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Teste de qualidade: obtendo produtos com Cannabis confiáveis

Teste de qualidade: obtendo produtos com Cannabis confiáveis

Medicamentos com Cannabis passam por testes rigorosos de qualidade antes de desembarcarem no Brasil e seguirem para os pacientes

Publicado em

15 de julho de 2024

• Revisado por

Jornalista e editor especializado em Comunicação e Saúde, pós-graduando em Drogas, Sociedade e Práticas Educativas. Escreve sobre ciência e sobre o uso da Cannabis na saúde humana e animal. É também fundador da Editora Vista Chinesa, onde publicou livros como “A História da Cannabis em Quadrinhos” e “Mila”.

Teste de qualidade: o caminho para produtos com Cannabis confiáveis

Assim como acontece com a maioria dos medicamentos, os produtos à base de Cannabis precisam passar por diversos testes de qualidade. Essa etapa é fundamental para garantir que a pessoa que recorreu aos canabinoides esteja levando para casa exatamente aquilo que está descrito no rótulo.

O caminho mais comum para garantir a segurança dos pacientes é contar com uma rede de laboratórios independentes e que fazem a testagem dos produtos.

Assim, visando à segurança dos consumidores, órgãos do governo dos EUA e laboratórios independentes estão trabalhando em conjunto, para elaborar testes de qualidade para produtos com Cannabis que sejam mais precisos.

Definindo padrões para a indústria da Cannabis

flor de cannabis sendo observada em microscópio

Com o consumo da planta se tornando mais popular no país, surge a necessidade de que todos os laboratórios estejam seguindo os mesmos padrões para medir corretamente a quantidade de fitocanabinoides, impurezas e umidade.

Recentemente, o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA (NIST, na sigla em inglês), um órgão que tem a mesma função da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) aqui no Brasil, publicou um relatório, com o objetivo de melhorar a precisão dos testes de Cannabis e cânhamo. O relatório se foca na medição dos canabinoides em amostras de óleos e plantas, além de exibir os níveis de umidade e toxinas.

Testes em óleos: matéria seca

Logo em 2018, quando a Farm Bill legalizou o cânhamo nos EUA, também começaram as primeiras iniciativas de teste de qualidade em amostras de produtos com Cannabis. Essa seria uma etapa necessária para distinguir cultivos de variedades ricas em canabidiol (CBD) ou ricas em delta-9-tetrahidrocanabinol (THC). Assim, o NIST criou o Programa de Qualidade de Laboratório de Cannabis (CannaQAP, na sigla em inglês) em 2020.

Em um primeiro momento, o programa de testagem era direcionado apenas para os óleos de uso oral e conseguia detectar até 17 canabinoides diferentes. Essa etapa foi concluída ainda no ano de 2021.

A segunda etapa, ocorrida em 2022 e que teve os relatórios publicados mais recentemente, analisou amostras da Cannabis na forma de planta seca, ao invés dos óleos. Para analisar esse tipo de produto, os cientistas optaram por incluir as análises de 13 elementos tóxicos e de umidade, além dos canabinoides.

Um terceiro exercício do CannaQAP, já em andamento, vai combinar os resultados dos dois primeiros testes, para analisar a evolução dos laboratórios.

A desejada confiabilidade

A medição precisa de metais pesados e outros elementos tóxicos é crucial, porque podem se acumular na planta e expor as pessoas que se tratam com esses produtos a riscos. Por outro lado, é importante medir a umidade, porque a legislação mede o conteúdo de canabinoides com base no peso seco, assim como os limites seguros para alguns elementos tóxicos.

Como era de se esperar, um tema importante, que ganhou destaque, foi a calibração dos equipamentos. Além disso, os testes de qualidade de Cannabis foram mais confiáveis, quando as amostras testadas estavam em níveis próximos da curva de calibração. Assim, produtos pouco concentrados apresentaram resultados pouco precisos e os muito concentrados exigiram algum grau de diluição para resultados mais exatos.

A importância dos testes de qualidade de produtos com Cannabis

Pela regulamentação de produtos com Cannabis nos EUA, é crucial avaliar os níveis de canabinoides com precisão. Afinal, a diferença entre produtos dentro e fora da legalidade pode depender de quantidades muito pequenas. No caso de produtos ricos em CBD, por exemplo, a concentração máxima permitida de THC é de 0,3%, com base no peso seco.

Além disso, o uso de produtos ricos em canabinoides menores da Cannabis, como canabigerol (CBG), canabinol (CBN) e tetrahidrocanabivarina (THCV), exige um grau maior de precisão nos testes de qualidade.

Aqui no Brasil, o limite de THC em produtos ricos em CBD é o mesmo que nos EUA. Nesse sentido, muitos pacientes brasileiros utilizam medicamentos à base de Cannabis, vindos do país norte-americano, pela via da importação. Desse modo, o avanço nos modelos de testes de qualidade de produtos com Cannabis nos EUA beneficia também os pacientes que se tratam no Brasil.

Como adquirir produtos devidamente testados

Se você deseja iniciar um tratamento com Cannabis, é fundamental que o tratamento traga mais benefícios do que prejuízos para a saúde. Uma forma de garantir esses benefícios é com a ajuda do certificado de análise (COA na sigla em inglês). Esse documento informa o que está dentro daquele frasco e garante que o produto ofereça os efeitos terapêuticos desejados.

Outro aspecto importante para um tratamento com Cannabis bem sucedido é o acompanhamento médico. Portanto, marque uma consulta com um profissional da saúde experiente na prescrição de canabinoides, usando a nossa plataforma de agendamentos. Lá, você encontra mais de 300 opções de várias especialidades, todos prontos para oferecer orientações personalizadas e a escolha de um medicamento seguro.

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