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“A Cannabis entrou pra somar”: a jornada de Juliana e Maria Eduarda no cuidado com a saúde

“A Cannabis entrou pra somar”: a jornada de Juliana e Maria Eduarda no cuidado com a saúde

Nutricionista e mãe de uma jovem com paralisia cerebral, Juliana Vicchiatti compartilha como a Cannabis medicinal tem contribuído para o bem-estar da filha — e influenciado seu olhar profissional

Publicado em

1 de agosto de 2025

• Revisado por

Jornalista e pós-graduada em Filosofia e Literatura, com 13 anos de experiência em comunicação, conteúdo e estratégias digitais. Atuou como repórter, redatora, roteirista, ghost writer e head de conteúdo. Especialista em Thought Leadership e storytelling, acredita no poder das narrativas para conectar pessoas e ideias.

Maria Eduarda é uma jovem de 18 anos com paralisia cerebral e, desde bebê, sua rotina exige atenção constante — mas nos últimos meses, um novo elemento entrou em cena: a Cannabis medicinal. Quem conta essa história é sua mãe, Juliana Vicchiatti, nutricionista, que vem construindo — dentro e fora de casa — um percurso de cuidado que combina ciência, sensibilidade e persistência.

A filha foi diagnosticada com paralisia cerebral ainda pequena, e um novo desafio surgiu recentemente. “Em 2023, a gente descobriu que ela também tem um erro inato do metabolismo. Ela não consegue transformar o açúcar em glicose, por isso precisa seguir uma dieta cetogênica bastante restrita. Esse diagnóstico coincidiu quando eu estava terminando a faculdade de Nutrição, e ainda me sentia perdida. Tive que sair do papel de mãe e passar a entender tudo em perspectiva profissional”, conta Juliana.

Do alívio pessoal ao cuidado materno: a Cannabis como alternativa

Antes de considerar a Cannabis para a filha, Juliana já havia sentido os efeitos positivos do tratamento. “Comecei a usar em 2020, por indicação médica. Eu estava com ansiedade, depressão e crise de pânico. A resposta foi rápida. Consegui sair de todos os remédios controlados”, conta.

A experiência pessoal ajudou a despertar a confiança na terapia, mas a decisão de incluí-la no tratamento da filha exigiu ainda mais cautela. “Sempre quis testar, mas, por ter um sabor forte, eu tinha receio se ia dar certo para ela, se ela ia aceitar a medicação. Tive acesso a um óleo americano no Brasil da TegraPharma, que tem um sabor bem mais suave, o que facilitou a administração do medicamento. Já faz cerca de um mês e meio que ela usa diariamente.”

Primeiros sinais de melhora

Em algumas semanas, Juliana já notou mudanças importantes na filha. “Ela toma um remédio para controlar crises convulsivas. Mesmo sendo esporádicas, vinham em sequência. Antes, quando uma crise surgia, já era esperado que viesse outra em seguida — uma rotina exaustiva. Agora, isso mudou. Quando tem uma, não vem a segunda ou a terceira.”

Outros sinais também chamaram atenção. “Ela está mais atenta, mais conectada com o que está ao redor. E a Cannabis estimulou o apetite. Mesmo com a dieta cetogênica, que é muito saciante, ela está comendo mais e melhor.”

Mais interação, mais presença

Entre os episódios marcantes desde o início do tratamento, um em especial ficou na memória. “A Maria Eduarda adora andar de carro. Antes, ela fazia o som do passeio quando já estava no carro. Agora, ela antecipa. Escuta a movimentação na casa e começa a pedir pra sair. É como se estivesse mais conectada com o que está ao redor.”

Juliana nota que essa percepção vai além do auditivo. “Mesmo sem falar, ela interpreta melhor o ambiente. Acho que a Cannabis tirou dela essa névoa mental. Em mim, também tem esse efeito. Dá mais foco, mais clareza.”

Do cuidado à prática profissional

A vivência como mãe molda também o olhar profissional de Juliana, hoje já formada em Nutrição. “A qualidade de vida do nosso filho é a nossa também. Se ela está bem, com alimentação limpa, dormindo bem, eu fico mais tranquila. E posso levar esse conhecimento para os meus pacientes.”

Ela se especializou no atendimento a pessoas com deficiência, o que, segundo ela, é algo ainda raro na área em que atua. “Tem poucas referências nessa área. E o desafio não é fazer uma dieta no papel, mas adaptar para a realidade da família. Quando falo com outra mãe, falo com lugar de vivência.”

Essa jornada influenciou o caminho profissional de Juliana. “Percebi que dá, sim, pra fazer diferente com um paciente PCD. As pessoas dizem que não tem o que fazer, que é o diagnóstico, que é o destino. Eu descobri que não é bem assim.”

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https://www.cannabisesaude.com.br/cuidado-multidisciplinar-na-medicina-canabinoide/

“A Cannabis entrou pra somar”

Para Juliana, a Cannabis se tornou uma aliada em um tratamento que vai muito além do uso de um único recurso. A rotina da filha é cuidadosamente estruturada, com terapias complementares, acompanhamento profissional e adaptações constantes no dia a dia. “Saber que estou cuidando da minha filha é uma realização como mãe — e como profissional. A Cannabis entrou pra somar nesse cuidado multidisciplinar. E eu sou prova viva de que ela funciona”, finaliza.

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Jornalista e pós-graduada em Filosofia e Literatura, com 13 anos de experiência em comunicação, conteúdo e estratégias digitais. Atuou como repórter, redatora, roteirista, ghost writer e head de conteúdo. Especialista em Thought Leadership e storytelling, acredita no poder das narrativas para conectar pessoas e ideias.

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