temporariamente? Os cuidados paliativos não desaparecem — eles se flexibilizam. Se a condição se agrava? A intervenção se torna mais frequente.  

O mito de que essa abordagem é só para os “últimos dias” persiste, mas a realidade é diferente. Há pacientes que vivem anos com cuidados paliativos, mantendo hobbies, relações sociais e até viajando. 

Quais profissionais podem oferecer cuidados paliativos?

como funcionam os cuidados paliativos

Os cuidados paliativos são conduzidos por uma equipe multidisciplinar. Médicos paliativistas lideram o manejo de sintomas complexos, como dor refratária, mas não trabalham sozinhos.  

Enfermeiros são os olhos e ouvidos no dia a dia: monitoram sinais vitais, ensinam técnicas de curativos e até mediam conversas delicadas. 

Já os fisioterapeutas entram em cena para preservar a mobilidade — algo vital para evitar úlceras ou complicações respiratórias. 

Nutricionistas ajustam dietas para combater caquexia ou dificuldades de deglutição, enquanto assistentes sociais organizam desde benefícios financeiros até adaptações no ambiente doméstico.  

E não para por aí. Psicólogos oferecem suporte emocional não só ao paciente, mas a toda a família, ajudando a lidar com luto antecipatório ou conflitos. 

Fonoaudiólogos trabalham para manter a comunicação possível, seja através de exercícios ou dispositivos adaptativos. Até farmacêuticos estão envolvidos nesse cuidado. 

O que une essa equipe multidisciplinar é o objetivo comum de tratar o paciente como um todo, não como um conjunto de sintomas. E isso só é possível quando há colaboração — não hierarquia — entre as profissões. 

Se você está considerando cuidados paliativos para alguém próximo, lembre-se: quanto mais diversificada a equipe, mais abrangente será o cuidado.  

Benefícios dos cuidados paliativos

Os cuidados paliativos não se limitam a protocolos médicos — eles são uma filosofia que reconhece a complexidade de viver com uma condição grave. 

Em outras palavras, o paliativismo caminha ao lado do paciente, ouvindo suas angústias e celebrando suas pequenas vitórias. É uma forma de garantir que nenhum aspecto do bem-estar seja negligenciado.  

Por trás dessa dinâmica, há um princípio simples: a autonomia. Decidir como, onde e com quem passar os dias não é um direito do paciente, além de promover múltiplos benefícios, como:

1. Apoio emocional e psicológico

Um dos pilares mais transformadores dos cuidados paliativos é o suporte emocional. 

Equipes especializadas não veem o paciente apenas como um corpo a ser tratado, mas como uma pessoa inteira, com histórias, relações e vulnerabilidades. 

É aí que psicólogos e assistentes sociais atuam como aliados na reconstrução de uma rotina que faça sentido, mesmo diante de incertezas.  

Esse apoio se estende à família, muitas vezes sobrecarregada pela dupla jornada de cuidador e ente querido. 

Conversas mediadas por profissionais ajudam a resolver conflitos, expressar sentimentos reprimidos e até planejar o futuro de maneira realista. 

Por exemplo: como lidar com a raiva de um adolescente que vê o avô perder autonomia? Ou como preparar crianças para a possibilidade de uma despedida? 

Os cuidados paliativos oferecem ferramentas para essas questões, evitando que o estresse emocional se torne mais incapacitante que a própria doença.  

E não se engane: esse trabalho não é feito em salas de terapia convencionais. Pode acontecer à beira do leito, durante um passeio no hospital ou até em chamadas de vídeo. 

O importante é criar um espaço seguro onde choros, silêncios e risadas sejam igualmente válidos. Porque, no fim das contas, cuidar das emoções é tão vital quanto controlar sintomas físicos.  

2. Melhoria na qualidade de vida

Qualidade de vida não é um conceito abstrato. Nos cuidados paliativos, ela se traduz em ações concretas: conseguir dormir uma noite inteira, saborear uma refeição sem náuseas ou ter energia para assistir a um filme com os netos. 

Equipes multidisciplinares trabalham para devolver ao paciente o controle sobre detalhes que, em outras circunstâncias, pareciam insignificantes.  

