Aos 62 anos, o servidor público aposentado Eduardo Carvalho de Mello, de João Pessoa (PB), encontrou na Cannabis medicinal uma alternativa para cuidar da saúde mental e das dores incapacitantes que carregava há anos. Depois de mais de uma década enfrentando depressão severa, efeitos colaterais de antidepressivos e uma lesão por esforço repetitivo que comprometeu sua rotina, ele relata que o tratamento prescrito pelo médico Dr. Vinícius Pereira de Mesquita trouxe mudanças profundas em seu bem-estar físico e emocional.
Durante anos, Eduardo precisou lidar com episódios depressivos intensos. Ele lembra de momentos em que chegava a se esconder “debaixo da cama” para fugir de si mesmo, além de enfrentar pensamentos suicidas. O uso prolongado de medicamentos convencionais o deixava grogue, sonolento e desconectado da própria rotina.
“Eu dormia 12 horas por noite com os remédios e acordava cansado, sem disposição”, conta. “Teve dia em que parei o carro e não lembrava para onde estava indo.”
Paralelamente, ele convivia com uma lesão por esforço repetitivo nos dois punhos, decorrente de anos trabalhando com digitação. A dor constante e a inflamação o impediam de estudar ou se concentrar. “Eu começava a ler uma matéria e não conseguia avançar. A dor tomava toda a minha atenção”, lembra.
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A situação se agravou com o uso de álcool como tentativa de aliviar o incômodo — algo que acabou piorando o processo inflamatório. O acúmulo de sintomas físicos e emocionais comprometia sua memória, seu rendimento e sua relação com a família.
Diagnóstico incompleto e a descoberta de uma deficiência de B12
Antes de iniciar o tratamento com Cannabis, Eduardo só encontrou respostas quando passou por uma avaliação nutricional. Exames revelaram uma deficiência grave de vitamina B12, algo que, segundo ele, não havia sido investigado por nenhum dos profissionais que acompanharam sua depressão ao longo dos anos.
“Eu fiquei revoltado. Você chega dizendo que não está bem e só empurram remédio. Ninguém pediu um exame para descobrir o que podia estar causando aquilo”, afirma.
Após iniciar a reposição de B12 e, posteriormente, o tratamento com Cannabis medicinal conduzido pelo Dr. Vinícius Pereira de Mesquita , Eduardo começou a perceber mudanças graduais.
A decisão de começar a usar Cannabis
A família teve papel fundamental na adesão ao tratamento. Com uma certa resistência, ele decidiu aceitar a recomendação do médico e iniciou o uso das gotas de Cannabis. Ao longo dos meses seguintes, retirou os antidepressivos e manteve apenas o óleo.
“Foi difícil no começo, mas continuei. Eu sabia que precisava tentar outra coisa.”
Melhora progressiva e retorno à qualidade de vida
Eduardo utiliza Cannabis há aproximadamente dois anos e relata que cerca de um ano e meio após o início já percebia uma melhora marcante. Hoje, ele descreve transformações importantes:
Sono e disposição
“Agora durmo de seis a sete horas e acordo com energia. Antes eram 12 horas e eu continuava cansado.”
Dor e inflamação
“Eu tenho duas lesões nos punhos e sentia muita dor. Depois da cannabis, a inflamação diminuiu. Voltei a fazer musculação e levanto 20 quilos sem sentir nada.”
Memória, humor e convivência familiar
“A memória voltou, o relacionamento em casa mudou. Antes, qualquer coisa eu discutia.”
Vida sexual
“A medicação antiga tirava minha libido e isso me deixava apavorado. Hoje isso voltou ao normal.”
Além das melhorias, Eduardo perdeu 14 quilos, reduziu drasticamente o consumo de álcool e mantém uma rotina ativa, cuidando da granja onde vive. “Eu estou outra pessoa”, resume.
A Cannabis como prevenção e o enfrentamento ao preconceito
Com histórico de Alzheimer na família, Eduardo afirma que pretende continuar o tratamento pelo potencial neuroprotetor da Cannabis. “Minha mãe faleceu de Alzheimer, e como eu já tinha bastante esquecimento, acho importante continuar. Pode me ajudar lá na frente.”
Apesar dos resultados positivos, ele ainda enfrenta resistência de profissionais da saúde. “Quando eu falava de Cannabis, muitos médicos eram totalmente contra. Preferiam insistir nos remédios que me deixavam grogue. Tenho pena de quem ainda passa por isso, porque eu sei como é.”
Hoje, sempre que encontra alguém enfrentando sintomas semelhantes, compartilha sua experiência e incentiva a busca por alternativas terapêuticas baseadas em informação e acompanhamento médico.
Importante
É importante reforçar que o uso de medicamentos à base de Cannabis deve ser orientado por um médico. Apenas um profissional pode avaliar cada caso e definir a formulação e a dosagem mais adequadas.
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