Formada em medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), a médica Rachel Rodrigues Cavalcante, CRM 52853690, encontrou na terapia canabinoide a possibilidade de um “ganho real” para os pacientes.

Ao comparar os efeitos colaterais dos produtos à base de Cannabis com alopáticos tradicionais, principalmente para tratamento de crianças autistas, ela decidiu que era hora de estudar o potencial dos fitocanabinoides

“Já não gostava muito de medicar meus pacientes com psicotrópicos convencionais. Medicava alguns que eram mais agitados e tinham prejuízos por isso. Mas estas medicações muitas vezes vêm acompanhadas de efeitos colaterais que atrapalham. E com a Cannabis eu vi uma oportunidade de tratamento sem estes efeitos colaterais e que traria de fato ganhos. Não iria apenas desacelerar uma criança. Mas vi a possibilidade de um ganho real. Em crianças é possível melhorar o foco. Então fui correr atrás de aprender e fazer uma pós-graduação para me sentir segura e usar esse tipo de medicação”, explica. 

A importância de estudar o sistema endocanabinoide

“Independente da gente usar alguma medicação à base de Cannabis ou não, nós temos um sistema endocanabinoide. E isto não é ensinado nas faculdades. Eu também não tive. Então fui atrás para trazer um medicamento que fizesse diferença na vida dos meus pacientes”.

O impacto da Cannabis medicinal no tratamento de crianças autistas

Além disso, Dr. Rachel em diferentes situações recebia feedbacks de familiares de crianças autistas. Mães e pais de crianças atípicas relataram para a médica que observaram melhorias nos sintomas de crianças com autismo após o uso de Cannabis medicinal. Estes relatos foram o gatilho para a profissional buscar mais conhecimento sobre Cannabis medicinal e o papel do sistema endocanabinoide na nossa saúde.

“Atendo muito crianças autistas, pois faço psiquiatria infantil. Tenho resistência médica infantil e através desses atendimentos algumas vezes chegaram para mim pais me falando de resultados muito bons com o uso de Cannabis em seus filhos.Chegava um pai, ou uma mãe, falando sobre bons resultados, sobre o ganho em relação à comunicação e comportamento, bem como o fato de essa criança começar a se expressar melhor. Pois quando a criança não se comunica, ela não é compreendida. O que causa muitas vezes irritação e desregulação, através dessa melhora na interação até as desregulações diminuíam. Então, quando comecei a ver isso, era o paciente que vinha até mim já com resultados e medicados por outro médico com Cannabis. Comecei a pensar o seguinte: se existe uma medicação que vai trazer ganhos para o meu paciente, preciso aprender sobre ela. O que me gerou a procura por Cannabis foi neste sentido”.

Canabinoides no Autismo: uma abordagem para a melhoria da qualidade de vida de pacientes

Estudos recentes destacam a Cannabis medicinal como uma alternativa segura e eficaz no manejo terapêutico do Transtorno do Espectro Autista, conhecido como TEA. Os resultados com o Canabidiol, CBD, especificamente são animadores. Pois não existe um medicamento capaz de melhorar a qualidade de vida, habilidades sociais e desenvolvimento cognitivo dos pacientes autistas.

“A Cannabis é muito especial no tratamento do autismo. Outro ponto muito interessante é que pessoas que estão dentro do espectro autista têm problemas de doenças auto-imunes, doenças inflamatórias, elas são muito mais seletivas e com intolerâncias alimentares. E muitas vezes, com o tratamento com Cannabis, a gente vê melhora dessas questões, o que traz um ganho ainda maior”, complementa Dra. Rachel.

Conheça mais  Rachel Rodrigues Cavalcante

• Formada em medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). 
• Residência médica em psiquiatria na Marinha do Brasil. Residência médica em psiquiatria da infância e adolescência na UFRJ.

“Acredito que para tratar as dores de um paciente é necessário conhecê-lo profundamente, por esse motivo as consultas têm duração de uma hora e são realizadas num ambiente acolhedor.Atendo todas as faixas etárias”.

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A Medicina Canabinoide emerge não apenas como uma alternativa terapêutica, mas como uma poderosa ferramenta capaz de proporcionar melhorias significativas na qualidade de vida.

No entanto, é essencial buscar a orientação de um profissional de saúde para identificar o produto e a dosagem mais apropriados.

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