Único brasileiro e também único representante da América Latina que irá participar da iniciativa da ONU de diálogos sobre o Cânhamo no mundo, Lorenzo Rolim destacou que sua expectativa é “mais em passar uma mensagem diretamente a ONU” sobre regulamentações do cânhamo.
O evento chamado Workshop on industrial hemp | UNCTAD acontece amanhã, dia 18, em Genebra.
Mais claridade e apoio da ONU para avanços em regulamentações de cânhamo
“Vou falar que nossos países precisam de mais claridade e apoio da ONU para alteração das regulamentações de forma que permita o estabelecimento da indústria do Cáñamo na região”, disse Rolim, que também irá representar a Associação Latino-Americana de Cânhamo Industrial (LAIHA).
Workshop on industrial hemp
A iniciativa chama “Workshop on industrial hemp”, da ONU, traz informações do relatório recentemente produzido pela Seção de Commodities da UNCTAD.
Intitulado “COMMODITIES AT A GLANCE Special issue on industrial hemp”, o report será uma referência para o fórum sobre as propriedades ecológicas e o potencial econômico do cânhamo, como uma commodity.
No material de divulgação do evento, destaca-se o fato do cânhamo industrial não ter propriedades “intoxicantes”. Mas que mesmo assim: “continua sendo uma planta controversa, pois muitas vezes é erroneamente associada ao uso como intoxicante. O relatório discute os usos gerais do cânhamo industrial e como eles se refletem nas estatísticas internacionais de produção e comércio”.
Potencial econômico do cânhamo
Por fim, serão observados os potenciais econômicos para países que produzam o cânhamo e como “a cooperação regional para facilitar o estabelecimento de cadeias produtivas também pode ser uma estratégia a ser considerada pelos países em desenvolvimento”.
O evento também contará com a presença da portuguesa Teresa Moreira, chefe do Serviço das Politicas da Concorrência e dos Consumidores da UNCTAD – Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento. Teresa já revelou em entrevista que “O principal desafio para a ONU é permanecer relevante no século XXI”.
Talvez esta relevância seja traduzida através do papel que a Organização possa exercer durante as decisões dos marcos regulatórios do cânhamo em países como o Brasil. Nem que seja um papel simbólico, e claro, de apoio.