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Palavra de especialista: o uso da Cannabis no esporte

Palavra de especialista: o uso da Cannabis no esporte

Publicado em

16 de julho de 2021

• Revisado por

cannabis no esporte

O cenário atual contempla uma parcela cada vez maior de atletas profissionais e amadores, não atletas e pessoas preocupadas com o ganho de qualidade de vida proporcionado pelo CBD

Por dr. Cristiano Fernandes, hematologista e prescritor de Cannabis

Os jogos olímpicos atuais serão jogos que marcarão a história, por uma série de motivos. Podemos começar pelo fato de que serão os primeiros da história a serem disputados no cenário de uma pandemia global, com restrição à circulação e cuidados com distanciamento social. Serão os primeiros com modalidades novas, que até bem pouco tempo, boa parte das pessoas nem conheciam como esporte, e também pela possibilidade de uso do CBD (canabidiol), retirado da lista das substâncias proibidas no esporte em 2018, pela WADA (Agência Internacional antidoping).

A Wada, tem pilares profundos que norteiam o comportamento ético no esporte, primam pelo bem-estar e saúde dos atletas, pelo exemplo que dão e pela manutenção do espírito desportivo. E a agência entendeu que o canabidiol, não fere estes princípios fundamentais. Com isso, criou-se uma oportunidade para o uso dessa substância por atletas de alta performance.

O que é o CBD

Estamos falando do canabidiol, fitocanabinoide, proveniente de plantas popularmente conhecidas como maconha ou Hemp (Cânhamo). Esse fitocanabinoide recebe esse nome por ser um canabinoide extraído de uma planta, em paralelo aos endocanabinoides, canabinoides produzidos pelo nosso organismo.

O CBD possui alguns efeitos no nosso organismo, exatamente por mimetizar uma substância endógena e que tem propriedades, analgésicas, anti-inflamatórias, sedativas, e tranquilizantes.

CBD em atletas de alta performance

De forma geral, os atletas, e em especial, os de alta performance, sofrem muito com dores crônicas, por lesão ou por esforço. Podem ter inflamações de músculos ou articulações por esforço repetitivo ou stress mecânico, e que em última analise, acabam traumatizando o atleta mesmo que de forma inconsciente, impedindo que estes consigam seu melhor rendimento.

Para suplantar a dor, e tentar atingir o máximo de sua performance, muitos atletas fazem uso de substâncias analgésicas e anti-inflamatórias, que na sua grande maioria, são os chamados anti-inflamatórios não esteroidais que podem, cronicamente, lesar o rim levando a insuficiência renal, diálise e transplante; e em casos mais extremos até de analgésicos opioides, associados ao abuso, dependência e overdose.

Com essa liberação, a Wada favorece uma prática desportiva, mais dentro dos seus pilares, já que estamos falando de um fitofármaco, produto proveniente de plantas, e que é comprovadamente menos tóxico e menos lesivo ao organismo, exatamente por ser um substituto natural para substâncias naturalmente constantes no nosso organismo.

Os benefícios da Cannabis medicinal

Bem, à essa altura você talvez esteja confuso com o fato de ser proveniente da maconha (Cannabis Sativa), mas hoje há bastante informação médica, científica, que comprovam os potenciais terapêuticos deste fitocanabinoide. Há comprovação científica em tratamentos para epilepsia e dores crônicas, oncológicas ou não, inflamações crônicas, insônia, ansiedade, espasticidade da esclerose múltipla, somente para dar alguns exemplos. E o que talvez seja mais chamativo, é que o uso dessa substância não causa dependência, não agride o rim, não deixa o atleta dependente e o ajuda a se recuperar melhor dos treinos e do dia a dia.

Vem também em boa hora, no meio da discussão sobre plantio e sobre registro de medicamentos, para ajudar a sociedade a entender que o uso com fins medicinais nada tem a ver com o uso adulto ou recreativo, e que a medicina já compreende o papel terapêutico dessa substância, faltando agora à sociedade, entender essas diferenças e avaliar os benefícios que esta substância pode trazer.

Lembro que, embora algumas ligas esportivas, ou países, tenham uma flexibilização para dose de THC (o componente intoxicante da Cannabis), este ainda não está liberado para uso durante à prática do exercício.

O cenário atual contempla uma parcela cada vez maior de atletas profissionais e amadores, não atletas e pessoas preocupadas com o ganho de qualidade de vida. Procurem um médico para lhes orientar sobre o uso do CBD.

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