O autismo foi incluído pela primeira vez no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais em 1980, sendo até então compreendido como uma condição exclusivamente pediátrica. Essa perspectiva resultou em décadas de subdiagnóstico ou diagnóstico equivocado de muitos adultos.
A prevalência do autismo em adultos aumentou nos últimos anos, principalmente entre homens, com quatro vezes mais diagnósticos do que mulheres. No Brasil, estima-se que 4 milhões de adultos tenham autismo.
Com o avanço no entendimento sobre o transtorno do espectro autista (TEA) e sua prevalência, a identificação tardia tornou-se um tema de relevância nas pesquisas sobre o transtorno.
No entanto, ainda há carência de ferramentas diagnósticas confiáveis e precisas para faixas etárias mais avançadas.
Então, para entender melhor a respeito do autismo em adultos, prossiga com a leitura e aprenda sobre:
- O autismo em adultos no Brasil e no mundo
- Quais são os sintomas do autismo em adultos?
- Quais são os principais desafios do diagnóstico de autismo em adultos?
- Como funciona o tratamento do autismo em adultos?
- A Cannabis medicinal no tratamento do autismo
- Como lidar com o autismo na fase adulta?
O autismo em adultos no Brasil e no mundo
De acordo com o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), o autismo é caracterizado por desafios na interação social, dificuldades de comunicação e a presença de comportamentos repetitivos e restritos, manifestados desde os primeiros anos de vida.
Embora esses sinais sejam comuns a todos os casos, eles variam em intensidade. Por isso, utiliza-se o termo “espectro” autista, que abrange desde manifestações leves até formas mais graves.
Normalmente, o autismo é diagnosticado na infância. Esse fator favorece o tratamento e o desenvolvimento dessas crianças. Em contrapartida, não é comum diagnosticar o autismo em adultos.
A razão para isso é que não há muitas pesquisas sobre autismo nessa fase e na terceira idade, ou mesmo sobre os impactos da velhice no transtorno do espectro autista.
No entanto, há casos em que o autismo em adultos é descoberto tardiamente. Às vezes, isso acontece quando procuram médicos para tratar seus filhos, sobrinhos, primos – e o especialista recorre a um histórico familiar.
Em matéria publicada pela revista Galileu, a neuropsicóloga Joana Portolese, do Instituto PENSI, afirmou que entre 37% e 46% dos adultos descobrem o transtorno ao sentirem sinais de ansiedade ou depressão.
Ainda segundo Portolese, o diagnóstico tardio não significa que o paciente tem um grau mais leve de TEA. Às vezes, isso se deve somente a uma evolução lenta da ciência no entendimento da doença.
Essas pessoas podem enfrentar dificuldades no trabalho, por não evoluírem conforme o esperado ou por não interagirem tão bem com os colegas.
Em geral, como acontece com crianças, apresentam problemas de comunicação, socialização, estereotipias e sensibilidades sensoriais.
Quais são os sintomas do autismo em adultos?
Há alguns sinais que podem indicar autismo nos adultos, que incluem: ingenuidade extrema, dificuldade em apreender sinais sociais e entender ironias, e uma obsessão pela rotina.
Além destes sintomas, dificuldades em certas áreas podem levantar a hipótese de TEA, por exemplo:
1. Interação
Pessoas com autismo, em geral, têm interesses bem restritos – ou gostam muito ou simplesmente não se interessam por determinados assuntos. É o chamado hiperfoco.
Quando interagem com outras pessoas, eles tendem a falar apenas sobre o que lhes chamam a atenção.
Em vídeo sobre o assunto, Mayra Gaiato, especialista em autismo infantil, conta que, muitas vezes, esses adultos iniciam um monólogo e não um diálogo, tamanha a paixão pelo tema.
Do mesmo modo, os assuntos são iniciados quase sempre fora de contexto – uma roda de colegas bate papo sobre música, por exemplo, e a pessoa muda o foco para carros autônomos.
Segundo ela, os adultos com autismo também não sabem modular o tom de voz. Pode acontecer de falarem da mesma maneira quando estão em um velório ou em uma festa de aniversário, por exemplo.
Além disso, pacientes atípicos não conseguem olhar diretamente nos olhos de outras pessoas enquanto conversam.
