A busca por soluções eficazes para manchas na pele, como melasma, manchas solares e hiperpigmentação pós-inflamatória, tem impulsionado a pesquisa científica em novos ingredientes dermatológicos. Entre as alternativas promissoras, os compostos da Cannabis começam a ganhar destaque nas análises sobre uniformização do tom de pele.
Pesquisadores sul-coreanos publicaram um estudo no International Journal of Molecular Sciences trazendo novas evidências sobre a relação entre o canabinol (CBN) e a hiperpigmentação. Os resultados mostram que o CBN pode atuar como um potente agente clareador da pele sem causar danos celulares.
Esses achados reforçam o interesse no uso do CBN tanto em tratamentos dermatológicos quanto no desenvolvimento de cosméticos focados em um tom de pele mais uniforme.
Como surgem manchas na pele
A melanina é o pigmento natural que dá cor à pele, cabelo e olhos, além de proteger contra os danos causados pela radiação ultravioleta. Porém, quando produzida em excesso, pode gerar manchas na pele e irregularidade no tom. Esse desequilíbrio pode ser provocado por:
- Exposição prolongada ao sol
- Inflamação da pele
- Alterações hormonais
- Irritações ou lesões
- Envelhecimento natural
Por isso, substâncias capazes de regular a produção de melanina recebem atenção especial da dermatologia e da indústria de cosméticos. É nesse contexto que o CBN se apresenta como um novo candidato promissor.

Canabinol: o canabinoide que atua contra a hiperpigmentação
O canabinol é um composto da Cannabis formado naturalmente a partir da degradação do ∆9-tetrahidrocanabinol (THC) ou obtido por conversão química do canabidiol (CBD). Ele não apresenta efeitos psicoativos relevantes e tem sido estudado por suas propriedades:
- Anti-inflamatórias
- Antioxidantes
- Neuroprotetoras
- Indutoras do sono
- E, mais recentemente, pela capacidade de modular a produção de melanina
Como o CBN impacta na produção de melanina na pele
No estudo, os pesquisadores utilizaram células de melanoma B16F10, um modelo amplamente usado para investigar pigmentação. Essas células foram estimuladas artificialmente com α-MSH, um hormônio que aumenta a produção de melanina, simulando quadros de hiperpigmentação.
Em seguida, foram tratadas com diferentes concentrações de CBN isolado. Os cientistas avaliaram a possível toxicidade do composto, sua ação sobre a enzima tirosinase (responsável pelo início da produção de melanina) e sua influência na expressão de genes, proteínas e vias químicas reguladoras desse processo.
Os resultados mostraram que o canabinol conseguiu:
- Reduzir a atividade da tirosinase de forma dose-dependente
- Desativar genes ligados à melanogênese, como MITF, TYR, TYRP1 e TYRP2
- Diminuir a pigmentação excessiva sem prejudicar mecanismos naturais de proteção da pele
De acordo com o estudo, o canabinol pode ajudar no manejo de condições como:
- Melasma
- Manchas solares (lentigos)
- Hiperpigmentação pós-inflamatória
- Manchas ligadas ao envelhecimento
- Tom de pele irregular

Canabinol no skincare
Os autores destacaram que o composto tem potencial para integrar a próxima geração de dermocosméticos clareadores. Para eles, o canabinol reúne três características valiosas: segurança celular, ação anti-inflamatória e redução da hiperpigmentação.
A ação do CBN seria multialvo, pois interage com enzimas, genes e vias químicas envolvidas na produção excessiva de melanina. Esse tipo de mecanismo é especialmente interessante para a indústria cosmética, que busca ingredientes eficazes, seguros e de atuação fisiológica.
Uso seguro de produtos dermatológicos à base de Cannabis
Apesar dos achados animadores e do crescente interesse sobre o uso de canabinoides na dermatologia, é importante lembrar que o uso de produtos à base de Cannabis segue normas específicas. Hoje, esses produtos só podem ser adquiridos com prescrição médica, conforme orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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