Fitocanabinoides, compostos naturais encontrados na Cannabis, estão revolucionando a Medicina e alterando tudo o que se sabia sobre os tratamentos médicos para diversas condições de saúde.
Se hoje o THC e o CBD estão no centro das discussões, o que dizer dos mais de 100 outros fitocanabinoides que também exercem efeitos no organismo?
Alguns promovem relaxamento, outros modulam a dor, e há aqueles que sequer foram estudados a fundo, mas que possuem grande potencial.
Apesar de muitos ainda verem a Cannabis com desconfiança, pesquisas apontam que os fitocanabinoides podem ser a chave para um novo tipo de abordagem terapêutica, mais natural e eficiente.
E o que faz dessas moléculas tão únicas? Para responder a isso, é preciso ir além e explorar como elas atuam no nosso sistema biológico.
Se você quer entender como algo vindo de uma planta está transformando a indústria farmacêutica e trazendo esperança para milhões de pessoas, acompanhe a leitura deste artigo para aprender sobre:
- O que é um fitocanabinoide?
- Quais são os principais tipos de fitocanabinoides?
- Quais são os efeitos dos fitocanabinoides no corpo humano?
- Quais doenças podem ser tratadas com fitocanabinoides?
- Quais são os principais benefícios do uso de fitocanabinoides?
- Formas de utilizar fitocanabinoides em tratamentos
- O uso da Cannabis medicinal e os fitocanabinoides
O que é um fitocanabinoide?
Fitocanabinoides são compostos orgânicos exclusivamente produzidos por plantas do gênero Cannabis, embora traços possam ser identificados em outras espécies vegetais.
Quimicamente, são moléculas lipofílicas, ou seja, têm afinidade por gorduras, e são sintetizadas a partir de precursores como o ácido olivetólico e o pirofosfato de geranil.
Sua estrutura molecular varia conforme a disposição de átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio, formando arranjos capazes de interagir com sistemas biológicos em mamíferos.
Na planta, os fitocanabinoides são armazenados nos tricomas, concentrando-se principalmente nas flores. Sua produção é influenciada pela exposição à luz, temperatura e ao estágio de desenvolvimento.
Apesar de serem frequentemente associados à defesa contra pragas, a função primária dos fitocanabinoides está ligada a processos da própria Cannabis, como a regulação do estresse oxidativo e a proteção contra radiação.
Do ponto de vista bioquímico, esses compostos atuam como metabólitos secundários, não envolvidos diretamente no crescimento ou reprodução, mas essenciais para a adaptação ambiental.
A interação dos fitocanabinoides com receptores celulares em mamíferos ocorre por mimetismo molecular, já que suas estruturas se assemelham a endocanabinoides produzidos pelo corpo.
Essa similaridade permite que interajam com receptores, como CB1 e CB2, promovendo benefícios terapêuticos valiosos para o controle dos sintomas de condições de saúde, como epilepsia, dor crônica, inflamações sistêmicas e muito mais…
Fitocanabinoides: para que servem?
Na Cannabis, os fitocanabinoides atuam como mecanismo de defesa, inibindo o apetite de herbívoros e reduzindo danos causados por insetos.
Alguns fitocanabinoides, como o THC, exercem efeito alelopático, impedindo a germinação de competidores vegetais próximos. Além disso, protegem contra patógenos fúngicos e bacterianos, graças a propriedades antimicrobianas.
Em humanos, a utilidade dos fitocanabinoides está relacionada à sua capacidade de modular o sistema endocanabinoide, uma rede de sinalização celular envolvida na homeostase.
Ao se conectarem a receptores específicos, influenciam processos como neurotransmissão, resposta imune e percepção de dor.
O CBD, por exemplo, tem afinidade por receptores serotoninérgicos (5HT1A), enquanto o THC ativa diretamente os CB1 no sistema nervoso central.
Na indústria, são utilizados para a produção de fármacos, cosméticos e suplementos, mas sua aplicação depende de métodos de extração que preservam suas propriedades.
Quais são os principais tipos de fitocanabinoides?
Existem mais de 140 fitocanabinoides até então identificados na Cannabis, os quais podem ser divididos em 2 classes: maiores e menores.
