O portal Cannabis & Saúde preparou uma atração especial para a LIVE desta quarta-feira (17), realizada semanalmente às 19h. Com o tema “Cannabis no tratamento de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)”, vamos receber o médico Cesar Jennings que vai compartilhar sua experiência no cuidado de seus pacientes e dele próprio, já que também é diagnosticado com TDAH.
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Entre 3% e 5% das crianças em idade escolar, com prevalência maior entre os meninos, são diagnosticadas com TDAH , um distúrbio neurobiológico crônico que se caracteriza por desatenção, desassossego e impulsividade.
Descrita ainda no século 19, a doença se apresenta pela dificuldade de manter o foco nas atividades com intensa agitação motora, o que pode acabar prejudicando o processo de aprendizado.
Apesar de dar seus primeiros sinais ainda na infância, quando não tratado, os portadores do transtorno podem desenvolver comorbidades em todas as faixas etárias. São comuns o convívio com a ansiedade e depressão entre os pacientes com TDAH.
Predisposição genética e alterações nos neurotransmissores, dopamina e noradrenalina, responsáveis pela conexão entre os neurônios na região frontal do cérebro são tidos como as principais causas do transtorno, embora fatores ambientais e neurológicos também possam estar relacionados.
O tratamento convencional foca no controle dos sintomas, seja por meio de psicoterapia ou pelo uso de medicamentos alopáticos como metilfenidato (ritalina), um medicamento psicoestimulante, e de antidepressivos. Esses, no entanto, trazem efeitos colaterais como insônia, falta de apetite, dores abdominais e cefaleia.
Nos últimos anos, porém, uma nova opção de tratamento tem ganhado destaque nos consultórios médicos. Estudos demonstram que o sistema dopaminérgico está diretamente relacionado ao sistema endocanabinoide (SEC), que é responsável por sua modulação em busca de um bom funcionamento.
Não se sabe ainda o que vem primeiro, a doença ou o mau funcionamento do sistema endocanabinoide, mas o fato é que os pacientes acabam apresentando disfunções em sua atuação e a Cannabis medicinal, com fitocanabinoides semelhantes às substâncias produzidas por nosso organismo, pode proporcionar um reequilíbrio do SEC, o que acaba se traduzindo em resultados clínicos.
Médico TDAH
Médico generalista residente em medicina de família César Jennings conhece a fundo essa realidade. O próprio é diagnosticado com TDAH e foi somente quando já estava formado em medicina, durante a residência, que começou a escutar sobre a possibilidade do tratamento com a Cannabis.
“Relatos sobre tratamentos com Cannabis para sintomas do autismo. Eu sou diagnosticado com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e minha família tem paciente autista”, contou em entrevista ao portal Cannabis & Saúde.
Buscou se aprofundar no tema e, para isso, contou com a Sociedade Brasileira de Estudo da Cannabis Sativa (SBEC), onde conheceu a psiquiatra Ana Hounie, que lhe ajudou na prescrição de Cannabis medicinal para seu próprio TDAH.
Em 30 dias sob tratamento com Cannabis medicinal, a escala que utiliza para medir o nível de ansiedade teve uma redução de 75%. “Por exemplo, a questão de pensamentos intrusivos, eu não senti mais. Outra questão que me atormentava bastante era a questão da irritabilidade, eu consegui ver uma melhora.”
“Consegui ver uma melhor qualidade do sono”, continuou. “Foi interessante, porque eu tomava de dia o óleo de CBD e de noite vinha um sono muito natural, muito relaxante, como eu nunca tinha visto na vida, e eu acordava sem despertador.”
“Ainda estou em busca da questão do foco e da concentração. Mas eu acredito que seja mais por uma questão de escolha de canabinoides ou da proporção deles. A gente não sabe ainda definir isso direito.”
Benefício aos pacientes
Diante do resultado promissor, começou a prescrever para seus pacientes. “Estava fazendo um levantamento e eu tenho cerca de 80 pacientes (em tratamento com Cannabis). Para TDAH, autista, epilepsia, paralisia cerebral, Alzheimer, Parkinson, dor crônica.”
“Eu faço um acompanhamento diário com os pacientes e em torno de 15% não sentiram o efeito da Cannabis. No modo geral, eu acredito que eu tenho tido bons feedbacks e a maioria está se beneficiando.”
O médico acredita que esses movimentos são apenas exemplos do início do caminho da Cannabis na medicina. “Eu acredito que a Cannabis é um medicamento do futuro. E do futuro, porque não chega a 5% os médicos prescritores no Brasil, o que é muito pouco. Estamos avançando, mas falta muito.”
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Você não precisa esperar até a LIVE para marcar uma consulta com o médico César Jennings. Basta clicar aqui e preencher um breve formulário para contar com o acompanhamento durante o tratamento com Cannabis medicinal.
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