O Festival Internacional de Cine Canábico, o FICC, acontece de maneira presencial em Buenos Aires até 26 de fevereiro. A iniciativa conta com 35 filmes participantes de 16 países.
“O objetivo do Festival é trazer informações adequadas. Apresentar histórias de vida de pessoas no caso de documentários, por exemplo. Trazer histórias de vida de militância em relação à planta e depois no caso de ficção também. E um pouco de entretenimento relacionado ao cinema. Também temos muitos videoclipes e muita música. É para iniciar um diálogo da arte e da cultura sobre essa mudança geral de paradigma”, explicou com exclusividade para o Portal Cannabis & Saúde, Alejo Araujo, codiretor e coordenador geral do FICC.
Veja os destaques do FICC: Eu não me calo
Entre as exibições do FICC destaca-se a participação do documentário brasileiro “Eu não me calo”. A produção nacional traz um retrato do ativismo cannabico e do movimento antiproibicionista no Brasil. E compete na categoria ‘Proibido proibir’.
La Uruguaia
Outro destaque do FICC é a exibição do filme “A Uruguaia”, inspirado na novela do escritor argentino Pedro Mairal.
Mateína
O longa uruguaio é um roadmovie. E acontece em um Uruguai do futuro, alterado pela proibição da erva-mate. Onde os vendedores ilegais iniciam uma cruzada até Paraguai para contrabandear erva-mate.
Rodas de diálogos sobre Cannabis na Argentina
A programação do festival também conta com rodas de diálogos acerca da Cannabis e seus diferentes usos na Argentina e no mundo.
Confira a programação completa do Festival Internacional de Cine Cannabico aqui.
Na Argentina é legalizado o cultivo de Cannabis e venda de produtos à base da planta para fins medicinais e terapêuticos. A autorização vale para pacientes (ou seus parentes e terceiros autorizados), organizações e pesquisadores. Produtos também poderão ser comercializados em farmácias, além de remédios começarem a ser fornecidos pela rede pública.
Conheça a estatal argentina que produz e processa Cannabis medicinal
Por enquanto, fica na Argentina a maior planta industrial para produção e processamento de Cannabis medicinal da América Latina como informamos aqui. O posto é ocupado por uma empresa estatal, a Cannava, da província de Jujuy, próxima a fronteira do país portenho com o Chile e a Bolívia.
Segundo a Cannava, a capacidade produtiva da empresa é de 80 toneladas de matéria vegetal e de 4 toneladas do insumo farmacêutico ativo por ano. Com esses números, ela já se projeta como um player importante na indústria global da Cannabis, além de potência regional.