O Alzheimer é uma doença devastadora que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. E não são apenas os pacientes que sofrem e são desafiados pela condição, mas também suas famílias e cuidadores.
Apesar dos anos de pesquisa e investimento, uma cura eficaz para o Alzheimer ainda não foi encontrada. Nos últimos anos, no entanto, avanços significativos têm sido feitos na compreensão da doença e no desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas.
Neste texto, vamos analisar os mais recentes avanços na pesquisa sobre a cura do Alzheimer, contar sobre as novas descobertas e os desafios que os cientistas seguem enfrentando nessa busca pela cura.
Por aqui, você vai encontrar:
- Já existe a cura do Alzheimer?;
- Quais são os principais desafios na busca pela cura do Alzheimer?;
- Quais são os tratamentos disponíveis para o Alzheimer atualmente?;
- A Cannabis medicinal no tratamento do Alzheimer;
- Qual a expectativa de vida de quem tem Alzheimer?;
- Como prevenir o Alzheimer?.
Continue a leitura e confira.
Já existe a cura do Alzheimer?
Infelizmente, ainda não existe cura para o Alzheimer. Apesar disso, os sintomas da doença podem, sim, ser minimizados, controlados ou mesmo retardados caso a condição seja descoberta ainda no início.
Atualmente, existem abordagens que podem ajudar a minimizar os impactos na vida do paciente que convive com esse mal tão debilitante. As pesquisas acerca da doença seguem evoluindo ao longo dos anos e os cientistas seguem em busca da cura.
Quais são as principais abordagens de pesquisa para encontrar a cura do Alzheimer?
Como dissemos, apesar de o Alzheimer ser considerado incurável, os cientistas seguem persistindo nas buscas da cura para a doença.
Um deles é John Hardy, professor da University College of London, que descobriu que o cérebro dos pacientes com Alzheimer fica envolvido com placas de proteínas, também conhecidas como placas amiloides, que prejudicam a passagem de impulsos nervosos entre os neurônios. No entanto, a teoria das placas ainda gera dúvidas e as medicações criadas após a descoberta não fizeram o efeito esperado.
Há cientistas que acreditam que o Alzheimer aconteça dentro dos neurônios, e não fora, como na teoria citada. Essa hipótese foi levantada pelo biólogo americano Ralph Nixon, que orientou um estudo com camundongos geneticamente modificados e notou uma disfunção nos lisossomos que causa sua autofagia, trazendo uma nova perspectiva de análise da doença, ainda que a teoria não tenha sido comprovada em humanos.
Descobertas como essas fazem com que os cientistas busquem entender a origem do problema antes dos sintomas e, assim, é provável que futuramente possam agir contra a doença até mesmo antes de ela se manifestar.
Avanços recentes na pesquisa da cura do Alzheimer
Como comentamos acima, as pesquisas mais recentes têm focado em buscar a origem do Alzheimer, e não apenas combater sua evolução após o aparecimento dos sintomas. Dessa forma, a comunidade científica se vê otimista em encontrar a cura para a doença em um futuro não muito distante.
Essas pesquisas acreditam que o caminho para a cura está não apenas nas placas amiloides, mas também na proteína Tau, cujos emaranhados ajudam a causar a doença, e no hormônio irisina, que é liberado durante exercícios físicos e ajuda na comunicação entre os hormônios.
O diagnóstico precoce pode influenciar na eficácia da cura do Alzheimer?
O diagnóstico precoce de Alzheimer pode ajudar a retardar o avanço dos principais sintomas da doença, como a perda de memória, e trazer mais qualidade de vida ao paciente. Assim, ainda que a condição não tenha cura conhecida, o médico poderá instituir algumas abordagens que ajudarão a frear o desenvolvimento.
Para isso, é necessária uma análise clínica realizada por médicos neurologista, geriatra ou psiquiatra, que poderão, então, indicar os métodos mais eficazes para o controle dos sintomas.
Quais são os principais desafios na busca pela cura do Alzheimer?
Como vimos até aqui, a busca pela cura do Alzheimer ainda é algo desafiador para cientistas de todo o mundo. Isso se dá porque ainda não se sabe exatamente os motivos pelos quais a doença se desenvolve no paciente, ainda que haja algumas suspeitas.
Por isso, é difícil saber quais pessoas irão desenvolver a doença no futuro e interferir para que isso não aconteça, como já ocorre com outras doenças.
Outra dificuldade nesse caminho é a complexidade do cérebro humano, já que o Alzheimer afeta diversas áreas e processos neurais, e a heterogeneidade da doença, considerando que existem diversas formas de manifestação da mesma nos pacientes.
Tudo isso acaba resultando numa dificuldade no desenvolvimento de medicamentos eficazes de controle da doença e, ainda mais, na busca da cura tão desejada pelos pacientes e tão esperada pelos cientistas.
