A rosácea é uma condição de pele crônica, embora seja tratável, que afeta a região central do rosto. O tratamento para rosácea é importante para controlar os sintomas dessa condição, que se manifesta em períodos de surtos e remissões.
Geralmente, ela começa com rubor ou vermelhidão intermitente nas bochechas, nariz, queixo ou testa. Com o passar do tempo, essa vermelhidão costuma se intensificar, vindo acompanhada de vasos sanguíneos visíveis.
Em casos mais graves, inflamações, espinhas e até deformidades no nariz surgem. Além disso, metade das pessoas afetadas relatam incômodos nos olhos, como irritação e lacrimejamento.
Quando diagnosticada, o tempo de tratamento para rosácea que o paciente vai precisar depende da gravidade dos seus sintomas. E para te informar a respeito das opções de manejo disponíveis, preparamos este artigo!
Prossiga com a leitura e aprenda sobre:
- O que é rosácea e por que ela aparece?
- Quais são os sintomas da rosácea?
- Quem pode ter rosácea?
- Diagnóstico da rosácea
- Tratamento para rosácea: quais são os métodos mais usados?
- A Cannabis no tratamento da rosácea
- Existem remédios naturais para o tratamento para a rosácea?
- O tratamento para rosácea cura a condição ou apenas alivia?
- Quanto tempo leva o tratamento para a rosácea?
- Tratamento para rosácea: o que evitar durante o tratamento?
- Dicas de rotina de cuidados para quem faz tratamento para rosácea
O que é rosácea e por que ela aparece?
Rosácea, também conhecida como acne rosácea, é uma condição inflamatória não contagiosa que afeta exclusivamente a pele.
Ela ocorre devido à dilatação dos pequenos vasos sanguíneos superficiais da pele (capilares), o que gera a aparência de um rubor persistente.
Regiões como testa, bochechas e queixo frequentemente apresentam pústulas amareladas. Diferentemente da acne, a rosácea não provoca cicatrizes.
O problema costuma surgir entre os 30 e 50 anos, sendo o rubor frequente um dos primeiros sinais. Com o tempo, a vermelhidão (eritema) torna-se permanente à medida que os capilares dilatam e as pústulas aparecem.
Em situações mais graves, especialmente em homens, a condição pode causar aumento e avermelhamento do nariz, caracterizando o rinofima.
Embora a causa exata da rosácea ainda seja desconhecida, estudos apontam que ela pode estar associada a fatores como:
- Alterações nos vasos sanguíneos, no sistema imunológico ou no sistema nervoso;
- Proliferação excessiva de ácaros microscópicos da pele, como o Demodex, que habitam naturalmente o nariz e as bochechas;
Infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que, em alguns casos, estaria ligada ao desenvolvimento da rosácea; - Disfunção da proteína catelicidina, responsável por proteger a pele contra infecções. Quando não faz sua função adequadamente, sintomas de rosácea tendem a surgir.
Pesquisas continuam sendo realizadas para entender melhor as causas dessa condição e determinar se ela pode estar relacionada a doenças autoimunes.
Alguns tipos de rosácea parecem resultar de uma resposta exagerada do sistema imunológico, que, ao tentar combater bactérias, como a Bacillus oleronius, acaba atacando células da pele, gerando sintomas característicos.
Em outros casos, o sistema imunológico apresenta alta sensibilidade a fatores ambientais, como exposição ao sol ou mudanças bruscas de temperatura, desencadeando os sintomas.
Esse esforço excessivo do organismo para se adaptar a essas condições externas agrava a inflamação.
Quais são os sintomas da rosácea?
Os sintomas da rosácea normalmente incluem:
- Rubor e queimação: Você pode notar uma coloração vermelha ou mais escura na pele do rosto, acompanhada de uma sensação de calor. Se você tem um tom de pele mais escuro, pode sentir apenas calor nas bochechas.
- Vermelhidão persistente: A vermelhidão costuma durar semanas, meses ou mais. Dependendo do seu tom de pele, você vai observar variações de cor como vermelho, violeta ou marrom nas bochechas, nariz, queixo, testa, orelhas, pescoço ou couro cabeludo.
- Surtos semelhantes à acne: Muitas pessoas com rosácea desenvolvem erupções cutâneas semelhantes à acne, que são visíveis em todos os tons de pele. Esses surtos são conhecidos “pápulas” (caroços) e “pústulas” (caroços cheios de pus).
