Como todos os sinais celulares complexos, mutações genéticas e influências externas, como o nosso organismo consegue se manter em equilíbrio? A resposta é simples, através do sistema endocanabinoide!
A princípio, o sistema endocanabinoide tem sido descrito como um dos sistemas bioquímicos mais complexos e relevantes do organismo humano.
Pois ele atua em diferentes tecidos e órgãos modulando as respostas imunológicas, a comunicação neural, a sinalização celular, entre muitos outros processos biológicos.
Além disso, ele desempenha papel importante no desenvolvimento do sistema nervoso central (SNC), na plasticidade sináptica e na resposta a danos endógenos e ambientais.
Neste artigo, vamos explicar tudo sobre o Sistema Endocanabinoide e a importância desse mecanismo para o nosso corpo! Saiba mais!
O que é o sistema endocanabinoide?
O Sistema Endocanabinoide compreende uma vasta rede de sinais químicos e receptores celulares que estão em todo o nosso cérebro e corpo.
Os três principais componentes do sistema endocanabinoide são:
- os receptores canabinoides;
- os endocanabinoides;
- enzimas metabólicas.
O sistema endocanabinoide é composto pelos receptores CB (canabinoides) presentes em todo o organismo, sendo que a maioria se concentra no cérebro. Esses receptores controlam os níveis e a atividade da maioria dos outros neurotransmissores.
Estas proteínas estão envolvidas na regulação de diferentes funções do corpo, tais como:
- humor;
- apetite;
- sono;
- memória;
- percepção da dor e resposta imune.
Por outro lado, uma das funções do sistema endocanabinoide é manter o equilíbrio interno do organismo, conhecido como homeostase. Para isso, ele regula as funções do corpo de acordo com as necessidades de cada momento.
Por estar envolvido na regulação de inúmeros processos do organismo humano, o sistema endocanabinoide tem sido amplamente estudado.
Pois, ele demonstra sinais promissores na prevenção e no tratamento de diversas doenças, como por exemplo, na depressão, ansiedade, fibromialgia e outras dores crônicas, síndrome do intestino irritado, condições dermatológicas, entre outras.
Além disso, o sistema endocanabinoide também interage com o sistema nervoso, o que explica os efeitos da Cannabis sobre o nosso humor e comportamento.
Os receptores CB presentes no sistema endocanabinoide são ativados pelos canabinoides, substâncias presentes nas plantas do gênero Cannabis.
Os principais canabinoides conhecidos são o canabidiol (CBD) e o Tetrahidrocanabidiol (CBD). No entanto, há outras substâncias canabinoides que também merecem atenção por suas possibilidades medicinais.
Quando o sistema endocanabinoide foi descoberto?
Raphael Mechoulam, considerado pela comunidade científica o pai da Cannabis medicinal, descobriu primeiro o THC (tetra-hidrocanabinol), em 1964.
Após essa descoberta, e já sabendo que os canabinoides interagiam com o corpo humano, ele passou a estudar como acontecia essa interação dentro do nosso organismo.
Nos anos 90 junto com sua equipe de cientistas ele constatou que possuímos o sistema endocanabinoide em nosso corpo e que temos a capacidade de produzir nossos próprios canabinoides.
Ou seja, depois de 30 anos da descoberta do tetrahidrocanabinol (THC) e canabidiol (CBD) os cientistas descobriram o Sistema Endocanabinoide.
Como é o sistema endocanabinoide humano?
O sistema endocanabinoide é constituído pelos endocanabinoides (eCBs) anandamida (AEA) e 2-araquidonoil glicerol (2-AG), que se ligam a receptores canabinoides do tipo 1 e 2 (CB1 e CB2) presentes tanto no sistema nervoso central (SNC) como no sistema nervoso periférico (SNP).
Os receptores CB1 predominam no Sistema Nervoso Central (SNC), principalmente nas regiões cerebrais do córtex, cerebelo, hipocampo e núcleos da base.
Mas, também, estão presentes no Sistema Nervoso Entérico (SNE), nas células adiposas, células endoteliais, fígado e trato gastrointestinal.
Os receptores CB2, por sua vez, predominam nas células e tecidos do sistema imunológico e se apresentam em menor grau nas células do SNC como a microglia e astrócitos , evidenciando o potencial antiinflamatório e imunomodulador desses receptores.
