Heloísa Riodades sentia tanta dor que a vontade era de cortar os pés. Hoje, perdeu peso, voltou a passear com o cachorro, a frequentar festas e a dançar.
Em 2010, uma cirurgia para retirada de três tumores benignos nos dois pés a deixou com uma sequela dolorosa e sem cura: dor neuropática. Resultado de uma disfunção ou lesão do sistema nervoso periférico ou central.
Nas crises mais profundas, ao se levantar, sentia um desconforto imediato, como se tomasse um choque. Sentia os pés queimarem.
Como todo paciente diagnosticado com algum tipo de dor neuropática, recebeu uma lista de medicamentos: analgésicos, anticonvulsivos e antidepressivos. E juntavam-se ainda a eles outros tantos remédios para outra doença crônica presente na vida de Heloísa, a fibromialgia.
Sentia alívio, principalmente com a Pregabalina, um anticonvulsivo indicado na doença. No entanto, perdeu a liberdade de trabalhar e caminhar – as dores neuropáticas não permitiam nem sequer um passeio pelo quarteirão, mesmo nos dias bons. Nos ruins, quando sentia vontade de cortar os pés, corria ao hospital para tomar morfina direto na veia.
Só que os medicamentos tinham efeitos colaterais. No começo, a Pregabalina causava tontura, enjoo e diarreias. Eram efeitos passageiros – os piores eram permanentes. A libido de Heloísa foi por água abaixo, enquanto a fome aumentou e fez a dentista ganhar 20 quilos.
Passou a ter episódios de incontinência urinária. Numa das vezes, estava andando pela rua quando a urina simplesmente começou a correr pelas pernas.
“Quando isso acontecia, eu precisava parar de tomar o remédio por um mês. E os sintomas, a dor, só pioravam”, conta. E a cena se repetia a cada seis meses.
Ouvia há tempos um papo sobre um “remédio milagroso”: a Cannabis. Mas ainda desconhecia os óleos e não queria fumar, odiava a fumaça de qualquer tipo de cigarro. Até que um dia se rendeu. Pegou um baseado e fumou.
Alívio imediato
“Foi um alívio quase imediato, em 20 minutos a dor diminuiu”, conta.
A partir de então passou a pesquisar sobre tratamentos à base de Cannabis.
No dia 7 de novembro de 2017, tomou a primeira dose de um óleo completo (full spectrum), com todos os canabinoides (THC, CBD e outros), flavonoides e terpenos da planta.
“Memorizei a data porque foi um divisor de águas. Eu não aguentava mais viver com a dor. A maconha salvou a minha vida”, afirma Heloísa.
Heloísa regulou aos poucos as doses diárias do óleo, como recomendam os médicos, até encontrar a quantidade ideal para ela. Em um mês, as dores reduziram em mais de 95%.
Com a melhora dos sintomas, foi “desmamando” aos poucos dos outros remédios. Só não se
livrou do Rivotril.
“Esse é um vício, mas pretendo substituir pelo óleo de CBD, que ajuda no controle da ansiedade”.
A vida voltou quase por completo ao normal. Hoje, aos 59 anos, pode passear pelo shopping e dar voltas no quarteirão com o cachorro. Perdeu peso. Voltou a frequentar festas e a dançar.
“Pude fazer novo essas coisas que todo mundo faz. Dançar era proibido. Voltei a viver”, comemora.
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