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Cannabis não foi bom negócio para investidores no Canadá

Cannabis não foi bom negócio para investidores no Canadá

No Canadá, os consumidores estão indo mais aos dispensários de Cannabis, porém o mercado acumula prejuízos bilionários

Publicado em

6 de janeiro de 2023

• Revisado por

Jornalista e editor especializado em Comunicação e Saúde, pós-graduando em Drogas, Sociedade e Práticas Educativas. Escreve sobre ciência e sobre o uso da Cannabis na saúde humana e animal. É também fundador da Editora Vista Chinesa, onde publicou livros como “A História da Cannabis em Quadrinhos” e “Mila”.

Cannabis não foi bom negócio para investidores no Canadá

Em 2018, o Canadá foi o segundo país do mundo a regulamentar a Cannabis para uso adulto, os primeiros foram nossos vizinhos do Uruguai. De acordo com reportagem publicada pela CTV, desde então os canadenses já perderam C$131 bilhões investindo no mercado legal por lá.

Por outro lado, cada vez mais consumidores no país compram seus produtos com Cannabis do mercado legal. Segundo pesquisa feita pelo próprio governo canadense, em 2022, 61% dos usuários de Cannabis, medicinal ou não, compraram de lojas com licença contra 53% em 2021. Há explicação para um mercado em expansão que dá tanto prejuízo?

Quando o mercado está em tendência de baixa, ganha o apelido de bear market

Indústria reclama dos impostos

A alta arrecadação de impostos da Cannabis, que desperta o interesse de políticos de vários lugares, é motivo de queixa do Conselho de Cannabis do Canadá (C3). O grupo divulgou comunicado pedindo por mudanças na taxação dos produtos. Para eles, os impostos cobrados sobre as empresas do mercado legal estão pressionando os preços para cima, levando os consumidores a buscar o mercado ilegal.

Na média, para cada grama de flor seca vendida o governo recolhe C$1 em impostos e os dispensários cobram a partir de C$3,50 nesse produto. O que é alto se comparado com os impostos do cigarro, que ficam na faixa de C$0,35 a C$0,18 dependendo da província. Porém, essa justificativa perde força com o aumento no número de canadenses que optam pelo mercado legal.

Mercados em euforia

No Canadá, a regulamentação da Cannabis para uso adulto levou também a uma série de empresas do ramo com ações negociadas na bolsa de valores local. A abertura desse mercado empolgou investidores de todo o mundo, inclusive do Brasil, a buscar retorno financeiro. Após a euforia inicial, o preço das ações se estabilizou em um patamar muito mais baixo do que o do momento da abertura.

Ainda assim, o último momento eufórico sobre as ações da Cannabis veio com a eleição do presidente dos EUA, Joe Biden. Acreditava-se na época que ele impulsionaria a indústria com regulações favoráveis, o que não aconteceu.

Aqui no Brasil, é possível investir em empresas de Cannabis do Canadá e de outros países através de cotas em fundos de investimento. No entanto, o principal fundo atuante nesse mercado registrou queda de 70% em 2022, o que também aconteceu em 2021, só que com queda de 15%.

Ou seja, o mercado da Cannabis segue sendo de alto risco e para entrar nele é importante tolerar perdas. Os investimentos via fundos e ações não necessariamente contribui para o aumento da produtividade das empresas, muitas vezes é apenas especulativo ou um golpe, como foi o escândalo Juicy Fields.

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Jornalista e editor especializado em Comunicação e Saúde, pós-graduando em Drogas, Sociedade e Práticas Educativas. Escreve sobre ciência e sobre o uso da Cannabis na saúde humana e animal. É também fundador da Editora Vista Chinesa, onde publicou livros como “A História da Cannabis em Quadrinhos” e “Mila”.

O Cannabis& Saúde é um portal de jornalismo, que fornece conteúdos sobre Cannabis para uso medicinal, e, preza pelo cumprimento legal de todas as suas obrigações, em especial a previsão Constitucional Federal de 1988, dos seguintes artigos. Artigo 220, que estabelece que a liberdade de expressão, criação, informação e manifestação do pensamento não pode ser restringida, desde que respeitados os demais dispositivos da Constituição.
Os artigos seguintes, até o 224, tratam de temas como a liberdade de imprensa, a censura, a propriedade de empresas jornalísticas e a livre concorrência.

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