A princípio, foi por influência da mãe, técnica de enfermagem, que o médico de família Matheus Baeta Vaz se encantou pela área da saúde. “Comecei a conversar muito sobre as vivências dela e vi que era a Medicina que eu queria para a minha vida.”
A opção pela especialização como médico de família veio como consequência natural. “Era a área que mais me encantava, por trabalhar com pessoas e não com doenças. Não especificamente um coração, pulmão ou cérebro, mas com pessoas, como um todo.”
“Assim, é acompanhar a mesma pessoa, em diferentes fases de sua vida. Uma hora bem, com dor nas costas, depois tem uma decisão difícil e está perdendo o sono, outro dia pega uma infecção urinária. Problemas corriqueiros, em que não é necessário buscar, cada vez, um especialista diferente.”
“Como médico de família, consigo abordar, pelo menos, 80% das queixas de uma pessoas. Assim fui me apaixonando por essa área.”
Limitações e alternativas
Com o tempo, porém, notou que nem tudo é perfeito. “No trabalho, fui vendo as limitações dos medicamentos padrão. Principalmente, pacientes com dores crônicas e Alzheimer eram as duas condições que mais me desafiavam no tratamento convencional.”
“Eu otimizava as doses dos medicamentos, seguia todos os protocolos, chegava no alvo terapêutico, com todas as medicações, da forma que os protocolos sugerem, com o paciente fazendo as terapias complementares, e ainda com várias questões que atrapalhavam a qualidade de vida.”
Em busca de alternativas, se inscreveu em um curso sobre Cannabis medicinal. “Na primeira aula, eu não sabia da existência do sistema endocanabinoide. Eu não sabia que nosso organismo tem esse sistema, que produz esses hormônios, anandamida e 2-AG. A Cannabis tem o efeito de mimetizar essas moléculas, que o nosso corpo produz.”
“Fiquei impressionado que, em seis anos de faculdade, assim como em muitos outros cursos que eu fiz, eu nunca tinha ouvido falar disso. Fiquei encantado, porque é um tipo de medicamento que age ativando os nossos receptores, da mesma forma que o corpo faz. Só que esse processo pode estar desequilibrado.”
O médico de família e a Cannabis
“Eu fiquei extremamente empolgado com esse conhecimento e comecei a estudar muito sobre esse sistema e aplicar nos meus pacientes. No começo, com bastante cautela, porque, até um ano e meio atrás, nunca tinha acompanhado um paciente em tratamento com Cannabis.”
Desde suas primeiras experiências, no entanto, qualquer receio foi ficando de lado. “Tenho uma paciente, que estava com 97 anos e tinha uma dor crônica severa no rosto, depois de uma doença chamada herpes zoster. Ela tomava medicamentos muito fortes, que deixavam ela tonta. Vivia entre ficar chapada de medicamento ou com dor.”
“Hoje, ela está com 99 anos, e 100% sem dor. Ela não toma mais outros remédios, somente as duas gotinhas de Cannabis, e vive sem dor nenhuma. Foi somente uma das primeiras. São centenas de pacientes que eu já acompanho com Cannabis medicinal.”
“Tenho um outro caso, de uma paciente idosa, que chegou no meu consultório usando 15 medicações, para tratar fibromialgia. Estava com insônia, ansiedade e dores crônicas, usando várias medicações, e com muito efeito colateral. Estava gastando muito dinheiro no tratamento e não podia gastar com as coisas que ela gostava.”
Com a Cannabis, tudo mudou. “Ela fala para mim que sente um calor, uma sensação de vida, de bem-estar, que nunca tinha sentido antes. As dores pararam e agora tem condição financeira de fazer uma atividade física, passear e viajar.”
De um médico de família para os demais
Diante dos benefícios da Cannabis, o médico de família defende a necessidade de que todos os médicos conheçam mais sobre o sistema endocanabinoide. “Acho que é fundamental entender o que todo mundo que estuda a Cannabis fala. Uma vez que você entende, é um caminho sem volta.”
“É um sistema que influencia todos os outros sistemas do corpo, com relação íntima com o sistema imunológico e o nervoso central. Vejo que, para muitos colegas, o bloqueio está relacionado ao proibicionismo. No entanto, se debruçar e estudar sobre o sistema endocanabinoide é um dever do médico.”
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