De fatoSegundo uma revisão sistemática (Compilação de 19 Estudos Clínicos sobre sintomas pós-pandemia) da Universidade de Toronto(Canadá), Impact of COVID-19 pandemic on mental health in the general population: A systematic review, há uma prevalência de sintomas psiquiátricos e crescimento da ansiedade de 2020 para cá.
“Em resumo, esta revisão sistemática examinou o estado psicológico do público em geral durante a pandemia de COVID-19 e enfatizou os fatores de risco associados. Uma alta prevalência de sintomas psiquiátricos adversos foi relatada na maioria dos estudos. Consequentemente, a pandemia de COVID-19 representa uma ameaça sem precedentes à saúde mental em países de alta, média e baixa renda. Além de achatar a curva de transmissão viral, deve-se dar prioridade à prevenção de transtornos mentais (por exemplo, transtorno depressivo maior, TEPT e suicídio). Por isso, é urgentemente necessária uma combinação de políticas governamentais que integre a mitigação do risco viral com disposições para aliviar os riscos à saúde mental.”
Principais razões da ansiedade e danos à saúde mental pós-pandemia
- Incerteza e Medo – Antes de tudo, a pandemia trouxe níveis sem precedentes de incerteza e medo. As pessoas estavam inseguras sobre sua saúde, a de seus entes queridos, a economia e o futuro. Assim, essa sensação elevada de incerteza e medo pode contribuir para o aumento dos níveis de ansiedade.
- Isolamento social – Por outro lado, bloqueios e medidas de distanciamento social resultaram em maior isolamento social. Os seres humanos são seres sociais, e a falta de interação e apoio social pode levar a sentimentos de solidão e ansiedade aumentada.
- Impacto Econômico – A pandemia teve um impacto econômico significativo, com muitas pessoas enfrentando perda de empregos, instabilidade financeira e incerteza econômica. Consequentemente, o estresse financeiro e as preocupações com os meios de subsistência podem exacerbar os sintomas de ansiedade.
Mudança, trauma e pessimismo
- Sobrecarga de informações: o fluxo constante de notícias e informações sobre a pandemia, muitas vezes acompanhado de manchetes sensacionalistas ou alarmantes, pode contribuir para a ansiedade. Dessa forma, a exposição excessiva a notícias angustiantes pode sobrecarregar os indivíduos e intensificar seus medos e preocupações.
- Interrupção da rotina e do estilo de vida: a pandemia interrompeu as rotinas diárias, incluindo trabalho, educação e atividades de lazer. As mudanças bruscas e a falta de estrutura podem ser estressantes e desencadear sintomas de ansiedade.
- Preocupações com a saúde: A pandemia levantou preocupações sobre a saúde pessoal e a saúde de seus entes queridos. O medo de contrair o vírus, a preocupação com as consequências de longo prazo para a saúde e a perda da sensação de segurança podem contribuir para o aumento dos níveis de ansiedade.
- Experiências traumáticas: Alguns indivíduos podem ter passado por eventos traumáticos durante a pandemia, como a perda de um ente querido ou uma doença grave. Essas experiências traumáticas podem levar ao desenvolvimento ou exacerbação de transtornos de ansiedade.
- Condições de saúde mental pré-existentes: Pessoas com transtornos de ansiedade pré-existentes podem ter piorado seus sintomas devido aos estressores adicionais causados pela pandemia.
É claro que o impacto da pandemia nos níveis de ansiedade pode variar entre os indivíduos. Embora esses fatores possam contribuir para o aumento da ansiedade, é essencial buscar o apoio de profissionais de saúde mental que possam fornecer orientação personalizada e opções de tratamento com base nas necessidades individuais.
Consequências devastadoras
Comparado ao histórico devastador de óbitos durante e em consequência da pandemia, ansiedade e depressão, não aparentam como sendo graves numa primeira análise, mas ao contrário da percepção da maioria, as consequências são muito sérias:
-
Saúde Mental e Emocional
Os transtornos de ansiedade podem levar a sentimentos persistentes de medo, preocupação e mal-estar. Isso pode contribuir para vários problemas de saúde mental, incluindo depressão, insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração e diminuição da qualidade de vida geral.
-
Saúde Física
A ansiedade pode se manifestar em sintomas físicos e ter impacto na saúde física. Os sintomas físicos comuns da ansiedade incluem aumento da frequência cardíaca, respiração rápida, tensão muscular, dores de cabeça, problemas digestivos, fadiga e sistema imunológico enfraquecido. A ansiedade prolongada pode aumentar o risco de desenvolver ou piorar condições físicas, como problemas cardiovasculares, distúrbios gastrointestinais e função imunológica enfraquecida.
-
Distúrbios do sono
A ansiedade pode interromper os padrões normais de sono, levando a dificuldades em adormecer, permanecer dormindo ou ter um sono reparador. Distúrbios crônicos do sono podem contribuir ainda mais para fadiga, irritabilidade, dificuldades de concentração e prejuízo geral no funcionamento diário.
