Pesquisas mostram que o tratamento com canabidiol (CBD) pode ajudar a aliviar sintomas da doença de Parkinson, tanto motores quanto não motores. Estudos indicam que o CBD pode aliviar:
- Sintomas não motores: distúrbios do sono, depressão e ansiedade.
- Sintomas motores: tremores, rigidez e lentidão nos movimentos.
Os resultados são promissores, mas ainda precisam de mais investigação. Nessa busca por mais informações, um estudo recente da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), publicado no Brazilian Journal of Biology, acompanhou um paciente com Parkinson em estágio avançado que apresentou melhoras surpreendentes após incluir o canabidiol no tratamento.
Como o canabidiol atua no tratamento da doença de Parkinson
A doença de Parkinson ocorre devido à perda de neurônios produtores de dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos. Com o avanço da doença, o paciente sente que o seu corpo não responde como antes. Movimentos que eram fluidos e naturais, tornam-se rígidos e difíceis. A voz enfraquece e até se alimentar pode virar um desafio.
Pesquisas indicam que o CBD pode reduzir a inflamação no cérebro, proteger os neurônios e melhorar a comunicação entre as células nervosas — o que explicaria os benefícios para pessoas com Parkinson.
Além disso, o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC), mesmo em pequenas quantidades, pode complementar o tratamento, estimulando o apetite, melhorando o humor e potencializando os efeitos do CBD.
Uma nova esperança com o CBD
O estudo da UFPB acompanhou um paciente de 77 anos, diagnosticado com Parkinson há 22 anos, já em estágio avançado da doença. Ele apresentava:
- Sintomas motores: dificuldade para caminhar, rigidez, tremores e uso de sonda para alimentação.
- Sintomas não motores: dificuldade de comunicação, apatia e isolamento social.
Embora usasse Prolopa, um medicamento geralmente indicado para o tratamento do Parkinson, sua eficácia diminuiu com o tempo.
Com orientação médica, ele iniciou um tratamento com medicamento à base de Cannabis full spectrum rico em CBD (20 mg/mL), contendo pequenas quantidades de THC e outros canabinoides.
Uma transformação impressionante
A dose do medicamento foi aumentada gradualmente até atingir cinco gotas, duas vezes ao dia. No estudo, os pesquisadores relataram que os primeiros resultados surgiram em apenas uma semana:
“Após uma semana de tratamento, o paciente conseguiu ficar de pé com a ajuda do fisioterapeuta e da enfermeira. No 11º dia de tratamento, ele conseguiu dar alguns passos, caminhando com apoio de braços por uma distância de cerca de 2 metros. Segundo a enfermeira, ele também apresentou melhora não motora significativa, ficando mais ativo, alegre e atento ao ambiente.”
Os pesquisadores seguiram relatando a evolução do paciente e a melhora após dois meses de tratamento com CBD foram impressionantes.
“No 46º dia, a cuidadora enviou um vídeo em que o paciente conseguia consumir alimentos pastosos por via oral (iogurte e coalhada de leite) sem engasgar. Dois meses após iniciar o óleo de Cannabis, o paciente está ainda mais ativo, alegre e comunicativo. A fisioterapeuta relata aumento significativo da força muscular e observa que ele anda frequentemente pela casa.”
Outros pacientes com Parkinson que usam CBD
Esse estudo é um caso isolado, mas reforça a necessidade de mais pesquisas. Por outro lado, traz esperança para pacientes, sobretudo aqueles que não respondem bem aos tratamentos convencionais.
No Brasil, mais de 200 mil pessoas vivem com a doença, de acordo com a Associação Brasil Parkinson. Dar visibilidade a novas alternativas, como os medicamentos à base de Cannabis, é essencial.
O deputado Eduardo Suplicy tornou público o seu diagnóstico de Parkinson em 2023, assim como seu uso de canabidiol. Ele começou o tratamento antes da doença avançar muito e continua ativo na política. Desde então, tornou-se um dos principais defensores do uso medicinal da Cannabis, promovendo debates e destinando recursos para projetos na área.
Nesse sentido, ele tem incentivado projetos com a planta através da Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial, da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Em parceria com o deputado Caio França, já destinaram R$ 1 milhão para projetos da área.
Como começar um tratamento complementar com canabidiol para Parkinson
O tratamento complementar com canabidiol para o Parkinson geralmente é feito com medicamento à base de Cannabis para uso oral, mas os produtos de uso tópico também podem ser úteis para os sintomas motores.
No entanto, se você ou alguém próximo deseja incluir canabinoides no tratamento para a doença de Parkinson, é necessário ter o acompanhamento de um médico experiente nesse tipo de prescrição. Acessando a nossa plataforma de agendamentos, você pode marcar uma consulta com um entre mais de 300 especialistas, todos preparados para avaliar o caso e recomendar o melhor caminho.
Caso seja apropriado, o paciente receberá uma prescrição para adquirir o produto de forma legal e segura. O médico vai acompanhar todo o processo, fazendo ajustes sempre que necessário. Então, acesse já e marque sua consulta!