Durante pouco mais da metade de sua vida, a fibromialgia foi companheira de Magaly Aparecida Lawall Dornelas, de 62 anos, embora tenha demorado anos para descobrir a doença. “O problema começou depois dos 35 anos e foi piorando. Eu procurava médicos diferentes para tratar os sintomas individualmente.”
Ela sentia fortes dores no corpo e na cabeça, que pensava serem oriundas de sinusite, e tinha sérias dificuldades para dormir. “É uma dor generalizada no corpo todo. Dói tudo. Você acorda sentindo dor, passa o dia sentindo dor e dorme sentindo dor. Acordava e era como se um trator tivesse passado em cima de mim. Toda moída.”
“Fiz tratamentos, exames, tomei um monte de remédios e a dor não melhorou. Tomava remédio para a insônia e acordava no meio da noite com dor. Só dormia com relaxante muscular.”
Fibromialgia e tratamento
Há 20 anos, chegou ao diagnóstico de fibromialgia. “Comecei a tomar antidepressivos, mas eu não sabia se era melhor ficar com a dor ou sentir os efeitos colaterais dos medicamentos. Era mal-estar, queda na libido, suor intenso, cabeça estranha. Começava, parava, ficava bem um período, e tinha que retornar ao tratamento.”
No último ciclo, chegou a ficar alguns meses sem medicação, mas, no final de 2022, as dores se tornaram insuportáveis. Foi quando decidiu investir em uma alternativa, cujas notícias já acompanhava há dois anos.
“Eu leio bastante, estou sempre me informando, então já tinha ouvido falar da Cannabis medicinal há algum tempo. Só que, na época, ia ficar caro para mim. Mas, em novembro, eu já estava no limite das minhas dores e resolvi procurar.”
Cannabis e a fibromialgia
Magaly marcou uma consulta com o clínico geral Vinícius Mesquita. “ Comecei o tratamento em janeiro e estava com a expectativa de que as dores iriam sumir em um passe de mágica, mas foi um processo mais demorado.”
Ajustou a dose, acrescentou THC ao CBD, e, aos poucos, o resultado começou a aparecer. “Minha insônia melhorou praticamente 100%. Dificilmente, tem alguma noite em que eu não durmo ou tenho dificuldade para dormir.”
“Em relação às dores da fibromialgia, posso dizer que foi 80% de melhora. Ainda sinto algumas dores, mas foram só seis meses de tratamento. Acredito que eu vá melhorar ainda mais.”
Além do esperado
Com a Cannabis, sentiu benefícios colaterais. “Não foi para isso que eu procurei, mas eu senti que o refluxo, que eu tenho, melhorou. Acho que foi um reflexo da medicação.”
“Hoje, está fazendo bastante diferença na minha vida, em como eu me sentia e como eu estou. Eu voltei a ter prazer nas atividades do cotidiano e, por isso, sou totalmente a favor do uso e indico para todo mundo.”
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