Os canabinoides maiores são encontrados em quantidades mais elevadas na planta. Já os canabinoides menores aparecem em concentrações inferiores a 1%. Entre os mais conhecidos das duas classes, estão:
- Canabidiol (CBD): O CBD é o principal canabinoide não psicoativo da Cannabis. Sua ação ocorre via modulação de receptores envolvidos na percepção de dor e relacionados à regulação do humor.
- Delta-9-THC: Principal canabinoide psicoativo, o tetrahidrocanabinol liga-se a receptores CB1 com alta afinidade. Essa interação desencadeia efeitos como euforia, mas também modula funções como apetite e memória. Na planta, sua produção aumenta sob estresse ambiental.
- Canabinol (CBN): O CBN surge da oxidação do THC quando exposto à luz ou calor. Com leve efeito sedativo, também pode neutralizar radicais livres. Estudos sugerem que seu potencial antioxidante supera o de vitaminas como a C e E.
- Canabigerol (CBG): O CBG é precursor do CBD, THC e CBC. Presente em maior quantidade em plantas jovens, sua concentração diminui conforme outros canabinoides são sintetizados. Pode interagir com receptores adrenérgicos (relacionados ao estresse).
- Tetrahidrocanabivarina (THCV): Em doses elevadas, o THCV se comporta como antagonista dos receptores CB1, bloqueando efeitos psicoativos e suprimindo o apetite. Em baixas concentrações, age como agonista parcial.
- Delta-8-THC: Isômero do Delta-9-THC, o Delta-8 se diferencia do seu homólogo devido a psicoatividade menos intensa.
- Canabicromeno (CBC): O CBC age amplificando as propriedades de outros fitocanabinoides através do “efeito entourage”. Também estimula receptores associados à resposta anti-inflamatória.
- Ácido canabidiolico (CBDA): Forma ácida do CBD. Inibe enzimas ciclo-oxigenases (COX 2), relacionadas à inflamação, com eficácia comparável a anti-inflamatórios não esteroidais.
- Ácido tetrahidrocanabinólico (THCA): Precursor não psicoativo do THC. Mesmo em sua forma ácida, exibe propriedades anti-inflamatórias.
Quais são os efeitos dos fitocanabinoides no corpo humano?
Os fitocanabinoides agem a nível molecular. Seus alvos são receptores e canais iônicos dentro e fora do sistema endocanabinoide, que permitem que cada um exerça suas respectivas propriedades medicinais.
Além de induzir efeitos psicoativos ao se ligar aos receptores CB1, o THC modula a liberação de dopamina em regiões cerebrais como o núcleo accumbens.
Estudos farmacocinéticos revelam que sua capacidade analgésica supera a hidrocortisona em até 15 vezes em dores neuropáticas, graças à inibição de canais TRPV1 envolvidos na sinalização dolorosa.
Em contrapartida, o CBD emerge como regulador de sistemas paralelos. Ao bloquear a recaptação de anandamida, ele mantém níveis desse endocanabinoide mais elevados, prolongando efeitos.
Sua interação com receptores 5HT1A no córtex pré-frontal explica reduções nos sintomas de ansiedade social e estabilização do humor.
O CBG, entre outros efeitos, inibe o crescimento de Pseudomonas aeruginosa resistente a antibióticos, apontando para aplicações em infecções. Também pode reduzir a pressão intraocular, rivalizando com colírios convencionais.
Já o CBN, produto da degradação do THC, atua como modulador do sistema GABAérgico, aumentando a duração do sono REM, segundo dados de polissonografia.
Surpreendentemente, sua estrutura molecular permite neutralizar radicais livres, espécies reativas implicadas em danos neuronais no Alzheimer, com eficiência maior que a vitamina E.
A forma ácida do THC, o THCA, demonstra inibição na liberação de TNFα por macrófagos, superando a potência de anti-inflamatórios não esteroidais.
Pacientes com artrite reumatoide que aplicaram gel tópico de fitocanabinoides relataram redução na rigidez matinal, efeito atribuído à modulação de enzimas envolvidas na degradação cartilaginosa.
O melhor de tudo é que a grande maioria desses efeitos já tem respaldo científico, ampliando as opções terapêuticas de muitos pacientes.
Quais doenças podem ser tratadas com fitocanabinoides?
A versatilidade dos fitocanabinoides permite abordar condições complexas que desafiam tratamentos convencionais.
Sua capacidade de modular múltiplos sistemas fisiológicos – desde a neurotransmissão até a resposta inflamatória – os torna bons instrumentos em terapias integrativas.
