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Mesmo após 31 anos de medicina e especialização que vai da pneumologia à acupuntura, Luiz Paulo Neto Sarmento ainda se sente um residente. Sua contínua busca por conhecimentos que o ajudem a melhorar a qualidade de vida dos pacientes é um exemplo disso.

Formado na Faculdade de Medicina de Valença, no Rio de Janeiro, em 1991, se especializou em pneumologia no hospital Santa Casa e no hospital Beneficência Portuguesa, ambos em Ribeirão Preto. 

Ainda passou um ano atuando em cirurgia geral no Hospital São Francisco, antes de se especializar em medicina do trabalho e começar a trabalhar junto aos trabalhadores das Usinas de Açúcar no nordeste do estado de São Paulo.

Início na acupuntura

“Por meio dos meus pacientes da pneumologia me solicitando ajuda para parar de fumar, conheci a acupuntura, a medicina chinesa e a hipnoterapia médica.”

Foi somente o início. Desde então, ampliou sua área de atuação, e passou a tratar casos de dor, atuando junto ao sistema público de saúde de Ribeirão Preto, onde também mantém seu consultório particular. 

Sem nunca deixar de acumular  terapias em seu arsenal com o objetivo de cuidar da saúde integral do paciente.

“Tenho uma formação em Florais de Bach, que utilizo com frequência no meu consultório. Plantas medicinais, laserterapia, orientação alimentar, estilo de vida e atividade física também fazem parte da minha conduta médica de rotina.”

Da acupuntura à Cannabis

Imerso nesse universo, foi questão de tempo até começar a se deparar com a Cannabis medicinal em livros de plantas medicinais e artigos.

 “Com esta visão integrativa e complementar, ficou fácil o meu interesse em conhecer mais a fundo o fitoterápico Cannabis sativa. Abracei com vontade de aprender.”

“Me dispus então à capacitação médica em cursos, lives e a leitura de bons livros da área médica desde o início de 2020. Há 8 meses, prescrevo os produtos da Cannabis medicinal com segurança criteriosa na indicação e na escolha individualizada para cada paciente.”

 Suas indicações mais frequentes de Cannabis medicinal são para fibromialgia, insônia, ansiedade, dores crônicas e disfunções dos órgãos. 

“A Cannabis interage e compõe todos os sistemas do nosso corpo, fazendo com que os órgãos e sistemas funcionem adequadamente em harmonia, ajudando como analgésico, anti-inflamatório, estimulando as defesas do próprio corpo.”

“São muitas as ações dos canabinoides, e as pesquisam vão descobrindo tantas outras. Eles apresentam uma interação na funcionalidade do corpo humano. Potencializa a cura porque o sistema endocanabinoide é um sistema fisiológico que todos nós temos no nosso corpo.”

“Já a alopatia age ao contrário. Tem-se uma inflamação, toma-se um anti-inflamatório; uma febre, toma-se um antitérmico; está com dor, toma-se um analgésico; assim por diante.

Qualidade indiscutível

O médico destaca um caso que demonstra a diferença que a Cannabis medicinal pode fazer na vida do paciente.

“Teve um caso de Esclerose Múltipla que a melhorou muito nas dores e nos espasmos musculares. A paciente voltou a ter uma mastigação quase normal, articular melhor as palavras ao conversar com as pessoas e, com a melhora nas dores, melhorou sua autoestima e qualidade de vida. Voltou a alegria de viver.”

Sarmento acredita que a medicina ainda vai ter muitos avanços com a Cannabis. “por se tratar de uma planta, o tratamento é naturalmente mais harmônico, com pouquíssimos efeitos adversos.” 

“Atualmente muitas pesquisas clínicas confirmam a eficácia da cannabis medicinal como tratamento em várias indicações clínicas. Vejo a Cannabis como uma fronteira muito positiva. A medicina nunca mais será a mesma. Por uma qualidade indiscutível aos pacientes.”

Ele defende que os médicos não podem parar de aprender. “Eu aconselho que tenham uma abertura mental. Nunca se deve parar de estudar e bloquear conhecimentos, pois, fazendo isso, estarão deixando passar uma grande oportunidade para os pacientes.”

“Vá atrás, leia, aprofunde, não se deixe levar por falácias. Deve haver um universo de possibilidades que ainda não conhecemos e a Cannabis é apenas uma delas. Pense grande.”

Agende sua consulta

Quem vive na região de Ribeirão Preto, pode clicar aqui para marcar uma consulta com o médico clínico geral especialista em acupuntura Luiz Paulo Neto Sarmento. O atendimento é presencial com preço acessível.

Se Ribeirão Preto está fora do seu caminho, pela plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde, você encontra o contato de mais de 200 médicos prescritores em todas as regiões do País, além do atendimento por telemedicina.

Acesse agora e dê o primeiro passo em direção a uma melhor qualidade de vida.

Ainda tem 10 dias para você participar da Consulta Pública do Conselho Federal de Medicina sobre a Resolução nº 2.324, que dispõe sobre o uso medicinal da Cannabis. 

Esta Resolução foi alvo de diversos protestos no Brasil por parte de médicos prescritores e também de pacientes que fazem tratamentos com Cannabis. Essencialmente a Resolução, que ficou conhecida como “Resolução do retrocesso”, restringe a prescrição da planta exclusivamente para o tratamento de epilepsias refratárias às terapias convencionais na Síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut e no Complexo de Esclerose Tuberosa.

Neste últimos dez dias é imprescindível a mobilização da sociedade em participar da Consulta Pública para confirmar que a Resolução carece de embasamento científico. E também, diferentemente de outros países, não estimula o avanço nas pesquisas, nem reconhece, os potenciais terapêuticos da planta.

Coalizão Advocacia da Medicina apresenta passo a passo para preencher a Consulta Pública do CFM

“A mobilização da sociedade civil é essencial para que não tenhamos nenhum direito a menos”, afirma Bettina Maciel, advogada antiproibicionista, sobre a consulta pública da Resolução do CFM.

Recentemente, a Advocacia da Medicina lançou um passo a passo online sobre como participar da consulta pública. Confira aqui o texto de sugestão da Advocacia da Medicina para a participação da consulta pública do CFM.

Além do lançamento do passo a passo, esta coalização jurídica nacional também lançou uma carta de repúdio sobre a Resolução 2.324 do CFM. Diferentes operadores assinaram a carta que demonstrou apoio a pacientes e médicos prescritores de Cannabis.

Porque é importante participar nestes últimos 10 dias

Os estudos científicos do potencial dos canabinoides, como CBD, THC, CBN e CBG, para tratamentos de saúde estão avançando no Brasil e no mundo. E o impacto positivo destes tratamentos com canabinoides em pacientes para diferentes patologias não pode ser prejudicado por preconceito. Ou pura falta de informações. 

Portanto é fundamental que médicos, profissionais da área da saúde, interessados no tema e pacientes participem da consulta. E também compartilhem suas experiências reais e positivas com Cannabis.