Fisioterapeutas, por exemplo, desenvolvem exercícios que preservam a mobilidade sem causar exaustão. 

Nutricionistas criam planos alimentares que respeitam preferências culturais e dificuldades de mastigação. São ajustes sutis, mas que, somados, restauram uma sensação de normalidade.  

E o que dizer do alívio sintomático? Técnicas como massagem, musicoterapia ou até acupuntura são integradas aos cuidados paliativos para reduzir a dependência de opioides. 

O objetivo nunca é apenas “tirar a dor”, mas encontrar um equilíbrio que permita viver com leveza. 

3. Alívio da dor e do sofrimento

Os cuidados paliativos combatem ativamente os diversos tipos de dor: física, emocional e social. 

Para isso, equipes usam protocolos validados cientificamente, como a Escala Visual Analógica (EVA), para medir a intensidade da dor e ajustar medicamentos. 

Opioides, anti-inflamatórios e adjuvantes (como antidepressivos para dor neuropática) são prescritos com base em diretrizes internacionais, minimizando efeitos colaterais.  

Além dos fármacos, técnicas não medicamentosas ganham espaço. Fisioterapeutas ensinam exercícios para reduzir espasmos musculares, enquanto psicólogos aplicam terapias para lidar com a ansiedade associada.

Em casos de câncer, por exemplo, radioterapia paliativa pode ser usada para reduzir tumores que pressionam nervos.  

O controle rigoroso de sintomas como náuseas, falta de ar ou constipação (comum pelo uso de opioides) também é prioridade. 

Enfermeiros monitoram rotinas intestinais e ajustam laxantes, garantindo que o paciente não troque uma dor por outra. O objetivo é garantir que o corpo funcione no melhor nível possível, dentro das limitações da doença.  

4. Redução da sobrecarga familiar

Cuidar de um familiar doente pode consumir até a maior parte do tempo do cuidador. Contudo, os cuidados paliativos reduzem essa carga com ações concretas:  

Um exemplo prático: em casos de doenças neurodegenerativas, cuidadores aprendem a usar aplicativos de monitoramento remoto, liberando tempo para atividades pessoais. 

Hospitais também oferecem serviços assistenciais, com internações temporárias para que familiares possam descansar sem culpa.  

Dados do Ministério da Saúde mostram que famílias acompanhadas por equipes de cuidados paliativos têm até menos casos de burnout, evidenciando sua importância para além do paciente. 

Manejo da dor e conforto no tratamento paliativo

cuidados paliativos beneficios

Para o manejo da dor nos cuidados paliativos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a Escada Analgésica.  

Esta é uma forma de escalonar o tratamento, que começa com anti-inflamatórios comuns e avança para opioides fracos ou potentes, conforme a necessidade. 

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina permite o uso de metadona — opioide de baixo custo — como alternativa em casos de dor crônica refratária.

Enfermeiros treinados avaliam a dor diariamente usando outras escalas validadas, como a Escala Numérica (0 a 10), e ajustam doses para evitar subdosagem ou efeitos colaterais. 

Em idosos, por exemplo, a morfina pode causar confusão mental, então a hidromorfona (menos tóxica para os rins) é preferida. Já pacientes com câncer ósseo recebem bifosfonatos para reduzir fraturas e compressão nervosa.

Para além dos fármacos, o conforto inclui medidas simples muitas vezes negligenciadas. 

Fisioterapeutas ensinam posicionamentos no leito que aliviam úlceras por pressão, enquanto nutricionistas adaptam dietas para evitar refluxo — um problema comum em pacientes acamados. 

A verdade é que cuidados paliativos exigem pragmatismo. Se um paciente terminal prefere suportar um pouco de dor para permanecer lúcido durante visitas familiares, o plano é revisto. 

O respeito às escolhas individuais também faz parte do protocolo.

Medicamentos convencionais para alívio da dor

Os cuidados paliativos dependem de remédios que aliviam a dor sem deixar o paciente sedado ou dependente. Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), como ibuprofeno e diclofenaco, são a primeira linha para dores leves. 

Já a codeína, um opioide fraco, entra em cena quando a intensidade da dor aumenta. Em casos graves, morfina, oxicodona e fentanil — administrados via adesivos, comprimidos ou bombas subcutâneas — são padrão-ouro.  

