A psicose infantil é uma condição que causa perda de conexão com a realidade, confusão mental, presença de alucinações ou delírios, e dificuldade em distinguir entre o que é real e o que é fruto da imaginação.
O tema ganhou destaque em 1930, quando Melanie Klein, renomada psicanalista austríaca, publicou o artigo “A importância da formação de símbolos no desenvolvimento do ego”, documentando o emblemático caso de Dick, um dos primeiros relatos de psicose infantil.
Desde então, muitos avanços têm sido feitos para entender a fisiopatologia da psicose infantil e suas formas de manejo.
O tratamento da psicose infantil é conduzido por um psiquiatra, e combina psicoterapia com o uso de medicamentos. Em situações mais graves, a internação hospitalar pode ser necessária.
A seguir, confira os aspectos mais relevantes sobre a psicose infantil:
- O que é psicose infantil?
- Quais são os principais sintomas da psicose infantil?
- Quais são as causas da psicose infantil?
- Psicose infantil tem cura?
- Como identificar psicose infantil em meu filho?
- Como o tratamento da psicose infantil é feito?
- A Cannabis no tratamento da psicose infantil
- Como apoiar uma criança com psicose infantil?
O que é psicose infantil?
A psicose infantil é definida como um transtorno mental caracterizado por comprometimentos no pensamento, na resposta emocional e na percepção da realidade em crianças e adolescentes.
É comum que jovens enfrentem momentos de preocupação, estresse, confusão ou tristeza intensa, sem que isso necessariamente indique uma doença mental.
No entanto, a psicose ocorre quando pensamentos e emoções estão tão alterados que a conexão com a realidade é perdida. Portanto, a psicose infantil é considerada um transtorno mental raro e sério.
Envolve dificuldades relacionadas ao pensamento, comportamento e emoções, podendo se manifestar por meio de alucinações, delírios e padrões de pensamento e comportamento altamente desorganizados, comprometendo a capacidade funcional da criança.
Embora compartilhe características com a psicose em adultos, a forma infantil da doença surge em idades mais jovens, impactando diretamente seu comportamento e desenvolvimento.
O início da psicose infantil traz desafios no diagnóstico, tratamento e no apoio educacional, além de influenciar o desenvolvimento emocional e social.
Felizmente, existem recursos e tratamentos disponíveis para lidar com essa condição, os quais você conhecerá mais adiante…
Como a psicose infantil afeta o comportamento da criança?
Quando a psicose infantil se manifesta precocemente, os sintomas tendem a surgir de forma gradual. Os primeiros indícios podem ser tão sutis que passam despercebidos, dificultando a identificação do problema.
Algumas dessas manifestações podem ser confundidas com características típicas do desenvolvimento na adolescência ou até mesmo atribuídas a outras condições físicas ou mentais.
Com o tempo, os sinais costumam se intensificar e se tornam mais evidentes. Gradualmente, a criança pode começar a apresentar alucinações, delírios e dificuldade para organizar os pensamentos.
À medida que o quadro evolui, os pensamentos podem ficar ainda mais desordenados, levando a uma “ruptura da realidade” (psicose), o que frequentemente demanda internação e tratamento medicamentoso.
Identificar como lidar com mudanças comportamentais sutis em uma criança pode ser desafiador. É natural sentir receio de tirar conclusões precipitadas ou rotular o problema como uma condição mental.
Muitas vezes, professores ou profissionais da escola podem alertar sobre alterações comportamentais que chamem a atenção.
Se você notar comportamentos ou padrões de desenvolvimento que despertem preocupação, procure orientação médica o quanto antes. Lembre-se: a avaliação precoce melhora o prognóstico.
Qual a incidência de psicose em crianças?
A psicose é muito rara em crianças e jovens. Geralmente, apenas cerca de 0,4% das pessoas no mundo entre 5 e 18 anos sofrem de psicose.
Estima-se que entre 0,1% e 1% dos casos de psicose infantil relacionada a alguma condição mental começam antes dos 10 anos.
Já a esquizofrenia afeta aproximadamente 1% da população, com início típico entre os 15 e 30 anos de idade.
O termo “esquizofrenia de início precoce” é utilizado para casos em que a manifestação ocorre antes dos 17 ou 18 anos, enquanto o início muito precoce se refere a casos registrados antes dos 13 anos.
Trata-se de uma condição rara na infância, tornando-se mais comum à medida que se avança na adolescência, especialmente a partir dos 11 anos. Relatos de casos com início antes dos 5 anos são extremamente raros.
