Traumatologista e ortopedista especializado em cirurgias minimamente invasivas, o médico Marco Makoto Inagaki não tinha muita familiaridade com a dor. Sempre contava com o auxílio de colegas anestesistas para o controle da dor de seus pacientes, mas isso mudou quando a dor chegou à sua família.
As dores de sua esposa eram em decorrência de uma endometriose e nenhum especialista da região em que vive, em Londrina, norte do Paraná, encontrava uma abordagem que minimizasse seu sofrimento. “Comecei a estudar e fiquei encantado. Não tem muitos profissionais especialistas em dor na região e, pelos motivos pessoais, me engajei nos estudos.”
Makoto decidiu se especializar no tratamento de dor e conseguiu uma abordagem eficaz para sua esposa. No entanto, não foi o único ganho. Durante os estudos, escutou sobre uma alternativa terapêutica que vem ganhando espaço na medicina: a Cannabis. “Antes de fazer medicina da dor, eu achava muito estranho isso de maconha servir para tratamento, mas comecei a estudar e vi que não é bem por aí.”
“Tem muitos estudos já. Ainda é preciso estudar mais a fundo, mas eu que era preconceituoso mesmo. Meio cético.”
Primeira paciente
Enquanto buscava superar as próprias limitações, Makoto recebeu um impulso que o fez mergulhar de vez no universo canabinoide. “Uma paciente com fibromialgia que havia operado o joelho com outro colega. Ela tinha muitas dores, não melhorava, a fibromialgia estava completamente descontrolada. Ela não tinha resposta dos medicamentos tradicionais e me perguntou da Cannabis.”
“Eu não tinha muito estudo sobre isso, mas posso conversar com os colegas, estudar sobre, e na próxima consulta, a gente vê a possibilidade da gente começar a prescrever. Fiz isso, conversei com colegas, estudei e me interessei bastante. Foi o primeiro caso que indiquei e ela respondeu super bem. Foi o que me deixou super empolgado para estudar mais.”
Se aprofundou na medicina canabinoide e há quase três anos prescreve as pacientes. “Na parte clínica, a Cannabis me auxilia principalmente na parte de dores crônicas. Dores neuropáticas, pacientes com fibromialgia, cefaleia e na parte ortopédica também. Pacientes operados que me procuram para fazer o controle da dor, tanto no pré quanto no pós-operatório.”
Cannabis no tratamento de dor
Segundo Makoto, são dois os principais benefícios da Cannabis medicinal. “Ela ajuda o paciente a ter menos sobrecarga de medicamentos. O paciente com dor toma muitos remédios associados, e a Cannabis ajuda a aliviar um pouco, o que já é excelente. Uma ferramenta de apoio muito boa nesse sentido.”
“Além de poder atuar em outros aspectos da dor. No sono, na parte cognitiva, social, psíquica, que estão sempre alterados nos pacientes com dor crônica. Na maioria dos casos, eles têm depressão, ansiedade, inapetência, e a Cannabis consegue ajudar bastante nisso sem precisar associar outros medicamentos e isso ajuda bastante a diminuir os efeitos colaterais e a qualidade de vida do paciente melhora.”
Além de cuidar dos pacientes, o trabalho do médico com a Cannabis vai além. “A gente mora no interior e o pessoal é um pouco cabeça dura aqui. Aos poucos, está mudando, mas eu espero contribuir com a mudança na região. Principalmente dos médicos, já que os pacientes são muito mais abertos.”
“A Cannabis medicinal é o futuro”
Sua principal preocupação é diferenciar o uso adulto do uso medicinal da Cannabis. “Maconha é maconha. É a droga que se fuma. Não tem nada a ver com o medicamento que eu vou prescrever. Os princípios ativos são extraídos da mesma planta, mas não tem nada a ver.”
“Tem algumas substâncias no corpo que são iguais ou parecidíssimas com as da Cannabis. No medicamento, elas são refinadas em laboratório, com composição controlada, e, dessa forma, o paciente não vai ficar doidão.”
“Na minha opinião, a Cannabis medicinal é o futuro. Assim como as células-tronco, são caminhos para melhorar a qualidade de vida do paciente.”
Agende sua consulta
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