- Vasos sanguíneos visíveis: Em tons de pele mais claros, pode-se notar vasos sanguíneos visíveis nas bochechas ou no nariz.
- Alterações oculares: Os olhos podem apresentar sensação de secura, sensação arenosa, coceira, vermelhidão ou ardor. Outros sinais incluem lacrimejamento excessivo, sensibilidade à luz, sensação de que há algo nos olhos e descoloração ao redor dos olhos.
- Espessamento da pele: Embora menos comum, o espessamento da pele ocorre quando a rosácea não é tratada. Este sintoma é mais prevalente em homens e afeta a testa ou orelhas. Quando afeta o nariz, é conhecido como “rinofima”.
- Sensação de ardência: Algumas pessoas com rosácea sentem uma sensação de queimação ou ardência ao aplicar produtos no rosto, incluindo água.
- Secura: A rosácea também pode causar pele áspera, escamosa, seca ou com coceira.
- Coceira: A coceira pode ocorrer se a pele estiver seca ou irritada, ainda que não seja um sintoma comum.
Quem pode ter rosácea?
Embora possa ocorrer em diferentes tipos de pele e grupos populacionais, a rosácea é mais comum em pessoas de pele clara, que tendem a corar com facilidade.
O distúrbio afeta predominantemente mulheres, mas seus casos mais graves são frequentemente observados em homens.
Diagnóstico da rosácea
Um dermatologista diagnostica a rosácea examinando sua pele e olhos. Como os sinais da rosácea podem surgir e desaparecer, o dermatologista também fará uma anamnese e avaliará seu histórico clínico.
Testes adicionais podem ser necessários para descartar outras condições, como lúpus, que também pode causar uma mudança duradoura de cor no rosto.
Se você tiver um tipo raro de rosácea chamado rosácea granulomatosa, pode ser necessária uma biópsia de pele. A pele removida é enviada para um laboratório médico, onde será examinada sob um microscópio.
Quando todas as informações necessárias forem obtidas, você receberá o diagnóstico do médico.
Como funciona o tratamento para rosácea?
A rosácea é uma condição inflamatória crônica da pele, que afeta principalmente o rosto e se manifesta por vermelhidão persistente, vasos sanguíneos dilatados, pápulas e até mesmo inchaço em algumas áreas.
Apesar de sua causa ainda não estar completamente esclarecida, acredita-se que fatores genéticos, reações imunológicas, alterações na microbiota cutânea e até gatilhos ambientais estejam envolvidos em seu desenvolvimento.
Os sintomas da rosácea variam, mas frequentemente incluem rubor facial que persiste por longos períodos, sensação de ardor, ressecamento, descamação e, em casos mais avançados, espessamento da pele em regiões como o nariz.
Além da questão estética, essa condição pode afetar a autoestima e o bem-estar emocional, tornando o tratamento para rosácea uma questão de qualidade de vida.
O tratamento para rosácea tem um único propósito: controlar a inflamação e minimizar os sintomas, já que não há cura definitiva.
Para isso, são adotadas abordagens combinadas que envolvem cuidados com a pele, uso de medicamentos, além da adoção de hábitos que reduzam os fatores desencadeantes.
Cada estratégia tem uma função no controle da rosácea, mas todas focam em garantir que as crises sejam menos frequentes e a pele se mantenha mais saudável.
Vamos conhecer o que compõe o tratamento para rosácea abaixo….
1. Cuidados com a pele
Manter a pele bem cuidada é uma etapa indispensável do tratamento para rosácea, pois visa conter a progressão da inflamação e suavizar seus efeitos.
Como essa condição está relacionada à sensibilidade cutânea e à inflamação, a rotina de skincare precisa ser adaptada para minimizar a irritação e reforçar a barreira de proteção da pele.
O primeiro passo é a higienização suave, feita com produtos de limpeza que não agridem nem removem a hidratação natural.
Sabonetes formulados com agentes calmantes e sem sulfatos ajudam a eliminar impurezas sem comprometer a barreira cutânea.
Depois da limpeza, cremes e loções com ingredientes como niacinamida, pantenol e ceramidas fortalecem a pele, reduzindo a perda de água e diminuindo a reatividade a estímulos externos.
A proteção solar diária é outra parte do cuidado com a pele que não pode ser negligenciada. Os raios UV são um dos maiores gatilhos para o agravamento da rosácea, tornando o uso de protetor solar indispensável.
