Nicole, brasileira que mora no Uruguai, iniciou recentemente um tratamento com Cannabis medicinal para manejar dores crônicas nas pernas e pelve, além de sintomas de ansiedade, que impactavam significativamente sua qualidade de vida. Antes de recorrer à Cannabis, a paciente fazia uso frequente de ibuprofeno, o que gerava desconforto gástrico, além de relatar resistência a tratamentos alopáticos convencionais.
Início do protocolo com Cannabis e os primeiros resultados percebidos
A busca pela Cannabis medicinal ocorreu após um período prolongado de gestação e amamentação, quando Nicole se sentiu segura para explorar outras alternativas. A introdução do tratamento foi feita sob acompanhamento médico, conduzido pelo Dr. Mariano, indicado por uma referência confiável. Atualmente, Nicole administra cinco gotas de CBD três vezes ao dia, seguindo um protocolo individualizado.
Há um tempo eu acompanho o tema e tinha vontade de experimentar essa opção. Mas fiquei gravida e amamentei quase 3 anos. Depois que passou essa fase, fui buscar o tratamento. Eu tenho uma resistência a tratamentos alopaticos, e quis testar”, conta.
Segundo Nicole, os efeitos do tratamento são percebidos principalmente na redução da intensidade dos sintomas. Antes, dores e episódios de ansiedade atingiam níveis máximos, descritos por ela como dez em uma escala subjetiva. Após o início da terapia com Cannabis, esses picos passaram a se estabilizar em torno de sete, sem alcançar novamente os extremos anteriores.
“Sinto que meus sintomas não chegam mais ao ápice que atingiam antes”, relata. Ainda que o período de tratamento seja inicial, a paciente observa melhora na tolerância à dor e maior estabilidade emocional ao longo do dia.
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Entre benefícios clínicos e o estigma
Nicole enfatiza que, além do benefício clínico, a percepção social sobre a Cannabis medicinal ainda apresenta desafios. Morando no Uruguai, nota um ambiente relativamente mais aberto, embora poucas pessoas em seu círculo considerem a substância como opção terapêutica. Para ela, há uma contradição evidente: enquanto diversos fármacos convencionais são amplamente aceitos apesar de efeitos colaterais relevantes, a Cannabis, que demonstra eficácia em diversas condições, permanece estigmatizada.
“Uso a Cannabis para aliviar os sintomas e melhorar meu bem-estar. Não tenho uma condição neurológica grave, mas vejo muitas pessoas com diferentes problemas de saúde tendo bons resultados. Muita gente poderia se beneficiar dessa alternativa”, conclui.
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O caso de Nicole evidencia a importância da personalização do tratamento com Cannabis medicinal, especialmente no manejo de sintomas crônicos e ansiedade. A experiência reforça a necessidade de acompanhamento médico contínuo, avaliação individualizada da dosagem e monitoramento regular dos efeitos, garantindo que os benefícios clínicos sejam maximizados com segurança.
Importante!
No Brasil, pacientes podem iniciar um tratamento com Cannabis medicinal desde que tenham prescrição médica. O acompanhamento deve ser feito por um médico ou dentista. Para tornar esse processo mais acessível, nossa plataforma conecta pacientes a mais de 300 profissionais capacitados. Agende sua consulta neste link.

