Mas atenção: esses medicamentos têm efeitos colaterais reais. A constipação por opioides, por exemplo, é tão comum que laxantes como lactulose já são prescritos preventivamente. 

Para náuseas, antagonistas da serotonina (ondansetrona) são mais eficazes que anti-histamínicos. 

E em pacientes com insuficiência renal, tramadol e morfina são evitados — hidromorfona ou fentanil ganham preferência por não sobrecarregarem os rins.  

Terapias alternativas e complementares

Também é válido considerar formas de tratamento além do convencional. Um estudo neozelandês de 2023, publicado no Journal of Pain and Symptom Management, trouxe dados sobre a Cannabis em cuidados paliativos. 

Após revisar 52 pesquisas (com quase 5 mil pacientes), os autores concluíram: 68% dos usuários relataram melhora significativa na qualidade de vida, principalmente em náuseas (74% dos casos) e dor neuropática (61%). 

Pacientes com câncer foram os mais beneficiados — não por acaso. O Canabidiol (CBD) reduz inflamações e ansiedade, enquanto o tetrahidrocanabinol (THC) estimula o apetite e combate vômitos. 

Em São Paulo, o Hospital das Clínicas oferece protocolos personalizados: idosos com Parkinson recebem doses mais baixas de THC para evitar tonturas, enquanto pacientes com Aids usam CBD para dores articulares.  

Se há uma lição aqui, é que cuidados paliativos não são sobre “escolher entre remédio convencional e alternativo”. É sobre combinar o que funciona. 

Um paciente com câncer pode usar morfina para dor óssea e CBD para neuropatia, por exemplo. 

E o estudo neozelandês reforça essa visão: Dos 5 mil pacientes analisados, 89% continuaram com medicamentos convencionais, mesmo relatando mais benefícios com a Cannabis.

Quais os benefícios dos tratamentos a base de Cannabis para tratamentos paliativos?

o que sao cuidados paliativos

Recentemente, a Agência Israelense de Cannabis Medicinal, especificou uma lista de indicações do uso de Cannabis para pacientes em cuidados paliativos, com evidências que sustentam seus benefícios em:

  • Náuseas e vômitos no tratamento quimioterápico;
  • Dor oncológica;
  • Dor crônica ;
  • Doença de Crohn;
  • Colite ulcerativa;
  • Caquexia aidética;
  • Esclerose múltipla;
  • Doença de Parkinson; 
  • Síndrome de Tourette ;
  • Epilepsia;
  • Transtorno do Estresse pós-traumático;
  • Autismo.

Para explicar esses benefícios, o Dr. Alexandre Assuane, representante da EPMA no Brasil, destaca a importância do sistema endocanabinoide no manejo dos sintomas destas condições:

“O sistema endocanabinoide é altamente complexo, com dezenas de receptores que fazem esta metabolização. E o grande alvo é realmente a homeostase, que é o equilíbrio do organismo. Para você ter um corpo saudável é preciso estar com o sistema endocanabinoide em dia.”

O médico também alega que o Canabidiol pode ajudar quem está realizando tratamento paliativo, especialmente no contexto do câncer:

“A neuropatia é um dos problemas relacionados aos tratamentos do câncer, onde os nervos vão se degradando. Então, o CBD em especial, vai atuar diminuindo os radicais livres e os compostos que danificam os nervos”, explicou Dr. Assuane, durante uma live no portal Cannabis & Saúde. 

É possível usar a Cannabis no lugar de opioides para as dores?

Outro ponto relevante levantado pelo Dr. Assuane durante a live é que produtos à base de Cannabis podem complementar os cuidados e ajudar na diminuição do uso de opioides:

“É possível iniciar o tratamento para dor e com o tempo e a melhora, podemos diminuir as doses de opioides, sempre com acompanhamento. Não é apenas tomar Cannabis e parar os opioides…. Pode acontecer a diminuição dos opioides, e até de dipirona, por exemplo, com o uso dos canabinoides”.

Além deste, a Cannabis pode trazer vários benefícios para pacientes que enfrentam doenças que requerem cuidados paliativos.

