Os triatletas Fernando Paternostro e Pedro Guimarães, que estão à frente da iniciativa Atleta Cannabis, participaram neste final de semana do Troféu Brasil de Triathlon. A competição mais tradicional do triathlon brasileiro, que une natação, ciclismo e corrida, teve sua 30ª edição realizada em Santos (SP).
O evento foi a primeira competição oficial em que participou um time da comunidade que usa e divulga os benefícios da Cannabis no esporte. O portal Cannabis & Saúde, que possui uma parceria com o Atleta Cannabis desde as Olimpíadas de Tóquio, irá contar nas próximas matérias como foi colocar literalmente os canabinóides “à prova” no esporte!
Segundo Paternostro, o canabidiol (CBD) conseguiu segurar o desgaste, a fadiga e as inflamações decorrentes dos altos volumes de treino que a dupla vinha passando nas últimas semanas.
“Eu faço tratamentos com CBD e THC há quase um ano. Então essa preparação foi muito importante para o uso da medicação, porque a gente conseguiu zerar as inflamações e aumentar o volume de treino”, disse o atleta ao portal Cannabis & Saúde.
A terapia com derivados da Cannabis começa muito antes da competição e envolveu toda uma equipe multidisciplinar, conforme explica a médica do esporte Dra. Jéssica Durand, integrante do Atleta Cannabis.
“Os meninos tiveram a preparação física, tanto da corrida, do ciclismo e da natação quanto para força física. São atividades diferentes que exigem treinos diferentes. Teve ainda trabalho de fisioterapia e nutrição pré-competição”.
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Delta-8-THC
Em relação aos produtos à base de Cannabis, a médica esclarece que foram usados produtos diferentes em treinos de resistência (endurance), velocidade e regenerativo.
“Nos dias de treino de endurance de longa distância, os meninos usavam, antes do treino, o Delta-8-THC (um canabinoide com praticamente as mesmas propriedades medicinais do THC, mas com menos ação psicoativa e que está se tornando popular entre atletas)”, explicou.
“No intratreino, se a performance tivesse uma quilometragem muito grande, eles usavam Delta-8 também. Já no pós-treino, usamos gel e cremes à base de CBD. E nos dias sem endurance, treino de velocidade ou regenerativo, a gente usava só o CBD mesmo”.
Já na semana da prova, segundo a médica, o Delta-8-THC foi suspenso porque é uma substância que gera tolerância no corpo.
“Então quando se usa com constância, você pode acumular esse composto nos receptores canabinóides do nosso corpo. Para quebrar essa tolerância, na semana pré-competição usamos apenas apenas óleos full spectrum de CBD que tem traços de THC (menos de 0,2%).
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“Como a gente é atleta amador, a exigência foi muito alta para a gente performar e ter resultado. Mas a consequência é que esse aumento do volume de treinos gera lesões e inflamações. E aí, a gente não se consegue evoluir tanto. Não foi o nosso caso, justamente em função desse tratamento”, destacou Paternostro.
“Posso dizer com total segurança que eu consegui obter a performance que eu queria porque eu estou fazendo esse tratamento e também, é óbvio, porque eu tenho toda essa equipe em volta ajudando”, comemorou.
Na próxima matéria, vamos falar sobre o dia da competição.