O Centro de Excelência Canabinoide (CEC) lançará neste mês de agosto a Jornada de Medicina Esportiva. Voltada para atletas profissionais e amadores, eles passarão por um atendimento personalizado em especialidades como médico do esporte, fisiologista, ortopedista e nutricionista. O objetivo ao final da jornada, conforme a startup, é oferecer ao esportista um plano de gestão que terá a Cannabis como protagonista na busca pela qualidade de vida e performance esportiva.
“A Cannabis medicinal é uma inovação que se mostra um importante recurso para os profissionais da saúde que lidam com atletas e esportistas. Hoje, pesquisas comprovam que a Cannabis medicinal atua de forma positiva no sistema nervoso autônomo, auxiliando no equilíbrio entre o sistema simpático e parassimpático. Tal equilíbrio pode ser a chave entre lesionar ou não lesionar; performar ou não performar”, explica Leonardo Soldon, diretor executivo do Instituto.
Segundo Soldon, a maioria dos atletas procura o CEC para tratar ansiedade, depressão e dor crônica.
“A capacidade terapêutica da Cannabis medicinal na gestão da dor, do sono, das inflamações, da ansiedade e estresse faz com que o esportista possa ter um treinamento de melhor qualidade e, consequentemente, um possível ganho de rendimento”.
Além da jornada esportiva, o CEC também lançou recentemente a Escola de Medicina Esportiva, que pretende formar médicos do esporte, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e demais profissionais de saúde para o uso da Cannabis como recurso terapêutico aos seus pacientes. É um curso com carga horária de 20 horas. Saiba mais aqui.
O portal Cannabis & Saúde está em campanha sobre o uso da Cannabis no esporte, já que estamos nas primeiras Olimpíadas com o Canabidiol liberado pela Agência Mundial Antidoping. Por isso, nós conversamos com Leonardo Soldon para saber mais sobre as iniciativas voltadas ao esporte pelo Centro de Excelência Canabinoide. Confiram!
Qual a Importância do uso de Cannabis na medicina esportiva?
Uma questão muito importante a ser ressaltada diz respeito à relação entre Cannabis medicinal e ganho de performance esportiva. A Cannabis não traz nenhum ganho direto de performance. Seus ganhos estão diretamente relacionados a uma melhor gestão da qualidade de vida da pessoa. Uma boa gestão da dor, sono, inflamações, estresse e ansiedade, certamente, trarão benefícios ao indivíduo que podem gerar melhores resultados esportivos.
Quais são as principais demandas em termos de atendimento?
Os esportistas que procuraram o CEC não passaram pela Jornada Esportiva, pois ainda não foi lançada. A maioria nos procura para tratar ansiedade, depressão e dor crônica. Uma busca pontual. Nosso objetivo com o lançamento da Jornada Esportiva nas nossas clínicas é apoiá-los de maneira mais integrada e atentos a todos os aspectos importantes na vida do atleta.
Aproveite e agende uma consulta com o Dr. Pedro Pierro, médico do Centro de Excelência Canabinoide (CEC). CLIQUE AQUI.
Vocês notam um crescimento pela procura de atletas por tratamentos com canabidiol?
A busca por CBD em atletas ainda é difícil de mensurar, pois eles ainda recorrem em busca de tratamento para questões pessoais como ansiedade, dor e depressão. Poucos se identificam como atletas buscando terapia para sua atividade. Com a jornada de medicina esportiva, teremos um melhor levantamento de dados nesse sentido.
E quais têm sido os resultados?
Os resultados até o momento são bastante promissores. Temos acompanhado nossos pacientes e seus tratamentos, os relatos clínicos são muito bons.
A Cannabis medicinal carece de médicos preparados para a sua prescrição terapêutica. Os profissionais que fazem, fazem muito bem. Mas precisamos de mais médicos prescrevendo para conseguirmos aumentar a base de evidências clínicas.
Para isso, a escola existe. Formar médicos que nos ajudem na disseminação e aumento da assertividade no uso dessa importante terapia.
Quais são as perspectivas do CEC para esse mercado, da Cannabis no esporte?
As perspectivas são as melhores possíveis. Considerando que temos quase 260 mil profissionais de saúde que atuam direta ou indiretamente com esporte, e que menos de 1% entende os benefícios da Cannabis medicinal, podemos concluir que, se os estudos continuarem comprovando a eficácia da cannabis, muitos desses profissionais podem se interessar pelo uso da cannabis medicinal nas suas atividades.
Considerando o público-alvo prioritário (médicos do esporte, fisioterapeutas, fisiologistas, nutricionistas esportivos e psicólogos do esporte), estimamos um público de 260 mil profissionais que atuam nessas especialidades e que podem se interessar pela formação.