A personalização do tratamento é um dos avanços mais relevantes. Métodos de extração avançados já isolam fitocanabinoides minoritários, como o CBC ou CBDA, cujas propriedades atendem a perfis clínicos distintos.
Com isso, a aplicação isolada ou em sinergia desses canabinoides permite que esses compostos sejam utilizados no manejo de muitas condições, como:
1. Transtornos mentais e neurológicos
Distúrbios neurológicos e psiquiátricos frequentemente envolvem desequilíbrios em sistemas de sinalização celular. Em contrapartida, os fitocanabinoides atuam como moduladores precisos nessas condições.
O CBD, por exemplo, regula a atividade de receptores serotoninérgicos associados à ansiedade, enquanto o THC pode ajustar a liberação de dopamina. Esses compostos também têm grande potencial neuroprotetor.
Sendo assim, os fitocanabinoides podem auxiliar no controle dos sintomas das seguintes condições:
- Ansiedade: O CBD reduz a hiperatividade em regiões cerebrais como a amígdala, envolvida na resposta ao medo, sem induzir sedação excessiva;
- Transtorno do espectro autista: Estudos apontam que combinações de CBD e THC melhoram a interação social e agitação;
- Depressão: O CBG demonstra potencial ao estimular a produção de BDNF, proteína crucial para a saúde neuronal;
- Doença de Alzheimer: O THC, em doses controladas interfere, na agregação de proteínas beta-amiloides, marcadores da doença;
- Doença de Parkinson: Canabinoides diversos aliviam tremores e rigidez muscular;
- Esclerose Múltipla: Formulações combinadas de THC/CBD reduzem espasticidade muscular;
- Esquizofrenia: O Canabidiol tem um forte potencial antipsicótico, podendo também melhorar sintomas cognitivos nesta condição;
- Epilepsia: De modo geral, os canabinoides estabilizam canais de sódio neuronais, prevenindo descargas elétricas anormais;
- Síndrome do pânico: Com um potencial ansiolítico, o CBD e o CBG regulam a liberação de cortisol durante crises de ansiedade aguda;
- Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): Compostos da Cannabis também podem interferir em circuitos corticoestriatais ligados a comportamentos repetitivos;
- Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT): O THC facilita a extinção de memórias traumáticas, além de reduzir pesadelos frequentes nesta condição.
2. Doenças crônicas e autoimunes
Condições crônicas frequentemente envolvem inflamação persistente e desregulação imune. Aqui, os fitocanabinoides miram em alvos moleculares, como citocinas pró-inflamatórias e vias de sinalização celular.
- Câncer: Aqui, os canabinoides são adjuvantes, auxiliando no controle dos efeitos colaterais de tratamentos da quimioterapia;
- Diabetes: Podem reduzir a resistência à insulina, além de prevenir danos nervosos decorrentes da diabetes;
- Doença de Crohn: Reduzem inflamação intestinal ao inibir a migração de neutrófilos. Canabinoides como o THC e o CBD também auxiliam no controle da dor e restauração do apetite prejudicado;
- Artrite reumatoide: Fitocanabinoides consumidos via oral bloqueiam enzimas inflamatórias que degradam a cartilagem articular. Aplicados topicamente, ajudam a reduzir a inflamação local e reduzir a dor;
- Fibromialgia: Combinações de CBC e CBD normalizam níveis de neurotransmissores associados à sensibilização central.
3. Dores e inflamações
A relação entre fitocanabinoides e o manejo da dor está profundamente ligada à sua capacidade de modular vias de sinalização neural e processos inflamatórios.
Enquanto o sistema endocanabinoide regula naturalmente a percepção da dor, fitocanabinoides exógenos podem potencializar esse mecanismo, especialmente em condições crônicas onde a resposta fisiológica é insuficiente.
