Nos últimos anos, o Ozempic emergiu como um tratamento para o diabetes tipo 2, ganhando popularidade não apenas por seus efeitos na regulação glicêmica, mas também por seu impacto na perda de peso. Utilizado inicialmente para o controle da glicose, esse medicamento agora está sendo cada vez mais adotado por aqueles que buscam redução de peso.
A semaglutida, substância ativa do Ozempic, atua na perda de peso porque gera uma sensação de saciedade e reduz os desejos por doces e carboidratos. No entanto, especialistas alertam para os possíveis efeitos adversos do medicamento, principalmente relacionados ao sistema gastrointestinal, como:
- Náuseas
- Vômitos,
- Diarreia
- Constipação
Além disso, existem outras complicações mais graves e menos comuns, como pancreatite aguda e obstrução intestinal.
Novo estudo revela riscos de artrite e pancreatite associados a medicamentos para obesidade
Um estudo recente, que analisou dados de quase 2 milhões de pessoas, trouxe novos insights sobre os efeitos desses tratamentos para perda de peso, incluindo a utilização do Ozempic.
Publicado na Nature Medicine em 20 de janeiro de 2025, o estudo mostra que os agonistas do receptor GLP-1, como a semaglutida (Ozempic), oferecem benefícios na perda de peso, mas também apresentam riscos. Entre eles, está o aumento das chances de desenvolver artrite e pancreatite, uma inflamação grave do pâncreas.
O estudo, liderado pelo médico Ziyad Al-Aly, do Veterans Affairs St. Louis Health Care System, acompanhou 200.000 pessoas com diabetes usando medicamentos GLP-1 por 3 anos e seis meses, comparando com 1,7 milhão de pessoas que usavam outros medicamentos para diabetes. Os resultados mostraram que os medicamentos GLP-1 estavam associados a uma redução no risco de várias condições, como doenças cardíacas e Alzheimer, além de transtornos de dependência.
No entanto, os medicamentos também aumentaram o risco de artrite em 11% e pancreatite em 146%. Esses resultados, recentemente identificados, alertam para riscos adicionais desses tratamentos. Al-Aly sugere que esses efeitos possam ser causados pelo impacto dos medicamentos em diversas partes do corpo, além de tratar a obesidade, que já é um fator de risco para várias doenças.
O especialista destaca que mais estudos são necessários para entender melhor esses riscos e confirmar as descobertas, especialmente em populações mais diversas.
“Como o estudo foi realizado principalmente com homens brancos mais velhos do Departamento de Assuntos de Veteranos dos EUA, é essencial realizar pesquisas em grupos mais diversos para validar os resultados”, diz.
THCV seria uma alternativa mais saudável?
A médica Amanda Medeiros Dias traz uma perspectiva crítica sobre o uso do Ozempic, destacando que o medicamento pode levar a uma acentuada supressão do apetite e, consequentemente, a uma perda de peso abrupta e inadequada.
“Em geral, o Ozempic apresenta uma série de efeitos colaterais. Embora leve a uma redução de peso, esse emagrecimento ocorre devido à perda de apetite, o que pode resultar em uma diminuição de peso de forma inadequada e não saudável”, explica.
Dra. Amanda aponta o potencial do THCV como uma alternativa mais saudável. “O THCV, por outro lado, não induz à perda de apetite. Ele interage com a leptina ( um hormônio envolvido na regulação da fome e do metabolismo), proporcionando uma sensação de saciedade ao paciente. Isso significa que não reduz o apetite, mas sim, o volume da ingestão alimentar. Essa abordagem é considerada mais saudável e também está relacionada aos nossos receptores e ao sistema endocanabinoide. Estudos conduzidos em Israel demonstraram sua capacidade de controlar diferentes tipos de compulsões, o que sugere sua aplicabilidade em diversas outras condições”, relata a Dra. Amanda.
Um estudo conduzido por pesquisadores da Nigéria revelou descobertas promissoras o THCV, e seu potencial no tratamento da obesidade e diabetes que mostrou, em estudos com animais, a capacidade de ajudar na perda de peso e no controle do açúcar no sangue, sem os efeitos colaterais típicos.
Os cientistas descobriram que o THCV age de maneira inteligente no nosso corpo, ajudando a reduzir o apetite, aumentar a sensação de estar satisfeito e até mesmo a acelerar o metabolismo. Essas descobertas oferecem esperança para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais para condições como obesidade e diabetes, que afetam milhões de pessoas em todo o mundo.
Embora mais pesquisas ainda sejam necessárias para entender completamente como o THCV pode nos ajudar, esses resultados representam um passo promissor rumo a tratamentos mais personalizados e eficazes.
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THCV e diabetes tipo 2
Dra. Amanda Medeiros destacou ainda o potencial do THCV para o tratamento do diabetes tipo 2: “O THCV faz uma interação com a insulina, melhorando casos de diabetes tipo 2, sendo um medicamento bem mais completo.”
Outro estudo, conduzido por Khalid A. Jadoon e colaboradores no Reino Unido, publicado em 2016 na revista “Diabetes Care”, investigou os efeitos do canabidiol (CBD) e do THCV em pacientes com diabetes tipo 2. Os resultados mostraram que o THCV reduziu significativamente a glicose plasmática em jejum e melhorou a função das células beta pancreáticas, além de aumentar a adiponectina e a apolipoproteína
Os pesquisadores concluíram que o THCV poderia representar um novo agente terapêutico no controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2. Este estudo foi pioneiro na investigação dos efeitos do CBD e THCV na dislipidemia e no controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2.
Outro estudo mais recente, por Nick Jikomes, investigou o THCV e seu efeito sobre o apetite e o metabolismo, que mostrou potencial para influenciar o apetite de duas maneiras: em doses baixas, pareceu reduzir o apetite, enquanto em doses mais altas, pode aumentá-lo. Experimentos com animais sugerem que o THCV puro pode ajudar na perda de peso, mas quando administrado como parte de um extrato de planta inteira, seu efeito desapareceu.
Em estudos preliminares com pacientes com diabetes tipo 2, o THCV teve efeitos positivos na redução dos níveis de açúcar no sangue e na melhoria da função pancreática.
Esses resultados indicam que o THCV pode ter benefícios potenciais para a saúde metabólica.
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No entanto, é crucial buscar orientação médica para determinar a dosagem e a forma de administração mais adequada para sua condição específica.
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