-
Impacto nos relacionamentos e na vida social
A ansiedade pode afetar a capacidade de um indivíduo de se envolver em interações e relacionamentos sociais. Pode levar ao retraimento social, evitação de certas situações ou dificuldade em formar e manter relacionamentos. Isso pode resultar em sentimentos de isolamento, solidão e apoio social reduzido, o que pode afetar ainda mais o bem-estar geral.
-
Trabalho prejudicado ou desempenho acadêmico
Além disso, a ansiedade pode interferir na produtividade no trabalho, no desempenho acadêmico e no avanço na carreira. Nesse sentido, os indivíduos podem ter dificuldades para se concentrar, tomar decisões ou lidar com o estresse relacionado ao trabalho. Isso pode levar à diminuição da satisfação no trabalho, relacionamentos profissionais prejudicados e possíveis consequências negativas na carreira.
- Abuso de substâncias – Alguns indivíduos com ansiedade podem recorrer a substâncias como álcool ou drogas, como forma de lidar com seus sintomas. Com isso, o abuso de substâncias pode piorar os sintomas de ansiedade e levar a um ciclo de dependência, vício e maior deterioração da saúde geral.
- Aumento da utilização de cuidados de saúde – Por último, os transtornos de ansiedade podem resultar em aumento da utilização de cuidados de saúde, incluindo visitas frequentes a profissionais de saúde, atendimentos de emergência e uso de medicamentos. Isso pode ter implicações financeiras e sobrecarregar os sistemas de saúde.
Protocolo ITI
No ITI, também com embasamento científico, criamos um protocolo, uma sequência de atividades médicas e do paciente, para reduzir o stress, o uso da medicina canabinoide tem se mostrado altamente eficaz. No ITI pesquisamos o resultado médico de pacientes tratados dentro do protocolo que inclui Cannabis, tendo com base mais de 2000 pacientes, o nível de eficácia da terapia integrada fica entre 70% e 85% (percentual de mais de 2000 pacientes que relataram redução dos sintomas relacionados a depressão e ansiedade coletados pela equipe de navegação e assistência durante a manutenção da terapia entre 2022 e 2023).
As técnicas de integração terapêutica do ITI podem incluir
-
Medicamentos e Suplementação
A pricípio, priorizamos medicina canabinóica, mas após exames e consultas, podemos incluir suplementação alimentar ou farmacológica. Em casos onde o paciente já toma antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e benzodiazepínicos, recomendamos a substituição gradual ou parcial pela Cannabis Medicinal, que é feita de acordo com o acompanhamento da terapia de cada paciente.
-
Exercícios
O exercício físico regular tem sido mostrado como tendo um impacto positivo sobre a ansiedade. A realização de exercícios de musculação e aeróbicos, em em casa (teleassistido) tem se mostrado como um dos mais altos fatores de sucesso na redução de sintomas. A recomendação de esportes ao ar livre e academias, são boas, no entanto a taxa de desistência de 70% em 3 meses torna a recomendação ineficaz para a maioria. Estudos clínicos têm demonstrado consistentemente os efeitos redutores da ansiedade do exercício.
-
Técnicas de Relaxamento
Técnicas como exercícios de respiração profunda, relaxamento muscular progressivo e imaginação guiada podem ajudar a ativar a resposta de relaxamento do corpo e reduzir a ansiedade. Estudos clínicos demonstraram consistentemente a eficácia dessas técnicas na redução dos sintomas de ansiedade. São ferramentas fáceis de serem implementadas, e sem custo. Vários estudos demonstram alta eficácia destas técnicas.
-
Redução do Estresse Baseada em Mindfulness (MBSR)
O MBSR envolve o treinamento para estar completamente presente no momento e aceitar os pensamentos e sentimentos sem julgamento. Numerosos estudos têm demonstrado os benefícios do MBSR na redução dos níveis de ansiedade e na melhoria do bem-estar geral.
-
Terapia cognitiva comportamental (TCC)
Antes de tudo, TCC é uma abordagem terapêutica amplamente reconhecida para transtornos de ansiedade. Ela se concentra em identificar e desafiar padrões de pensamento negativos e substituí-los por pensamentos mais realistas e positivos. De fato, estudos clínicos têm consistentemente demonstrado que a TCC é eficaz na redução dos sintomas de ansiedade. No ITI, há indicação para casos mais graves e quando os protocolos listados acima demonstram ineficácia.
Venha conhecer o ITI, Instituto de Terapia Integrada
Nosso modelo de assistência é diferente de tudo que você conhece:
- Primeiramente, coletamos todas as informações pregressas da sua saúde
- Posteriormente, fazemos triagem e recomendação dos profissionais que podem dar o melhor resultado para você, após essa pré-análise
- Em síntese, tratamos da sua saúde como um todo: corpo, mente, alimentação e atividades físicas. No ITI, você recebe mais que uma receita, você participa de uma jornada para melhoria da sua saúde.
- Assim, monitoramos sua saúde e ajustamos os protocolos, até que sua saúde melhore.
- Além disso, promovemos integração de outros profissionais e atividades.
- Integramos você na terapia, pois você faz parte fundamental do sucesso. Medicina é pessoal, não dá para terceirizar!!!!
Agende uma consulta no ITI aqui.
Referências:
Impact of COVID-19 pandemic on mental health in the general population: A systematic review