Quais são os principais sintomas da psicose infantil?
Os sintomas da psicose infantil apresentam características variadas e podem ser agrupados em dois grandes grupos: sintomas positivos e negativos. No grupo dos sintomas positivos, estão:
- Delírios: Crenças fixas e irracionais que não correspondem à realidade. A criança pode acreditar em coisas impossíveis, como possuir poderes mágicos ou ser perseguida por alguém ou algo inexistente. Essas ideias persistem mesmo diante de provas contrárias.
- Alucinações: Percepções sensoriais sem estímulos reais. O mais comum são vozes que a criança acredita ouvir, mas também podem surgir visões, cheiros ou sensações táteis inexistentes, todas percebidas como reais.
- Desorganização do pensamento: Dificuldades em organizar as ideias e comunicá-las. Frases desconexas, respostas irrelevantes ou discurso incoerente tornam-se frequentes.
Já no grupo dos sintomas negativos, observam-se:
- Diminuição da motivação: Perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas. A criança parece apática e desinteressada.
- Retraimento social: Isolamento de amigos e familiares, com dificuldade de interação social ou desinteresse em manter relacionamentos.
- Embotamento das emoções: Redução da expressão emocional. Sorrisos e choros tornam-se menos frequentes, mesmo em situações que normalmente despertariam tais reações.
- Redução na fala e no autocuidado: A criança passa a falar menos e negligencia atividades básicas como higiene pessoal, alimentação ou organização.
O curso dos sintomas varia de acordo com cada caso. Alguns episódios podem ser isolados e breves, enquanto outros indicam a presença de condições mais complexas, como esquizofrenia ou transtornos de humor graves.
Quais são as causas da psicose infantil?
Evidências obtidas a partir de diferentes abordagens metodológicas mostram que pessoas que desenvolveram psicose infantil apresentaram déficits relacionados ao neurodesenvolvimento durante a infância.
Foram identificadas anormalidades em aspectos comportamentais, emocionais, sociais, cognitivos, motores e na estrutura neuroanatômica.
Esses déficits são considerados fatores de risco que podem culminar em um transtorno psicótico não afetivo, influenciado por fatores genéticos, perinatais e ambientais. Entre os mais relevantes, destacam-se:
- Genética: Histórico familiar de transtornos psicóticos, como esquizofrenia ou bipolaridade, aumenta a predisposição.
- Alterações neurobiológicas: Desequilíbrios em neurotransmissores como dopamina e serotonina tem influência direta no aparecimento dos sintomas.
- Estresse precoce: Experiências traumáticas na infância, como abuso físico, emocional ou negligência, também têm impacto significativo no desenvolvimento da psicose infantil.
- Complicações durante a gestação: Infecções, desnutrição materna ou exposição a substâncias tóxicas durante a gravidez afetam o cérebro em formação, aumentando o risco de psicose infantil.
- Consumo de substâncias: Uso precoce de drogas psicoativas, especialmente durante a adolescência, desencadeia episódios psicóticos.
- Problemas no desenvolvimento cerebral: Condições como lesões perinatais ou infecções que afetam o sistema nervoso central contribuem para o surgimento de sintomas psicóticos.
Embora as causas possam variar, a interação entre todos esses fatores tende a culminar em um risco maior de desenvolvimento da psicose infantil.
Transtornos relacionados à psicose infantil

Além dos fatores citados acima, a psicose infantil está associada a diversas condições que compartilham sintomas semelhantes, por exemplo:
- Esquizofrenia infantil: Forma rara e grave de esquizofrenia que surge antes dos 13 anos. Manifesta-se por delírios, alucinações e deterioração progressiva do funcionamento cognitivo e social.
- Transtorno bipolar com características psicóticas: Episódios de mania ou depressão intensa acompanhados de delírios ou alucinações. A criança alterna entre euforia extrema e estados depressivos.
- Transtorno esquizoafetivo: Combina sintomas de esquizofrenia com alterações de humor drásticas, como episódios maníacos ou depressivos.
- Transtorno psicótico breve: Episódios de curta duração, geralmente causados por estresse extremo. Os sintomas desaparecem completamente em menos de um mês, mas ainda estão associados à psicose infantil.
- Transtorno de humor com sintomas psicóticos: Condições depressivas ou ansiosas graves que incluem manifestações como alucinações congruentes com o humor.