Evitar produtos com fragrâncias, álcool e ácidos esfoliantes também faz toda a diferença. A pele com rosácea é extremamente reativa, então qualquer substância agressiva pode desencadear crises de vermelhidão e ardor.
2. Medicamentos tópicos
Os tratamentos tópicos para rosácea atuam diretamente na pele a fim de reduzir a inflamação, acalmar a vermelhidão e controlar possíveis surtos.
Esses produtos são prescritos conforme o tipo e a gravidade da condição, sendo aplicados de maneira localizada para potencializar a melhora sem comprometer outras áreas. Algumas opções incluem:
- Metronidazol: Bastante comum nestes casos devido sua ação anti-inflamatória e antimicrobiana, ajudando a diminuir a vermelhidão e a formação de lesões.
- Ivermectina: Atua reduzindo a presença de micro-organismos envolvidos na inflamação e proporcionando melhora gradual dos sintomas.
- Ácido azelaico: Também é uma alternativa de tratamento para rosácea, pois além de combater a inflamação, contribui para uniformizar o tom da pele e reduzir a reatividade cutânea.
- Brimonidina: Esse ativo promove uma contração dos pequenos vasos da pele, diminuindo a vermelhidão rapidamente.
- Oxymetazolina: age de maneira semelhante ao medicamento anterior, oferecendo alívio visual imediato para a vermelhidão intensa.
3. Medicamentos orais
Quando a rosácea apresenta inflamação mais intensa ou não responde bem aos cuidados tópicos, o tratamento oral entra em cena. Eles atuam de dentro para fora, reduzindo a atividade inflamatória do organismo.
Os antibióticos orais são frequentemente prescritos para modular a inflamação e evitar a proliferação excessiva de micro-organismos associados à rosácea.
A doxiciclina é uma das escolhas mais comuns, pois além de sua ação antimicrobiana, também possui propriedades anti-inflamatórias que ajudam a suavizar as crises.
Em doses mais baixas, ela pode ser usada por períodos prolongados sem os efeitos colaterais típicos dos antibióticos convencionais.
Para casos mais severos, a isotretinoína pode ser indicada. Esse derivado da vitamina A atua reduzindo a produção de sebo e regulando a inflamação cutânea, sendo eficaz em formas resistentes da rosácea.
Além dessas opções, alguns médicos podem prescrever betabloqueadores, como o propranolol, para ajudar a controlar a vermelhidão persistente e os episódios de rubor intenso.
4. Terapias com laser ou luz intensa pulsada
Para quem tem rosácea, a vermelhidão não some com o tempo. Pelo contrário, ela pode piorar e trazer consigo vasos sanguíneos aparentes, textura irregular e um incômodo difícil de ignorar.
Quando os tratamentos para rosácea convencionais já não são suficientes para domar os sinais visíveis, as terapias com laser e luz intensa pulsada surgem como um reforço.
O princípio dessas terapias é simples: atacar os pequenos vasos sanguíneos que se tornaram hiperativos, dilatados e teimosamente aparentes sob a pele.
O laser emite pulsos de luz que atravessam a superfície da pele e atingem diretamente esses vasos. A energia gerada faz com que eles se contraiam e, ao longo das semanas, sejam reabsorvidos pelo corpo.
O resultado? Menos vermelhidão, menos manchas persistentes e um tom de pele mais uniforme.
Já a luz intensa pulsada (LIP) funciona de forma um pouco diferente. Em vez de mirar apenas os vasos, essa tecnologia usa flashes para tratar uma área maior, estimulando a produção de colágeno e melhorando a textura da pele.
Ou seja, além de reduzir a vermelhidão, ela fortalece a estrutura da pele, tornando-a mais resistente a futuros surtos de rosácea.
Mas, como qualquer tratamento, não é mágica. São necessárias múltiplas sessões, geralmente espaçadas entre três e seis semanas, para que os efeitos se tornem perceptíveis.
Após o procedimento, a pele pode ficar sensível, levemente inchada e, em alguns casos, com pequenas crostas que desaparecem em poucos dias.
Cuidados pós-tratamento são fundamentais: protetor solar se torna um item obrigatório e qualquer exposição excessiva ao sol pode comprometer os resultados.
5. Identificação e controle de gatilhos
Lidar com a rosácea sem identificar seus gatilhos é como tentar apagar um incêndio sem saber de onde vêm as chamas.
