Hipogonadismo masculino. Esse nome complicado define uma condição em que os testículos passam a produzir menos testosterona do que o corpo precisa. A testosterona é o principal hormônio masculino, responsável pela força muscular, desejo sexual, energia, foco, sono e até pela disposição para encarar o dia a dia.
Quando os níveis desse hormônio estão baixos, o homem pode passar a enfrentar vários problemas, como:
- Fadiga física e mental;
- Queda no desejo sexual;
- Dificuldade de ereção;
- Aumento da gordura abdominal;
- Perda de massa muscular;
- Irritabilidade e tristeza;
- Insônia e sono de má qualidade;
- Dificuldade de concentração e memória.
Como tratar o hipogonadismo?
Antes de pensar em tomar hormônio, o primeiro passo é investir em mudanças no estilo de vida: alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos, sono de qualidade, controle do estresse e abandono de vícios como o cigarro e o álcool.
Se mesmo assim os sintomas persistirem, o médico pode sugerir tratamentos com medicamentos para estimular a produção natural da testosterona ou, em alguns casos, iniciar a chamada terapia de reposição hormonal (TRH). Nessa modalidade, o hormônio é reposto por meio de gel ou injeções, de forma controlada e monitorada com exames periódicos.
E onde entra a Cannabis medicinal?
A Cannabis medicinal, quando usada com orientação médica, pode ser uma grande aliada no tratamento do hipogonadismo. Não porque ela aumenta os níveis de testosterona diretamente, mas porque ajuda a controlar os sintomas que mais incomodam os pacientes.
Os compostos presentes na planta, chamados de canabinoides, atuam no nosso sistema endocanabinoide — uma rede que influencia várias funções do corpo, como humor, sono, dor, apetite e libido. Alguns desses compostos são:
- CBD: ajuda a reduzir a ansiedade, o estresse, a irritabilidade, melhora o foco, promove relaxamento e pode ter efeito protetor sobre a próstata;
- THC: em doses pequenas, pode estimular o apetite, melhorar o prazer sexual (vasodilatador) e ajudar a dormir melhor;
- CBN: atua principalmente na melhora do sono profundo e restaurador
- CBG: pode ajudar a aumentar a energia (reduzir a fadiga), aumentar o foco além de ter ação anti-inflamatória (e analgésica);
- THCV: pode auxiliar no controle do peso, no emagrecimento e no metabolismo em geral.
Ou seja, a cannabis medicinal pode ajudar a melhorar a qualidade de vida do homem com hipogonadismo, tratando o que mais o afeta: a falta de ânimo, a baixa autoestima, diminuição da libido, o sono ruim e a perda da vitalidade masculina.
Atenção: uso responsável é fundamental
É importante lembrar que o uso da cannabis medicinal deve sempre ser feito com orientação médica especializada, respeitando as particularidades de cada paciente.
A dose, a forma de uso e a combinação de compostos da planta variam de caso a caso.
É importante que o profissional tenha conhecimento amplo sobre os assuntos abordados.
Além disso, o uso recreativo ou descontrolado da cannabis (principalmente do THC em altas doses) pode trazer efeitos contrários ao desejado, como queda da fertilidade, alterações de humor, ganho excessivo de peso e prejuízos da memória.
Conclusão
O hipogonadismo masculino (diminuição dos níveis de testosterona endógena) pode afetar profundamente a saúde e o bem-estar do homem. Felizmente, existem diversas formas de tratar essa condição e a cannabis medicinal surge como uma ferramenta natural e promissora, especialmente para aliviar sintomas como ansiedade, insônia, cansaço, dor e queda da libido.
Se você se identificou com esses sintomas, não ignore os sinais do seu corpo. Procure um profissional de saúde que possa avaliar seu caso com cuidado, propor exames e orientar a melhor forma de tratamento (incluindo, se indicado, o uso da Cannabis medicinal como apoio).
O Portal Cannabis & Saúde conta com colunistas capacitados e experientes, que produzem um conteúdo sério e com rigor científico em relação à Cannabis. Todas as colunas e informações apresentadas nelas são responsabilidade dos próprios colunistas. Da mesma forma, a propriedade intelectual dos textos é de seus autores
Clique aqui e marque uma consulta com Dr. Marcos.
Leia mais colunas do Dr. Marcos:
