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Por que a Cannabis é dopping?

Por que a Cannabis é dopping?

Conversamos com Aderbal Aguia, docente da UFSC, que publicou um artigo de opinião em uma das revistas mais respeitadas sobre Cannabis. Em seu conteúdo, o professor revisa os três pontos que classificam uma substância como dopping. E defende a retirada dos produtos à base de Cannabis na lista doping dos esportes.

Publicado em

9 de junho de 2023

• Revisado por

Fala, escreve e pesquisa sobre Cannabis, saúde e bem-estar. Mestre em Comunicação e Cultura, com passagem pela Unesco, já produziu milhares de histórias e conversas que mostram como a Cannabis transforma vidas. Mãe de dois, acredita em um mundo onde conhecimento e consciência caminham junto da planta.

Cannabis-dopping

Esta semana foi publicado na revista científica Cannabis and Cannabinoid Research o artigo de opinião Cannabis Is Not Doping, de autoria do docente da Universidade Federal de Santa Catarina , UFSC, Aderbal Aguiar. No material o professor Aguiar questiona os motivos da Agência Mundial Antidoping, a WADA, classificar a Cannabis, todos os fitocanabinóides e sintéticos como doping, exceto o Canabidiol.

Neste sentido, o docente que coordena o Laboratório Biologia do Exercício Físico, local de pesquisa que estuda ações dos canabinoides, como CBD e CBG, revisou os critérios que uma substância deve atender para ser considerada doping. E defendeu que “esta classificação do dopping da Cannabis acaba apenas reforçando os estereótipos negativos que a sociedade tem com a planta”.

Mas o grande gatilho para escrever o artigo de opinião veio após uma pesquisa para encontrar os argumentos da WADA sobre a Cannabis.

“Primeiramente os critérios para ser dopping são: melhorar o desempenho, trazer prejuízos para a saúde do atleta e ferir o espírito do esporte. E a Cannabis não ela não melhora o desempenho. E a questão da saúde do atleta não tem nada na literatura demonstrando isso. São questões superestimadas. A única coisa que atinge o WADA é violar o espírito do esporte. E esse espírito do esporte é uma coisa obscura, uma história de 150 anos. Então fui procurar quais eram os argumentos da  Agência Mundial Antidoping e não fiquei satisfeito. Resolvi escrever meus argumentos  porque a Cannabis não deve ser considerada dopping”, explicou Aguiar.

Cafeína também já figurou na lista dopping

Você sabia que em um passado recente a cafeína também figurava na lista de dopping? A Agência Mundial Antidoping tem em seu site uma lista de substâncias e procedimentos proibidos. Além disso, apresenta uma série de respostas a perguntas mais comuns sobre o que um atleta pode ou não pode consumir ou fazer para aumentar seu rendimento. Esta lista é atualizada periodicamente.

Em 2003, a Wada incluiu a cafeína como um estimulante banido das competições. Mas foi retirada dessa lista de substâncias restritas em 2004.

Lista da WADA mantém apenas o CBD liberado

Embora as expectativas, e desejo de alguns atletas, fossem atualizações e liberações em relação aos canabinoides em 2023, a lista da WADA mantém apenas o CBD liberado. A lista manteve restrições em relação ao THC. Saiba mais aqui.

“Cannabis não é dopping”

Em sua conclusão do artigo, Aguiar defende que a relação da sociedade moderna com a Cannabis amadureceu. E que seu uso por atletas adultos deveria ser “demonizado”. 

“Esta peça de perspectiva recomenda que a WADA remova a Cannabis e fitocanabinóides da lista de substâncias proibidas durante competições para beneficiar atletas e esportes adultos de elite. Esta opinião não se aplica a produtos sintéticos canabinóides”, finalizou.

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