Aqui você encontra o passo a passo produzido pela Coalização de Advogados sobre como participar da Consulta Pública.

Resolução nº 2.324 suspensa

Mesmo com esta consulta pública em andamento, está oficialmente suspensa a Resolução nº 2.324 do Conselho Federal de Medicina (CFM). Foi publicada no Diário Oficial da União a suspensão da medida que restringia a prescrição de Cannabis e proibia médicos de falarem sobre o tema fora do ambiente científico.

Após manifestações, o CFM decidiu sustar temporariamente os efeitos da resolução 2.324, do dia 14 de outubro.

Participe da consulta pública do CFM clicando aqui.

Melhorar a autoestima das pessoas sempre foi o foco da médica Viviane Campos. “Eu queria trabalhar com alguma coisa que eu fizesse bem para as pessoas. Que tratasse da saúde e melhorasse a autoestima. Para isso, tinha que ser dermatologia.”

Com o propósito em mente, se especializou na área, mas não parou por aí. Cursou bioquímica médica com prática ortomolecular, estética médica e medicina antienvelhecimento, sempre com o objetivo de fazer com que seus pacientes se sintam melhor consigo mesmos.

“Quando eu fiz especialização em antienvelhecimento e comecei a trabalhar com medicina regenerativa, eu juntei tudo que já fazia na dermato e na medicina estética, e fui vendo que a maior diferenciação na medicina regenerativa é no esporte. Comecei  estudar medicina esportiva e agreguei tudo que eu já fazia.”

“Na parte estética da dermatologia, a gente não cuida só da pele, do colágeno e antienvelhecimento. A gente também tem que ter a estruturação muscular e óssea. Para produzir músculo, tem que ter um pré e pós treino legal, entrar com uma nutricionista para ajudar no processo.” ciências ciências ciências

“Com isso, os pacientes acabam ganhando, não só um shape bacana, como melhorando a parte estética também. Foi quando percebi que podia trabalhar com pessoas normais também, não só atletas, e melhorar a qualidade de vida delas com a medicina regenerativa.”

Respaldo das ciências

Durante anos de formação, Campos sempre foi assídua frequentadora de diversos congressos de medicina, até que nos últimos anos uma novidade começou a ser gradualmente comentada.

“Em alguns eventos, os próprios médicos começaram a comentar: ‘viu que legal o uso da Cannabis para bexiga hiperativa?’, ‘viu o uso da Cannabis para Alzheimer?’, ‘para diminuir o estresse, melhorar o sono’. Mas eu tinha aquele preconceito. Será que precisa? Será que não vicia?”

Comentou, então, sobre a novidade com alguns de seus pacientes atletas. “Eles falaram: ‘doutora, a gente já usa’. A maioria já usava e ninguém me contava. Traziam os óleos dos EUA. Então eu fui aprendendo com eles e comecei a estudar.”

“Fui levantar artigos científicos, porque tudo que aparece de novo, parece muito bom. Mas, às vezes, tem efeitos colaterais que só aparecem depois de muito tempo. Eu vi que não tem essa história de dependência. É mais um preconceito mesmo por falta de informação.”

Cannabis na medicina regenerativa

“Nos atletas, vi que a Cannabis era muito importante por seu efeito anti-inflamatório. Ela ajuda no relaxamento e recuperação muscular. Eu descobri a Cannabis pelo esporte e vi que não funcionava só para atleta, mas para muita gente. Acabei incluindo na minha medicina regenerativa.”

“Me surpreendeu a Cannabis para dores crônicas e fibromialgia. Aquele paciente que não conseguia melhorar com nada, geralmente idoso. Era muito rápido. Com uma semana de uso já tem um resultado bem interessante.”

“Tive um paciente bem interessante com bexiga hiperativa. Esse paciente já tinha passado em vários urologistas, tentado vários medicamentos., mas não apresentava nenhum problema na bexiga, não tinha problema de próstata, não tinha problema de nada.”

“Com a Cannabis, ele relatou que passou a conseguir dormir sem ficar acordando milhares de vezes para ir ao banheiro.”

Efeitos colaterais

Conforme começou a prescrever a Cannabis aos seus pacientes, foi percebendo que, além dos benefícios terapêuticos, o medicamento canabinoide também ajudava a evitar e combater os efeitos colaterais dos medicamentos alopáticos, como a agressão ao estômago e a dependência.

“Vários pacientes usam medicamentos controlados para dormir, vicia e não conseguem largar nunca mais. Com a Cannabis, um dia que ele não toma, às vezes ele dorme mal, mas dorme. Não tem aquela dependência de nem conseguir dormir sem o remédio, e isso realmente faz diferença.”

Cannabis na dermatologia

Já na dermatologia, a indicação mais comum é para o tratamento de doenças inflamatórias, como rosácea e psoríase. No futuro, porém, Campos acredita que o leque de indicações deve crescer.

“Existem alguns estudos para uso em melanoma e outros cânceres cutâneos. è interessante, pois tem indícios de que a Cannabis inibe o crescimento das células tumorais, pois ajuda na apoptose, ou seja, a morte das células por elas próprias, e diminui o risco de metástase. Eu não uso para isso, mas pode ser interessante.”

De qualquer forma, Campos acredita que a Cannabis veio para ficar. “Os médicos que estudam, vão para congressos, veem a Cannabis como uma abertura para o futuro.”

Ciências, carinho e cuidado

“Eu mesma tinha um certo preconceito, porque já tem tantos medicamentos no mercado. Só que acredito que tem muitos laboratórios que fazem lobby para impedir a Cannabis no mercado, porque ela é eficaz e não gera a dependência. Com a Cannabis, todo mundo ganha, menos os laboratórios maiores.”

Entre os pacientes, sua experiência também demonstra uma boa aceitação. “Os mais jovens acham legal. Com uma idade moderada, ficam mais reticentes. Eu mando artigos para explicar e eles voltam com a cabeça mais aberta. Já os mais velhos, com mais de 50, já são mais abertos porque, muitas vezes, já tentaram de tudo, aceitam experimentar.”

“A Cannabis, para mim, está sendo uma surpresa super positiva.  A gente trabalha aqui no consultório com o tripé: ciências, carinho e cuidado. O paciente com Cannabis tem carinho, cuidado e a ciências está bem embasada. Então, eu acredito que a Cannabis veio para somar.”

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Você pode clicar aqui para marcar uma consulta com a médica especialista em clínica médica, dermatologia e medicina esportiva Viviane Campos. 

Ela faz parte de um time com mais de 200 médicos e profissionais da saúde habilitados para prescrever Cannabis medicinal que fazem parte da plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde.

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O currículo de Mario Antônio Sallenave Filho é longo. Formado em odontologia, se especializou em cirurgia maxilo-facial, antes de decidir cursar medicina. Ainda se especializou em medicina do trabalho e do tráfego, mas foi sua outra especialidade, a psiquiatria, que o levou à prescrição de Cannabis medicinal.

“Eu sempre apostei em terapias integrativas e, na psiquiatria, eu estava cansado dessa medicina cartesiana. Essa medicina que você só tem a indicação da medicação, pois, tem uma hora, que essa medicações chegam em um limite e você não tem o que fazer.”