Onde fica o sistema endocanabinoide?
Como vimos, o sistema endocanabinoide é composto por receptores CB presentes em diferentes áreas do organismo.
A maioria desses receptores se concentra no cérebro e no sistema nervoso, mas também estão presentes nos órgãos reprodutivos, glândulas sudoríparas, trato gastrointestinal e pele.
Os receptores CB são divididos em dois tipos: o receptor CB₁ e o receptor CB₂.
O receptor CB₁ está principalmente localizado nas terminações nervosas do sistema nervoso central e no cérebro.
Já o receptor CB₂ está presente nas células do sistema imune e nos tecidos musculares, gordurosos, ósseos e hepáticos.
Os receptores CB interagem com os canabinoides para regular as funções biológicas do organismo.
Por exemplo, a interação dos canabinoides com os receptores CB pode afetar a sensação de dor, apetite, humor e sono.
Além disso, a interação dos canabinoides com os receptores CB também pode ter efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores.
Sistema endocanabinoide e o canabidiol: Entenda a relação
O sistema endocanabinoide tem sido descrito como um dos sistemas bioquímicos mais complexos e relevantes do organismo humano, que atua em diferentes tecidos e órgãos modulando as respostas imunológicas, a comunicação neural, a sinalização celular, entre muitos outros processos biológicos.
Os receptores CB presentes no sistema endocanabinoide são ativados pelos canabinoides, substâncias presentes nas plantas do gênero Cannabis. Os principais canabinoides conhecidos são o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC).
Os canabinoides são compostos químicos que se conectam com receptores canabinoides, liberando neurotransmissores no cérebro.
Quais são os receptores canabinoides?
Os receptores canabinoides ficam na superfície das células e identificam as condições de fora da célula. Sendo assim, elas transmitem as informações sobre as mudanças para o interior da célula.
Os dois receptores mais relevantes para os canabinoides são os receptores CB1 e CB2, que são expressos predominantemente no cérebro e no sistema imunológico, respectivamente.
No corpo humano existem os seguintes receptores canabinoides:
- Receptores CB₁: presente nas terminações nervosas do sistema nervoso central e no cérebro. les estão ligados ao estresse, ansiedade, apetite, náusea, humor, sono, memória , entre outras. Eles são responsáveis também pelo processo psicoativo, quando ligados ao THC.
- Receptores CB₂: concentrado nas células do sistema imune e nos tecidos musculares, gordurosos, ósseos e hepáticos. Sendo assim, estão associados à imunomodulação e ao controle de inflamações.
Quais são os principais canabinoides?
Os canabinoides mais conhecidos são o CBD e o THC.
- CBD: Mais abundante canabinóide encontrado na Cannabis, tem sido bastante procurado por suas propriedades medicinais. O CBD é bastante procurado pois apresenta efeito ansiolítico, imunossupressor, anti-inflamatório, neuroprotetor, antiemético, sedativo, anticonvulsivo, entre vários outros.
- THC: Responsável pelo efeito euforizante do uso da cannabis, o THC também é bastante abundante na planta. Entre suas propriedades medicinais estão ações ansiolíticas, anti-inflamatórias, imunossupressoras, antivirais, hipotensoras, neuroprotetoras, entre outras.
No entanto, outras substâncias canabinoides também existem, como por exemplo: o cannabigerol (CBG), o cannabinol (CBN) e o tetrahidrocannabivarina (THCV).
As dosagens a serem administradas dependem da doença a ser tratada, bem como as condições do paciente.
Quais são as substâncias endocanabinoides?
As substâncias endocanabinoides são moléculas produzidas pelo nosso próprio corpo. Elas receberam este nome, pois sua estrutura é semelhante à dos canabinoides (extraídos da planta cannabis).
No início da década de 90, foram descobertos dois agonistas endógenos dos receptores canabinoides. Até o momento, os endocanabinoides já descobertos e melhor caracterizados são:
- anandamida (AEA): é um neurotransmissor endógeno (produzido pelo corpo), assim como a serotonina, endorfina e dopamina. Conhecida como a substância da felicidade e atua junto aos receptores CB1 e CB2.
