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Curiosidades: como a publicidade fortaleceu os mitos sobre a Cannabis

Curiosidades: como a publicidade fortaleceu os mitos sobre a Cannabis

Publicado em

28 de julho de 2020

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Revisitamos algumas das mais bizarras campanhas anti-Cannabis das décadas passadas. Confira!

A campanha contra a maconha começou lá pelos anos 1930, nos Estados Unidos. Por aquela época, a lei seca, que proibia a venda de bebidas alcoólicas no país, estimulava o consumo da erva. Até que governantes e empresários, ligados a princípios morais e comerciais declararam guerra à Cannabis. Acabar com o cânhamo significava eliminar um adversário na disputa pela indústria do papel e plástico. A pressão levou o país a proibir, em 1937, o uso e venda de Cannabis nos Estados Unidos.

A proibição só começou a perder espaço décadas depois. Primeiro na Califórnia, onde o uso medicinal de Cannabis se tornou legal em 1996. E os outros estados seguiram o exemplo. Atualmente, a maioria deles já regulamentou o uso terapêutico da planta.

Dessa época proibicionista, sobraram as propagandas assombrosas sobre a Cannabis. E oO Youtube – essa estranha amálgama de esquisitices – ainda guarda essas relíquias. Hoje não falaremos dos terraplanistas, mas de outras loucuras, que ajudaram a criar os mitos em torno da Cannabis – e que também afetam negativamente a imagem medicinal da planta.

Anos 50

No reclame dos anos 50, com produção que lembra o Além da Imaginação (uma série do fim daquela mesma época), o jovem Marty é convencido pelos amigos a experimentar maconha. Para não ficar de fora, ele fuma. 

Fica tão chapado que resolve abrir uma garrafa de refrigerante simplesmente quebrando a embalagem. Ele começa a sangrar, porque engoliu pedaços de vidro, mas nem percebe, porque estava muito louco. Depois de quase morrer, ele começa a usar heroína. A mensagem da campanha é que a maconha é a porta de entrada para drogas mais pesadas e a morte. 

Leia também: Os mitos (e as verdades) sobre a Cannabis medicinal

A American Medical Association (AMA), uma centenária associação de médicos americanos, também entrou na onda proibicionista. Em um desenho psicodélico nos anos 60, coloca o uso de Cannabis como normal ou cool. 

Mas, numa narração cafona, apresenta os “fatos”: bagunça o pensamento, causa dependência psicológica. Além disso – olha ele o velho argumento aí de novo – abre caminho para outras drogas. Afinal, o cérebro humano é feito para pensar, e não fumigar. 

Em 2009, a AMA, enfim, reconheceu os benefícios terapêuticos da Cannabis. Requisitou ao governo americano que retirasse a Cannabis da lista de substâncias controladas do tipo 1. “Com o objetivo de facilitar a condução de pesquisas clínicas e desenvolvimento da medicina canabinoide.”

Anos 90

Outro, dos anos 90, é mais elaborado, tem um público-alvo bem definido: os pais. Eles encontram um grupo de mães, o florista, o açougueiro, todo mundo dá bom dia, oferece um café e… um baseado. A ideia, aparentemente, é incentivar a conversa com os filhos, porque eles enfrentam esse perigo em qualquer esquina. 

Tem ainda a do praticante de artes marciais pronto para quebrar uma tábua. Cria até um bom suspense. Depois de exercícios de respiração e muita pose, ele erra o golpe e a tábua bate em sua cabeça. A mensagem é que a maconha te deixa lento. Mas não é só isso. O filme termina dizendo que os efeitos da Cannabis fumada podem durar até um mês.

Rever essas peças publicitárias gera boas risadas hoje. Mas vale lembrar sobre os perigos das fake news, que são antigas, e têm potencial para causar muito problema e desinformação. E atrasaram em décadas o avanço das pesquisas sobre Cannabis medicinal.

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