Foi quando começou a ver reportagens de pacientes que utilizam a Cannabis para tratar convulsões, mas, a princípio, não chegou a se animar muito. “Eu tinha receio de utilizar o THC e abrir caminho para um quadro psicótico nas pessoas.”

Conhecendo o sistema endocanabinoide

Até que pode ver de perto o caso de uma família que entrou na justiça para conseguir o tratamento com CBD. “Eu acompanhei esse caso e vi que, realmente, a Cannabis era boa mesmo. Isso me fez querer estudar sobre o tema.”

“Eu tinha muito paciente com fibromialgia e queria alguma coisa para passar essa dor que é um misto de ansiedade, geralmente com distúrbio de sono. Foi aí que tive a ideia de utilizar o CBD.”

“Foi aí que vi que a gente tem receptores canabinoides no corpo todo e pude conhecer como a Cannabis controla ansiedade, dor, regula sono. Que é muito, muito bom para tremor essencial também.”

Primeira paciente

Depois de muito estudo, estava na hora da prática. “Foi com uma senhora de uns 50 e poucos anos. Ela sentia muitas dores no corpo, com um grau de ansiedade muito grande e muita insônia também.”

“Ela já tinha usado todo tipo de medicações e era poliqueixosa. Foi quando falei, opa, vou usar o CBD. Comecei com doses baixas, fui aumentando e até hoje essa senhora é minha paciente e me agradece muito. Largou todas as medicações e faz uso exclusivamente de CBD.”

“Foi assim que comecei a usar o CBD. Já faz dois anos e, de lá pra cá, foi realmente uma imersão na Cannabis, com resultados fantásticos.”

Ajuste de dose

Um processo que demanda contínuo aprendizado. “No começo, a gente usava subdoses. Vi muito paciente que chegava dizendo que já havia utilizado o CBD. Mas utilizamos doses baixas, que não chegava a ser terapêutico, e só queimava a medicação.”

“Eu fui um desses médicos que queimou a medicação, pois usava o CBD com pouca concentração. Nem 10% do que uso hoje.”

Atualmente, além de ansiedade, dor e insônia, Sallenave também utiliza a Cannabis medicinal no tratamento de autismo, convulsões, Alzheimer, depressão, dependência química, entre outras patologias. “Uso para muita coisa e tem uma procura grande.”

De acordo com o médico, apesar do alto custo do medicamento a base de Cannabis importado, em alguns casos, ela apresenta vantagens também no custo-benefício. “A concentração é alta e dura muitos meses. Vários pacientes migram da medicação normal para essa medicação alternativa.

“Veio para ficar”

Para ele, a tendência é que a Cannabis seja cada vez mais comum nos consultórios médicos. “O preconceito existe até que algum familiar precise da Cannabis. Depois que algum familiar começa a usar, acaba o preconceito.”

“É uma coisa que veio para ficar e que, se não fosse bom, não ficaria. Não teria tanta procura, tanto paciente buscando e se tratando com o CBD. O preconceito, infelizmente, ainda existe, mas tá acabando.”

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Embora médicos conservadores ainda insistam em negar as evidências clínicas, a Cannabis medicinal é uma realidade. Um caminho sem volta, como costumam repetir os profissionais progressistas. O caso da jovem anestesiologista Luana Cunha de Oliveira. Aos 32 anos, sendo dois de atuação em sua especialidade, escutou sobre a Cannabis medicinal pela mídia, em casos de epilepsia refratária. Como não costumava lidar com esses casos, não colocou muita atenção.

“Nunca tinha conhecido ninguém que fizesse uso da medicação.”

Até que conheceu. Uma paciente sua com fibromialgia, transtorno de pânico, depressão e enxaqueca. “Ela tomava remédios crônicos para a dor e já não tinha mais vontade de viver.”

Até que começou o tratamento com Cannabis medicinal. “Eu não sabia desse efeito como potente analgésico no tratamento de dor crônica, que é minha área de atuação. Eu, que estou lidando com dor o tempo todo, fiquei impressionada com o relato e decidi me aprofundar.”

A prática como anestesiologista

Buscou o curso com certificação da WeCann Academy, uma comunidade global e centro educacional em medicina endocanabinoide.

“Fiquei bem empolgada. A Cannabis é maravilhosa porque é uma coisa totalmente nova e que a gente não tinha conhecimento. Eu tenho me impressionado com a quantidade de patologias que a gente pode tratar com essa medicação.”

“O que mais me surpreendeu foi o fato de ser uma medicação que não tem muitos efeitos colaterais, quando comparada com os outros tipos, como opioides. Eles têm uma potência boa, mas tem muito efeitos colaterais. o paciente fica constipado, cria tolerância.”

“Os benzodiazepínicos podem causar perda de memória se usados a longo prazo. Então não são coisas que a gente pode usar de forma contínua sem que a gente pague um preço. Já os canabinoides não. A gente sabe que os efeitos colaterais são baixíssimos e costuma ter bons resultados com doses baixas.”

“Já tenho atendido pessoas desde os 80 e poucos anos até criança de sete anos, autista, e em todos os casos eu tenho bons resultados. Então tenho me animado bastante para seguir em busca desse conhecimento na prática.”

“Tenho pacientes com enxaqueca crônica, que tomava anticonvulsivante, analgésico, opioide, e não melhorava de jeito nenhum. Começaram a fazer uso da Cannabis medicinal com efeitos excelentes, inclusive tem ajudado com o sono.”

“No hospital, a gente vê pessoas próximas, funcionários, colegas, que estão fazendo o uso da medicação e estão conseguindo melhorar bastante a qualidade de vida.”

“Muito promissor”

A anestesiologista explica que a Cannabis atua em diversas patologias devido à sua atuação junto ao sistema endocanabinoide. “É algo que todos nós temos e, em algumas patologias, está descompensado. Ele vai atuar não de forma isolada. Vai atuar refletir sobre a liberação ou não de diversos tipos de neurotransmissores.”

Sendo assim, terá uma ação sobre a dor crônica de forma diferente dos demais medicamentos. “O opioide vai inibir a sensação de dor, já os canabinoides, principalmente o THC – que sofre preconceito por sua psicoatividade, mas em doses baixas é muito seguro -, vai modular nossa percepção da dor.”

“A pessoa vai sentir aquela dor, mas não vai incomodar tanto quanto antes. A gente tem visto pacientes oncológicos, que têm dor insuportável, tem refletido em uma melhora muito importante para a qualidade de vida.”

“Diminuindo o uso de opioides crônicos, consequentemente reduz todos os efeitos colaterais dessas medicações. Isso tudo é muito promissor para diversas áreas da medicina.”

O futuro da Cannabis

“O próximo passo é que seja utilizada de forma preventiva. Acredito que as pessoas vão começar a tomar antes de ter os sintomas. Ajuda no desempenho físico, é ótimo para recuperação muscular, principalmente para atletas. Tem uma ação nos ciclos de sono e faz com que as pessoas consigam dormir melhor.”