2. Socialização
Muitas vezes é difícil para adultos com autismo ver as coisas de outro ponto de vista e interpretar comunicações não verbais, como revirar os olhos, encolher os ombros ou outras expressões faciais.
Em geral, não compreendem ironia ou duplo sentido. Por isso, apresentam uma ingenuidade extrema, acreditando em tudo o que lhe contam.
Devido a isso, não sabem o que outras pessoas esperam deles – e seus companheiros amorosos tendem a reclamar da falta de romantismo.
Podem soar, muitas vezes, insensíveis por não entenderem que determinado assunto precisa ser tratado com mais cuidado.
“Um adulto com autismo é muito sincero. Costumam ser invasivos demais ou insensíveis, por serem muito diretos e literais no que entendem que pode e deve ser feito”, explica Gaiato no vídeo.
Assim, é comum que tenham dificuldades em compreender quando estão sendo desagradáveis ou inconvenientes. Quando as pessoas dão sinais de que não querem a presença dele ou dela ali, a pessoa simplesmente não percebe.
3. Funcionamento
O funcionamento geral de uma pessoa se refere a habilidades e competências relacionadas a planejamento, organização, manutenção da atenção e autorregulação.
No entanto, pessoas com autismo gostam muito de rotinas. Quando algo foge do controle, ficam muito incomodadas e irritadas.
Assim, há um certo grau de dificuldade no trabalho, uma vez que qualquer proposta de mudanças no planejamento causa desconforto.
Elas também podem desenvolver comportamentos repetitivos, como horários e atividades restritos, organização rígida de ambientes ao redor, e interesses ou obsessões intensas por horários.
4. Sensibilidade
O transtorno do espectro autista costuma causar alterações sensoriais. Há quem tenha, por exemplo, sensibilidade extrema com brilho e luzes.
Normalmente, elas se incomodam muito com determinados cheiros, sons e texturas de tecidos devido à hipersensibilidade.
Pode haver também o oposto – hipossensibilidade. Nesses casos, o adulto com autismo gosta de tocar, cheirar, e busca sons altos e oscilações de luzes.
Quais são os principais desafios do diagnóstico de autismo em adultos?
Atualmente, não existem testes laboratoriais específicos para diagnosticar o autismo. A avaliação é feita por meio de questionários e observações, com o objetivo de identificar os sintomas presentes e determinar sua gravidade.
Vale destacar que nem todos os adultos que percebem sinais de autismo optam por buscar um diagnóstico formal. Essa decisão é pessoal.
No entanto, consultar um médico é útil para compreender e lidar melhor com os sintomas, mesmo sem a confirmação clínica do transtorno.
O Dr. Clay Brites, do Neurosaber, explicou em uma live como costuma fazer o diagnóstico de autismo em adultos.
De acordo com ele, é preciso lembrar que essas pessoas têm mais risco de desenvolver doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, e problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão profunda.
Além disso, apresentam desajuste social a longo prazo, com problemas nos relacionamentos pessoais e profissionais.
Segundo Brites, um dos desafios é que o diagnóstico pode vir “maquiado ou embaçado por outras questões”.
“Pode vir como oscilações de humor, esquizofrenia ou outras questões psiquiátricas que podem estar associadas ao autismo ou não”, conta.
Por isso, é importante retornar à infância e adolescência do adulto que possivelmente tem um autismo ainda não diagnosticado.
“Um adulto não se tornou autista tardiamente, já tinha características na infância. Quando suspeito, pergunto ao paciente como era na infância”, explica Brites.
“Mando um roteiro de perguntas à mãe ou ao cuidador que teve maior protagonismo. Pergunto como interagia, se teve atrasos de interação e comunicação, se tinha estereotipias, manias, transtorno alimentar, problemas de sono, comportamentos estranhos.”
Após receber um diagnóstico de autismo, o adulto colabora com seu médico para identificar tratamentos e serviços direcionados para suas necessidades.
Como funciona o tratamento do autismo em adultos?
O autismo apresenta uma variedade de características, e cada indivíduo com autismo possui uma combinação única de traços. Isso significa que os tipos de suporte desejados ou necessários podem variar de pessoa para pessoa.
As necessidades e o nível de intervenção também diferem. Alguns adultos com autismo vivem de maneira bastante autônoma, enfrentando apenas desafios pontuais.
Outros, no entanto, necessitam de suporte contínuo, enquanto há quem esteja em algum ponto intermediário entre esses extremos.
Ao considerar as adaptações necessárias, é útil refletir sobre as principais características associadas ao autismo.
Por exemplo, o uso de fones de ouvido com cancelamento de ruído pode ser uma necessidade para lidar com o dia a dia, mas também pode impactar a interação com outras pessoas.
Em todo caso, o tratamento para autismo em adultos se concentra em:
Abordagem psicoterapêutica
A terapia é uma ferramenta para lidar com diversos desafios. Muitas pessoas, em algum momento da vida, podem se beneficiar desse tipo de suporte.
A escolha da terapia depende da área da vida que você deseja trabalhar. Para adultos com autismo, as terapias costumam ajudar tanto com os sintomas de TEA quanto com outras condições associadas. Algumas opções incluem:
- Terapia fonoaudiológica: possibilita melhorar a comunicação verbal (fala) e não verbal (como gestos ou símbolos visuais).
- Terapia ocupacional: para auxiliar nas tarefas do dia a dia.
- Treinamento de habilidades sociais: permite desenvolver habilidades de conversação e aprendizado socioemocional.
- Terapia de integração sensorial: ajuda na regulação das respostas sensoriais.
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): para lidar com situações sociais e reconhecer emoções.
Abordagem farmacoterapêutica
Embora o autismo em si não seja tratado com medicamentos, algumas condições associadas podem ser gerenciadas dessa forma.
Por exemplo, dificuldades com atenção e memória de trabalho podem estar relacionadas ao transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Nesses casos, medicamentos como metilfenidato ou lisdexanfetamina costumam ser indicados para melhorar a atenção e reduzir a hiperatividade.
Alterações de humor podem indicar depressão, que normalmente é tratada com antidepressivos como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), por exemplo, fluoxetina ou sertralina.
A necessidade de realizar rituais costuma estar associada ao transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Para esse quadro, também são frequentemente usados antidepressivos ISRS, como clomipramina ou paroxetina.
Se determinados comportamentos ou tendências estão interferindo na sua qualidade de vida, é importante buscar a orientação de um médico para identificar se eles são causados por condições tratáveis com medicamentos.
A Cannabis medicinal no tratamento do autismo
Vinicius Barbosa, renomado psiquiatra e especialista experiente em medicina canabinoide, considera a Cannabis “uma das melhores opção para autismo em adultos”. E ele explica os motivos.
Segundo o psiquiatra, a Cannabis não ajuda apenas nos sintomas comuns do autismo, como agressividade, distúrbios do sono, problemas psicomotores, como também melhora sintomas centrais.
Para Barbosa, é cada vez mais claro que o processo neuroinflamatório vem de um desequilíbrio entre excitação e inibição cerebral. E a Cannabis pode agir na modulação do sistema nervoso.
“Não cura, mas pode reduzir substancialmente os sintomas do autismo”, comentou ele.
A respeito disso, há muitas evidências científicas de que o Canabidiol, um dos principais canabinoides da Cannabis, regula as atividades neuronais em indivíduos atípicos.
Os pesquisadores acreditam que pessoas com TEA sofrem o mesmo desequilíbrio cerebral que pessoas com epilepsia. Para funcionar bem, o cérebro conta com neurônios excitatórios e inibitórios.
Na prática, um ativa e o outro acalma. Juntos eles equilibram o ambiente cerebral, e fazem com que a informação flua pelo sistema nervoso.
De acordo com a Teoria do Mundo Intenso, do pesquisador Henry Markram, o excesso de ativação neuronal na mente de pessoas atípicas gera um ganho extremo de intensidade na percepção dos estímulos sensoriais.
Outra pesquisadora, Adit Shankardass, encontrou focos cerebrais de atividade epileptiforme em crianças com TEA, as quais chamou de “hidden seizures”.
Isso tornaria as crianças incapazes de conexões com o mundo exterior, mesmo na ausência de ataques ou convulsões. E o sistema endocanabinoide trabalha justamente nessa regulação da atividade neuronal.
Em pacientes atípicos, quando a atividade neuronal excessiva ocorre, endocanabinoides são produzidos em resposta, o que faz a atividade excessiva dos neurônios se tranquilizar, cessando sintomas como agressividade e hipersensibilidade.