Você pode seguir impecavelmente seu tratamento para rosácea prescrito, mas basta um pequeno deslize – um copo de vinho, um prato mais apimentado ou até um dia de estresse – para que a pele volte a se inflamar.
O grande desafio é que esses gatilhos não são universais. O que causa uma crise para uma pessoa pode não afetar outra.
Mas alguns padrões são comuns: bebidas quentes, álcool, exposição ao sol, mudanças bruscas de temperatura, alimentos condimentados e estados emocionais intensos costumam estar entre os maiores vilões.
Até mesmo produtos de beleza e certos ingredientes em cosméticos podem desencadear surtos inesperados.
Identificar esses gatilhos exige paciência e observação. Então, mantenha um diário da pele, registrando tudo o que foi consumido, os produtos utilizados e as condições do ambiente nos dias em que os sintomas pioraram.
Com o tempo, padrões começam a emergir e fica mais fácil saber o que deve ser evitado. Mas evitar um gatilho nem sempre é uma tarefa simples.
Afinal, ninguém quer abrir mão para sempre do café da manhã ou se privar de um jantar especial porque o menu inclui algo que pode causar uma crise. O segredo está no equilíbrio.
A Cannabis medicinal no tratamento para rosácea
A rosácea vem com uma combinação de inflamação, vasos dilatados e sensibilidade extrema — e é exatamente nesses pontos que a Cannabis pode trabalhar.
Os compostos da Cannabis, como o CBD e o THC, interagem com receptores do sistema endocanabinoide, presentes até na camada mais superficial da derme.
Esses receptores, especialmente o CB2, atuam como reguladores naturais de processos como resposta imune e dilatação vascular.
Quando ativados, podem frear a cascata inflamatória que alimenta a vermelhidão e o inchaço, dois dos maiores incômodos da condição.
Enquanto tratamentos convencionais muitas vezes atuam apenas nos sintomas, a Cannabis parece endereçar parte da raiz do problema: o desequilíbrio imunológico que torna a pele reativa.
Estudos sugerem que os canabinoides reduzem a produção de óxido nítrico, substância ligada à dilatação excessiva dos vasos sanguíneos, responsável por aqueles surtos de calor e rubor.
Outra vantagem está na ação antioxidante desses compostos. A pele com rosácea sofre com o estresse oxidativo, que danifica células e intensifica a sensação de ardência.
Canabinoides, como o CBD, neutralizam radicais livres, protegendo os tecidos e ajudando a restaurar a barreira cutânea.
E não se trata apenas de combater crises: ao regular a atividade das glândulas sebáceas, alguns derivados da Cannabis podem prevenir a obstrução dos poros, reduzindo o risco de pústulas que muitas vezes acompanham a doença.
Os canabinoides também agem sobre receptores nervosos na pele, diminuindo a transmissão de sinais de desconforto ao cérebro.
Ainda que as pesquisas estejam em estágio inicial, já há evidências de que a Cannabis tem o potencial de:
- Controlar a inflamação;
- Proteger contra danos celulares;
- Acalma a hiperatividade vascular;
- Ameniza a dor.
Para quem busca alternativas além dos tratamentos para rosácea convencionais, a abordagem com Cannabis pode ser uma solução.
Quais estudos mostram os benefícios da Cannabis para a rosácea?
Um estudo de 2024 revisou o potencial dos canabinoides no tratamento de doenças de pele autoimunes e inflamatórias.
Os autores destacaram que a pele possui um sistema endocanabinoide próprio, composto por receptores e ligantes endógenos, o que sugere um papel fisiológico dos canabinoides na regulação da inflamação e da imunidade cutânea.
Pesquisas anteriores demonstraram que esses compostos podem regular a produção de lipídios sebáceos, reduzir a proliferação celular e aliviar a inflamação.
Isso sugere que os fitocanabinoides têm potencial como ferramentas inovadoras, eficientes e seguras no manejo de inflamações cutâneas.
No experimento clínico apresentado, um creme contendo 3% de extrato de semente de Cannabis foi aplicado em um pequeno estudo de 12 semanas.
O tratamento, realizado em um dos lados do rosto dos participantes, mostrou uma redução substancial na produção de sebo, inflamação e no eritema, quando comparado ao lado tratado apenas com veículo.
Esses achados indicam que o uso tópico de compostos derivados da Cannabis pode ser uma abordagem promissora para o tratamento das condições inflamatórias da pele.