“Acredito que muito brevemente, ainda não tem estudos concretos sobre isso, mas na prevenção de doenças neurológicas, como Alzheimer. Por sua ação anti-inflamatória no sistema nervoso, eu acredito que, em alguns anos, as pessoas vão começar a tomar o CBD como suplemento, não só quando tiverem cometidos de uma patologia.”

A crença da anestesiologista na Cannabis também atinge sua especialidade. “Eu sonho com os pacientes fazendo uso da medicação antes das cirurgias para diminuir o consumo de opioides no pós-operatório.”

“Acredito que, daqui um tempo, a gente vai conseguir ter trabalhos sobre isso e vai fazer uma coisa preventiva. Antes de ter aquele estímulo, o paciente já vai estar preparado para aquele trauma. A cirurgia é um trauma.”

“Só melhorar”

Por todos esses motivos, ela observa que a aceitação sobre a Cannabis medicinal avança rápido. “Em minha experiência, eu tive muito boa aceitação, tanto da parte dos colegas como dos pacientes e familiares.”

“Acho que tá mudando muito rápido. Acredito que a mídia está sendo muito favorável, divulgando diversas informações positivas, relatos positivos, tanto na internet como na televisão.”

“Particularmente, eu não tenho visto preconceito. Acho que é uma coisa que mudou muito de um ano para cá e a tendência é só melhorar.”

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Jovem médico, se especializando em anestesiologia, Renato Giaccio estava entusiasmado com os estudos. Seu objetivo era conhecer a fundo todo tipo de medicamento e abordagem que demonstrasse eficácia no controle da dor.

Foi quando se deparou com uma alternativa que não havia sido mencionada durante toda sua formação. “Estudei sobre opioides, analgésicos em geral e anti-inflamatórios. Dentro desses estudos, a Cannabis medicinal se enquadra muito bem nesse perfil de anti-inflamatório e analgésico.”

“Comecei a me interessar por conta desse potencial, mas quando comecei a ver que não é só para dor, mas para diversos transtornos do sistema nervoso também, eu fiquei encantado com esse mundo.”

Cannabis na anestesiologia

Concluída a residência de anestesiologia, em 2109, Giaccio passou a atuar junto a centro cirúrgicos de hospitais do SUS e particulares. A Cannabis, no entanto, foi deixada de lado. Com menos informações disponíveis sobre o assunto, acreditava ser algo pouco acessível no Brasil.

Já não era na época, embora, desde então, o prazo para todo o processo de importação do medicamento tenha sido bastante reduzido. Mas o acesso à informação não parou de evoluir.
Ao final de 2021, decidiu que era o momento de resgatar seu encantamento e mergulhar de vez nos estudos sobre os canabinoides. “No começo do ano, fiz um curso com certificação internacional e comecei a atender.”

“Comecei com pacientes mais próximos, alguns familiares, e comecei a ter uns resultados bem legais. Principalmente com dor crônica. Tem um familiar próximo com Alzheimer que está fazendo uso e teve uma melhora legal. Aí comecei a me interessar cada vez mais.”

Primeiros pacientes

Ainda concluiu uma pós-graduação em Cannabis medicinal. “A hora que eu comecei a atuar, vi que a medicina canabinoide remete à medicina antiga. Aquela que você tem o paciente lado a lado. Escuta bem e mantém um contato próximo com o ele.”

Quando se sentiu seguro para prescrever a Cannabis aos demais pacientes, pôde observar todo seu potencial terapêutico logo em seu primeiro caso. “Foi uma paciente com um tumor no útero, metástase no pulmão, em cuidados paliativos. Ela se queixava que sentia muita dor e os opioides deixavam ela muito lesada. Ficava prostrada, não conseguia se comunicar, e queria estar presente em seus últimos meses de vida.”

“Passei o óleo e ela começou a fazer o uso. Em menos de duas semanas, ela era outra pessoa. Abriu mão dos opioides pois teve uma melhora incrível na dor. Não ficava mais lesada e achei muito bacana. Foi, até agora, o caso mais marcante que vi.”

“Não resolve só um problema”

Giaccio começou a observar em sua rotina o que lhe encantou nos estudos, ainda durante sua formação. “A Cannabis tem um espectro de ação bem grande. Ela atua em alguma coisa que a gente quer, como a dor, mas acaba proporcionando uma melhor qualidade de vida e bem-estar.”

“Esse é o potencial da Cannabis: não resolve só um problema, resolve vários. Não que seja uma panaceia, mas acaba fazendo muito mais que somente tratar a dor.”

Sem preconceito

Giaccio acredita que é questão de tempo até que a Cannabis seja mais aceita por seus colegas de profissão. “Todos os médicos que eu converso ficam curiosos.”

“Achei engraçado que tenho um tio que é médico conservador. Quando falei para ele, se interessou bastante no assunto. Acho que hoje em dia a Cannabis tem destaque em muita doença e o preconceito está cada vez menor.”

“Eu nunca passei por uma situação de preconceito. De chamar de maconha, de maconheiro, nunca. Muito pelo contrário. Os médicos se interessam muito.”

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Clique aqui para agendar uma consulta com o médico especialista em anestesiologia Renato Giaccio.

O especialista é um dos mais de 200 profissionais da saúde com experiência na prescrição de Cannabis medicinal que você encontra na plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde. 
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Traumatologista e ortopedista especializado em cirurgias minimamente invasivas, o médico Marco Makoto Inagaki não tinha muita familiaridade com a dor. Sempre contava com o auxílio de colegas anestesistas para o controle da dor de seus pacientes, mas isso mudou quando a dor chegou à sua família.

As dores de sua esposa eram em decorrência de uma endometriose e nenhum especialista da região em que vive, em Londrina, norte do Paraná, encontrava uma abordagem que minimizasse seu sofrimento. “Comecei a estudar e fiquei encantado. Não tem muitos profissionais especialistas em dor na região e, pelos motivos pessoais, me engajei nos estudos.”

Makoto decidiu se especializar no tratamento de dor e conseguiu uma abordagem eficaz para sua esposa. No entanto, não foi o único ganho. Durante os estudos, escutou sobre uma alternativa terapêutica que vem ganhando espaço na medicina: a Cannabis. “Antes de fazer medicina da dor, eu achava muito estranho isso de maconha servir para tratamento, mas comecei a estudar e vi que não é bem por aí.”

“Tem muitos estudos já. Ainda é preciso estudar mais a fundo, mas eu que era preconceituoso mesmo. Meio cético.”

Primeira paciente

Enquanto buscava superar as próprias limitações, Makoto recebeu um impulso que o fez mergulhar de vez no universo canabinoide. “Uma paciente com fibromialgia que havia operado o joelho com outro colega. Ela tinha muitas dores, não melhorava, a fibromialgia estava completamente descontrolada. Ela não tinha resposta dos medicamentos tradicionais e me perguntou da Cannabis.”

