Durante anos, Neide dos Santos seguiu o caminho tradicional no tratamento da artrite: anti-inflamatórios potentes, remédios para dor, e outros tantos para conter os efeitos colaterais dos primeiros. O resultado, segundo ela, foi uma rotina marcada mais por obrigações farmacológicas do que por qualidade de vida.
“Eu já estava muito cansada do tratamento alopático. Tomava vários remédios para artrite e dores articulares, e ainda precisava de outros para proteger o estômago e o fígado, porque um acabava prejudicando o outro. Me sentia intoxicada.”
Foi uma reportagem na Folha De S.Paulo sobre o tema que acendeu o alerta: haveria outra via possível? Foi aí que a Cannabis medicinal entrou em cena. De forma discreta, primeiro como uma hipótese. Pesquisas, conversas e uma consulta médica depois, virou alternativa concreta — e, mais tarde, o tratamento principal.
Uma virada pautada pela informação
Neide não buscava uma cura milagrosa. Tinha consciência de que a artrite é uma condição crônica e progressiva. Mas queria recuperar autonomia — e talvez, algum conforto. Encontrou ambos.
“Minha filha leu mais sobre o tema, conversou com uma fisioterapeuta, e descobrimos que a irmã dela, uma médica neurologista, prescrevia Cannabis. Marcamos a consulta e ali tudo começou a mudar.”
Porém, essa mudança foi gradual. Nos primeiros meses, os canabinoides eram coadjuvantes no tratamento. Mas com o acompanhamento médico e a resposta positiva do organismo, os medicamentos alopáticos foram sendo reduzidos.
“No começo, não percebi muita diferença, porque ainda fazia uso dos remédios convencionais. Só quando a médica reduziu as doses desses medicamentos é que entendi que o alívio vinha da Cannabis. A dor foi diminuindo aos poucos e, depois, ajustamos as dosagens para lidar com a insônia, que ainda persistia.”
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Protocolo personalizado, resposta concreta
Hoje, Neide faz uso de dois óleos diferentes: um com Canabidiol (CBD) isolado, tomado três vezes ao dia, e outro com CBD e Tetrahidrocanabinol (THC) em concentrações equilibradas (30/30), usado à noite para auxiliar no sono. O protocolo foi elaborado pelo médico Vinicius Pereira de Mesquita, que possui uma vasta experiência na prescrição de Cannabis medicinal.
A resposta foi clara: dores controladas, sono regulado, mais disposição para o cotidiano.
“Hoje, sou completamente ativa. Faço musculação duas vezes por semana, pratico pilates e cuido da minha casa sozinha — e sei que tudo isso só foi possível graças à Cannabis. Também tenho dormido muito bem à noite, e isso, igualmente, atribuo ao tratamento.”
O papel transformador da informação na construção de narrativas e vínculos terapêuticos
Apesar da crescente aceitação da Cannabis no contexto clínico, o estigma social ainda resiste. Neide, que chegou ao tratamento a partir de uma reportagem, acredita no papel transformador da informação como ferramenta para mudar percepções, ampliar o debate e contribuir com quem ainda enfrenta dúvidas ou preconceitos. Quando questionada, responde naturalidade e vê no diálogo uma forma de ajudar a desmistificar o tema.
“Quando comento que faço uso, algumas pessoas reagem com surpresa. Eu explico com tranquilidade. Informar é uma forma de contribuir também.”
Além disso, ela destaca o papel fundamental da família — especialmente da filha — no processo de decisão e adesão ao tratamento. “Ter apoio dentro de casa fez toda a diferença. Nunca me senti sozinha nesse processo.”
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Ciência, cuidado e autonomia
Entre os marcos da sua experiência com a Cannabis medicinal, um em especial permanece vivo na memória: o dia em que pôde deixar de lado um remédio manipulado, de uso diário, tomado em seis cápsulas por dia. “Foi libertador. Eu não imaginava que poderia abrir mão daquilo sem voltar a sentir dor.”
Hoje, com mais autonomia e uma redução significativa no uso de medicamentos tradicionais, Neide avalia o impacto do tratamento com Cannabis medicinal de forma categórica. Ela recuperou uma vida ativa, passou a ter mais disposição, a dormir melhor e a viver com mais leveza — tudo isso com segurança, graças ao acompanhamento médico contínuo.
A história de Neide não é única — mas é exemplar. Em um cenário onde o conhecimento científico sobre Cannabis medicinal avança, relatos como o dela ajudam a construir pontes entre evidência, prática clínica e experiência pessoal. E mostram que, em muitos casos, qualidade de vida é também uma escolha por caminhos menos convencionais — mas profundamente embasados.
Importante!
Se você convive com artrite e deseja conhecer alternativas terapêuticas à base de Cannabis, o primeiro passo é buscar orientação médica qualificada. O acompanhamento de um profissional é imprescindível para garantir segurança ao longo do tratamento.
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