Outro estudo, publicado no Journal of The American Academy of Dermatology, investigou os efeitos do Canabidiol na proteção da pele contra danos causados pela radiação UVA.
Dezenove participantes aplicaram, de forma randomizada, um creme contendo Canabidiol ou placebo na pele, duas vezes ao dia por 14 dias.
Após esse período, as áreas tratadas foram expostas à radiação UVA com até três vezes a dose mínima de eritema. 24 horas após a exposição, biópsias da pele foram coletadas para análises histológicas, imunológicas e genéticas.
Os resultados mostraram que 21% dos participantes apresentaram menos eritema na pele tratada com Canabidiol em comparação com o veículo. Histologicamente, o Canabidiol reduziu a hiperplasia epidérmica induzida por UVA.
A análise molecular evidenciou proteção significativa contra mutações do DNA mitocondrial associadas ao envelhecimento.
Este é o primeiro ensaio a demonstrar a capacidade protetora de um tópico com Canabidiol contra danos induzidos por UVA, que normalmente agravam os sintomas de rosácea.
Como iniciar um tratamento complementar com a Cannabis medicinal?
Desde 2015, o uso medicinal de produtos à base de Cannabis tem uma regulação própria, e hoje existem opções seguras para adquirir esses produtos, seja por importação, farmácias regulamentadas ou associações.
Mas o ponto de partida é consultar um profissional de saúde habilitado. Esse especialista vai avaliar seu quadro clínico, histórico de tratamentos e indicar o produto mais adequado.
Não sabe por onde começar? O Portal Cannabis & Saúde é um ótimo recurso. Aqui, você encontra uma lista com mais de 300 profissionais experientes na prescrição de canabinoides.
O agendamento é simples e, além de ajudar com a receita, os profissionais também esclarecem dúvidas sobre os benefícios e protocolos.
O importante é entender que o tratamento com Cannabis é algo personalizado, e ter o apoio de uma equipe experiente faz toda a diferença.
Além de conectar pacientes a médicos qualificados, o Portal Cannabis & Saúde também oferece suporte em questões burocráticas, como o entendimento das regulamentações atuais a respeito da obtenção desses produtos.
Então, se você está buscando uma abordagem complementar para melhorar sua qualidade de vida, o primeiro passo é agendar uma consulta com um especialista.
Depois disso, é só seguir as recomendações e começar essa nova etapa no cuidado com a saúde!
O tratamento para rosácea cura a condição ou apenas alivia?
Infelizmente, a rosácea ainda não tem uma solução definitiva. Mas isso não significa que você está destinado a viver constantemente com os sintomas. Com os tratamentos certos, é possível até passar longos períodos sem crises.
O principal objetivo do tratamento para a rosácea é controlar os sinais da doença. Cremes, medicamentos e até algumas intervenções mais modernas, como lasers, têm a função de estabilizar a condição.
E, dependendo do cuidado diário e da adesão ao tratamento, os resultados podem ser bastante duradouros.
Mas é aí que entra uma questão importante: o controle da rosácea não depende só do que vem do consultório médico. Pequenas mudanças no dia a dia fazem uma diferença enorme.
Usar um protetor solar que respeite a sensibilidade da pele, evitar alimentos que disparam crises e prestar atenção aos momentos de estresse são atitudes que ajudam muito.
Outro ponto que vale destacar é que, embora o tratamento não elimine a rosácea de vez, quando os sintomas estão sob controle, a pele volta a ter um aspecto mais uniforme.
Então, sim, pode ser frustrante saber que a rosácea não tem cura, mas isso não significa que você não tem alternativas para viver bem.
Quanto tempo leva o tratamento para a rosácea?
O tempo de resposta ao tratamento para rosácea depende de vários fatores, como a gravidade dos sintomas e o tipo de abordagem utilizada.
Para casos mais leves, os primeiros sinais de melhora podem aparecer em poucas semanas. Um creme calmante, aliado a uma rotina de cuidados básicos, já pode dar aquela sensação de alívio.
Mas, quando falamos de situações mais complexas, com crises frequentes ou lesões, onde os medicamentos ou procedimentos dermatológicos se fazem necessários, levará meses para se obter o efeito desejado.
Tratar a rosácea não é algo que acontece de um dia para o outro, nem termina com a melhora inicial. Além disso, a identificação dos fatores que desencadeiam as crises pode levar algum tempo.
