Uma realidade em países da Europa, Estados Unidos e Canadá, o uso da Cannabis por atletas começa a ganhar espaço também no Brasil. Um levantamento inédito feito por uma empresa de inteligência de mercado da Cannabis revelou que até 827 mil esportistas poderiam se beneficiar dos efeitos terapêuticos da planta na prática esportiva.
Segundo o estudo tocado pela Kaya Mind, entre os atletas profissionais, cerca de 61 mil poderiam aderir e se beneficiar de produtos à base da planta para tratar necessidades terapêuticas causadas pelo desempenho excessivo e a incessante busca por resultados. Já no caso dos amadores, seriam aproximadamente 427 mil, e os esportistas eventuais, 339 mil.
A Kaya Mind chegou nesses números a partir de um estudo do Diesporte (Diagnóstico Nacional do Esporte) de 2015, de onde foi possível escolher as modalidades de esporte para que fossem consideradas na construção do racional de tamanho de mercado.
Ao confrontar e comparar esses dados com os demais coletados pela Kaya Mind, por meio de outras fontes oficiais, eles se resumiram a uma variedade de 24 práticas: futebol, corrida, caminhada, dança, tênis, basquetebol, boxe, MMA, skate, natação, voleibol, ciclismo, capoeira, surfe, futsal, judô, jiu jitsu, handebol, rugby, canoagem, caratê, muay thai, academia, musculação e ginástica e outras artes marciais.
A partir de uma série de pesquisas, foram classificadas seis tipos de lesões que podem ocorrer devido à prática de esportes, sendo elas de origem direta (caracterizada por impacto, quedas e traumatismo), de origem indireta (grande potência e movimentos repetidos), traumática (contusões e estiramento muscular), atraumática (cãibra, dor muscular tardia e fadiga muscular), overreaching (estado transitório de baixo desempenho) e overtraining (redução do desempenho físico e mental por períodos prolongados).
O relatório também traz outros dados econômicos sobre o setor das Cannabis no esporte. Por exemplo, o de que seriam movimentados, no Brasil, cerca de R$ 900 milhões por ano com a venda de derivados da Cannabis para atletas. Deste valor, seriam arrecadados quase R$ 300 milhões de impostos ao ano.
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Sobre o relatório Cannabis & Esportes
O relatório da Kaya Mind chamado “Cannabis e Esportes”, tem a intenção de explorar o potencial que o mercado da Cannabis teria no esporte, caso houvesse uma maior aceitação da planta no meio. Foram abordados os perfis de atletas de modalidades que poderiam se beneficiar desse uso, os porta-vozes e as marcas que já estão envolvidas com essa indústria, o possível tamanho de mercado e os impostos que seriam arrecadados a partir dessa nova movimentação.
Desde a autorização da Wada em relação ao uso de CBD em competições esportivas, o assunto “cannabis” ficou em alta entre atletas, ligas esportivas e empresários do setor. Embora alguns de seus princípios ativos continuem a ser proibidos, como o THC, a Cannabis já é enxergada como uma oportunidade de tratamento para diversas condições médicas causadas pelo esporte, além de ser considerada um suplemento para prevenir questões de saúde no futuro associadas à prática esportiva.
No Brasil, no entanto, ainda existem diversos empecilhos que impedem o desenvolvimento dessa indústria que já é bem sucedida em outros países, como nos Estados Unidos, onde diversas ligas esportivas já autorizaram o uso de CBD e muitos atletas recebem patrocínio de marcas do setor.
Por isso, por meio de pesquisas, dados e métricas internas, a Kaya Mind projetou os ganhos que o estabelecimento da indústria da Cannabis voltada ao esporte em território brasileiro ofereceriam ao país, tanto em relação aos atletas, como ao governo.
São informações inéditas que podem ser acessadas gratuitamente e trarão uma visão completa do cenário esportivo no país, além do mercado que pode surgir com uma maior aceitação da cannabis.