Conscientizar sobre o câncer de mama. Este é o principal objetivo da campanha internacional conhecida como Outubro Rosa.
Cannabis no Outubro Rosa
É fato que a Cannabis está se consolidando como um aditivo para garantir a qualidade de vida de mulheres que estão passando pelo tratamento para vencer o câncer de mama. Esta é uma doença complexa e multifatorial, que pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo genética, estilo de vida, exposição a substâncias cancerígenas e outros.
História de vida: câncer de mama e o encontro com a terapia canabinoide
“Hoje eu encaro que tive que passar por isso, para poder entender o que é Medicina Canábica”, revelou Dra. Vanessa Matalobos, que compartilhou sua jornada vitoriosa frente ao câncer de mama na live abaixo. A médica também explicou como foi sua descoberta das terapias canabinoides e o impacto que a planta trouxe para o seu tratamento.
“Os efeitos da quimioterapia são fortes e a Cannabis é completa neste aspecto também: trazendo vida! No meu tratamento, serviu para vários aspectos dos efeitos colaterais da quimioterapia, e serve para muitas pessoas também. Com a Cannabis, o paciente tem disposição, passa a ter fome e volta a ter vida. É um apelo que faço aos colegas que são oncologistas: usem esta ferramenta, pois é uma opção natural, que impacta a saúde como um todo”, avalia Dra. Vanessa.
Ao encontro do relatado pela Dra. Vanessa, a pesquisa “A survey of cannabis use for symptom palliation in breast cancer patients by age and stage“, feita nos Estados Unidos, em 2020, apontou que as moléculas da Cannabis são utilizadas em 42% das mulheres que estão passando por tratamentos quimioterápicos. Observou-se que a Cannabis apresentou alívio para:
- dores
- náuseas
- inapetência
- ansiedade
- estresse
- insônia
O CBD representa uma nova esperança contra o câncer de mama
Segundo o artigo CBD Inhibits In Vivo Development of Human Breast Cancer Tumors, realizado por pesquisadores mexicanos e publicado no periódico International Journal of Molecular Sciences, o canabidiol afetou diretamente o crescimento e desenvolvimento do tumor no estudo in vivo.
Como o CBD inibe o crescimento do câncer de mama?
No contexto da pesquisa científica sobre o câncer de mama, a procura por tratamentos mais eficazes e com menos efeitos adversos é uma constante. Esse é o tipo de tumor mais comum em mulheres e atinge mais de 2 milhões de pessoas por ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). O canabidiol (CBD) se apresenta como uma nova abordagem para a doença – e tem chamado a atenção.
Na literatura científica, o macroambiente inflamatório aparece como um meio propício para o desenvolvimento e a progressão do câncer, inclusive o de mama. A inflamação crônica criaria condições favoráveis para o crescimento do tumor e a resistência aos tratamentos convencionais. Nesse sentido, a propriedade anti-inflamatória do CBD surge como uma alternativa natural para reduzir os níveis de inflamação.
O ponto de virada na pesquisa foi a introdução do canabidiol. Em concentrações consideradas baixas, o CBD bloqueou a expressão de características malignas nas células 6D, inibindo a sinalização da IL-1β. Com base nesses resultados, uma dose de 3,14 mg/kg de CBD foi estabelecida para uso nos roedores de laboratório, evitando os efeitos colaterais observados com doses mais altas do canabinoide.
Apoptose das células cancerígenas
A investigação seguiu adiante, para explorar os mecanismos pelos quais o CBD exerce os seus efeitos contra o tumor do câncer de mama. Nos estudos in vitro, eles observaram que o canabidiol diminuiu a expressão de proteínas ligadas à sobrevivência dos tumores malignos. Os resultados se confirmaram nos testes in vivo: eles notaram que o composto da Cannabis induziu a apoptose das células cancerígenas, uma espécie de morte programada.
Na conclusão do artigo, os autores destacaram que o CBD é uma esperança, com grande potencial para a luta contra o câncer de mama.
“Em conclusão, o presente estudo mostra que o CBD, administrado adequadamente, pode bloquear eficazmente o desenvolvimento de tumores de câncer da mama humano in vivo, sem causar efeitos adversos, regulando nas células tumorais a expressão de traços malignos e apresentando características de uma possível via para a apoptose, ambos atributos favoráveis para um medicamento anticâncer.”
Conte com o CBD para vencer o câncer de mama
Este poder do CBD foi identificado primeiramente em 2007, pelo Dr. Sean McAllister, que indicou que o CBD atua desativando o gene ID-1. Esse gene está ligado ao surgimento de tumores malignos, quando está ativado.
Este benefício no tratamento foi confirmado na pesquisa “Cannabinoids: a new hope for breast cancer therapy?”, publicada em 2012. O estudo tem uma série de confirmações de outros pesquisadores. Além disso, essa mesma revisão também permitiu concluir que os canabinoides que se interagem com receptores CB1 e CB2 possuem atividades antitumorais, ou seja, conseguem combater o câncer sem prejudicar os tecidos adjacentes.
Além disso, o CBD também pode ajudar a diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia, como náuseas e vômitos.
Ele mostra-se eficiente, principalmente, para o tumor triplo negativo, que possui um padrão mais agressivo e, também, não possui terapia-alvo. Aliás, 15% dos casos diagnosticados são desse tipo.
Ainda há preconceito em relação à Cannabis?
Lamentavelmente, ainda existem preconceitos em relação a tratamentos à base da planta. De acordo com uma pesquisa, liderada pela Dra. Marisa Weiss, diretora médica da Breastcancer, 39% das mulheres entrevistadas ainda não se sentem à vontade para buscar informações sobre o uso da Cannabis. A questão é delicada e é exatamente por isso que informações com credibilidade sobre o tema são importantes.
Isso pois o câncer de mama é um dos tipos mais prevalentes em mulheres, perdendo apenas para o de pele. Ele ocorre quando há um crescimento desordenado de células das mamas, que podem comprometer consideravelmente a saúde da mulher. Elas podem, inclusive, desprender-se e alcançar outros órgãos, gerando a metástase.
Quando o câncer de mama é descoberto precocemente, suas chances de cura estão acima de 90%
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.
Além disso, o câncer de mama também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer em mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2021, de 11,71/100 mil (18.139 óbitos). As maiores taxas de incidência e de mortalidade, por exemplo, estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Se toque, se cuide
O câncer pode se apresentar de forma assintomática. Por outro lado, o Outubro Rosa também serve para nos lembrar, e conscientizar, de que é possível encontrar alguns sinais de sua manifestação, entre eles:
- nódulo palpável nas mamas ou axilas, que pode ser encontrado no autoexame de toque;
- pele avermelhada;
- aspecto de casca de laranja na pele;
- alterações no bico do peito;
- saída de secreções em um dos seios, entre outros
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Compartilhe sua experiência e busque ajuda
Antes de mais nada, não tenha vergonha de falar sobre o câncer de mama. Se você recebeu diagnóstico positivo, procure apoio nas redes de mulheres e nas ligas de combate a essa doença no Brasil. Já se você é familiar de alguma mulher que venceu a doença, compartilhe a sua experiência. Atualmente, as conexões de apoio e diálogo podem acontecer de maneira virtual, pois as distâncias físicas ficaram cada vez menores com a tecnologia.