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Medicamento à base de Cannabis para Autismo busca aprovação da FDA nos EUA

Medicamento à base de Cannabis para Autismo busca aprovação da FDA nos EUA

Startup de desenvolvimento de medicamentos americana tenta aprovar na FDA, agência análoga à Anvisa nos Esatdos Unidos, medicamento full spectrum para tratamento de Transtorno do Espectro Autista. A prevalência do TEA nos EUA é de aproximadamente 1 em 36 crianças de 8 anos, o que corresponde a 2,8% da população.

Publicado em

29 de janeiro de 2025

• Revisado por

Fala, escreve e pesquisa sobre Cannabis, saúde e bem-estar. Mestre em Comunicação e Cultura, com passagem pela Unesco, já produziu milhares de histórias e conversas que mostram como a Cannabis transforma vidas. Mãe de dois, acredita em um mundo onde conhecimento e consciência caminham junto da planta.

canabidiol autismo simbolo

“Não seria apenas o primeiro medicamento com Cannabis full spectrum que passa pelo FDA, seria o primeiro medicamento botânico full spectrum sistêmico oral que passa pelo FDA”, afirmou Joel Stanley, ex-CEO da Charlotte’s Web, marca dos EUA conhecida por sua contribuição ao tratamento de condições médicas com Cannabis. A história da empresa e de Stanley, ganharam notoriedade após ajudar Charlotte Figi, uma menina com Síndrome de Dravet, a encontrar alívio através das moléculas da Cannabis. 

Atualmente, Stanley é fundador de uma startup de desenvolvimento de medicamentos botânicos, a Ajna BioSciences. Mas é  A DeFloria, uma parceria comercial que conecta Ajna BioSciences, a Charlotte’s Web e a British American Tobacco, que está realizando testes de um candidato a medicamento, com o código AJA001 na FDA, e que está sendo desenvolvido para tratar os sintomas do Transtorno do Espectro Autista

De que se trata o medicamento full spectrum para autismo que busca aprovação na FDA

O AJA001 é desenvolvido a partir das genéticas patenteadas da Charlotte’s Web. E é um medicamento botânico multicanabinoide (BDP) projetado para fornecer um amplo efeito terapêutico, administrado por via oral.

Basicamente, um “multi-cannabinoid botanical drug product” (produto botânico medicinal multi-canabinoide) é frequentemente considerado um produto de “full spectrum” (espectro completo), desde que contenha uma variedade de canabinoides, terpenos e outros compostos da planta Cannabis.

Esses produtos são projetados para aproveitar o efeito sinérgico de todos os componentes da planta, o que pode potencializar os efeitos terapêuticos. E, assim, os compostos trabalham em sinergia para potencializar os efeitos terapêuticos, um fenômeno conhecido como “efeito entourage”.

No mês passado, o empreendimento anunciou resultados positivos de um estudo de Fase 1 do tratamento, demonstrando sua segurança. Os resultados foram apresentados no mês passado na 63ª Reunião Anual do Colégio Americano de Neuropsicofarmacologia.

Desafios regulatórios nos Estados Unidos

O processo de aprovação para medicamentos botânicos nos Estados Unidos é complexo e menos linear do que para medicamentos sintéticos. Apenas quatro medicamentos botânicos foram aprovados pela FDA até hoje, e nenhum deles é administrado por via oral. Stanley explicou que um dos principais obstáculos são os rigorosos controles de fabricação e química exigidos pela FDA, que não são sempre claros para produtos botânicos que contêm milhares de moléculas.

A equipe da Ajna BioSciences conta com especialistas renomados, incluindo o Dr. Orrin Devinski, que foi o principal investigador do Epidiolex, o único medicamento canábico não sintético aprovado pela FDA. A experiência de Devinski é imprescindível para o design dos ensaios clínicos do AJA001.

Próximos passos para o medicamento à base de Cannabis para o TEA

A DeFloria planeja iniciar dois ensaios clínicos de fase 2 do AJA001 no segundo trimestre de 2025, com foco em crianças, adolescentes e adultos com TEA. Os resultados positivos da fase 1 fornecem uma base sólida para avançar. E segundo informações da Forbes, a equipe está “otimista quanto ao potencial do medicamento”.

A prevalência do TEA nos EUA é de aproximadamente 1 em 36 crianças de 8 anos, o que corresponde a 2,8% da população.

Com a interseção crescente entre as indústrias farmacêuticas e de Cannabis, o AJA001 pode não apenas abrir novas portas para o tratamento do autismo, mas também confirmar a forma como a Cannabis é percebida e utilizada na medicina moderna.

Papel da Cannabis no tratamento do autismo

A Cannabis contém compostos chamadas canabinoides, dos quais os mais conhecidos são o THC e o CBD. O CBD, em particular, tem atraído a atenção de pesquisadores e médicos por suas propriedades terapêuticas, como a redução da ansiedade, a melhora do sono e a diminuição de comportamentos agressivos.

Estudos preliminares sugerem que o uso de óleo de CBD pode resultar em melhorias nos comportamentos sociais e uma redução das reações emocionais intensas em crianças com autismo. Veja nossa live sobre Cannabis no tratamento do autismo com a médica Dra. Amanda Medeiros Dias

Além disso, famílias relatam que, após iniciar o tratamento com Cannabis, seus filhos mostraram um maior interesse em interações sociais e uma diminuição da hiperatividade. Esses relatos pessoais têm sido impactantes. 

Mas apesar dos relatos positivos, o uso de Cannabis no tratamento do autismo ainda é um campo em desenvolvimento. A pesquisa científica sobre sua eficácia e segurança continua e é necessária uma abordagem cautelosa e bem-informada. Os médicos alertam que cada caso é único, e o tratamento deve ser supervisionado por profissionais de saúde qualificados. Marque uma consulta com um médico aqui.

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Por fim, o tratamento do autismo com Cannabis medicinal oferece esperança para muitas famílias que buscam alternativas aos tratamentos tradicionais. 

Embora mais pesquisas sejam necessárias, os relatos positivos apontam que a Cannabis pode ter um papel valioso na busca pela melhoria da qualidade de vida de pessoas com TEA e suas famílias. Enquanto isso, a discussão sobre o uso de Cannabis na medicina continua a se expandir, guiada por evidências e experiências de vida reais.

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