Uma meta-análise de 2019 avaliou o potencial paliativo da Cannabis nestes casos. Para esta revisão, foram incluídos ensaios clínicos randomizados, com uma duração de 2 semanas ou mais, contando com pelo menos 10 pacientes.

Os estudos incluíram participantes de diferentes idades, diagnosticados com alguma doença médica avançada ou em estágio final (por exemplo, câncer, demência, Aids, doença cardíaca, doença pulmonar e doença hepática).

Os achados desta revisão revelaram que os seguintes benefícios podem ser obtidos com o uso da Cannabis em cuidados paliativos:

1. Alívio da dor

A Cannabis pode ajudar a aliviar dores crônicas, que são frequentes em condições como câncer, Aids e outras doenças. 

De acordo com a meta-análise, os canabinoides trouxeram uma maior redução da dor crônica, em comparação com o placebo (37% vs. 31%), em grupos de pessoas com dores crônicas.

2. Melhora de sintomas de náuseas e vômitos

A Cannabis também tem propriedades antieméticas e pode ajudar a diminuir as náuseas e vômitos causados ​​por tratamentos como quimioterapia. 

Pacientes que não estão em tratamento, mas que sofrem com estes sintomas, também podem se beneficiar da Cannabis.

3. Estímulo do apetite

A Cannabis ajuda a regular o apetite, o que pode ser benéfico para pacientes que enfrentam a falta de apetite e perda de peso associada ao tratamento ou a própria doença.

Na mesma revisão de estudos, a Cannabis rica em THC teve um efeito significativamente maior no apetite em pacientes com Aids que receberam canabinoides ao invés de placebo.

Em um dos estudos avaliados, o dronabinol, um canabinoide sintético que imita o THC, foi capaz de aumentar o apetite dos pacientes em 38%, em comparação com um grupo placebo, que teve um aumento de apenas 8%.

4. Efeito ansiolítico e antidepressivo

Os canabinoides também podem ter um efeito psicoativo positivo em pacientes que sofrem de ansiedade, depressão e estresse, relacionados às doenças crônicas e terminais.

A revisão de estudos encontrou muitos achados que constataram atividade ansiolítica, sedativa e soporífera dos canabinoides em determinados grupos. 

Isso é muito importante nos cuidados paliativos, já que muitos pacientes com câncer avançado tendem a ter distúrbios psicológicos, como depressão ou ansiedade, que minam sua qualidade de vida. 

5. Melhora na qualidade do sono

Um grande corpo de estudos mostra que o CBD pode ser eficaz para o transtorno de comportamento do sono e sonolência diurna excessiva.

Por outro lado, o nabilona, outro medicamento feito com canabinoide sintético que imita o THC, pode reduzir pesadelos associados ao estresse, além de melhorar o sono entre pacientes com dor crônica.

Ou seja, a Cannabis é uma alternativa promissora para complementar os cuidados paliativos, permitindo que os pacientes enfrentem a doença com mais conforto e qualidade de vida.

Conclusão

Os cuidados paliativos garantem dignidade, conforto e qualidade de vida até o fim da vida de quem precisa. E quando a medicina tradicional já não oferece tantas respostas, o foco precisa estar no bem-estar real do paciente. 

A Cannabis entra nessa equação como uma opção para aliviar dores, reduzir náuseas, melhorar o sono e trazer mais tranquilidade, sem os efeitos colaterais agressivos de outros medicamentos. 

Se você quer entender melhor como esse tratamento pode fazer a diferença nos cuidados paliativos dessa pessoa, agende uma consulta com um especialista no portal Cannabis & Saúde e obtenha a orientação necessária.

Disclaimer

O Cannabis& Saúde é um portal de jornalismo, que fornece conteúdos sobre Cannabis para uso medicinal, e, preza pelo cumprimento legal de todas as suas obrigações, em especial a previsão Constitucional Federal de 1988, dos seguintes artigos.
Artigo 220, que estabelece que a liberdade de expressão, criação, informação e manifestação do pensamento não pode ser restringida, desde que respeitados os demais dispositivos da Constituição.
Os artigos seguintes, até o 224, tratam de temas como a liberdade de imprensa, a censura, a propriedade de empresas jornalísticas e a livre concorrência.

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