O potencial anti-inflamatório da Cannabis pode ser a resposta para quem busca o melhor tratamento para Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), enfermidades crônicas, que afetam o trato gastrointestinal.
Maio Roxo: mês dedicado à conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais
Atualmente, estamos iniciando o Maio Roxo, mês dedicado à conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII). As principais doenças inflamatórias intestinais são a doença de Crohn e a colite ulcerativa, sendo que as duas se caractrerizam por inflamação crônica do trato gastrointestinal.
A princípio, essas doenças são causadas por um desequilíbrio no sistema imunológico do corpo, que leva a uma inflamação excessiva do trato gastrointestinal. Consequentemente, os sintomas incluem dor abdominal, diarreia, perda de peso, fadiga e sangramento retal. Embora a causa exata das DII ainda não seja completamente compreendida, acredita-se que fatores genéticos e ambientais possam desempenhar um papel importante na sua ocorrência.
Assim, o tratamento das DII pode incluir medicamentos para reduzir a inflamação e controlar os sintomas. Por outro lado, recomenda-se mudanças na dieta e estilo de vida. Por fim, em casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária. É importante que as pessoas com suspeita de DII procurem um gastroenterologista, para obter um diagnóstico correto e um plano de tratamento individualizado.
A conscientização sobre as DII é essencial para ajudar a educar a população sobre essas doenças e aumentar a compreensão sobre seus efeitos físicos e emocionais. Por isso, durante o mês de Maio Roxo, várias organizações ao redor do mundo promovem campanhas, para aumentar a conscientização sobre as DII. Além disso, também procuram fornecer suporte para aqueles que vivem com essas doenças.
Importância do eixo intestino-cérebro e o potencial dos canabinoides
“Primeiramente, para evitar qualquer patologia intestinal, temos que entender que nosso intestino é nosso segundo cérebro”, explica Dra. Silvia Pereira, médica pioneira nos estudos da medicina canabinoide. Segundo a Dra. Silvia, o eixo intestino-cérebro é uma conexão biológica e complexa entre o trato gastrointestinal (intestino) e o sistema nervoso central (cérebro). Em resumo, essa conexão é mediada por uma variedade de sinais químicos e neurais, que permitem a comunicação entre esses dois sistemas.
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“É preciso cuidar do intestino como se fosse algo precioso, onde tudo é absorvido. Você pode ver pessoas que têm ansiedade, depressão e insônia, também têm essa ocorrência de alimentação errada”, destaca.
Mas porque chamam o intestino de segundo cérebro?
Por que será que quando nos sentimos nervosos, temos aquela sensação de “frio na barriga”? “Sempre tem alguma conexão emocional com o nosso intestino”, explica Dra. Silvia.
Em outras palavras, é por causa da relação entre cérebro e intestino. Assim, ao contrário do que muitas pessoas acham, não há independência entre os nossos sistemas. Todos eles trabalham juntos, simultaneamente, com o objetivo de garantir que as nossas funções vitais funcionem da forma como deveriam. Neste sentido, já sabemos que o sistema endocanabinoide é amplamente expresso no intestino.
O eixo intestino-cérebro é bidirecional, o que significa que tanto o intestino quanto o cérebro podem enviar sinais um para o outro. O intestino pode enviar sinais para o cérebro através de neurotransmissores, hormônios e até mesmo bactérias intestinais, que são capazes de produzir substâncias químicas que afetam o humor e o comportamento. Por sua vez, o cérebro pode enviar sinais para o intestino que afetam a digestão, a motilidade intestinal e até mesmo a permeabilidade intestinal.
O desequilíbrio no eixo intestino-cérebro pode contribuir para uma variedade de distúrbios, incluindo doenças gastrointestinais, transtornos de humor e distúrbios alimentares. A compreensão da conexão entre o intestino e o cérebro pode levar a novos tratamentos para essas condições, incluindo o uso de probióticos, prebióticos e mudanças na dieta, para afetar positivamente a microbiota intestinal e o equilíbrio do eixo intestino-cérebro.
Potencial da Cannabis para o tratamento de doenças intestinais
“Entro com a Cannabis para ajudar no tratamento do paciente. Especificamente com o CBD, o CBG, e também um full spectrum, que atuam como um anti-inflamatório altamente potente”, explica Dra. Silvia. Para ela, as comprovações dos benefícios dos canabinoides para saúde intestinal já estão mais que consolidadas.
Especificamente para a Doença de Crohn, um estudo realizado na Inglaterra, chamado The effect of medical cannabis in inflammatory bowel disease: analysis from the UK Medical Cannabis Registry , identificou que o uso diário de produtos à base de Cannabis está associado à melhora dos sintomas, em pacientes com doença inflamatória intestinal.
Os investigadores britânicos avaliaram a segurança e a eficácia dos produtos de Cannabis em 76 pacientes diagnosticados com doença de Crohn ou colite ulcerativa.
Os participantes da pesquisa tinham prescrição médica, registro no UK Cannabis Medicinal e consumiram óleos de cannabis, flores com predominância de THC ou ambos, por um período de três meses.
Os autores relataram que o início da terapia com medicamentos à base de Cannabis se associa a uma melhora na qualidade de vida de curto prazo dos pacientes. “Observamos melhorias estatisticamente significativas em resultados específicos e gerais de qualidade de vida para pessoas com doença inflamatória intestinal em 1 e 3 meses após o início do tratamento”, informa o estudo.
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