- 2-arachidonoylglyerol (2-AG): é um lipídio de sinalização no sistema nervoso central que é um regulador chave da liberação de neurotransmissores.
Nosso organismo produz as substâncias endocanabinóides conforme necessário, tornando difícil saber quais são os níveis típicos para cada um.
As enzimas metabólicas
Segundo artigo publicado na Protein & Peptide Letters, ao contrário dos neurotransmissores clássicos, os endocanabinoides não são armazenados em compartimentos dentro de nossas células.
Em vez disso, são produzidos “sob demanda” por enzimas e liberados dos neurônios imediatamente.
As enzimas fosfolipase N-acilfosfatidiletalonamina-seletiva e lipase sn-1-diacilglicerol-seletiva são as enzimas que rapidamente hidrolisam a Anandamida e a 2-AG, respectivamente.
Os receptores canabinóides, os endocanabinoides e as enzimas que catalisam sua síntese e degradação constituem o Sistema Endocanabinoide (SECB).
Quais são os efeitos dos canabinoides?
Alguns efeitos principais dos canabinoides no corpo humano são:
- Efeito analgésico;
- Efeito antiemético;
- Efeito antidepressivo;
- Efeito ansiolítico;
- Efeito neuroprotetor.
Além disso, os canabinoides também podem ter efeitos anti inflamatórios, imunomoduladores e anti tumorais. No entanto, ainda há muito a ser estudado nesse sentido.
Apesar de todos esses progressos na compreensão da relação entre o sistema endocanabinoide e os canabinoides, ainda há muito por ser descoberto.
Novas pesquisas são necessárias para melhor compreender como esses mecanismos funcionam e quais são os seus reais potenciais terapêuticos.
O que é o canabidiol?
Os canabinóides são compostos químicos que se ligam aos receptores (CB1 e CB), e ativam as proteínas que permitem a interação das substâncias no metabolismo celular.
Atualmente, existem cerca de 60 canabinoides, no qual o tetrahidrocanabiol(THC) é psicoativo. Outros compostos presentes são o canabidiol(CDB), cannabigerol(CBN), canabicromeno(CBC) e olivetol.
O canabidiol ou CBD é uma substância química presente na Cannabis sativa. O canabidiol não possui THC, substância alucinógena presente nos cigarros feitos da planta. Com isso, seu uso não apresenta efeitos colaterais.
Ele é eficaz no tratamento de doenças e sintomas, como dores crônicas, epilepsia, náuseas, vômitos e espasticidade, por exemplo, além de proporcionar diversos outros benefícios aos pacientes que utilizam essa medicação.
Qual é o efeito do canabidiol?
O CBD atua nos receptores CB1, CB2 e outros receptores não canabinoides, como o 5-HT1A, amplificando seu efeito ansiolítico.
Tem o mesmo precursor metabólico que o THC e é o principal canabinoide encontrado em cepas de cannabis com baixos níveis de THC.
O elemento possui estrutura química com grande potencial terapêutico neurológico, ou seja, pode ter ação ansiolítica, que diminui a ansiedade, antipsicótica, neuroprotetora, anti-inflamatória, anti epiléptica e agir nos distúrbios do sono.
Qual a função do sistema endocanabinoide?
O Sistema Endocanabinoide é composto por um conjunto de receptores, ligantes e enzimas que atuam como sinalizadores entre as células, contribuindo para as mais diversas funções do organismo.
Todos os nossos outros sistemas corporais existem num estado constante de equilíbrio fisiológico, e o sistema endocanabinoide ajuda a mediar este estado conforme necessário.
O sistema endocanabinoide desempenha um papel modulador nos seguintes sistemas:
- Sistemas nervoso central e periférico;
- Sistema endócrino;
- Tecidos imunológicos;
- Metabolismo;
Atua, ainda, como agente regulador de diversas reações fisiológicas, como:
- Apetite;
- Dor;
- Inflamação;
- Termorregulação;
- Pressão intraocular;
- Sensação;
- Controle muscular;
- Equilíbrio de energia;
- Metabolismo;
- Qualidade do sono;
- Resposta a estresse;
- Motivação/recompensa;
- Humor e memória.
Estudos apontam que as deficiências de funcionamento do sistema endocanabinoide interferem significativamente no desenvolvimento e progressão de diversas doenças, como enxaqueca, fibromialgia, Parkinson, Alzheimer, distúrbios gastrointestinais, dentre várias outras.