Quais estudos comprovam a eficácia da Cannabis para autismo?
Uma revisão sistemática de 2022 foi conduzida para avaliar os efeitos clínicos da Cannabis em adultos com transtorno do espectro autista (TEA). A busca em bases de dados resultou na seleção de nove estudos.
Esses estudos indicaram que produtos derivados de Cannabis podem aliviar sintomas como hiperatividade, automutilação, raiva, problemas de sono, ansiedade, irritabilidade e agressividade.
Também houve melhorias na cognição, sensibilidade sensorial, atenção, interação social e linguagem. Efeitos adversos comuns incluíram distúrbios do sono, nervosismo e alterações no apetite.
Apesar de promissores, os autores reforçam a necessidade de ensaios clínicos rigorosos para confirmar essas descobertas.
Outro ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo com 60 crianças (5 a 11 anos) confirmou esses achados.
Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu extrato de Cannabis rico em CBD e o outro, placebo, por 12 semanas.
A análise estatística dos dois grupos revelou melhorias substanciais na interação social, ansiedade, agitação psicomotora, número de refeições e concentração.
Apenas 9,7% das crianças no grupo de tratamento relataram efeitos adversos leves, como tontura, insônia, cólicas e aumento de peso.
Esses achados sugerem que a Cannabis pode ser viável para aliviar sintomas do TEA tanto em adultos quanto em crianças, a fim de melhorar aspectos-chave da qualidade de vida dessas pessoas, com perfil de segurança favorável.
Vantagens de recorrer ao tratamento do autismo adulto com Canabidiol
O uso de Canabidiol como alternativa terapêutica é vantajoso porque oferece uma experiência mais leve em comparação com medicamentos convencionais.
O Canabidiol tende a ser melhor tolerado pelo organismo que muitos medicamentos, reduzindo os impactos negativos que podem comprometer o dia a dia do paciente.
Ao invés de focar apenas em sintomas específicos, o tratamento com Canabidiol trabalha de forma integrada, promovendo equilíbrio no sistema nervoso.
Ele pode ajudar a aliviar sintomas como irritabilidade, ansiedade e alterações de humor, ao mesmo tempo que estimula uma sensação de bem-estar.
Em outras palavras, pesquisas indicam que o uso do Canabidiol traz benefícios para um conjunto diversificado de dificuldades associadas ao autismo.
Desde a redução de episódios de crises até a melhora no foco e no comportamento adaptativo, o tratamento vai além do alívio pontual, abrangendo questões mais profundas do transtorno.
Como iniciar um tratamento complementar com a Cannabis medicinal?
Iniciar um tratamento com Cannabis medicinal requer planejamento, pesquisa e orientação adequada. O primeiro passo é encontrar um profissional de saúde qualificado e experiente no uso terapêutico da planta.
Apesar de alguns médicos ainda hesitarem em prescrever Canabidiol, existem profissionais que acompanham estudos recentes e reconhecem os benefícios desse tipo de terapia.
Para facilitar essa busca, o portal Cannabis & Saúde é uma excelente ferramenta. Mantemos uma lista atualizada de médicos credenciados e especializados em tratamentos com Cannabis medicinal.
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Após identificar o especialista ideal, o próximo passo é agendar a consulta e levar seu histórico clínico detalhado.
Durante o atendimento, o médico avaliará se o Canabidiol se aplica a você e, em caso positivo, indicará o produto mais adequado, seja óleo, cápsula ou outro formato, considerando dosagens e concentrações de compostos.
Uma vez com a prescrição em mãos, o paciente pode adquirir o produto em farmácias autorizadas ou importadoras regulamentadas, dependendo do que foi prescrito.
Com ferramentas como o Cannabis & Saúde e o acompanhamento médico adequado, a jornada se torna mais segura e acessível, trazendo resultados na qualidade de vida de muitos pacientes.
Como lidar com o autismo na fase adulta?
O primeiro – e mais importante – ponto é, de fato, chegar a um diagnóstico. Somente após o diagnóstico você saberá como lidar com o autismo na fase adulta. Veja abaixo o que você pode fazer após a confirmação do TEA:
1. Apoio profissional contínuo
Na fase adulta, o acompanhamento por especialistas deixa de ser algo eventual e se torna um aliado no dia a dia.
