O estudo realizado pela Johns Hopkins Medicine identificou rotulagens erradas e níveis de CBD e THC imprecisos em produtos de venda livre nos EUA. No chamado “Cannabinoid Content and Label Accuracy of Hemp-Derived Topical Products Available Online and at National Retail Stores’, os pesquisadores testaram mais de 100 produtos tópicos de canabidiol (CBD) disponíveis on-line e em lojas de varejo.
A pergunta norteadora do estudo foi: “Os produtos de uso tópico com canabinoides derivados do cânhamo e disponíveis on-line e em varejistas estão rotulados com precisão quanto ao conteúdo de Canabidiol (CBD) e Δ9-tetrahidrocanabinol (THC)”? O estudo respondeu negativamente à questão.
Rotulagens erradas e níveis de CBD e THC imprecisos
O estudo identificou evidências significativas de rotulagem imprecisa e enganosa do conteúdo de CBD. Igualmente revelou que alguns desses produtos, que não necessitam de receita médica nos Estados Unidos, continham quantidades de delta-9-tetrahidrocanabinol, o THC. A questão é que justamente este é considerado o principal ingrediente ativo da Cannabis que pode causar algum tipo de ‘viagem’.
Além disso, descobriu-se ainda que alguns dos produtos de CBD faziam alegações terapêuticas não aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA. Até o momento, o FDA aprovou apenas um produto de CBD de prescrição para tratar convulsões associadas a distúrbios raros de epilepsia e dois produtos de THC de prescrição para náuseas e vômitos associados à quimioterapia e para perda de apetite e perda de peso associadas ao HIV/AIDS.
Resultados do estudo
O estudo identificou que em uma série de casos de 105 produtos com canabinoides de uso tópico:
- 18% foram rotulados (>10% menos CBD do que o anunciado),
- 58% foram rotulados (>10% mais CBD do que anunciado)
- 24% foram rotulados com precisão para CBD
- O THC foi detectado em 35% dos produtos (todos continham menos de 0,3% de THC, o limite legal para o cânhamo).
- Os produtos geralmente faziam alegações terapêuticas ou cosméticas.
“Rótulos enganosos podem resultar em pessoas usando produtos de CBD mal regulamentados e caros, em vez de produtos aprovados pela FDA que são estabelecidos como seguros e eficazes para uma determinada condição de saúde”, diz o autor principal do estudo, Tory Spindle, Ph.D., professor assistente de psiquiatria e ciências comportamentais na Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins.
Conclusão
Finalmente, o estudo concluiu que nos Estados Unidos ainda é necessária uma supervisão regulatória aprimorada dos produtos de Cannabis e cânhamo para garantir a qualidade de tratamentos com Cannabis e evitar efeitos indesejados dos produtos à base de Cannabis entre os pacientes.
Tratamentos à base de Cannabis no Brasil
Aqui no Brasil para ter acesso ao tratamento com Cannabis medicinal o primeiro passo é marcar uma consulta com um médico prescritor.
Na plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde você encontra mais de 200 médicos com diversas especialidades preparados para te acompanhar durante o tratamento.
Acesse agora e agende sua consulta!