Foram seis meses de diarreia, dores abdominais e intensa perda de peso até Gabriel Bandeira Coelho, então aos 18 anos, recebesse o diagnóstico de doença de Crohn.
Condição inflamatória crônica que afeta principalmente o trato gastrointestinal devido à uma irregularidade no sistema imunológico, a doença de Crohn pode afetar da boca ao ânus. Essa característica pode levar a complicações graves, como obstrução intestinal, fístulas e perfuração intestinal.
Os períodos de atividade da doença de Crohn, conhecidos como “crises” são marcados por inflamação aguda do trato gastrointestinal, que pode durar semanas ou meses. São frequentemente intercaladas por períodos de remissão, nos quais os sintomas diminuem ou desaparecem temporariamente.
“Durante dois anos, fiquei alternando entre uma ou duas crises por ano. Até que em 2010, eu fiz uma ileostomia e retirei um pedaço de 28 centímetros na porção final do intestino e comecei a fazer tratamento com os medicamentos biológicos, que uso até hoje.”
Qualidade de vida na doença do Crohn
As intervenções terapêuticas, no entanto, não resolviam totalmente os sintomas, restando prejuízos à sua qualidade de vida. “Um dos maiores problemas da doença de Crohn é as seguidas idas ao banheiro. Isso atrapalha demais, pois eu comecei a ter pânico de sair de casa, com medo de que não desse tempo de chegar ao banheiro.”
Com o tratamento psiquiátrico, iniciado em 2015, controlou o pânico, mas o problema persistiu. “Eu sou professor e, às vezes, no meio da aula, me vem o desconforto intestinal. Então acaba atrapalhando o trabalho também.”
Em 2017, uma nova cirurgia, dessa vez para corrigir uma fístula perianal. Nenhuma abordagem cuidava das suas frequentes inflamações na parte final do reto, que acarretavam constantes secreções.
A Cannabis medicinal no tratamento de doença de Crohn
Quando já completava 12 anos do diagnóstico de doença de Crohn, Gabriel começou a se interessar cada vez mais sobre uma abordagem promissora: a Cannabis medicinal.
Pesquisou sobre a ação dos canabinoides no sistema imunológico e marcou uma consulta com um médico prescritor de Cannabis e, em setembro de 2021, deu início ao tratamento.
“Os efeitos positivos começaram a aparecer cinco meses depois. Como eu tinha secreção, eu não conseguia caminhar muito tempo. Tinha que estar sempre de carro e atrapalhava bastante até para fazer um passeio com a família. Com a Cannabis, a secreção acabou!”
“Em outubro do ano passado, quando completei um ano de tratamento, fiz exames e as inflamações tinham diminuído significativamente. Os exames de sangue também demonstraram que a doença estava estabilizada.”
“Embora ainda tivesse alguns sintomas, como eventuais diarreias, a acentuação dos sintomas proporcionou uma qualidade de vida muito maior. Ganhei peso e não tive mais crise a ponto de sentir febre e ficar acamado, como acontecia antes. Eu diria que estou 90% melhor dos sintomas da doença de Crohn.”
Aos 33 anos, Gabriel exemplifica a afirmação de muitos médicos de que a Cannabis proporciona uma melhora integral do paciente. “Sou muito ansioso também. Isso me atrapalha para dormir, pois acordava muito de madrugada. Eu não tomo mais nenhum tipo de ansiolítico, com o CBD, consegui regular o meu sono, o que é super importante para o metabolismo.”
”Se não dorme direito, o metabolismo não funciona, o organismo não se recupera e vai acentuando muito o processo inflamatório. Melhorou sono, sintoma e, por conta disso, muitas outras coisas, como o desempenho no trabalho.”
Psíquico e físico
“A Cannabis em minha doença é um processo de ruptura. Existe um Gabriel antes e depois da Cannabis. Eu era um Gabriel que tinha dificuldades de manter práticas super comuns, como uma caminhada de 300 metros, que já era uma tortura. Um cara que dormia mal, estressado, com ansiedade, que afetava o Crohn. A Cannabis, a partir do momento que começou a fazer efeito, transformou minha qualidade de vida.”
“Acabou com a dor abdominal e as secreções. Acho interessante que ficou comprovada a eficiência. Poderia até ser um efeito placebo, mas os exames confirmam que houve uma diminuição significativa das inflamações. Tanto a colonoscopia, a tomografia computadorizada, exames de fezes e de sangue.”
“A Cannabis tem sua importância medicinal como um complemento dos outros tratamentos que faço. Ela é um marco importante do meu tratamento e não me vejo mais sem ela. É visível como eu melhorei do ponto de vista psíquico e físico.”
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O tratamento de Gabriel é acompanhado pelo médico Alexandre Assuane Duarte. Clique aqui para conhecer mais sobre o médico prescritor de Cannabis medicinal e agende sua consulta.
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