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“A Cannabis me devolveu a liberdade”

“A Cannabis me devolveu a liberdade”

O acesso à Cannabis medicinal pelo SUS trouxe controle das crises, melhora da memória e mais autonomia para o dia a dia de José Matheus de Souza Santos, paciente com Síndrome de Lennox-Gastaut.

Publicado em

8 de setembro de 2025

• Revisado por

Jornalista e pós-graduada em Filosofia e Literatura, com 13 anos de experiência em comunicação, conteúdo e estratégias digitais. Atuou como repórter, redatora, roteirista, ghost writer e head de conteúdo. Especialista em Thought Leadership e storytelling, acredita no poder das narrativas para conectar pessoas e ideias.

O músico sergipano José Matheus de Souza Santos, diagnosticado com Síndrome de Lennox-Gastaut, uma forma rara e de difícil controle da epilepsia, encontrou na Cannabis medicinal uma alternativa que mudou sua qualidade de vida. Desde dezembro de 2023, ele passou a receber o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com acompanhamento do neurocirurgião Dr. Tiago de Paiva Cavalcante, no Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (CASE).

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Uma vida marcada pelas crises

As convulsões fazem parte da vida de Matheus desde a infância. As primeiras crises surgiram durante o sono, mas, com o tempo, se intensificaram e passaram a ocorrer também durante o dia. Antes da Cannabis, ele já havia testado diferentes combinações de medicamentos antiepilépticos — chegando a tomar diversos comprimidos por dia — sem alcançar o controle necessário.

“Era um ciclo sem fim. Eu tomava os remédios, mas as crises continuavam. E os efeitos colaterais eram muito fortes: perdi memória, cheguei a emagrecer demais, depois engordei, vivia tonto e com a visão cruzada. Minha fala também ficava travada por causa da ansiedade e do nervosismo”, lembra.

O início com a Cannabis

A partir do início do tratamento com a Cannabis,  Matheus conta que percebeu mudanças rápidas: a frequência das convulsões caiu drasticamente, restando apenas crises de ausência ocasionais. A memória e a fala também melhoraram de forma expressiva.

“Com a Cannabis eu vi que a mudança foi imensa. Hoje praticamente não tenho mais convulsões. A memória voltou, consigo falar com mais tranquilidade, trabalhar, estudar e ter bem-estar”, afirma.

Ajustes e desafios no SUS

O atendimento pelo SUS em Sergipe ainda enfrenta desafios. Matheus explica que houve reorganizações e até trocas de neurologistas durante o processo de implantação do programa, além da necessidade de ajustes de dosagem e de adaptação ao tipo de medicamento disponível.

No início, Matheus recebeu pelo SUS um óleo de Cannabis com princípio ativo importado, mas produzido e distribuído nacionalmente. Como não se adaptou bem, passou a utilizar outro óleo de canabidiol, também disponível pelo SUS, em frascos menores, o que exige a retirada de mais unidades por mês. Essa situação tornou o processo mais trabalhoso, mas não interrompeu o tratamento.

Novos hábitos e retomada da vida

Com o controle das crises, Matheus conseguiu retomar atividades cotidianas e sociais que antes eram inviáveis. Voltou à prática esportiva, como basquete e academia, e à música, participando de corais e se apresentando em shows.

Ele também passou a adotar hábitos mais saudáveis: reduziu o consumo de carboidratos, cortou refrigerantes e não faz uso de álcool.  “Isso ajudou para que os remédios funcionem melhor. A dieta e a Cannabis se complementam”, explica.

Saúde mental em equilíbrio

Além do controle das crises, a Cannabis trouxe impacto positivo na saúde mental de Matheus. Ele lembra que, antes, os episódios de estresse eram intensos e que já chegou a ter pensamentos suicidas.

“Eu não tinha paciência, quebrava coisas em casa e me sentia sem saída. Hoje, isso não passa mais pela minha mente. A Cannabis trouxe calma e equilíbrio. Ainda faço acompanhamento psicológico, mas agora consigo ter uma vida muito mais tranquila”, afirma.

Uma nova perspectiva

Para Matheus, o tratamento com Cannabis não foi apenas uma opção terapêutica, mas um ponto de virada muito significativo. “Hoje consigo estudar, trabalhar, fazer atividade física e estar em lugares públicos sem medo. Até meus relacionamentos mudaram, porque não dependo mais da vigilância constante dos outros. A Cannabis me devolveu a liberdade”, conclui.

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