Regulação da ingestão de alimentos por meio dos endocanabinoides
Estudos têm demonstrado que os receptores canabinoides desempenham um papel essencial na regulação da ingestão e metabolização de alimentos.
No trato gastrointestinal, por exemplo, a ativação dos receptores canabinoides modula a motilidade, a secreção do suco gástrico e hormônios, o apetite, bem como a permeabilidade do epitélio intestinal.
Também há fortes evidências de que o ECS pode ajudar a controlar a obesidade e os distúrbios alimentares. Os efeitos centrais da ativação dos receptores CB1 se refletem fundamentalmente na modulação do balanço energético e controle do apetite.
Além disso, a pesquisa descobriu que os usuários de cannabis tinham IMC significativamente mais baixos e taxas de obesidade em comparação com os não usuários de cannabis.
Funcionamento do sistema endocanabinoide
O sistema endocanabinoide é constituído pelos endocanabinoides (eCBs) anandamida (AEA) e 2-araquidonoilglicerol (2-AG), que se ligam a receptores canabinoides do tipo 1 e 2 (CB1 e CB2) presentes tanto no sistema nervoso central (SNC) como no sistema nervoso periférico (SNP).
Enquanto a anandamida atua como um agonista parcial de CB1 e CB2, o 2-AG é um agonista pleno dos receptores canabinoides, principalmente de CB1.
Sabe-se que os receptores CB1 estão presentes em áreas associadas ao controle motor, resposta emocional, memória, comportamentos orientados por objetivos, homeostase energética e funções cognitivas.
Os receptores CB2 são expressos, sobretudo, no sistema imunológico.
A relação entre o sistema endocanabinoide e o bem-estar
A anandamida por ser sintetizada no sistema nervoso central, é importante para a memória, motivação e controle de movimentos, além de ter uma função significativa em relação à fertilidade, ansiedade, dor e apetite.
Além disso, o sistema endocanabinoide está relacionado a outras atividades do corpo humano, como aprendizado e memória, processamento emocional, sono, controle de temperatura corporal e controle da dor.
Como ativar o sistema endocanabinoide?
Para ativar e estimular o sistema endocanabinoide , devemos ingerir substâncias que aumentem a produção de endocanabinoides ou, então, consumir plantas com alto teor desses compostos.
As principais substâncias ligadas à ativação do sistema endocanabinoide são o THC e CBD. No entanto, o sistema endocanabinoide pode ser estimulado de outras maneiras.
Destaca-se, por exemplo, os exercícios aeróbicos como corridas e pedaladas. Através desse tipo de exercício, pode-se trazer um aumento na quantidade de anandamida presente no cérebro.
Esta por sua vez, ajuda na produção de alguns hormônios do bem-estar, que ajudam no alívio de dores e inflamações, por exemplo.
Além disso, pode-se buscar alguns tipos de alimentos que são capazes de ativar o sistema endocanabinoide e seus receptores.
Os principais alimentos que ajudam o sistema endocanabinoide a funcionar corretamente são:
- Ômega-3: presente em peixes como sardinha, atum e salmão;
- Probióticos: os lactobacilos são bactérias que estão relacionadas à saúde do trato digestivo e ajudam na produção de endocanabinoides;
- Antioxidantes: presentes nas frutas cítricas, vermelhas e amarelas, como morango, laranja e abacaxi. Também estão nos vegetais como brócolis e couve-flor.
Por meio destes alimentos, pode-se ter uma melhor resposta ao estresse, um sono mais restaurador e uma sensação de bem-estar geral.
A Medicina Canabinoide e sua relação com o sistema endocanabinoide
Nos últimos anos, a medicina canabinoide tem se mostrado cada vez mais eficaz no tratamento de diversas doenças.
Este é um ramo que se dedica ao estudo dos compostos canabinoides, sua relação com o sistema endocanabinoide e os principais benefícios para a saúde humana.
Dentre as principais doenças tratadas pela medicina canabinoide, podemos destacar:
- Síndrome de Dravet;
- Epilepsia refratária;
- Esclerose múltipla;
- Doença de Huntington;
- Parkinson;
- Alzheimer.
