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OMS lança estratégia global para medicinas tradicionais, complementares e integrativas para 2025-2034

OMS lança estratégia global para medicinas tradicionais, complementares e integrativas para 2025-2034

A Organização Mundial da Saúde apresenta a Estratégia Global para Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas 2025-2034, promovendo o fortalecimento da pesquisa, regulação e incorporação dessas práticas nos serviços públicos de saúde

Publicado em

4 de julho de 2025

• Revisado por

Jornalista e pós-graduada em Filosofia e Literatura, com 13 anos de experiência em comunicação, conteúdo e estratégias digitais. Atuou como repórter, redatora, roteirista, ghost writer e head de conteúdo. Especialista em Thought Leadership e storytelling, acredita no poder das narrativas para conectar pessoas e ideias.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou recentemente um marco histórico: a Estratégia Global para Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas (MTCI), válida para o período de 2025 a 2034. A iniciativa foi aprovada por 170 países durante a 78ª Assembleia Mundial da Saúde, realizada em maio deste ano, em Genebra, Suíça.

O documento representa um reconhecimento oficial do valor dos sistemas médicos tradicionais — muitos deles de origem ancestral — na promoção da saúde global. Isso desde que respaldados por evidências científicas rigorosas e integrados de forma segura aos sistemas nacionais de saúde.

Entre as práticas destacadas estão a acupuntura, fitoterapia, medicina ayurvédica, medicina tradicional chinesa e medicina antroposófica. A estratégia propõe ampliar a produção científica sobre essas abordagens, fortalecer a regulação e estimular sua incorporação aos serviços públicos de saúde.

Cannabis medicinal: entre tradição e ciência moderna

Embora a Cannabis medicinal não seja citada diretamente, ela compartilha com essas práticas o vínculo com o uso tradicional de plantas e uma base crescente de comprovação científica.

Segundo o Dr. Vinicius Mesquita, a Cannabis pode — e deve — ser considerada parte das práticas integrativas e tradicionais defendidas pela OMS. “A Cannabis é uma planta com uso terapêutico milenar em diversas culturas — da medicina chinesa à ayurvédica — e hoje conta com dezenas de ensaios clínicos modernos”, destaca.

Para o médico, a planta atende aos principais critérios estabelecidos pela organização. Entre eles: a tradição de uso, evidências científicas crescentes e potencial terapêutico já comprovado.

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Uma década de regulação, uma década de evidências

Segundo o médico, o reconhecimento oficial da Cannabis como uma terapia baseada em evidências no Sistema Público de Saúde é um passo necessário — e estratégico.  “Esse reconhecimento traz três ganhos claros: criação de protocolos clínicos padronizados, que aumentam a segurança do paciente; possibilidade de inclusão em compras públicas e convênios, facilitando o acesso; e redução do estigma social. Quando o Estado chancela um tratamento, a sociedade o enxerga como uma opção legítima, explica.

Além disso, o especialista ressalta que já existem indicadores objetivos para mensurar o impacto dessa inclusão: número de pacientes beneficiados, redução no uso de opioides, diminuição de internações hospitalares e economia gerada ao sistema de saúde. “Esses dados alimentam o ciclo entre eficácia clínica, farmacovigilância e formulação de políticas públicas baseadas em evidências”, completa.

3º Congresso Mundial de Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa

O Brasil será sede do 3º Congresso Mundial de Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa, em outubro de 2025 — um encontro que reunirá representantes dos 170 países signatários da estratégia da OMS. O evento marcará o pré-lançamento da Global Traditional Medicine Library, biblioteca com mais de 1,5 milhão de publicações científicas, e a criação da Aliança Global de Consórcios em MTCI.

Para Dr. Mesquita, essa seria uma vitrine estratégica para inserir a Cannabis nas discussões globais, promovendo sua integração nas agendas oficiais. “Se aproveitarmos esse momento, a próxima estratégia decenal da OMS poderá incluir a Cannabis sativa em destaque, com o Brasil mostrando a lição aprendida”, projeta. 

Com um histórico sólido de incorporação das MTCI ao SUS, o Brasil tem a oportunidade de ampliar ainda mais seu protagonismo internacional. A nova estratégia e o congresso abrem espaço para atualizar políticas públicas, fortalecer a produção científica no campo das terapias integrativas e ampliar o intercâmbio técnico com centros de excelência de outros países.

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Como a Cannabis e a medicina integrativa são conectadas?

 

O papel da Cannabis na saúde integrativa do futuro

A estratégia da OMS valoriza o cuidado integral — centrado no paciente e que considera dimensões físicas, emocionais, sociais e culturais — além de reconhecer o papel dos saberes tradicionais na promoção da saúde e na humanização do atendimento.

Nesse cenário, a Cannabis medicinal se destaca como uma terapia com grande potencial de contribuição, desde que regulada, pesquisada e ofertada com segurança e responsabilidade.

Estamos sobre os ombros de gigantes — uma herança milenar que, com respeito e ciência, pode construir um sistema de saúde mais sustentável, eficaz e humanizado para o século 21”, conclui Vinicius Mesquita.

 

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Jornalista e pós-graduada em Filosofia e Literatura, com 13 anos de experiência em comunicação, conteúdo e estratégias digitais. Atuou como repórter, redatora, roteirista, ghost writer e head de conteúdo. Especialista em Thought Leadership e storytelling, acredita no poder das narrativas para conectar pessoas e ideias.

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