Não é apenas sobre consultas agendadas ou planos formais, mas sobre criar um espaço onde o adulto com autismo possa explorar suas potencialidades e superar desafios.
Um terapeuta ocupacional pode ajudar a transformar atividades simples em conquistas pessoais, enquanto um psicólogo trabalhará para que situações sociais, muitas vezes desconfortáveis, se tornem menos intimidadoras.
Além disso, ter alguém que entenda a jornada dessa pessoa faz toda a diferença para enfrentar as mudanças naturais da vida adulta.
2. Rotinas estruturadas
Há algo de reconfortante em uma rotina bem planejada. Saber o que esperar do dia, sem surpresas indesejadas, alivia o peso da imprevisibilidade.
Para muitos adultos com autismo, a rotina é, além de uma questão de organização, um alicerce para a estabilidade emocional.
Criar um cronograma que contemple trabalho, lazer e autocuidado mapeia claramente os desafios que essa pessoa vai enfrentar no dia.
Pequenos ajustes em aplicativos, quadros brancos ou até cadernos simples ajudam a manter tudo fluindo.
No entanto, o mais importante é que a rotina seja uma ferramenta de desenvolvimento, e não uma prisão.
3. Inclusão no trabalho
Encontrar um lugar no mercado de trabalho é absolutamente transformador. Um ambiente profissional acolhedor é aquele que enxerga além das limitações e reconhece o potencial que cada pessoa traz.
Para adultos com autismo, isso significa a chance de mostrar habilidades excepcionais, como atenção aos detalhes ou criatividade diferenciada, que muitas vezes são ignoradas em indivíduos atípicos.
Empresas dispostas a adaptar funções ou oferecer treinamentos inclusivos enriquecem suas próprias equipes. A troca vai muito além do salário: é sobre pertencimento, sobre contribuir e ser valorizado pelo que se faz.
4. Desenvolvimento de habilidades sociais
Desenvolver habilidades sociais é uma questão de abrir portas para conexões mais profundas com outros.
Praticar conversas em contextos controlados, como em grupos de apoio ou oficinas específicas, faz com que cada pequeno avanço seja um marco importante.
É um caminho que exige paciência, tanto da pessoa quanto de quem a acompanha, mas cada passo dado vale a pena.
5. Respeito às preferências e limitações
Nem todo mundo gosta de multidões. Nem todo mundo se sente confortável com estímulos intensos. Respeitar as escolhas e os limites de um adulto com autismo é reconhecer sua humanidade de forma plena.
Isso significa não o forçar a mudar para agradar padrões alheios, mas criar ambientes que valorizem quem ele é. Se ele prefere um canto silencioso em uma festa barulhenta, que assim seja.
Respeitar é aceitar e valorizar a individualidade de cada um. E isso, por si só, já abre portas para uma convivência mais rica e empática.
6. Apoio familiar e social
A família e os amigos são a base sobre a qual se constrói a segurança emocional. O papel dessas pessoas não é resolver tudo, mas estar lá, oferecendo suporte de maneira genuína.
Momentos compartilhados, mesmo os mais simples, criam memórias que fortalecem laços e mostram que ninguém está sozinho.
Um bom apoio não significa controlar, mas caminhar ao lado, deixando espaço para que o outro cresça no seu próprio tempo.
7. Promoção da independência
Independência é sobre ter a liberdade de tomar decisões e trilhar caminhos próprios. Ensinar habilidades práticas, como cozinhar um prato favorito ou organizar as contas de casa, é um presente que dura para a vida inteira.
Isso envolve confiança e, às vezes, aceitar que erros farão parte do processo. Cada conquista, por menor que pareça, é um degrau rumo à autonomia. E no fim das contas, é impossível não sentir que o esforço valeu a pena.
Conclusão
Os desafios do diagnóstico do autismo em adultos exigem atenção aos sinais e acesso a informações que facilitem o processo de busca por ajuda médica.
Apesar das dificuldades em encontrar uma terapia que atenda a todos os espectros, o uso de Canabidiol pode representar uma alternativa promissora para melhorar a qualidade de vida de muitos adultos atípicos.
Compartilhar essas possibilidades também permite abrir caminhos para que mais pacientes encontrem suporte e bem-estar em suas jornadas.
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