- Psicoses induzidas por substâncias: Uso de drogas, como alucinógenos ou estimulantes desencadeia psicose infantil, especialmente em cérebros em desenvolvimento.
Cada transtorno possui características e prognóstico próprio, mas todos requerem um diagnóstico precoce para dar início ao tratamento adequado.
Psicose infantil tem cura?
A resposta para essa questão depende do caso. Como você viu, a psicose infantil não é uma condição única, mas um conjunto de sintomas que surgem em contextos variados, como transtornos primários ou reações a fatores externos.
Alguns quadros psicóticos, especialmente os induzidos por substâncias ou associados a eventos traumáticos, apresentam resolução completa com intervenção adequada.
Já em casos crônicos, como a esquizofrenia infantil, não se fala em cura, mas em controle dos sintomas. Intervenções precoces, terapia medicamentosa e suporte psicossocial criam condições para uma vida funcional.
Cabe frisar que o cérebro infantil possui alta neuroplasticidade. Assim, há uma maior possibilidade de adaptação ao tratamento, mas é preciso que ele seja contínuo e ajustado às necessidades individuais.
Em outras palavras, o prognóstico é determinado pela identificação precoce e pelo acesso a tratamentos eficazes.
Mesmo em situações desafiadoras, a combinação de intervenções clínicas e suporte oferece qualidade de vida para crianças com histórico de psicose.
Como identificar psicose infantil em meu filho?
Observar uma criança em seus momentos cotidianos exige atenção genuína e paciência, especialmente quando se trata de algo tão delicado quanto a psicose infantil, onde as pistas não estão sempre claras.
Crianças são naturalmente criativas, mas quando suas narrativas começam a descrever mundos que ninguém mais vê ou sons que ninguém mais ouve, isso merece atenção especial.
Uma criança que costumava ser falante e brincalhona pode, de repente, começar a evitar amigos ou até mesmo familiares. Mais do que o silêncio, o que preocupa é o distanciamento emocional.
Se ela parece perdida em pensamentos, como se estivesse desconectada do ambiente ao redor, isso pode ser um sinal relevante.
Do mesmo modo, o comportamento diário carrega muitas respostas. Alterações abruptas na rotina, como uma criança que passa a dormir excessivamente ou que não consegue descansar, podem estar relacionadas a algo maior.
É nessa observação cuidadosa que muitas respostas surgem. Fique atento também ao humor — uma oscilação intensa, entre momentos de euforia e períodos de tristeza inexplicável, é algo que não deve ser ignorado.
A chave está na escuta. Crianças muitas vezes encontram formas de expressar o que estão vivendo, mesmo que não seja de maneira óbvia.
Se seu filho começa a evitar lugares que antes adorava ou desenvolve medos intensos sem explicação aparente, esses são aspectos que não podem ser descartados.
Como o tratamento da psicose infantil é feito?
A psicose infantil normalmente exige um tratamento contínuo ao longo da vida, mesmo em períodos de remissão dos sintomas.
Tratar essa condição em crianças é um desafio particular, demandando uma abordagem cuidadosa e multidisciplinar.
O tratamento é supervisionado por um psiquiatra infantil com experiência em esquizofrenia. Além disso, muitas clínicas especializadas contam com equipes que integram diferentes profissionais, como:
- Psiquiatra, psicólogo ou terapeuta;
- Enfermeira;
- Assistente social;
- Farmacêutico;
As estratégias de tratamento mais frequentes incluem:
Uso de medicamentos
Os antipsicóticos usados no tratamento infantil são, em grande parte, os mesmos utilizados em adultos. Esses medicamentos ajudam a controlar sintomas como delírios e alucinações.
O objetivo é minimizar os sintomas utilizando a menor dose eficaz. No entanto, pode ser necessário ajustar a medicação ao longo do tempo, explorando diferentes combinações ou doses. Para isso, são utilizados:
Antipsicóticos de segunda geração:
Esses medicamentos, mais modernos, são preferidos por apresentarem menos efeitos colaterais em comparação com os de primeira geração.
Exemplos incluem:
- Aripiprazol;
- Lurasidona;
- Olanzapina;
- Quetiapina;
- Risperidona;
- Paliperidona – aprovada para crianças a partir dos 12 anos.
Apesar de mais seguros, esses medicamentos podem causar efeitos como ganho de peso, aumento do colesterol e problemas cardíacos.
Antipsicóticos de primeira geração
Embora eficazes no controle de sintomas, podem provocar efeitos colaterais neurológicos, como a discinesia tardia – um distúrbio de movimento potencialmente irreversível.