“Eu não tinha muito estudo sobre isso, mas posso conversar com os colegas, estudar sobre, e na próxima consulta, a gente vê a possibilidade da gente começar a prescrever. Fiz isso, conversei com colegas, estudei e me interessei bastante. Foi o primeiro caso que indiquei e ela respondeu super bem. Foi o que me deixou super empolgado para estudar mais.”

Se aprofundou na medicina canabinoide e há quase três anos prescreve as pacientes. “Na parte clínica, a Cannabis me auxilia principalmente na parte de dores crônicas. Dores neuropáticas, pacientes com fibromialgia, cefaleia e na parte ortopédica também. Pacientes operados que me procuram para fazer o controle da dor, tanto no pré quanto no pós-operatório.”

Cannabis no tratamento de dor

Segundo Makoto, são dois os principais benefícios da Cannabis medicinal. “Ela ajuda o paciente a ter menos sobrecarga de medicamentos. O paciente com dor toma muitos remédios associados, e a Cannabis ajuda a aliviar um pouco, o que já é excelente. Uma ferramenta de apoio muito boa nesse sentido.”

“Além de poder atuar em outros aspectos da dor. No sono, na parte cognitiva, social, psíquica, que estão sempre alterados nos pacientes com dor crônica. Na maioria dos casos, eles têm depressão, ansiedade, inapetência, e a Cannabis consegue ajudar bastante nisso sem precisar associar outros medicamentos e isso ajuda bastante a diminuir os efeitos colaterais e a qualidade de vida do paciente melhora.”

Além de cuidar dos pacientes, o trabalho do médico com a Cannabis vai além. “A gente mora no interior e o pessoal é um pouco cabeça dura aqui. Aos poucos, está mudando, mas eu espero contribuir com a mudança na região. Principalmente dos médicos, já que os pacientes são muito mais abertos.”

“A Cannabis medicinal é o futuro”

Sua principal preocupação é diferenciar o uso adulto do uso medicinal da Cannabis. “Maconha é maconha. É a droga que se fuma. Não tem nada a ver com o medicamento que eu vou prescrever. Os princípios ativos são extraídos da mesma planta, mas não tem nada a ver.”

“Tem algumas substâncias no corpo que são iguais ou parecidíssimas com as da Cannabis. No medicamento, elas são refinadas em laboratório, com composição controlada, e, dessa forma, o paciente não vai ficar doidão.”

“Na minha opinião, a Cannabis medicinal é o futuro. Assim como as células-tronco, são caminhos para melhorar a qualidade de vida do paciente.”

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A história do psiquiatra Jorge de La Rocque começa no longínquo ano de 1966. Havia alguns anos o Brasil estava vivendo sob uma ditadura militar, o que serviu de incentivo para que deixasse o País para cursar medicina em Lisboa.

Embora fosse um estudioso fascinado por psicologia e filosofia, sua habilidade manual o levou a optar pela neurocirurgia. “Eu queria operar.”

Porém, ainda jovem, ficou ainda mais encantado com o continente europeu e decidiu trancar os estudos e viajar. Nesse período, ainda chegou a frequentar por um ano o curso de medicina em Paris como ouvinte.

De volta a Lisboa após dois anos “batendo perna” pelo continente, engajou novamente na faculdade de medicina, mas sua visão sobre a profissão já não era a mesma. Uma passagem difícil, porém, o levou de vez para a psiquiatria.

O psiquiatra Jorge de La Rocque

Após o fim de um relacionamento, sua ex-companheira tentou o suicídio e foi internada no Hospital Psiquiátrico de Lisboa.

“Os psiquiatras portugueses eram pessoas muito inteligentes, brilhantes, e aquele mundo estranho, que eu tive que acessar de maneira bem diferente que a prática médica, fez eu sair da primeira visita a minha ex-mulher dizendo que eu era um psiquiatra e nunca mais mudei essa opinião.”

No quarto ano de medicina, diante do nascimento de seu filho, retornou ao Brasil para concluir sua formação na Universidade Federal Fluminense. Em Niterói, passou a acompanhar experientes psiquiatras e, ao se formar, no ano de 1975, já acumulava um vistoso currículo.

Aperfeiçoamento em psicologia médica, psiquiatria e imunologia pela UFF, além de aperfeiçoamento em anatomia em Lisboa. Já médico, ainda se especializou em administração dos sistemas de educação e concluiu mestrado em educação, ambos pela instituição fluminense.

Com tanto empenho, logo assumiu o papel de professor na mesma UFF, mas sem nunca deixar de lado seus próprios pacientes psiquiátricos.

O psicoterapeuta La Rocque

“No início no início do meu trabalho, a minha abordagem era mais psicoterápica. De certa maneira, ainda continua sendo. Eu uso conceitos de aproximação, de abordagem centrada no paciente, no meu dia a dia. Mas antes era bem mais, porque a farmacologia psiquiátrica era muito muito rudimentar e pobre”, afirma.

“Na verdade, ainda é. Agora, com o conhecimento da farmacogenética, nós estamos começando ainda a engatinhar no tratamento farmacológico ao conhecer os mecanismos de trocas de mensagens químicas entre as células, o papel fundamental da probiótica.”

“Nós estamos numa avalanche de conhecimento novo que me faz a cada momento achar que eu tô começando a estudar tudo do zero.”

Em meio século de psiquiatria, La Rocque observou o progresso dos medicamentos voltados à saúde mental, mas, ainda hoje, estão longe de atender a necessidade de todos os pacientes.

“Em 50%, nós conseguimos encontrar respostas farmacológicas e mudar radicalmente a vida dos pacientes, mas, em 50%, nós ficamos batendo na parede de olhos fechados.”

Novas alternativas

Psiquiatra, psicopedagogo, psicoterapeuta e professor emérito da UFF, tem acesso constante às novidades da ciências sobre novas opções de tratamento e teve acesso a trabalhos que abordavam a ayahuasca, uma bebida indígena utilizada pela religião do Santo Daime; e o LSD, ácido lisérgico; e a Cannabis, indicando potencial de sucesso terapêutico.

“Eu sou uma pessoa extremamente curiosa e os desafios me fascinam. Desafios são o norte da minha vida. É como se eu tivesse que, a cada momento, comprovar perante mim mesmo que eu sou capaz.”

Foi quando soube que os Estados Unidos haviam aprovado um medicamento à base de cetamina (ketamina) para a psiquiatria. Um anestésico com uma forte ação psicoativa, e por isso utilizado ilegalmente como droga de uso adulto, com autorização para o uso em pacientes com depressão resistentes, principalmente ideações suicidas.

“Aquilo foi uma espécie de clique. As substâncias psicoativas têm o seu lado negativo, mas quando usadas de maneira inteligente. Quando estudadas e se sabendo o mecanismo de ação dela, podem ser úteis ao cérebro e ao ser humano. Aí eu comecei a estudar mais profundamente.”

“Tem isso dentro da gente!”

Paralelamente aos estudos, pacientes resistentes ao tratamento farmacológico tradicional passaram a questioná-lo sobre a possibilidade do uso da Cannabis medicinal. “Eu fui afunilando.”

