Ansiedade, insônia e depressão. Para Arthur José Borba de Oliveira, essas três condições se entrelaçam, e uma costuma puxar a outra. Para ele, funcionava como uma sobreposição dos sintomas.
“A ansiedade pode te levar a um quadro depressivo ou de angústia. E ela também dificulta o sono. Muitas vezes, é ela que causa a insônia”, conta.
Arthur já conhecia a Cannabis medicinal havia algum tempo, por meio de reportagens na internet e na televisão. Mas foi o relato de um amigo próximo que o fez considerar a possibilidade de tratamento. “Ele comentou que tinha começado a usar e estava gostando muito. Foi aí que resolvi tentar também.”
Na época, Arthur não estava em um quadro agudo de depressão, mas buscava uma forma de lidar melhor com a rotina profissional — que exige longos períodos embarcado, em ambiente confinado e dormindo no próprio local de trabalho. “É um tipo de trabalho que exige muito.”
Efeitos colaterais como rotina
Antes da Cannabis, ele usava medicamentos convencionais, prescritos, para controlar os sintomas. “Eram remédios que vinham com muitos efeitos colaterais. Um deles me fazia engordar, outro poderia causar dependência. Comecei a querer sair desse ciclo”, conta.
Um tratamento mais condizente
A decisão de buscar a Cannabis veio desse incômodo. “Eu sabia que era algo com menos risco de efeitos colaterais. E foi isso que me motivou.”
Hoje, Arthur utiliza um óleo full spectrum (com CBD e THC), duas vezes por dia — ao acordar e antes de dormir —, além de goma com canabinoides para o sono. O tratamento é feito com acompanhamento médico contínuo.
“Comecei a ter um sono muito bom. A ansiedade diminuiu bastante. O único efeito que senti foi a boca seca — mas nada comparado ao que os outros remédios causavam.”
Um impacto mais amplo
Para ele, o benefício mais importante não é só fisiológico. É a tranquilidade de estar usando algo que não compromete o corpo com o tempo. “Não fico mais com aquela sensação de estar me intoxicando.”
Arthur também destaca a estabilidade emocional como um ganho central. “Hoje não preciso tomar um remédio só porque tive um dia difícil. Como uso continuamente, avalio as situações de outra forma. Reajo diferente.”
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Sem resistência — e com incentivo
Mesmo com o estigma ainda presente na sociedade, ele não enfrentou preconceito direto. “Minha família apoiou. O médico da empresa sabe que eu uso. Nunca tive problema.”
Indicação sem glamour
Arthur não relata surpresa com o tratamento — pelo contrário. “Minha expectativa já era alta. Eu tinha pesquisado muito. Então não foi uma surpresa, mas confirmou tudo o que eu esperava.”
E faz questão de compartilhar com quem precisa. “Quando vejo alguém ansioso, pergunto: já tentou a Cannabis? Já pesquisou? Aquilo que é bom, a gente tem que passar pra frente”, finaliza.
Importante!
A prescrição de medicamentos à base de Cannabis deve ser feita por um profissional habilitado. A plataforma de agendamento do Portal Cannabis & Saúde conecta pacientes a médicos especializados nesse tipo de tratamento. Acesse e agende sua consulta com segurança.

















