A medicina foi uma escolha fácil para Caio Augusto Yano. Vindo de uma família de médicos, buscava seguir o exemplo e proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas. A opção pela ortopedia seguiu a lógica, já que seria uma área em que essa melhora seria mais evidente.
“Era onde eu teria um resultado mais rápido, como em uma fratura. Mas, após entrar na ortopedia, eu vi que não era muito bem assim. A gente pode tratar de uma certa forma, mas uma das queixas mais comuns dos pacientes é a dor, que tem manuseio muito complicado, pois cada pessoa vai ter uma resposta.”
“Eu vi que o arsenal que a gente tem de medicações alopáticas podia deixar a desejar em algum momento, quanto ao tratamento e melhora do paciente. Foi aí que eu fui pesquisar alguma área nova.”
Uma alternativa na ortopedia
Sempre aberto ao conhecimento advindo de práticas alternativas, como as ervas que sustentam a medicina chinesa, logo despertou para os benefícios de uma planta cada vez mais popular. “Eu me deparei com a terapia canábica para o controle da dor.”
“Houve o avanço de pesquisas antigas, que ficaram paradas durante muito tempo, por preconceito pela planta, mas eu sempre tive para mim que é uma planta como qualquer outra e que pode trazer frutos. O que difere o remédio do veneno é a dose.”
Então, a partir daí, ele decidiu se dedicar aos estudos sobre os medicamentos canabinoides e sua atuação no sistema endocanabinoide. Logo estava pronto para iniciar o tratamento junto aos seus pacientes.
“A gente vai vendo pelos estudos que é uma medicação muito segura. Lógico que não é uma panaceia. Não é uma medicação que vai ser perfeita para todo mundo, mas que atua em várias frentes.”
Ortopedia integral
Há dois cerca de dois anos trabalhando com a prescrição de Cannabis medicinal, Yano se atém a indicar o tratamento, exclusivamente, para pacientes adultos com condições ortopédicas – apesar da subespecialidade em ortopedia infantil, para esses, a abordagem é mais conservadora. No entanto, isso não impede de observar a abrangência dos benefícios terapêuticos da Cannabis.
“Você trata o paciente como um todo. Não como uma perna ou um braço doendo. O paciente tem um cunho social, que pode alterar a percepção dessa dor. Às vezes, está com o psicológico abatido, uma depressão… Então, temos que olhar o paciente como um todo. A alimentação, a atividade física. Não é tomar uma Dipirona. É algo um pouco a mais.”
No tratamento com a Cannabis medicinal, o médico precisa manter um acompanhamento próximo do paciente. O sistema endocanabinoide de cada organismo terá uma resposta diferente diante os fitocanabinoides da planta.
“O mesmo tratamento que eu adoto para um, não vai ser para todos. É necessário um cuidado mais íntimo com o paciente. Observar como está sendo a melhora. Isso traz um pouco da essência do porquê a gente quis ser médico. Uma medicina mais pessoal, menos maquinada. Consigo tratar o paciente como um todo, não uma patologia.”
Ortopedia com resultado
Dessa forma, acumula bons resultados. “Tem uma paciente com uma dor crônica na lombar de difícil tratamento e que não estava conseguindo andar muito bem. A gente introduziu a Cannabis, junto com a fisioterapia, e está muito bem. Já fez um ano de tratamento e recuperou a mobilidade, melhorou a marcha e retornou ao seu meio social.”
“Uma outra: com uma dor neuropática de longa data, que tinha muita crise de ansiedade e depressão , o que piorava o quadro álgico dela. A gente conseguiu, com a mesma medicação, tratar o quadro depressivo e a dor.”
Em sua rotina, o ortopedista prescreve Cannabis principalmente para casos de fibromialgia, dor lombar e lesão do manguito rotador sem indicação cirúrgica.
“Os efeitos adversos que observei são poucos. Sonolência, um pouco de cansaço, mas é ajustar o tratamento. Tiveram pacientes que suspenderam o tratamento, porque não estavam evoluindo, mas foram poucos.”
Todos os médicos
Yano conta que, ao longo dos dois anos em que prescreve Cannabis medicinal, observou poucos casos de preconceito, já que os pacientes que o procuram geralmente já tentaram uma gama ampla de tratamentos ineficazes.
Para os profissionais da saúde que ainda mantém restrição em relação ao medicamento canabinoide, o recado é inequívoco: “A prescrição de medicamento à base dos canabinoides é algo que todo médico deve saber. É uma ferramenta a mais, como qualquer outro tipo de medicação, para um possível sucesso no tratamento do paciente.”
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