Após uma cirurgia cardíaca, Maria José de Castro Fontes passou a conviver com um tremor constante, característico do parkinsonismo, que alterou drasticamente sua rotina. Antes tranquila, a paciente se viu às voltas com ansiedade, tremores intensos e episódios de compulsão alimentar, especialmente por doces, transformando tarefas simples em desafios diários.
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A busca por alternativas a medicamentos convencionais, cujos efeitos colaterais persistiam, levou-a a considerar a Cannabis medicinal. “Já havia conversado com amigas que falavam sobre os benefícios da Cannabis para o parkinsonismo. Meu filho, então, conheceu alguém cujo chefe usava a Cannabis medicinal e poderia indicar um médico. Foi a partir desse contato que comecei a entender melhor o tratamento”, relata Maria José.
Antes da Cannabis, ela seguia um tratamento alopático que não conseguiu controlar os sintomas e ainda agravou efeitos colaterais. A introdução da Cannabis, no entanto, trouxe mudanças perceptíveis. “Nos primeiros momentos do uso da Cannabis, já me senti mais tranquila. Antes, ficava ansiosa, tremendo muito e comendo excessivamente. Com a medicação, percebi uma melhora significativa, ficando mais calma”, explica.
Rotina transformada pelo tratamento integrado
Hoje, Maria José mantém uma rotina de acompanhamento com o Dr. Vinícius Mesquita, integrando a Cannabis medicinal com medicamentos convencionais para parkinsonismo. Ela toma Parkidopa quatro vezes ao dia e Pramipexol apenas pela manhã.
“Essa rotina me dá estabilidade. Consigo manter a calma, disposição e foco, mesmo diante de situações que antes me deixavam ansiosa”, diz.
O impacto da Cannabis se estende para além dos sintomas físicos. Maria José observa como o tratamento influencia seu comportamento, humor e relações sociais. “Nos momentos em que não estou tomando a medicação, sinto-me quase como se não fosse eu mesma. Minhas amigas percebem a diferença pelo tremor e pela ansiedade. A Cannabis me trouxe uma sensação de controle e equilíbrio que antes não tinha”, afirma.
O ganho mais significativo, segundo ela, é a melhora contínua na qualidade de vida. “Hoje consigo lidar com problemas sem perder a tranquilidade, tenho mais disposição e energia. “A Cannabis trouxe mudanças profundas, melhorando totalmente minha rotina e meu bem-estar emocional”, comenta. Para Maria José, não há um episódio isolado que tenha marcado o tratamento, mas sim a transformação diária que a medicação proporciona.
Do estigma à autonomia com o uso medicinal da Cannabis para o
Além dos benefícios, a paciente reflete sobre o estigma que ainda envolve a Cannabis medicinal. “O preconceito existe, principalmente por pessoas que associam a Cannabis apenas ao uso recreativo. Para quebrar esse estigma, é necessário estudar, conversar e procurar orientação com profissionais qualificados. Os benefícios da Cannabis medicinal precisam ser mais conhecidos, porque quando bem utilizada, ela pode mudar significativamente a vida das pessoas”, afirma.
O relato de Maria José mostra não apenas a eficácia da Cannabis medicinal no alívio de sintomas complexos, mas também sua importância na melhoria da qualidade de vida e no equilíbrio emocional. A integração com medicamentos convencionais mostra que o tratamento não se restringe a uma substância isolada, mas é parte de uma estratégia completa de cuidado, moldada para atender às necessidades específicas de cada paciente.
Sua trajetória é um reflexo de como a Cannabis medicinal, quando utilizada de forma responsável e acompanhada por profissionais qualificados, pode redefinir a experiência do paciente com o parkinsonismo: do medo e da ansiedade à tranquilidade e à autonomia.
Importante!
No Brasil, o uso da Cannabis medicinal é permitido somente com prescrição de um profissional de saúde habilitado. Quem deseja iniciar um tratamento com canabinoides deve buscar orientação médica. Em nossa plataforma, mais de 300 profissionais estão disponíveis para atendimento e agendamento de consultas.













