Foi durante a especialização em medicina de família que o médico César Jennings começou a conhecer sobre a Cannabis medicinal. Até então, havia escutado falar, mas acreditava que não era uma realidade para ele. Até que conheceu um grupo de colegas que estavam cursando pós-graduação no tema, e sua carreira ganhou novo sentido.
Surgiu como um interesse. Escutando os amigos relatando os casos, ficou curioso e decidiu estudar. Logo, porém, se deparou com indicações que fizeram aumentar a intensidade dessa relação.
“Relatos sobre tratamentos com Cannabis para sintomas do autismo. Eu sou diagnosticado com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e minha família tem paciente autista”, lembra. “Eu já tinha essa de me aprofundar nesses temas, mas aí eu comecei a me apaixonar novamente e a me aprofundar nessa área.”
Em suas pesquisas, entrou para a Sociedade Brasileira de Estudo da Cannabis Sativa (SBEC), onde conheceu a psiquiatra Ana Hounie, que lhe ajudou na prescrição de Cannabis medicinal para seu próprio TDAH.
Cannabis para TDAH
Em 30 dias sob tratamento com Cannabis medicinal, a escala que utiliza para medir o nível de ansiedade teve uma redução de 75%. “Por exemplo, a questão de pensamentos intrusivos, eu não senti mais. Outra questão que me atormentava bastante era a questão da irritabilidade, eu consegui ver uma melhora.”
“Consegui ver uma melhor qualidade do sono”, continuou. “Foi interessante, porque eu tomava de dia o óleo de CBD e de noite vinha um sono muito natural, muito relaxante, como eu nunca tinha visto na vida, e eu acordava sem despertador.”
“Ainda estou em busca da questão do foco e da concentração. Mas eu acredito que seja mais por uma questão de escolha de canabinoides ou da proporção deles. A gente não sabe ainda definir isso direito.”
Primeiro paciente
No entanto, foi uma criança com paralisia cerebral que serviu como último impulso para dar início à prescrição. Atendendo pelo Sistema Único de Saúde, ao observar o prontuário do paciente, percebeu que ele não passava por qualquer reavaliação por cerca de um ano. Os médicos só faziam renovar sua receita com os mesmos medicamentos.
Não eram poucos: quatro anticonvulsivantes em altas doses que, a médio e longo prazo, causariam danos à saúde do paciente. Decidiu apostar na Cannabis medicinal e, em menos de 30 dias, já estava reduzindo as doses de medicamentos.
“Além da polifarmácia, que ele não faz mais, é um paciente muito ativo. É um pré-adolescente que não brincava, ficava todo tempo dormindo na cama. Hoje ele pede para ir no chão para brincar, mesmo com toda a dificuldade que ele tem.”
“Acho que ele foi também um gatilho importante. Eu vou tentar ajudar essa família e foi dando certo e tá dando certo até hoje.”
Indicações de Cannabis
Hoje já se aproxima de uma centena de pacientes. “Estava fazendo um levantamento e eu tenho cerca de 80. Tenho paciente com TDAH, autista, epilepsia, paralisia cerebral, Alzheimer, Parkinson, dor crônica.”
“Eu faço um acompanhamento diário com os pacientes e em torno de 15% não sentiram o efeito da Cannabis. No modo geral, eu acredito que eu tenho tido bons feedbacks e a maioria está se beneficiando.”
Futuro
O médico acredita que esses movimentos são apenas exemplos do início do caminho da Cannabis na medicina. “Eu acredito que a Cannabis é um medicamento do futuro. E do futuro, porque não chega a 5% os médicos prescritores no Brasil, o que é muito pouco. Estamos avançando, mas falta muito.”
“Hoje ela ainda está limitada a uma parcela da população, financeiramente falando. Então seria interessante que ela estivesse disponível para todas as pessoas. A partir do momento que os nossos conselhos profissionais, cientistas, pesquisadores de universidades, tiverem uma conversa sincera com o objetivo de incluir a Cannabis medicinal como uma alternativa terapêutica acessível, vamos evoluir bem mais.”
Uma batalha complicada, mas possível, segundo Jennings. “Quando se trata de preconceito, é difícil debater. Mas quando se trata de não conhecimento, que acredito ser a maioria, entra na questão da evidência científica”, argumenta.
“De fato, não tem comprovação científica para insônia, por exemplo, porque não teve uma revisão sistemática, mas não quer dizer que não funcione. Só falta esse tipo de pesquisa específica. A própria OMS diz que a Cannabis é segura.”
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O médico César Jennings faz da medicina canábica sua principal estratégia terapêutica, sendo prescritor e orientador em diversas patologias como Epilepsia, Insônia, Fibromialgia, Dependência Química. Atua com maior experiência e foco no tratamento de pacientes com TDAH e Autismo.
Se você deseja marcar uma consulta com Jennings, basta clicar aqui e preencher um breve formulário. Ele faz parte de uma lista com mais de 200 médicos prescritores de Cannabis medicinal que você encontra na plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde.
Lembrando que a prescrição de um médico é a única forma de você obter medicamento canabinoide de maneira segura e dentro da lei no Brasil.
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