Esse ramo também é eficaz no tratamento da dor crônica, doenças neurodegenerativas, ansiedade e depressão.
Para isso, são utilizados medicamentos com THC e CBD, além de outros compostos canabinoides presentes nas plantas medicinais.
O sistema endocanabinoide e a Cannabis Medicinal
Uma série de estudos clínicos dão conta da relação entre o sistema endocanabinoide e a Cannabis para fins medicinais.
Algumas enfermidades, como Doença de Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla e autismo, tiveram respostas positivas em seus tratamentos depois do uso de CBD.
Ou seja, há evidências de que o sistema endocanabinoide e mais de 100 canabinoides que, em sinergia, promovem benefícios à saúde humana, ajudando a aumentar o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes.
Quais doenças podem ser tratadas com o canabidiol?
Diversas doenças podem ser tratadas com canabidiol. É preciso lembrar que ainda faltam pesquisas que apontem dados exatos. Mas, há uma extensa lista de doenças que podem ser tratadas utilizando o CBD como substância ativa.
Veja algumas delas:
- Ansiedade
- Artrite reumatoide
- Artrose
- Autismo
- Câncer
- Dependência química
- Depressão
- Dermatites, acne e psoríase
- Diabetes
- Doença de Alzheimer
- Doença de Parkinson
- Doenças gastrointestinais
- Dor neuropática
- Dores de cabeça
- Endometriose
- Enxaqueca
- Epilepsia
- Esclerose múltipla
- Fibromialgia
- Glaucoma
- Insônia
- HIV
- Lesões musculares
- Obesidade
- Osteoporose
- Paralisia cerebral
- Síndrome de Tourette
- Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
- Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT)
- Doenças veterinárias.
Onde buscar ajuda para tratamento à base de Cannabis Medicinal?
Qualquer tratamento realizado à base de Cannabis no Brasil deve ser feito mediante prescrição médica. Nesse sentido, há comprovações ou indicações científicas sobre o uso da cannabis medicinal para uma série de doenças.
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Principais dúvidas sobre o sistema endocanabinoide
Confira abaixo a resposta para as principais dúvidas sobre o sistema endocanabinoide.
O que é CB1 e CB2?
CB1 e CB2 são os dois tipos principais de receptores do sistema endocanabinoide. São como “estações” ou locais de ligação, presentes em diversos tipos de células em todo o organismo.
Os receptores CB1 encontram-se maioritariamente ao longo do sistema nervoso, embora também apareçam em muitas outras áreas. Até agora, a investigação identificou receptores CB1 nas seguintes áreas do corpo:
- Cérebro
- Medula espinal
- Células adiposas
- Fígado
- Pâncreas
- Músculos esqueléticos
- Trato gastrointestinal
- Sistema reprodutor
Os receptores CB2 aparecem em quantidades muito inferiores ao longo do corpo. Estes locais encontram-se principalmente no sistema imunológico, mas também aparecem em concentrações mais baixas noutras áreas importantes do corpo.
Os pesquisadores encontraram os receptores CB2 nas seguintes áreas do corpo:
- Células imunitárias
- Trato gastrointestinal
- Fígado
- Células adiposas
- Ossos
- Sistema reprodutor
Os canabinoides podem se ligar, bloquear ou moldar a atividade destes receptores, produzindo assim os efeitos terapêuticos desejados. O CBD também pode estimular indiretamente os receptores CB1 e CB2 aumentando os níveis séricos de anandamida.
Como o canabidiol age no cérebro?
O canabidiol interage com o sistema endocanabinoide por meio do receptor CB2. Diferentemente do THC, ele não diminui a atividade nos neurônios em que atua, podendo até anular os efeitos dele no organismo.
Os pesquisadores descobriram que o canabidiol aumenta o fluxo sanguíneo no hipocampo, a área do cérebro responsável pela memória e pela aprendizagem.
Também foi descoberto a elevação de fluxo sanguíneo para a parte da seção do cérebro responsável pela tomada de decisões.
Nessas pesquisas, há evidências de que o principal efeito do CBD no cérebro é a redução de inflamação, que está relacionada a doenças como Alzheimer, ansiedade, depressão e epilepsia, entre outras.
Quanto tempo leva para o canabidiol fazer efeito?
