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“Com o Parkinson, vem muita apatia. Mas com a Cannabis, ele tem mais disposição e interesse pelas atividades”

“Com o Parkinson, vem muita apatia. Mas com a Cannabis, ele tem mais disposição e interesse pelas atividades”

Genuino, 84, diagnosticado com doença de Parkinson, apresentou redução de tremores, melhor sono e mais disposição após iniciar tratamento com Cannabis medicinal.

Publicado em

26 de novembro de 2025

• Revisado por

Jornalista e pós-graduada em Filosofia e Literatura, com 13 anos de experiência em comunicação, conteúdo e estratégias digitais. Atuou como repórter, redatora, roteirista, ghost writer e head de conteúdo. Especialista em Thought Leadership e storytelling, acredita no poder das narrativas para conectar pessoas e ideias.

Aos 84 anos, o cirurgião-dentista aposentado Genuino Pes, morador de Imbituba (SC), convive há anos com o diagnóstico de Parkinson. Os primeiros sinais surgiram ainda durante a carreira: a mão direita começou a tremer de forma persistente, o que comprometeu a precisão exigida na odontologia e levou à aposentadoria.

Desde então, sua família busca alternativas para preservar sua autonomia e qualidade de vida — e encontrou na Cannabis medicinal um importante suporte.

O filho, Douglas Pes, conta que o interesse pelos derivados da planta começou muito antes do diagnóstico do pai. Ele e os familiares já haviam estudado o uso do canabidiol para aliviar os sintomas enfrentados pelo irmão mais velho, que teve três tumores cerebrais ao longo da vida e faleceu há cerca de três anos. “A Cannabis ajudava bastante no apetite e no alívio do desconforto por conta do tratamento. Foi ali que entendemos o potencial dessa terapia”, lembra.

Com essa experiência prévia, a família passou a considerar a Cannabis medicinal como parte do tratamento de Genuino logo após o diagnóstico. Sob orientação médica, ele iniciou o uso de canabidiol (CBD) em conjunto com o Prolopa, medicação neurológica indicada para o controle dos sintomas motores do Parkinson. 

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Efeitos percebidos no cotidiano

Segundo Douglas, as mudanças na rotina do pai foram perceptíveis desde as primeiras semanas. “Ele teve redução dos tremores, dormiu melhor e não teve mais aqueles espasmos involuntários durante a noite”, relata. A rigidez muscular e a lentidão — características comuns do Parkinson — também diminuíram com o uso contínuo.

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A melhora do sono foi especialmente notada por sua esposa, que compartilha a rotina diária de cuidados. Antes da Cannabis medicinal, as noites eram marcadas por agitação e contrações involuntárias. “Ela sempre comenta que ele passou a descansar de verdade, com um sono mais tranquilo”, diz o filho.

O humor e a motivação também se transformaram. “Com o Parkinson, vem muita apatia. Mas com a Cannabis, ele tem mais disposição, mais interesse pelas atividades, mais vontade de fazer as coisas”, afirma. Hoje, Genuino mantém caminhadas diárias na praia e uma rotina mais ativa, respeitando as limitações da idade e da condição.

Quando a interrupção revela o impacto do medicamento

Um episódio durante uma viagem ao interior do Rio Grande do Sul, neste inverno, deixou claro para a família a importância da continuidade do tratamento. Genuino esqueceu de levar o próprio frasco de CBD e passou alguns dias usando a medicação da esposa, em uma concentração mais baixa.

“Foi nítida a piora. Ele ficou sonolento, desconectado das conversas, apagava sentado no sofá. Parecia que estava ali só fisicamente”, conta Douglas. Assim que retomou a dose habitual, os sintomas voltaram a se estabilizar. “Em um ou dois dias já dava para perceber a diferença. Todo mundo notou.”

Terapia integrada e novos recursos

Além da Cannabis medicinal e da medicação neurológica, Genuino mantém atividades físicas moderadas e passeios diários. Nos últimos meses, iniciou — também com acompanhamento profissional — um protocolo de microdosagem de psilocibina, que trouxe, segundo Douglas, “um rejuvenescimento notável” e mais vitalidade no dia a dia.

Um vínculo familiar com a terapia canabinoide

Douglas também é paciente de Cannabis medicinal. Começou o tratamento para aliviar dores de uma hérnia de disco e, hoje, percebe benefícios na recuperação muscular após treinos de musculação. “A combinação de CBD e THC funciona muito bem para mim. Reduz dor, melhora a disposição e ajuda na performance”, afirma.

Com essa trajetória familiar marcada por diferentes experiências terapêuticas, ele reconhece que o preconceito ainda impede que muitas pessoas considerem o tratamento. “Quem critica é porque nunca viu na prática o que essa medicina faz. O impacto no humor, no sono, no apetite e até na imunidade é muito grande.”

Informação como ferramenta de acesso

Para Douglas, o avanço da ciência e o aumento de relatos bem documentados ajudam a enfrentar a desinformação. “Ainda existe muita resistência, mas hoje temos estudos, temos casos clínicos e temos famílias inteiras se beneficiando. A qualidade de vida melhora — e isso fala mais alto do que qualquer preconceito”, finaliza. 

Importante! 

A trajetória de Genuino indica que os canabinoides podem ser uma alternativa capaz de aliviar o desgaste imposto por enfermidades de longa duração. Com acompanhamento médico, ele passou a enfrentar o cotidiano com mais conforto, menos limitações e maior disposição para seguir ativo.

No país, o tratamento com derivados da planta só pode ser iniciado com receita médica, o que torna indispensável o acompanhamento de um profissional para definir o produto adequado, avaliar efeitos e garantir segurança ao longo do processo.

Para quem busca entender se essa abordagem pode ser útil, a plataforma do Portal Cannabis & Saúde reúne médicos experientes em prescrição, de diferentes especialidades, oferecendo orientação técnica e individualizada.

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Jornalista e pós-graduada em Filosofia e Literatura, com 13 anos de experiência em comunicação, conteúdo e estratégias digitais. Atuou como repórter, redatora, roteirista, ghost writer e head de conteúdo. Especialista em Thought Leadership e storytelling, acredita no poder das narrativas para conectar pessoas e ideias.

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