“Eu fiquei estarrecido. Saber que na década de 60 a gente descobriu os receptores canabinoides no organismo e nosso organismo produz canabinoides, como a anandamida. A gente tem isso dentro da gente! E aí começou.”

“Acho que os próprios canabinoides que meu cérebro produzia deu um start no meu lóbulo pré-frontal e na minha amígdala e comecei a receber pacientes e receitar, sempre estudando muito.”

La Rocque conta que atende pacientes com Cannabis principalmente para síndrome de Tourette, dor crônica, principalmente fibromialgia, problemas severos com sono, ansiedade, depressão, TDAH e autismo que relataram uma melhora impressionante na qualidade de vida.

“Terapêutica muito individualizada”

“A Cannabis tem substâncias que se somam ao nosso arsenal terapêutico para tentar encontrar uma resposta a problemas do nosso paciente. Não é uma coisa mágica e quando não usada de forma adequada, pode provocar efeitos colaterais.”

“Tem alguns pacientes que não respondem de forma positiva. Nós estamos engatinhando ainda. É uma terapêutica muito individualizada, muito personalizada, onde nós não temos ainda aqueles parâmetros que tem na farmacologia tradicional.”

“Como toda droga,  vai funcionar de forma maravilhosa em muitas pessoas e, provavelmente, algumas não vão. Nós temos que ter muita atenção com as interações no organismo com a medicação tradicional para não causar danos aos pacientes.”

“A Cannabis é mais uma resposta na busca de uma solução para os pacientes. Uma resposta que não é só química. É de como conduzo verbalmente minha terapia e oriento o paciente a modificar seus hábitos de vida. Não ter receio de assumir novos compromissos e sonhos. Tudo isso é importante. Um tratamento emocional e químico.”

O mais importante

Sobre as restrições de muitos colegas de psiquiatria sobre o uso da Cannabis, La Rocque admite que ainda faltam estudos profundos e guide lines bem estabelecidas sobre o uso da Cannabis.

“Como não tem nenhum grande laboratório por trás dessas pesquisas , que custam caro, é natural que muitas sejam feitas de uma forma individualizada. Com pouco apoio científico.”

“Mas tem uma outra coisa importante, que nós chamamos off label. Em nossa prática diária, pelo conhecimento dos fármacos, usamos muitas medicações em algumas patologias que não estão devidamente sacramentadas e nós obtemos bons resultados com isso.”

“Para mim, no dia a dia, do meu consultório, quando o paciente vem e me abraça, é com o que estou preocupado. Claro que as guide lines, as pesquisas, me ajudam a pensar. Me trazem informações novas, mas eu tô muito mais preocupado com a resposta que o paciente quando chega na minha frente. É o mais importante.”

“Parte dessa resistência cabe a muitos de nossos colegas falando nas redes como se a Cannabis fosse uma droga mágica, que fosse resolver tudo. Isso é uma mentira. Profissionais ficam com receio de abraçar essa causa sem estudos profundos, que ainda não existem. Esse embate está acontecendo.”

“Uma nova visão do tratamento do indivíduo”

No entanto, o psiquiatra vê um futuro promissor. “Nós temos uma série de drogas psicoativas, como o Santo Daime, uma variedade de cogumelos e muitas substâncias que nós não conhecemos ainda, mas que estão sendo pesquisadas.”

“A única coisa que eu posso dizer com certeza é que o canabidiol veio abrir uma porta que estava hermeticamente fechada e que trouxe uma luz que vai abrir uma perspectiva para futuros tratamentos. Uma nova visão do tratamento do indivíduo e do cérebro que nós estamos começando a conhecer mais profundamente agora.”

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Revolta. Foi esse o sentimento da fisiatra Isolda de Araújo quando escutou falar das propriedades medicinais da Cannabis e do funcionamento do sistema endocanabinoide pela primeira vez.

Especialista em fisiatria pela possibilidade de tratar o paciente como um todo, melhorando a função e qualidade de vida da pessoa. Pela recorrência de casos de dor crônica, cursou uma especialização de dor e, só então, após quase uma década de formação, teve seu primeiro contato com a Cannabis medicinal.

“Eu nunca tinha ouvido falar disso. Depois de tanto tempo, eu ouvi falar de um sistema que a gente tem no corpo e nunca aprendi sobre, me deixou eu revoltada”, lembra.

“Para área médica é um absurdo. Você pode não gostar de maconha, mas o sistema endocanabinoide faz parte dos seres humanos e diversos outros. Deveria ter sido, pelo menos, mencionado. A revolta foi nesse sentido.”

“É hipocrisia”

Era o ano de 2018 e logo seus colegas fisiatras também começaram a comentar sobre a possibilidade de utilizar substâncias retiradas da planta de Cannabis para o tratamento de diversas patologias.

“É um recurso terapêutico que dá para ser utilizado, se tiver cuidado, com qualquer faixa etária. Tem indicações de otimizar a reabilitação dos pacientes, a qualidade de vida, que é o foco principal do meu atendimento.”

Como todo bom médico que se depara com uma nova alternativa para tratar seus pacientes, a fisiatra se dedicou a estudar. “Eu comecei a procurar saber o que era. Não sei se não se falava muito porque é maconha, mas para mim é hipocrisia.”

“O grande número de pacientes que atendo são de dor crônica e eu via a possibilidade de melhorar a qualidade de vida ao melhorar a dor.”

Com a chegada da pandemia e a redução do número de pacientes, Araújo decidiu mergulhar de vez nos estudos. Fez cursos, pós graduação, e logo pode começar a receitar. “Tenho ótimos resultados.”

A fisiatra e a Cannabis

Para a fisiatra, o grande diferencial da Cannabis em relação às demais opções terapêuticas de sua especialidade é por agir em diversos sintomas ao mesmo tempo.

“Ela é multialvo. A gente tem receptores em várias partes do corpo e usa um produto fitofármaco só para várias condições.”

“Eu falo de dor crônica porque é 70% dos pacientes que eu atendo atualmente. Doença crônica vem com a questão do humor, ansiedade, depressão, transtorno de sono. O paciente chega no consultório já com 20 medicamentos. Como a Cannabis pode tratar várias coisas, então para o paciente que toma muitos remédios é um ganho.”

“Com a Cannabis eu consigo reduzir a quantidade de opioides e benzodiazepínicos que uma pessoa toma. Para mim foi uma coisa fantástica. Paciente que toma Rivotril por conta do sono e não consegue controlar, usando a Cannabis consegue reduzir esses remédios, que tem mais efeitos colaterais e riscos à saúde, e a pessoa consegue ficar melhor. Para mim é um ganho incrível.”

“Pode até não gostar, mas vai ter que encarar”

Para a fisiatra, já existe literatura científica suficiente para a comprovação da eficácia do tratamento com Cannabis. “Eu atualmente eu acho uma grande hipocrisia essa questão de ficar discutindo se funciona ou não funciona. Já tem uma literatura robusta falando da segurança.”