Devido a esses riscos, eles são indicados para crianças apenas quando outras opções não apresentam resultados satisfatórios. Exemplos incluem:
- Perfenazina – para crianças a partir de 12 anos;
- Tiotixeno – também para crianças de 12 anos ou mais.
Todos os antipsicóticos têm potenciais riscos à saúde, sendo que os efeitos colaterais em crianças podem diferir dos observados em adultos. É crucial que os cuidadores monitorem possíveis reações e relatem ao médico.
Psicoterapia e desenvolvimento de habilidades de apoio
A terapia psicológica é um complemento importante para a medicação, ajudando na gestão dos sintomas e no desenvolvimento de estratégias para lidar com a condição.
- Terapia individual: Técnicas como a terapia cognitivo-comportamental podem auxiliar a criança a compreender e enfrentar os desafios diários da esquizofrenia.
- Terapia familiar: Oferece suporte, educação e ajuda na resolução de conflitos e na melhoria da comunicação.
Incluir o treinamento de habilidades para a vida nos planos de tratamento pode ajudar a criança a alcançar níveis de funcionalidade adequados para sua faixa etária, sempre que possível.
Crianças com essa condição frequentemente enfrentam dificuldades em estabelecer relacionamentos saudáveis e manter um bom desempenho escolar.
Também podem apresentar limitações em realizar tarefas cotidianas, como tomar banho, vestir-se ou organizar suas atividades diárias.
Para adolescentes e jovens adultos, preparar-se para o mercado de trabalho é outro aspecto importante.
Aqui, o foco é desenvolver competências que permitam encontrar e manter empregos, promovendo independência e uma melhor qualidade de vida no futuro.
Hospitalização
Em momentos de crise ou quando os sintomas se tornam mais intensos, a hospitalização pode ser uma medida necessária.
Essa intervenção garante a segurança da criança e proporciona cuidados básicos, como alimentação, sono adequado e higiene, enquanto permite que os sintomas sejam tratados de forma eficaz.
- Hospitalização completa: Indispensável para estabilizar quadros graves de forma rápida e segura.
- Cuidados parciais ou residenciais: Após a estabilização inicial, pode ser possível continuar o tratamento em um ambiente menos restritivo, dependendo da evolução do quadro.
A Cannabis no Tratamento da Psicose Infantil
A Cannabis medicinal tem um composto com fortes propriedades antipsicóticas, que tem sido foco de extensas pesquisas científicas, especialmente em casos de psicose infantil: o Canabidiol.
Estudos indicam que este canabinoide modula a atividade de receptores no cérebro, resultando na regulação de dopamina e glutamato, cujos desequilíbrios estão associados a sintomas psicóticos.
Os benefícios dessa interação vão além da estabilização da cognição. O CBD tem a capacidade de reduzir a hiperatividade de regiões cerebrais responsáveis pelas respostas emocionais, como a amígdala.
Ao mesmo tempo, ele ajuda a reforçar conexões funcionais entre áreas associadas à tomada de decisão e ao controle executivo, proporcionando melhora na qualidade de vida dos pacientes.
Isso também ocorre porque o CBD pode aumentar os níveis de anandamida no cérebro. Quando os níveis de anandamida são elevados, ela pode modular a atividade desses receptores, ajudando a melhorar o humor, e reduzir delírios e alucinações.
Em crianças, a utilização do Canabidiol permite uma abordagem terapêutica mais segura e menos invasiva do que os antipsicóticos comuns.
Ele se destaca por sua capacidade de melhorar a memória e a atenção, áreas frequentemente comprometidas em quadros de psicose.
Além disso, estudos sugerem que sua ação antioxidante e neuroprotetora contribui para a prevenção de danos celulares e para a manutenção da plasticidade cerebral.
O tratamento com Canabidiol também traz a vantagem de minimizar efeitos colaterais frequentemente relatados em medicamentos convencionais, como sedação excessiva e alterações metabólicas.
Essa característica aumenta a adesão ao tratamento e oferece uma alternativa viável para crianças que não respondem bem a estas intervenções farmacológicas.
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Quais os benefícios comprovados da psicose infantil?
Estudos conduzidos desde a década de 1990 exploram o potencial do canabidiol no tratamento de sintomas psicóticos, especialmente na esquizofrenia.
Um dos primeiros relatos, envolvendo uma única paciente de 19 anos com esquizofrenia aguda, mostrou que doses de até 1500 mg/dia de CBD por 4 semanas reduziram os sintomas psicóticos, conforme avaliado pela Escala de Avaliação Psiquiátrica Breve (BPRS).