Essa dupla ação – analgésica e anti-inflamatória – abre caminho para abordagens integrativas em condições como:
- Dor de cabeça e enxaqueca: O CBD regula a atividade do receptor 5HT1A, envolvido na dilatação de vasos cerebrais, enquanto o THC bloqueia a liberação de CGRP, marcador-chave nas crises de enxaqueca;
- Endometriose: Fitocanabinoides reduzem a proliferação de células endometriais ao suprimir a expressão de enzimas que facilitam a invasão tecidual. Pacientes também relatam diminuição de cólicas intensas;
- Dor neuropática: O CBD e CBG podem controlar os sintomas de queimação, formigamento e dor, além de reduzir a sensibilização central característica dessa condição;
- Lúpus sistêmico: Doença autoimune marcada por inflamação multissistêmica, o tratamento do lúpus beneficia-se da ação dos fitocanabinoides, que reduzem sintomas como dor, inflamação e danos na pele;
- Psoríase: E por falar em danos na pele, o THC também pode diminuir o suprimento sanguíneo para lesões hiperproliferativas. Sintomas como coceira, descamação e feridas podem ser controlados;
- Retocolite ulcerativa: Os fitocanabinoides CBG e THCV reduzem a permeabilidade intestinal e diminuem a inflamação sem suprimir o sistema imunológico. Pacientes com sangramento retal podem, ainda, obter alívio com supositórios de CBD;
- Bursite: Inflamação das bursas sinoviais, comum em articulações de carga como ombros e joelhos, responde a fitocanabinoides aplicados topicamente;
- Inflamação muscular: Os canabinoides modulam a resposta inflamatória sem suprimir a reparação tecidual. Em distensões, géis de CBN e mentol promovem vasodilatação, facilitando a regeneração fibrilar.
4. Distúrbios do sono e bem-estar
A regulação do ciclo sono-vigília pelos fitocanabinoides ocorre principalmente via influência nos sistemas GABAérgico e serotoninérgico.
O CBD, em particular, promove o relaxamento sem sedação direta, enquanto o CBN prolonga a fase de sono REM ao potencializar a ligação de neurotransmissores inibitórios no tálamo.
Além do sono, o bem-estar geral é impactado pela ação dos fitocanabinoides no eixo HPA, responsável pela resposta ao estresse.
O CBG, por exemplo, reduz a liberação de cortisol ao bloquear receptores adrenérgicos β2, enquanto o THCV equilibra níveis de dopamina em áreas cerebrais associadas à motivação.
Por isso, esses compostos podem ajudar no controle dos sintomas das seguintes condições:
- Insônia: Combinações de CBD e mirceno (terpeno) induzem sonolência ao aumentar a atividade de canais de potássio em neurônios do núcleo pré-óptico;
- Apneia obstrutiva do sono: O THC em doses controladas relaxa a musculatura faríngea sem deprimir o centro respiratório;
- Síndrome das pernas inquietas: Os fitocanabinoides auxiliam na correção de disfunções na liberação de dopamina, que está ligada ao controle dos movimentos. Embora não cure a condição, atenua os impactos que essa condição traz;
- Distúrbios do ritmo circadiano: Canabinoides também podem modular a produção de melatonina no núcleo supraquiasmático, permitindo a regulação do ciclo circadiano.
5. Dependências e danos ao organismo
Fitocanabinoides também auxiliam no desmame de medicamentos, controle de abstinências e atenuam os impactos dos efeitos colaterais de muitos fármacos.
Estudos mostram que essas substâncias interferem na liberação de dopamina ao seu próprio modo, reduzindo a busca por substâncias psicoativas.
O Canabidiol, por exemplo, restaura a função de transportadores de glutamato no córtex pré-frontal, área crítica no controle de impulsos. Sendo assim, sua aplicação é útil no caso de:
- Dependência química: Podem atenuar sintomas de abstinência de opioides ao normalizar a dinâmica dos receptores;
- Danos hepáticos: O CBDA aumenta a produção de glutationa peroxidase, enzima chave na detoxificação hepática;
- Obesidade: Fitocanabinoides que agem sobre receptores CB1 periféricos auxiliam na redução da adipogênese e resistência à insulina;
- Disbiose intestinal: Estas substâncias também ajudam na restauração da integridade da barreira epitelial, prevenindo a disbiose.
Formas de utilizar fitocanabinoides em tratamentos
Os fitocanabinoides podem ser administrados de diversas maneiras, cada uma adaptada a necessidades específicas e objetivos terapêuticos.
A escolha do método depende de fatores como velocidade de ação, duração dos efeitos e preferência individual.
Algumas formas priorizam absorção rápida para alívio imediato, outras garantem liberação prolongada, ideal para condições crônicas.
A evolução das técnicas de extração e formulação permitiu criar produtos estáveis e seguros. Desde soluções líquidas até preparações sólidas, cada formato exige cuidados específicos de armazenamento e dosagem.
