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Reino Unido almeja liderança mundial na pesquisa com Cannabis

Reino Unido almeja liderança mundial na pesquisa com Cannabis

Com o objetivo de colocar o Reino Unido na liderança das pesquisas com Cannabis, surge um grupo para reunir universidades, indústria e a NHS

Publicado em

11 de junho de 2024

• Revisado por

Jornalista e editor especializado em Comunicação e Saúde, pós-graduando em Drogas, Sociedade e Práticas Educativas. Escreve sobre ciência e sobre o uso da Cannabis na saúde humana e animal. É também fundador da Editora Vista Chinesa, onde publicou livros como “A História da Cannabis em Quadrinhos” e “Mila”.

Uma nova iniciativa busca colocar o Reino Unido como o líder mundial na pesquisa científica com Cannabis. O Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento de Canabinoides (CRDG na sigla em inglês), liderado pelo parlamentar George Freeman e o professor Trevor Jones, foi formado com o apoio inicial de oito parceiros da indústria.

O CRDG pretende reunir acadêmicos, pesquisadores, médicos, pacientes e indústria para elaborar e implementar a primeira estratégia de pesquisa e desenvolvimento com Cannabis no Reino Unido. O objetivo é integrar universidades, empresas, instituições de ensino e o NHS, sistema de saúde britânico que é similar ao Sistema Único de Saúde (SUS) aqui no Brasil.

Com essa abordagem integrativa e colaborativa, o CRDG pretende conduzir uma transformação na pesquisa sobre canabinoides no Reino Unido, promovendo avanços na ciência e na saúde pública.

Rumo ao topo do ranking de pesquisas com canabinoides

A abordagem colaborativa reuniu especialistas de diversos campos e proporcionou uma perspectiva ampla e abrangente para a condução da pesquisa sobre os efeitos do CBD em condições neurológicas e psiquiátricas.

Colocar o Reino Unido no topo do ranking de pesquisa com Cannabis será uma tarefa árdua. Embora ocupe a segunda colocação, ficando atrás apenas dos EUA, a diferença é grande. De acordo com dados das organizações Prohibition Partners e Cannabiscientia, entre 2010 e 2023, 54% de todos os ensaios clínicos com canabinoides aconteceram nos Estados Unidos. Os britânicos ficam com a medalha de prata com 13%, seguidos por Canadá (7%) e Israel (6%).

Os responsáveis por tentar esse avanço, George Freeman e Trevor Jones, vão aproveitar suas experiências prévias na área. Freeman é ex-ministro das Ciências da Vida do Reino Unido e também ex-ministro de Estado de Ciência e Tecnologia.

Por sua vez, o professor Jones já foi diretor-geral da Associação da Indústria Farmacêutica Britânica (ABPI na sigla em inglês) e chefe de pesquisa e desenvolvimento da Wellcome PLC, uma fundação global de caridade dedicada a melhorar a saúde das pessoas através da investigação científica.

Em comunicado à imprensa, Jones falou sobre a importância das pesquisas científicas com Cannabis e porque elas precisam de mais investimento.

Professor Trevor Jones, copresidente do CRDG

Prof. Trevor Jones, copresidente do CRDG

“Dados de estudos observacionais e evidências do mundo real gerados por algumas clínicas privadas fornecem informações valiosas sobre a Cannabis medicinal em ambientes clínicos, mas esses desenhos de estudo têm limitações óbvias e destacam a necessidade de ensaios clínicos randomizados e bem desenhados para estabelecer a eficácia e segurança de forma mais definitiva. O CRDG vai se focar incansavelmente na criação de um ambiente para que ensaios clínicos avançados e vitais e investigação científica sobre canabinoides tenham lugar aqui no Reino Unido.”

Atraindo novos players

No Reino Unido, o uso medicinal da Cannabis passou a ser legal em 2018. Na época, uma empresa britânica, a GW Pharmaceuticals, teve um papel importante. Dos três medicamentos aprovados para a prescrição, dois eram dessa farmacêutica, o Epidiolex e o Sativex (vendido aqui no Brasil com o nome Mevatyl).

Posteriormente, esses produtos seriam aprovados pelo órgão de vigilância sanitária dos EUA, o FDA, e se tornariam dos medicamentos com canabinoides mais conhecidos e prescritos no mundo inteiro. Nesse sentido, a maioria dos estudos clínicos sobre Cannabis realizados no Reino Unido estavam vinculados à GW.

Assim, o CRDG pretende atrair mais interessados na pesquisa sobre a planta, como universidades, o governo e investidores. Atualmente, os sete parceiros da indústria que apoiam o grupo são Ananda Developments, Artelo Bioscience, Brains Bioceutical, Curaleaf, Kingdom Therapeutics, Oxford Cannabinoid Technologies, NW PharmaTech e Phytome Life Sciences.

Acesso à Cannabis no Reino Unido

Os pacientes britânicos que se tratam com produtos com canabinoides enfrentam alguns desafios para conseguir sua medicação. Embora o Reino Unido seja a terra natal da GW (a GW foi comprada pela irlandesa Jazz Pharmaceuticals por 7 bilhões de dólares no que foi considerado “o maior negócio de Cannabis no mundo”), atualmente a maioria dos medicamentos à base de canabidiol (CBD) prescritos por lá não são licenciados.

Além disso, somente profissionais da saúde da rede privada prescrevem produtos com Cannabis no Reino Unido. A rede pública de saúde regida pela NHS ainda não incorporou os medicamentos com a planta como já o faz com outros tipos de produtos farmacêuticos.

Como se tratar com Cannabis no Brasil

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