Em 2018, um estudo randomizado e duplo-cego avaliou o CBD como tratamento complementar a antipsicóticos convencionais em 43 pacientes, comparando-o com placebo (45 pacientes) ao longo de 6 semanas.
Os resultados demonstraram uma redução significativa nos sintomas positivos no grupo tratado com CBD. Além disso, os pacientes tratados com CBD tinham maior probabilidade de serem classificados como “melhorados” e menos gravemente doentes.
Adicionalmente, houve uma tendência de melhora no funcionamento geral e cognitivo no grupo CBD.
Esses achados sugerem que o CBD pode ser um promissor coadjuvante no manejo da psicose, especialmente considerando sua boa tolerabilidade e efeitos adicionais ao tratamento padrão.
Outro estudo pioneiro de 2012 comparou a eficácia do Canabidiol e da amisulprida, um dos antipsicóticos mais prescritos para esquizofrenia.
Neste ensaio randomizado e duplo-cego com 39 pacientes, ambos os grupos apresentaram reduções significativas nos sintomas positivos e negativos da esquizofrenia ao longo de 28 dias.
A eficácia do Canabidiol foi equivalente à amisulprida em todos os aspectos analisados. Contudo, o destaque do estudo foi o perfil de segurança do Canabidiol.
Enquanto a amisulprida causou ganho de peso, aumento de prolactina e sintomas extrapiramidais, o Canabidiol não gerou qualquer alteração significativa nesses parâmetros.
Como iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária regulamenta rigorosamente o uso de derivados de Cannabis, garantindo segurança ao paciente.
A exigência da Anvisa, no entanto, é que o paciente passe por uma avaliação com profissionais habilitados e experientes em medicina canabinoide para avaliar a viabilidade do tratamento.
No portal Cannabis & Saúde, é possível agendar consultas com médicos que possuem experiência na prescrição desta terapia.
Esses profissionais realizam uma avaliação detalhada do histórico clínico, determinando a dosagem e a formulação mais adequada para cada caso.
Após a consulta (e caso for considerado necessário), o médico fornece a prescrição, que permite a aquisição do produto em farmácias autorizadas ou via importação.
É importante seguir à risca as orientações receitadas para alcançar os resultados desejados, além de reportar qualquer alteração durante o tratamento.
A plataforma Cannabis & Saúde também oferece artigos informativos e suporte para quem deseja entender mais sobre os benefícios dessa abordagem em diferentes contextos de saúde.
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Como apoiar uma criança com psicose infantil?
Não existe um manual pronto, mas criar um ambiente onde ela se sinta segura é um ótimo começo. O dia a dia precisa ser estruturado, com uma rotina previsível e, acima de tudo, acolhedora.
Essa constância funciona como um porto seguro, especialmente quando o mundo interno da criança parece caótico.
Escutar é fundamental, mas não de qualquer forma. Olhe nos olhos, abaixe-se à altura dela, demonstre que está realmente interessado no que ela tem a dizer, mesmo que pareça confuso.
Crianças percebem quando não estão sendo levadas a sério, e essa conexão emocional é indispensável para que ela confie em você.
O lar também deve ser um espaço de tranquilidade. Certifique-se de que há momentos de qualidade juntos, como uma refeição compartilhada ou uma atividade criativa.
Mas lembre-se de respeitar os limites dela — forçar interações pode gerar o efeito oposto ao desejado.
Outra forma de suporte é envolver-se com os profissionais que acompanham a criança. Participe das consultas, pergunte, aprenda. Mostrar que você está alinhado com o tratamento dá à criança um senso de proteção.
Por fim, celebre as evoluções. Um dia mais tranquilo, uma boa interação com um colega, até mesmo um sorriso espontâneo, são vitórias.
Encoraje-a a reconhecer o próprio progresso, por menor que pareça.
Esse tipo de incentivo fortalece sua autoconfiança e faz com que ela perceba que, apesar dos desafios, ela é capaz. Mais do que qualquer coisa, o que a criança precisa é de sua presença genuína, tanto física quanto emocional.
Conclusão
O potencial terapêutico da Cannabis no tratamento de condições como a psicose infantil é um marco para a medicina moderna.
O Canabidiol, com seu alto perfil de segurança, abre novos horizontes para pacientes e famílias que enfrentam desafios relacionados à saúde mental.
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