O tempo necessário para o CBD produzir efeitos varia de uma pessoa para outra. Também é preciso considerar a via de administração e dosagem na forma de medicamento.
A absorção sublingual consiste em colocar o número de gotas prescritas pelos médicos embaixo da língua e deixá-las ali entre 60 a 90 segundos.
Assim, ele é absorvido pela membrana mucosa da boca, aquela parte mais mole que fica sobre a língua.
Além da absorção sublingual é possível ingerir o óleo de CBD junto com alimentos ou simplesmente engolindo diretamente as gotas.
De qualquer forma, estima-se que, quando ingerido via oral ou na absorção sublingual, ele possa fazer efeito em cerca de 30 minutos a uma hora.
A maneira mais rápida de obter os efeitos do canabidiol é inalando. Seja através do fumo ou da vaporização, ele entra diretamente nas correntes sanguíneas, através dos pulmões.
Isso provoca uma resposta imediata no organismo, que pode gerar efeitos nos minutos seguintes ou até meia hora depois.
Quando inalado, apresenta maior biodisponibilidade, podendo produzir efeitos dentro de apenas 5 minutos.
Quais plantas possuem canabinoides?
Os canabinóides são compostos naturais encontrados em diferentes espécies de plantas, mais frequentemente na Cannabis Sativa.
Dos mais de 500 compostos diferentes presentes numa planta, apenas cerca de 66 estão classificados como canabinóides.
Historicamente, pensava-se que os canabinóides eram exclusivos da planta da cannabis. Contudo, isto não é totalmente verdade, e há outras espécies vegetais capazes de produzir compostos muito semelhantes aos canabinóides.
Assim, estes compostos são capazes de interagir com o sistema endocanabinoide e influenciá-lo de forma muito semelhante.
Cerca de 140 espécies vegetais diferentes apresentam compostos canabinoides.
Quem não pode tomar CBD?
Assim como qualquer substância, o nosso organismo processa os componentes do CBD de diferentes uns dos outros. Existem vários motivos para isso, entre eles estão:
- Fatores genéticos: Algumas pessoas concentram uma maior quantidade de endocanabinoide que outros. Isso no processamento da substância e, por consequência, nos efeitos;
- As mulheres são mais biológicas ao CBD do que os homens, devido à maior produção de gênero no organismo;
- Estilo de vida: os níveis de sede ou de atividades físicas também. Quem pratica mais exercícios, produz mais endocanabinoides;
- Estado de saúde: Medicamentos e tratamentos podem produzir mudanças na bioquímica, o que pode influenciar a saúde nas respostas aos endos;
- Percentual de gordura corporal: Quem tem maior índice de massa corporal precisa de doses maiores para sentir os efeitos do canabidiol.
- Tolerância pessoal: O tempo de uso também é um fator de influência, sempre quem usa o CBD regularmente responde de forma diferente que usa de forma esporádica.
O que se tem até agora é uma série de indícios e estudos que apontam efeitos positivos do CBD em diferentes situações de tratamentos, doenças e dores crônicas.
Por outro lado, também pela carência de mais estudos, são levantados possíveis alertas em relação ao uso da substância, geralmente associadas a altas dosagens ou ao uso sem acompanhamento médico.
O que é óleo de CBD?
O processo de extração do canabidiol leva a produzir um óleo rico em canabinoides, cujas concentrações variam, dependendo da espécie da planta e outros fatores.
Esse é o chamado óleo de CBD, utilizado para os mais variados fins, desde terapêuticos até nutricionais e estéticos.
Por atuar sobre o receptor CB1, o canabidiol é capaz de evitar a atividade neuronal excessiva, ajudando a relaxar e reduzir os sintomas associados com a ansiedade, além de regular também a percepção de dor, a memória, a coordenação e a capacidade cognitiva.
Conclusão
O sistema endocanabinoide poderia perfeitamente ser considerado como uma das descobertas do século.
Como vimos ao longo deste conteúdo, sem saber nada sobre ele, estaríamos privados de uma série de tratamentos com CBD.
Além de eficazes, os óleos de CBD apresentam ainda outra vantagem considerável: seus poucos efeitos adversos.
Com o avanço da regulamentação no país, um novo horizonte se abre no Brasil para o uso dessa substância em medicamentos comercializados em farmácias e drogarias.
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