Quais são os tratamentos disponíveis para o Alzheimer atualmente?
Como falamos ao longo do texto, apesar de ainda não haver cura para o Alzheimer, existem algumas alternativas de tratamento disponíveis para que os pacientes que sofrem com a doença possam ter melhor qualidade de vida.
O tratamento medicamentoso visa minimizar os distúrbios que a doença causa à vida do paciente, estabilizando o comprometimento cognitivo, o comportamento, e a realização das atividades corriqueiras do dia a dia.
Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde medicamentos como Donepezila, Galantamina, Rivastigmina e Memantina.
Além disso, também são utilizados outros meios, como terapia ocupacional, musicoterapia, psicoterapia e fisioterapia, de forma adicional aos remédios. Lembrando que essas terapias não substituem a necessidade do tratamento medicamentoso, são apenas suas aliadas e ajudam a trabalhar o cérebro do paciente. Além disso, todo e qualquer tratamento deve ser realizado com indicação de um médico responsável pelo acompanhamento do indivíduo com Alzheimer.
A Cannabis medicinal no tratamento do Alzheimer
O Alzheimer é uma das doenças que mais apresenta benefícios com o tratamento com Cannabis medicinal, especialmente combinando THC e CBD.
Atualmente, alguns estudos já mostram essas vantagens, que consistem em benefícios neuroprotetores e no retardamento do processo neurodegenerativo, desacelerando a progressão da demência oferecendo uma vida com mais qualidade ao paciente, especialmente quando a doença é diagnosticada e tem seu tratamento iniciado precocemente.
Quais os benefícios comprovados da Cannabis para o Alzheimer?
Os benefícios da Cannabis para o tratamento de Alzheimer foram mostrados pelo estudo Oral THC: CBD cannabis extract in main symptoms of Alzheimer disease: agitation and weight loss.
Nesse estudo, os cientistas fizeram com que 30 pacientes diagnosticados com Alzheimer leve utilizassem um produto que tem em sua composição 22% THC e 0,5% CBD, duas vezes ao dia durante 12 semanas e perceberam a diminuição na agitação, apatia, irritabilidade, distúrbios do sono e distúrbios alimentares nos indivíduos testados.
O estudo também mostrou que, além de eficaz, o uso desse medicamento se mostrou seguro para as pessoas que sofrem com a condição.
Como iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal?
Para iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal, o paciente deve buscar um médico, se consultar e entender junto ao profissional se esse tipo de tratamento é adequado para sua condição.
Em caso positivo, o médico fornecerá uma receita com a qual será possível dar entrada com um pedido na Anvisa para comprar ou importar esses medicamentos e, assim, deverá realizar o tratamento seguindo a recomendação.
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Qual a expectativa de vida de quem tem Alzheimer?
A expectativa de vida de um paciente com Alzheimer pode variar muito a depender do paciente, de quando o tratamento foi iniciado, dentre outros fatores.
Em geral, estima-se que, em média, uma pessoa pode viver cerca de 8 anos com a doença. No entanto, se diagnosticado e tratado desde o início, é possível que viva até 20 anos com a condição.
Portanto, mais uma vez reforçamos a importância do diagnóstico precoce e da busca do tratamento mais adequado. Se surgir qualquer sintoma, busque imediatamente seu médico.
Como prevenir o Alzheimer?
Ainda não se considera que a prevenção do Alzheimer se dá de maneiras específicas, mas alguns médicos acreditam que algumas medidas podem ajudar nessa questão.
Dentre essas medidas estão:
- Manter a cabeça ativa com leitura, exercícios aritméticos, dentre outros;
- Ter uma boa vida social;
- Não fumar;
- Evitar o consumo de álcool;
- Manter uma boa alimentação;
- Praticar atividades físicas regularmente.
Essas medidas ajudam a prevenir não só o Alzheimer, mas diversas outras doenças, mantendo o indivíduo com corpo e mente saudáveis.
Conclusão sobre a cura do Alzheimer
Os avanços recentes na pesquisa sobre a cura do Alzheimer podem oferecer uma luz de esperança em meio à escuridão dessa doença debilitante. Embora ainda não tenhamos alcançado uma cura definitiva, os progressos na compreensão dos mecanismos subjacentes à doença, o desenvolvimento de novas terapias e os esforços constantes dos cientistas nos trazem otimismo acerca de uma possível solução para essa doença desafiadora.
No entanto, é importante reconhecer que ainda enfrentamos desafios significativos, devido à complexidade da própria doença e do órgão em que ela se desenvolve.
A Cannabis medicinal e outros medicamentos são um alento aos pacientes que, apesar de não terem a cura à vista, podem usufruir de uma melhor qualidade de vida à medida em que realizam o tratamento.
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