“Tem mais estudos saindo a respeito de eficácia em determinadas patologias, mas precisa melhorar regulamentação para poder ter mais estudos com o desenho que a academia pede. Atualmente o pessoal tem que tirar leite de pedra para fazer pesquisa.”

Há quase três anos trabalhando com a prescrição de Cannabis, a médica acredita que cada vez menos seus colegas poderão negar a indicação do medicamento para os pacientes.

“Os médicos tem que estudar. Não pode ter uma opinião formada só porque é maconha. As pessoas têm que se informar sobre essa que é uma possibilidade terapêutica. Um tratamento válido, com muitos resultados e segurança, porque já tem muita literatura que demonstra isso.”

“Você pode até não gostar, mas vai ter que encarar a Cannabis como uma possibilidade de tratamento aos pacientes.”

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Já nos tempos de faculdade, a psiquiatria era uma certeza da médica Cintia Braga Silva Pereira e assim orientou sua formação. “Eu acho que é um ramo muito nobre da Medicina. Se a pessoa tem saúde, mas não tem saúde mental, as coisas não vão bem.”

Na prática, porém, o resultado nem sempre era satisfatório. “Eu ficava muito angustiada com alguns resultados que a gente tem com as medicações alopáticas”, conta.”

“Às vezes, a pessoa melhorava dos sintomas que estavam mais graves, mas ficava um pouco a desejar quanto à qualidade de vida. Principalmente com as medicações antidepressivas, que, ao longo do tempo, podem ter efeitos colaterais importantes, como baixa de libido, certa apatia, etc.”

Diante a percepção, deu início à busca por alternativas, como nas formações em sexologia, respiração holotrópica e terapia neo-reichiana. “Para ter mais ferramentas para ajudar a melhorar a qualidade de vida do paciente, algo que não fosse só remédio alopático.”

“Numa dessas pesquisas, fiquei sabendo de um grande amigo meu que estava começando a estudar sobre a Cannabis medicinal. A gente começou a trocar ideia e resolvi estudar também.”

Cannabis na psiquiatria

Se inscreveu em um curso da Sociedade Brasileira de Estudo da Cannabis Sativa (SBEC) e descobriu um novo horizonte dentro da psiquiatria.

“Principalmente quando envolvia o controle da dor, frequentemente o controle não era muito satisfatório. Com as medicações que temos, a pessoa pode ter efeitos colaterais importantes que inviabilizam a manutenção do tratamento. Depois que eu descobri a medicina canabinoide, estou encantada.”

“Acho uma terapêutica muito elegante. Ela ajuda o paciente a atingir uma qualidade de vida melhor. Não só daquele sintoma, mas a qualidade geral. Meu objetivo é ajudar as pessoas a terem qualidade de vida e a saúde mental acaba refletindo muito nisso.”

Há cerca de um ano e meio contando com a Cannabis medicinal em seu arsenal terapêutico, a psiquiatra segue se aprofundando no assunto.

“Na SBEC que eu aprendi a raciocinar em cima da medicina canabinoide. É muito mais que prescrever um óleo. Não é tão simplista assim. A gente tem um sistema muito complexo, que coordena nossas atividades corporais”, disse, se referindo ao sistema endocanabinoide.

Por agir junto a esse sistema, a Cannabis medicinal é capaz de melhorar o quadro do paciente de uma forma mais sutil. “Os efeitos colaterais da Cannabis, costumam ser leves, quanto existem, geralmente muito bem tolerados, em comparação com as medicações alopáticas. A pessoa fala: parece que eu nem estou tomando remédio.”

“É uma coisa muito orgânica, muito próxima do funcionamento do corpo mesmo. Uma paciente ansiosa, ontem, falou que achava que não estava tomando nada. Até passar por uma situação que geralmente ficaria muito estressada e conseguiu reagir tranquilamente. Saiu da situação de uma maneira muito natural.”

Da dor ao show de rock

“Dentro desse um ano e meio de prescrição, eu tive só dois pacientes que não toleraram bem a Cannabis. Muito provavelmente são aqueles pacientes que metabolizam diferente. É uma medicação geralmente muito bem tolerada.”

Para exemplificar, Cíntia relata sobre um vídeo que uma paciente enviou há alguns dias. “Quando se trata a dor, as medicações alopáticas podem deixar pessoa sonolenta, com o corpo pesado… Essa moça que veio me procurar para tratar fibromialgia, já estava tomando muitas classes de medicações.”

“Ela é nova, recém-casada, com um quadro de fibromialgia muito importante. Ela não estava conseguindo dar seguimento à faculdade, mal saia de casa, por causa da dor. A gente começou o tratamento com Cannabis e gradativamente fomos reduzindo outras medicações, hoje estamos com muito menos medicações e com melhor controle da dor. Na semana passada ela me mandou um vídeo em que estava em um festival de rock. Estava super feliz porque conseguiu aguentar 12 horas de show. No vídeo, ela saltava, feliz! também fiquei muito feliz! é uma coisa muito gratificante.”

Segundo a médica, o preconceito que ainda é sustentado em muitos setores da sociedade, inclusive dentro da psiquiatria, dificulta que cada vez mais pessoas tenham a possibilidade de melhorar a qualidade de vida.

“Essa rejeição a Cannabis é uma construção social. No meu consultório tem uma procura muito grande por esse tratamento, pessoas interessadas justamente nessa melhora de qualidade de vida. Acho que a entrada da medicina canabinoide no arsenal terapêutico, é um caminho que não tem mais volta, só tende a se desenvolver.”

“Temos cada vez mais respaldo científico, temos estudos! e tem gente que segue em negação. Esse negacionismo conversa muito com a situação que a gente vive no Brasil, de ter que ficar falando que a Terra é redonda.”

Norma na psiquiatria

De acordo com a psiquiatra, a vontade do paciente deve ser levada em conta ao decidir por qual caminho será realizado seu tratamento. Seu papel é orientar os pacientes. Fazer uma avaliação e expor para ele as possibilidades ofertadas dentro da psiquiatria. “É uma decisão compartilhada.”

Sendo assim, cabe a cada médico o trabalho de se informar sobre uma opção terapêutica que já é uma realidade, e tem ajudado pacientes com diversas patologias por meio do manejo e regulação do sistema endocanabinoide.

“O Brasil ainda está na contramão do mundo. Isso só dificulta o acesso de pessoas que se beneficiariam com essa terapêutica. Se tem benefício em detrimento dos malefícios, porque não estudar e criar políticas para para fiscalizar e também para facilitar o acesso?”

“Quem nega essa terapêutica, está na contramão do progresso. Ninguém é obrigado a prescrever, mas eu acho que a gente tem que se informar minimamente para oferecer melhores opções para os nossos pacientes.”

“Se é possível, se vai ajudar, porque o meu preconceito vai ficar na frente? Por exemplo, se eu tivesse preconceito, essa moça provavelmente não iria aproveitar a vida dessa forma.”

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Se você busca uma alternativa terapêutica aos medicamentos convencionais utilizados na psiquiatria, uma alternativa é a Cannabis medicinal.