Contudo, o diálogo com profissionais de saúde é importante para ajustar horários de uso e interações com outros medicamentos, garantindo que os fitocanabinoides integrem tratamentos de forma efetiva.
Veja os principais formatos em que os fitocanabinoides podem ser utilizados na Medicina:
1. Óleos e tinturas sublinguais
Colocar gotas sob a língua é um dos métodos de uso mais comuns. A região possui vasos sanguíneos que absorvem os fitocanabinoides diretamente para a corrente sanguínea, evitando o sistema digestivo.
Isso faz com que os efeitos surjam em 15 a 30 minutos, durando até 6 horas. É ideal para quem busca controle preciso da dose ou precisa de ação rápida em crises de ansiedade ou dor aguda.
2. Cápsulas e comprimidos
Para quem prefere praticidade, cápsulas oferecem doses fixas e efeitos prolongados (até 8 horas). Como passam pelo estômago e fígado antes de entrarem na circulação, o início da ação é mais lento – entre 1 e 2 horas.
São indicadas para tratamentos contínuos, como inflamações crônicas ou distúrbios do sono, onde a consistência é mais importante que a velocidade. A desvantagem é a possível perda de parte do composto durante a digestão.
3. Vaporização e inalação
Inalar fitocanabinoides através de vaporizadores leva os compostos diretamente aos pulmões, onde são absorvidos em segundos. Os efeitos surgem em menos de 5 minutos, mas duram apenas 2 a 3 horas.
Útil para alívio imediato de náuseas intensas ou dores repentinas. Requer dispositivos de qualidade para evitar irritação das vias aéreas. Não é recomendado para uso frequente ou por pessoas com problemas respiratórios.
4. Uso tópico (cremes e pomadas)
Cremes e geis com fitocanabinoides agem localmente, sem entrar na corrente sanguínea. Aplicados na pele, aliviam dores musculares, inflamações articulares ou condições dermatológicas como psoríase.
Os efeitos são restritos à área de aplicação, com início em cerca de 30 minutos e duração de até 5 horas. É uma ótima opção para quem quer evitar efeitos sistêmicos ou tem sensibilidade a outras formas de uso.
Texturas não gordurosas e ingredientes complementares (como mentol) potencializam a penetração na pele.
Quais são os principais benefícios do uso de fitocanabinoides?
A utilização de fitocanabinoides na Medicina traz vantagens que vão além dos efeitos terapêuticos, e a principal delas é a personalização do tratamento: compostos podem ser combinados para atender diferentes perfis clínicos.
Pacientes com sensibilidade ao THC, por exemplo, podem optar por formulações ricas em CBD ou CBG, enquanto outros ajustam doses conforme a resposta individual.
Essa flexibilidade é rara em medicamentos convencionais, que seguem protocolos fixos.
Outro benefício é o perfil de segurança. Fitocanabinoides causam efeitos colaterais mais leves comparados a opioides, ansiolíticos ou anti-inflamatórios comumente utilizados para os mesmos propósitos.
Remédios convencionais para dor crônica, por exemplo, podem levar à dependência ou danos gastrointestinais, algo que dificilmente acontece com o uso de fitocanabinoides.
Estudos apontam ainda que, mesmo em uso prolongado, o risco de desenvolver tolerância é significativamente menor, permitindo doses estáveis por anos.
A compatibilidade com outras terapias também é um ponto de vantagem. Os fitocanabinoides podem ser integrados a tratamentos convencionais para potencializar resultados ou reduzir a dosagem de medicamentos agressivos.
Pacientes em quimioterapia, por exemplo, usam THC para controlar náuseas sem interferir na ação dos quimioterápicos.
Além disso, a ação multimodal desses compostos trata múltiplos sintomas simultaneamente.
Um único fitocanabinoides pode aliviar inflamação intestinal, melhorar o humor e proteger o fígado – efeitos que demandariam três medicamentos diferentes na medicina tradicional.
Essa integração simplifica regimes terapêuticos complexos, reduzindo a sobrecarga de substâncias no organismo.
Conclusão
Se os fitocanabinoides chamaram sua atenção, é porque há algo neles que ressoa com o que você busca: alívio de sintomas, equilíbrio, qualidade de vida…
A ciência não para de revelar o impacto desses compostos no sistema endocanabinoide, e quem experimenta os benefícios sente na pele — literalmente.
Mas nada substitui uma orientação profissional para encontrar o tratamento certo para o seu caso.
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