O que funciona para uma pessoa pode não ser eficaz para outra. Às vezes, é necessário observar atentamente o que agrava os sintomas – seja um alimento específico, uma bebida ou até o tipo de tecido usado nas roupas.
Muitas pessoas conseguem estabilizar os sintomas rapidamente, enquanto outras precisam de ajustes ao longo dos anos. Mas o importante é que, com dedicação e orientação, é possível alcançar uma pele saudável.
Tratamento para rosácea: o que evitar durante o tratamento
Além dos tratamentos para rosácea indicados pelo médico, o que você evita no dia a dia é tão importante quanto o que inclui na rotina. Aqui, o objetivo é prevenir, proteger e minimizar qualquer coisa que incomode sua pele.
Por isso, evite os seguintes fatores durante o tratamento para rosácea:
- Luz solar: A luz do sol é um dos maiores vilões. Usar um protetor solar para peles sensíveis, com óxido de zinco, faz diferença. E lembre-se: além do filtro, chapéu e sombra são seus aliados. Evitar o sol direto é mais fácil do que lidar com as consequências de ignorar esse cuidado.
- Certos alimentos: Embora ninguém goste de restringir prazeres gastronômicos, alguns alimentos são gatilhos conhecidos. Pimentas, molhos apimentados e até aquele café quentinho podem intensificar o rubor e a sensação de queimação.
- Certos componentes em produtos de skincare: Já nos cuidados com a pele, menos é mais. Produtos com muitos ingredientes ativos ou fragrâncias devem ser deixados de lado. Uma fórmula simples, com foco em hidratação e proteção, é o que sua pele precisa. Para os esfoliantes, por exemplo, deve-se dizer um grande “não”.
- Fontes de estresse e ansiedade: Estresse não só afeta sua mente, mas também a saúde da sua pele. Técnicas de relaxamento, exercícios leves e até momentos de desconexão digital ajudam a manter a calma — e isso reflete diretamente no controle da rosácea.
Quais hábitos podem ajudar no tratamento para rosácea?
O que você come, como cuida da pele, os produtos que usa e a forma como lida com o estresse podem influenciar a frequência das crises de rosácea e até mesmo os resultados do seu tratamento.
O tratamento para rosácea é importante, mas sem ajustes na rotina, os sintomas tendem a retornar com força total.
Contudo, certos hábitos podem funcionar como aliados para manter a pele mais estável e resistente.
A seguir, exploramos algumas estratégias que, quando incorporadas à rotina, ajudam a manter os sintomas sob controle…
Compressas frias
De repente, a pele arde, pulsa, fica vermelha como se estivesse prestes a explodir. A sensação é de que nada vai acalmar esse calor interno – e é aí que entra a simplicidade poderosa das compressas frias.
Elas funcionam como um freio de emergência para a inflamação, contraindo os vasos sanguíneos dilatados e trazendo alívio imediato. Mas não se trata de qualquer coisa gelada colocada na pele.
Aplicar gelo diretamente pode agravar a sensibilidade, então o ideal é usar um pano umedecido com água fresca, um chá de camomila previamente resfriado ou até um rolinho de jade que passou algumas horas na geladeira.
Depois de um banho quente, antes de dormir ou quando o rosto dá sinais de que está prestes a reagir, bastam alguns minutos para sentir o efeito calmante.
Dieta anti-inflamatória
Sempre há um motivo por trás do aumento da vermelhidão, e muitas vezes esse motivo começa no que está no prato.
Comer é sobre dar ao corpo as ferramentas certas para funcionar da melhor forma possível. E quando falamos de rosácea, não dá para ignorar o impacto da alimentação na inflamação interna que acaba se refletindo no rosto.
Açúcar refinado, frituras, laticínios em excesso, alimentos ultraprocessados: todos eles aumentam a resposta inflamatória do organismo.
O efeito não é imediato, mas aos poucos a pele começa a ficar mais sensível, os surtos vêm com mais frequência, e aquele vermelho discreto que antes surgia ocasionalmente passa a ser um hóspede permanente.
Por outro lado, algumas escolhas alimentares fazem o caminho inverso. Vegetais de folhas escuras fornecem antioxidantes que combatem o estresse oxidativo da pele.
Peixes ricos em ômega-3, como salmão e sardinha, ajudam a modular a inflamação de dentro para fora. Frutas como mirtilo, morango e acerola fortalecem os vasos sanguíneos e reduzem a tendência à vermelhidão.
