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Políticas sobre drogas avançam nas Américas, exceto no Brasil

Políticas sobre drogas avançam nas Américas, exceto no Brasil

Monitor de Política de Drogas nas Américas mostra que 19 países das Américas já descriminalizaram drogas para uso pessoal e Brasil ainda não

Publicado em

4 de julho de 2023

• Revisado por

Jornalista e editor especializado em Comunicação e Saúde, pós-graduando em Drogas, Sociedade e Práticas Educativas. Escreve sobre ciência e sobre o uso da Cannabis na saúde humana e animal. É também fundador da Editora Vista Chinesa, onde publicou livros como “A História da Cannabis em Quadrinhos” e “Mila”.

Segundo a nova edição do Monitor de Política de Drogas nas Américas, do Instituto Igarapé, muitos países nas Américas estão mudando suas leis em relação às drogas, permitindo o uso medicinal e pessoal da Cannabis. No entanto, o Brasil está atrasado nesse aspecto.

Por aqui, há um julgamento estagnado desde 2015 no Supremo Tribunal Federal (STF) para decidir sobre a descriminalização do porte para uso pessoal. Enquanto isso, 19 dos 36 países da região já adoram critérios objetivos para diferenciar traficantes de usuários. Destes, 15 já descriminalizaram o porte para uso próprio da Cannabis. O Brasil tem um grande peso econômico, político e cultural na região, mas segue no caminho contrário aos seus vizinhos.

Indefinição é prejudicial

Atualmente, a Lei de Drogas do Brasil não estabelece uma definição entre usuários e traficantes. Essa falta de clareza causa incertezas que impedem a adoção de políticas mais eficientes tanto para a saúde quanto para a segurança pública.

Nesse sentido, a presidente do Instituto Igarapé, Ilona Szabó, aponta que a política de drogas é extremamente prejudicial, mais até do que as próprias drogas.

“As políticas de drogas atuais causam muito mais danos do que o consumo de drogas em si. O imenso custo humano e financeiro da política atual é injustificável. Perdemos todos: dependentes químicos e suas famílias, que deixam de ter mais opções de tratamento, e a população em geral, pois o impacto negativo é sentido na ineficiência do trabalho policial, na trágica situação prisional, nos enormes problemas de segurança pública —incluindo a interseção com o crime ambiental—, na inaceitável vitimização da juventude negra e na atenção tardia, e muitas vezes equivocada, à saúde mental.”

No site do Igarapé, você pode se informar sobre as políticas de drogas dos países das Américas clicando nas bandeiras

Uso medicinal da Cannabis nas Américas

O Monitor de Políticas de Drogas nas Américas acompanha a evolução das políticas sobre drogas no continente desde 2017.

O Instituto Igarapé, responsável pelo Monitor de Política de Drogas nas Américas, acompanha a evolução das estratégias relacionadas ao tratamento da questão das drogas em todo o continente americano. Eles se dedicam a desenvolver pesquisas e propor soluções para impactar políticas públicas, assim como em corporações privadas.

Ver mais detalhes sobre o relatório e sobre o trabalho do instituto acessando o site politicadedrogas.igarape.org.br.

O monitor identificou que quatro países nas Américas já regularam a Cannabis para uso adulto: Canadá, Uruguai, a pequena ilha de Dominica e alguns estados dos EUA. Já quanto ao uso medicinal da Cannabis, 22 países possuem regulamentação para a planta, incluindo o Brasil. Porém, há uma série de restrições que dificultam o acesso aos tratamentos com canabinoides, assim como dificulta a pesquisa científica. Apesar disso, temos tradição na área da pesquisa com Cannabis e o uso medicinal cresce a cada ano em popularidade.

Se você deseja começar um tratamento para a saúde com Cannabis de maneira legal e segura aqui no Brasil, o primeiro passo é marcar uma consulta com um médico experiente no tema usando a nossa plataforma de agendamentos. Lá, você encontra mais de 250 profissionais da saúde que são experientes na prescrição de canabinoides. Marque já uma consulta e inicie o quanto antes. Depois disso, o médico ou dentista vai te orientar para adquirir o medicamento.

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Jornalista e editor especializado em Comunicação e Saúde, pós-graduando em Drogas, Sociedade e Práticas Educativas. Escreve sobre ciência e sobre o uso da Cannabis na saúde humana e animal. É também fundador da Editora Vista Chinesa, onde publicou livros como “A História da Cannabis em Quadrinhos” e “Mila”.

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