Convulsão, fibromialgia e depressão chegaram como um desagradável pacote na vida de Joana Souza, 38 anos, em 2016. “Desde então, de lá até o começo do ano, eu praticamente vegetei. Ficava só na cama e não tinha força nem energia para fazer nada.”
As crises, embora diárias, não eram intensas. Vinham na forma de ausência ou pequenas tremedeiras, mas era o suficiente para minar por completo sua qualidade de vida. “A neurologista disse que as minhas dores articulares eram convulsões. O músculo puxa e o tendão inflama.”
Em busca de uma solução, seguiu para os tratamentos convencionais. “Tomei anticonvulsivo e parei de ter inflamação no punho, antebraço, cotovelo, mas depois parava de funcionar.”
“Fui mudando para outro, e outro, e, por fim, estava tomando 12 comprimidos diferentes. A médica decidiu deixar do jeito que estava, mesmo sem uma resolução, porque ela disse que, se aumentasse a medicação, eu ia morrer. Meu fígado estava pedindo misericórdia.”
Entupida de remédios, com convulsões diárias e dores, caiu na depressão. “Eu sentia vontade de morrer o tempo todo. Eu vivia com a minha mãe e meu marido cuidando de mim 24 horas por dia.”
A solução
Até que, por uma reportagem na televisão, viu a história de uma criança com um caso grave de epilepsia refratária, com 20 convulsões por dia, que controlou as crises com o medicamento à base de Cannabis.
“Eu sabia que essa era a solução para mim. Se o caso dele, que é muito mais grave, a Cannabis resolveu, vai resolver no meu também. Eu nem sabia onde procurar, até que a prima do meu esposo me mostrou o Portal Cannabis & Saúde.”
Ela marcou uma consulta com a médica Sílvia Pereira da Silva e, no início do ano, deu início ao tratamento com Cannabis medicinal. “Eu acordei um dia, um tempo depois que comecei com a Cannabis, e entendi que viver era bom.”
“Mesmo que viver seja uma rotina, tem suas vantagens. Não sei como foi o processo dessa mudança na minha cabeça, mas foi uma coisa espantosa.”
“Parei de ter convulsão”
“Eu levantava da cama, ficava tonta e caía. Não tinha energia para andar 50 metros. Agora, estou fazendo academia três vezes por semana. Estou conversando com você, coisa que não faria. Passeio, leio…”
“Agora eu consigo dormir, porque, antes, a minha mente ficava muito acelerada. Muitos pensamentos na cabeça. Agora, eu vou dormir e tenho paz. Não fico mais pensando em 30 coisas ao mesmo tempo.”
“Com o tempo, comecei a diminuir os remédios que tomava, ficando somente com dois, e, o que é mais importante, tem dois meses que eu parei de ter convulsão. Estou feliz da vida.”
A vida pós-convulsão
Com sua experiência, virou uma defensora do tratamento canabinoide. “Eu aconselho a todos que deem uma chance para a Cannabis. Eu virei testemunha da Cannabis.”
“Um amigo e minha irmã, que também tinham convulsão, deram a chance. Meu marido, que tem dor por sete hérnias de disco, também está fazendo uso, com uma melhor qualidade de vida. Meu sogro ficou com uma bala alojada perto da coluna depois de um assalto e está com 10% da dor.”
“Eu acho que todo mundo deveria tomar Cannabis. É bom para tudo na vida. Se todo mundo tomasse Cannabis, não teria tanta gente tomando remédio. A indústria farmacêutica que não gosta, porque o óleo substitui muita coisa.”
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