Comer uma sobremesa uma vez ou outra não vai causar um surto imediato, mas fazer disso um hábito constante pode ser o gatilho para uma pele sempre inflamada.
Probióticos
A pele e o intestino estão mais conectados do que parece. Durante anos, tratamos a rosácea como um problema exclusivamente cutâneo, mas estudos recentes mostram que o centro da questão pode estar bem mais profundo.
Quem diria que a solução para a vermelhidão no rosto pode começar no intestino?
Dentro do nosso intestino vive uma população gigantesca de bactérias – algumas benéficas, outras nem tanto. Quando esse ecossistema está equilibrado, o corpo funciona melhor como um todo.
Mas quando há um desequilíbrio, chamado de disbiose, o organismo entra em um estado de inflamação constante, que pode se refletir na pele.
Isso explica por que tantas pessoas com rosácea também relatam problemas digestivos, como inchaço, refluxo e intestino desregulado.
Os probióticos entram nessa história como reforços para restaurar essa microbiota e reduzir os processos inflamatórios. Eles podem ser consumidos por meio de suplementos ou alimentos fermentados.
Mas não basta apenas consumir probióticos. Para que eles sobrevivam e prosperem no intestino, é preciso alimentá-los com prebióticos – fibras presentes em alimentos como alho, cebola, banana verde e aveia.
Sem esse suporte, as bactérias boas não se estabelecem de forma duradoura, e os benefícios acabam sendo passageiros.
Aloe Vera
Poucas plantas possuem uma relação tão íntima com o alívio da pele quanto essa suculenta de folhas carnudas, capaz de armazenar em seu interior um gel repleto de propriedades calmantes e regeneradoras.
A mágica da aloe vera acontece em diferentes camadas. Em primeiro lugar, ela hidrata profundamente sem sobrecarregar a pele – o que é essencial para quem tem rosácea, já que a barreira cutânea costuma ser comprometida.
Além disso, essa planta tem um forte efeito anti-inflamatório. Suas propriedades ajudam a reduzir a dilatação dos vasos sanguíneos, o que, na prática, significa menos vermelhidão e menos crises de calor no rosto.
E o melhor: sem os riscos e efeitos colaterais que podem surgir com outros tratamentos mais agressivos.
Mas nem tudo é tão simples. Nem toda aloe vera encontrada no mercado é realmente benéfica para a pele com rosácea.
O ideal é buscar uma versão pura, sem aditivos, ou até mesmo extrair diretamente da planta, garantindo que o que toca sua pele seja apenas o que a natureza ofereceu.
Incorporar a aloe vera na rotina pode ser tão simples quanto aplicar uma fina camada do gel antes de um hidratante ou usá-lo como um calmante imediato após a exposição ao sol ou ao calor.
Algumas pessoas também misturam com outros ingredientes naturais, como chá de camomila ou óleo de semente de uva, criando uma máscara ainda mais potente contra a irritação.
Chá verde
Se a rosácea tivesse um inimigo natural, o chá verde estaria entre os mais poderosos.
Ele atua de dentro para fora, combatendo a inflamação que dá combustível à rosácea, e também de fora para dentro, acalmando a pele quando aplicado diretamente.
O chá verde contém compostos chamados catequinas, que possuem um forte efeito anti-inflamatório e ajudam a modular a resposta imunológica do corpo.
Isso significa que, ao ingerir essa bebida regularmente, é possível reduzir os processos inflamatórios que alimentam os surtos de rosácea.
Estudos sugerem que seu extrato ajuda a diminuir a dilatação dos vasos sanguíneos e a reforçar a barreira protetora da pele, tornando-a menos vulnerável aos estímulos externos.
Outra maneira simples de aproveitar esse benefício é preparar uma infusão de chá verde, deixar esfriar e aplicar suavemente com um algodão ou borrifador no rosto limpo.
Conclusão
A pele com rosácea precisa de cuidados constantes, mas isso não significa que você não possa viver bem com essa condição, desde que siga o protocolo de tratamento certo.
E com algumas mudanças no dia a dia, é possível minimizar os sintomas e se sentir mais confortável consigo mesmo.
Agora, se você quer explorar novas possibilidades de tratamento, não deixe de dar uma olhada nos artigos sobre o uso medicinal da Cannabis em condições dermatológicas disponíveis no portal Cannabis & Saúde!