Medicações psiquiátricas como antidepressivos podem acarretar efeitos colaterais difíceis de tolerar, enquanto a Cannabis pode oferecer um melhor perfil de efeitos.

Para dar início ao tratamento, o caminho é agendar uma consulta com um médico prescritor.

Você pode clicar aqui para marcar com a psiquiatra Cintia Braga Silva Pereira ou acessar a plataforma de agendamentos do portal Cannabis & Saúde para ter acesso a mais de 200 médicos prescritores, com diversas especialidades.

Endocrinologista, cientista e professor. A rotina de João Regis Ivar Carneiro é intensa, mas ao longo de três décadas de profissão permitiu que desenvolvesse uma visão mais completa sobre a medicina. “Acabei de sair do hospital com um paciente e agora eu vou lá para o Fundão. Vou ter uma banca de tese, depois eu vou dar aula, depois eu volto para o consultório.”

“A minha formação é de médico e também de cientista. Tenho artigos publicados em periódicos lá fora,  falas em congressos. Essas atividades acabam se misturando e você tem que assoviar, tocar pandeiro, fazer embaixadinha, cruzar, cabecear, mas uma coisa acaba complementando a outra também.”

E foi com naturalidade que, em 2020, começou a mergulhar no universo da medicina canabinoide. “Quando surge uma alternativa terapêutica que não é convencional,  muitos colegas já torcem o nariz, criticam, e eu não.”

“Procuro entender melhor para fazer uma análise. Elas podem ter aspectos negativos e positivos, como é na medicina tradicional. Muito remédio pode aliviar sintomas e causar efeitos colaterais”, continua.

“Dentro da universidade, a gente tem uma responsabilidade grande porque a gente forma médicos. Tudo que eu falo tenho que ter ressalvas. A gente pode ter um entusiasmo, mas com respeito a alguns limites do que tem de comprovado e não tem de comprovado.”

Cannabis no endocrinologista

Diante artigos científicos e reportagens que indicavam os benefícios da Cannabis, o pesquisador começou a estudar. Fez pós-graduação, cursos e segue aprendendo com  a experiência na prática clínica.

“Eu posso lhe dizer que de um ano para cá eu tive um salto muito grande no meu conhecimento e experiência com relação ao uso da Cannabis medicinal para diversas indicações”, afirma o endocrinologista.

“Eu acredito muito na possibilidade dessa alternativa terapêutica ganhar um espaço muito importante como ferramenta de auxílio dos profissionais de saúde no tratamento de diversas enfermidades.”

O endocrinologista exemplifica com uma das patologias mais corriqueiras de sua especialidade. “A gente não trata o diabetes. A gente trata um paciente com diabetes. Se eu tenho um paciente diabético com insônia. Isso vai atrapalhar o controle metabólico”, conta.

“Vai acordar no dia seguinte e não vai ter ânimo para fazer atividade física, que a gente sabe que melhora o controle glicêmico. Pode ter uma alteração de humor que também interfere na motivação para se cuidar. Existe uma série de questões que indiretamente podem beneficiar muito no dia-a-dia do paciente.”

Pesquisa sobre o sistema endocanabinoide

Por esses motivos, Carneiro se diz entusiasmado com as possibilidades de uso terapêutico da Cannabis medicinal, mas, respeitando seu lado acadêmico/cientista, sempre com ressalvas. 

“Eu percebo um certo exagero e uma certa interpretação equivocada de algumas coisas. Se eu vejo que há uma ação da Cannabis no modelo celular de melhora de resistência insulínica, por exemplo. Eu não posso extrapolar isso para um humano e prescrever achando que vai acontecer o mesmo no paciente.”

A partir desse dado, nasce uma pergunta. “Eu devo correr atrás da resposta: ‘será que um organismo humano funciona do mesmo jeito?’  Isso abre o caminho para diversas pesquisas.”

Respostas que pretende responder em suas pesquisas sobre a relação do sistema endocanabinoide e doenças como obesidade e diabetes na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

“Nós estamos falando de uma planta e que contém uma série de substâncias que vão interagir com um sistema que já foi descrito e comprovadamente  sentir tem uma série de substâncias que vão interagir num sistema que já é eh, já já fui escrito comprovadamente que modula uma série de reações no organismo humano.”

“O sistema endocanabinoide é fato. Quando a gente usa os compostos da planta, a interação com diversos setores desse sistema vai resultar em ações específicas, que podem trazer benefícios.”

“Em algumas áreas, o uso da Cannabis tem resultados mais contundentes, como convulsão, epilepsia, questões do sono. Para diabetes, a gente tem um campo maravilhoso para estudar e algumas coisas que podem ser sim interessantes. Você só não pode criar expectativas irreais e abrir o caminho para críticas.”

Cautela

Ou seja, os estudos sobre os benefícios diretos dos fitocanabinoides no diabetes ainda são inconclusivos. “O diabetes é uma doença conhecida há muitos anos e tem um arsenal de medicamentos para serem utilizados e com boa resposta. A gente tem que ter responsabilidade para não passar para a população uma expectativa de melhora sensacional do controle glicêmico.”

Muito mais fundamentado é o uso para enfermidades que acompanham o diabetes. “É uma doença que pode afetar os nervos, sobretudo os periféricos, e um grande percentual dos pacientes diabéticos convivem com neuropatias que causam dor e desconforto.”

“Com isso, vão tomar muitos medicamentos antidepressivos, anticonvulsivantes. Um caminho interessante é utilizar os compostos da Cannabis no controle de dor, sem repercussões metabólicas significativas, sem efeitos colaterais e agressão renal.” 

Em busca de espaço

Segundo Carneiro, seu cuidado em relação à Cannabis medicinal é estratégico. Assegurar que todos seus posicionamentos sejam respaldados pelo conhecimento científico e, assim, não dar ferramentas aos críticos.

“Eu acabo sendo um defensor dentro da comunidade acadêmica. São poucos médicos com meu perfil, experiência e vivência, que defendem. A gente vê mais uma garotada, com quatro ou cinco anos de formada, uma experiência interessante com a Cannabis, mas sem essa visão mais complexa do problema.”

“Na minha opinião hoje, e eu posso estar errado, o grande desafio é convencer a comunidade mais tradicional e ganhar espaço. A cada ano que passa a gente fica com a impressão de que todo esse conhecimento está ficando mais robusto”, finaliza.

“O meu receio é a gente não extrapolar e queimar o filme. As pessoas mais animadas são fáceis de convencer. Os céticos, tem que ter ferramentas e argumentos muito mais precisos e robustos. Eu tenho que chamar mais pessoas como o meu perfil para entregar o máximo de robustez.”

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O endócrino João Regis Ivar Carneiro é um dos médicos listados na plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde. Para marcar um horário com especialista, basta clicar aqui e preencher o formulário.

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O neurologista e neurocirurgião Alberto Andrade conta como a Cannabis mudou sua prática clínica ao evitar a realização de cirurgias invasivas (mais…)

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